"Is in here..." escrita por April Criatividade Brooke


Capítulo 4
Warm hearted


Notas iniciais do capítulo

Hello! Hello! Como é que vocês estão? Novidades pra me contar? A vida tá boa?
Eu tô beeeeeeeeem... bem mais ou menos, detesto voltar pra escola. Não consigo criar histórias presa naquele lugar, mas pelo menos o meu aniversário é essa semana então dá pra aguentar! YAY!
Enfim, jogando conversa fora, gosto que vocês saibam que eu ainda sou um ser humano e não uma máquininha de histórias (hehe).
Boa leitura



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Calorosa

 

— Ainda nem sinal dela? – Pergunta Perna de Peixe enquanto arrumava suas pequenas mechas trançadas nas marias-chiquinhas em seus cabelos.

         Aster olhava pensativo para o horizonte sentado no alto da arena, o céu estava nublado, uma chuva forte estava por vir.

         - Não – disse ele sem ao menos encará-la.

         Perna de Peixe queria animá-lo, mas nada do que fizesse adiantaria, então achou melhor deixar o máximo de obrigações feitas para facilitar a vida de Aster.

         Enquanto isso, Hunter (Heather) entrava na academia depois de uma longa viagem do arquipélago.

         - Hey, Aster!

         Aster virou-se e viu o amigo entrando com seu dragão, ele pulou do topo da arena e deslizou pela parede até o chão para falar com seu amigo.

         - E aí, Hunter? Achou alguma coisa?

         - Vasculhei tudo, ainda nada. E quanto a Sardenta? Perna de Peixe me enviou uma carta contando o que aconteceu – Hunter pôs a mão sobre o ombro de Aster – Como você está?

         - Ah, eu? Eu estou super bem! – ele soou sarcástico – Ela só esqueceu-se de tudo e todo mundo, até mesmo de mim sendo que eu fui a ultima pessoa que ela viu, eu tô super bem!

         Hunter deixou escapar um sorriso.

         - Ela te ensinou ironia direitinho, não foi?

         Aster deu de ombros, Hunter sabia como animá-lo.

         - E aí? Quando vamos voltar para a base?

         - Não vamos. Stone disse que preferia que ela ficasse aqui até se lembrar de tudo.

         - Isso não é uma boa ideia mesmo, Aster. Estamos ficando sem tempo, temos apenas algumas semanas até o solstício e a quanto mais lugares levarmos ela, melhor! – Hunter soou sério – Temos que ir agora!

         - Você está com a razão, eu não sei porquê Stone quis deixá-la aqui, vamos lá falar com ela!

         Então Hunter e Aster montaram em seus dragões e foram o mais rápido, chegando lá, a cena foi meio chocante. Stone estava... bem, a cena era muito estranha... Stone estava arrumando, cozinhando e cantando pela casa ao mesmo tempo enquanto enchia o prato de Sardenta de bolinhos. A coitada estava com um olhar de socorro com as bochechas cheias.

         Hunter soltou uma risada.

         - Sra. Stone, a senhora não devia estar no Grande Salão?

         - Oh, queridos entrem – Ela soou doce e gentil do jeito mais forçado do mundo – Querem um pedaço de torta?

         - Nós podemos falar com...

         - A Sardenta! – Áster foi interrompido por Hunter – Gostaríamos de falar com ela, por favor.

         Sardenta levantou-se da cadeira imediatamente louca pra sair dali, Stone se despediu com um abraço e lhe apertou as bochechas enquanto Hunter se ofereceu para falar com Stone já que Sardenta não o ouviria, pois ele ainda era um estranho.

         Sardenta e Áster foram para fora e o rapaz não conseguiu segurar o riso.

         - Não leve a mal, mas desde quando sua mãe é... – ele não conseguiu completar a frase com os risos.

         Sardenta sentiu borboletas no estomago ao vê-lo rindo, parecia uma pessoa tão legal, ela sentiu suas bochechas corarem e riu contagiando-se com ele.

         - Eu não me lembro muito dela, mas eu tenho quase certeza de que tem alguma coisa muito errada lá dentro – Sardenta disse rindo.

         -  Digamos apenas que Stone nunca foi literalmente um doce de pessoa...

         O riso acabou pouco depois daquilo e eles se encaram num silencio meio desconfortante.

         - Não me chamou aqui por causa de torta, não é? Precisa de algo... hã...

         - Áster – Ele se apresentou meio vergonhoso – E eu dispenso a torta, obrigado. Eu acho que você já notou que todo mundo anda meio aflito por algo além da sua memória, não é?

         - Como sabe que eu notei?

         - Você sempre foi esperta, Sard... Sardenta – ele pigarreou – Não queremos pressioná-la, mas precisamos que você se lembre de um objeto em particular que só você sabe onde está – Áster tira um desenho do bolso e mostra para ela.

         Sardenta ficou admirando a figura por um tempo, até que um turbilhão de memórias lhe vieram a cabeça sobre o cilindro desenhado no pergaminho. A viking se sentiu tonta e quase perdeu o controle de seus membros, mas Áster lhe deu apoio e a segurou quando ela quase caiu.

