Quando Aspen terminou de falar, todos estavam paralisados. Dava-se pra ver o medo de cada um, através do olhar. Eu também estava com medo, e estava perguntado a mim mesma como eles conseguiram. Então Carter endireitou-se na cadeira, e começou a falar.

— Eu encontrei a vossa majestade, ela estava desmaiada, e estava sendo carregada por um dos guardas. Quando eles entraram dentro do abrigo, nós a colocamos numa das macas. Marlee estava dormindo, Lucy estava em prantos, e eu estava planejando um resgate com os soldados. Não sabia o que estava acontecendo, não tinha ideia de quantos rebeldes estavam no palácio. Mas o que eu sabia, era que eu tinha que fazer alguma coisa a respeito. Não poderia deixa-las sofrer algo. Quando a senhora América acordou, eu ia até ela fazer algumas perguntas, mas ela veio na nossa direção. Estava confusa, e demonstrava estar com pavor.

Nesse momento, decidi participar do momento também.

— Eu estava confusa, acordei nervosa.- quando comecei a falar, Carter se calou, e todos passaram a me observar. – Vi que Lucy estava chorando, Marlee estava dormindo eu acho. Num pulo levantei-me, fui até elas para ver como estavam. Vi que os guardas estavam no canto conversando sobre algo, então depois que falei com Lucy, fui até eles. Falei que haviam te pego Maxon, que Aspen foi atrás de você, que ouvi vários tiros e não sabia o que estava acontecendo. Então vi que Carter ficou um pouco enraivado, ele deixou um guarda conosco, e foi atrás de vocês.

Quando terminei, fiz um sinal para Carter continuar. Ele viu, assentiu com a cabeça e continuou.

— Quando saímos, deixe um guarda na porta para que cuidasse das donzelas. Estávamos indo no corredor leste, haviam muitos corpos, alguns feridos, outros mortos. Rebeldes misturados com nossos homens. Alguns estavam presos, e nós soltamos. Ao subir para o andar de cima, não estavam mais atacando, os que sobraram já haviam ido. Juntamos o máximo de soldados que ainda davam para lutar, e prosseguimos pela floresta, para fazer o resgate. Nós éramos doze, era pouco eu sei, mas mesmo se eles não tivessem ido eu iria só. Não poderia deixar meu rei, e meu melhor amigo assim, passando por essa situação. – Me emocionei, e vi que minha mãe, Marlee, Lucy e Adele estavam chorando. Comecei a chorar também, a bravura dele era impressionante. – Prosseguimos, notei que já era de madrugada. Eram duas horas, foi quando escutamos vozes. E vimos um acampamento, mas quando vi um cara armado, vi logo que eram rebeldes. Então pedi para um dos soldados subir na árvore, e contar quantos eram. Com as mãos, mostrou que eram 20. Quando ele desceu, me informou que haviam mulheres, e alguns jovens. Esperamos um pouco, e fizemos um plano. Então umas três horas, quatro deles foram dormir. Cinco deles foram em direção ao rio. E três deles haviam entrado na floresta para fazer algumas necessidades. E o restante, estavam em uma fogueira, comendo. Decidimos que era nossa chance, e que também não poderíamos usar armas de fogo, pois se não chamaríamos a atenção deles. Dividimos em três grupos, o meu iria pegar os que estavam no rio. O outro, iria encurralar os três que haviam ido para floresta. O outro grupo iria encurralar, os que estavam dormindo. Ao chegarmos no rio, lutamos contra os rebeldes. Nos machucamos, mas conseguimos derrota-los. Voltamos ao acampamento, e vi dois homens amarrados numa arvore. Quando a luz da lua raiou, percebi que eram Aspen e Maxon. Aspen estava acordado, mas o senhor