         Quando seus olhos se encontraram, mais memórias vieram à cabeça e as bochechas se coraram.

         - Áster... – Ela murmurou inconscientemente.

         - Calma, calma Sardenta. Eu estou aqui – Ele a ajudou a ficar de pé – Está tudo bem?

         - Minha cabeça... está uma confusão aqui dentro – Sardenta responde desviando o olhar.

         - É por isso mesmo que viemos aqui, te deixar em Berk não vai te ajudar em nada, as memórias mais recentes e importantes estão ao nosso lado e na base, seria bem melhor se você viesse conosco.

         - Talvez essa não seja a pior ideia do mundo, mas eu não estou em condições de liderar ninguém, embora eu concorde que esta não é a Berk que ainda pouco me lembro...

         Áster suspirou.

         - Sardenta, precisamos de você na base com ou sem memórias. Todos se importam com você e vamos te ajudar a relembrar tudo, não vai precisar liderar até se sentir pronta – Ele pôs as mãos sobre os ombros dela encorajando-a.

         Sardenta não conseguira negar.

         - Ok, quando partimos?

         - Amanhã cedo, suas coisas ainda estão na base, lembre-se apenas de vestir seus trajes de voo novamente, ok?

         Sardenta ainda vestia roupas comuns desde que acordara e não fazia a menor ideia do que seria um traje de voo mesmo que ela mesma tenho o criado, porém a primeira impressão é de que seria algo não muito bonito.

         Sardenta concordou com a cabeça.

         - Ok, vejo vocês amanhã na arena.

         - É assim que se fala! Vou avisar aos outros.

         Sardenta o observou partir o rapaz loiro e alto, sentia que o conhecia muito bem, como se já fosse adaptada a ele. Era uma estranha e calorosa sensação. Uma memória lhe veio à cabeça:

         “Sardenta!” Áster gritou.

         Estava chovendo, ele montava em uma criatura azulada e estendia a mão em sua direção.

         Sardenta estava caindo com a mão estendida, queria alcançá-lo.

         “Áster!”

 

***

         Sardenta não conseguira dormir com seus pensamentos tão energéticos, ela ficou andando de um lado para o outro, relendo coisas que ela não sabia que escrevera pela milésima vez e observando à distância o Fúria da Noite dormir.

         Sardenta também achara o traje de voo que havia criado e ficou surpreendentemente feliz o vestindo, deveria ser a roupa mais legal do mundo, havia uma adaga, um caderno de anotações no braço e um projeto de asas ou algo assim.

         Quando amanheceu, ela fora direto para a arena comendo uma maçã carnuda e vermelha que achara na dispensa ao invés de mais um pedaço de torta de coração, Sardenta estava sentindo algo de muito errado no comportamento de Stone, mas preferiu não falar nada. Afinal, o que ela sabia, não é?

         Todos estavam a esperando... bom, na verdade, eles estavam tentando ignorar os gêmeos reclamando de dor de barriga depois de cinco potes de sorvete de Iaque que os deixaram acordados a noite inteira.

         Sardenta se aproximou deles.

         - Desculpe, estou muito atrasada?

         - Eles é que não deixaram ninguém dormir – Melequenta apontou para os gêmeos no canto com os olhos.

         - Eu tô muito mal... – Resmungou Cabeça Dura.

         - Eu também, maninha. Acho que chegou a hora de fazermos nosso testamento...

         Cabeça Dura se levantou com dificuldade.

         - Tem razão, irmã. Eu deixo tudo pro galo!

         O galo corria desenfreado, pois também havia comido um pouco do sorvete e estava com muito açúcar nas veias.

         Todos se arrastaram sonolentos até seus dragões.

         - Sardenta, você vem comigo – Chamou Áster – Perna de Peixe, você vai com Banguela, tudo bem?

         Perna de Peixe fez um sinal de positivo, embora sua expressão fosse de quem está sofrendo. Banguela voava muito rápido e ela gostava mais da velocidade da Batatão.

         Enquanto isso, Áster ajudava Sardenta a montar em Tempestade. Ela ficou bem confusa quando montou, mas segurou nos ombros do piloto, com frio na barriga.

         Assim que Tempestade abiu as asas e saiu em voo, Sardenta agarrou a cintura de Áster assustada, seu coração quase pulou da boca e fechou os olhos escondendo a cabeça.

         Isso fez Áster lembrar-se da primeira vez que voara com Sardenta quando tinham 15 anos, fora quase a mesma reação e uma nostalgia boa vieram.

         - É mais legal quando você está de olhos abertos – Ele diz.

         Sardenta abriu um olho apenas e foi o que bastou para ver Berk numa visão incrível se afastando, seus cabelos voando e se rebelando misturando-se no céu.

         Por mais estranho que pareça, ela se sentiu bem melhor ali no céu do que no chão firme. Sardenta sentiu algo familiar aquecendo seu coração ali na fria brisa de verão.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Tá bom?
Deixem sugestões e ideias aqui nos comentários ou então a gente pode trocar uma ideia sobre ovelhas também, 'cê que sabe ;)



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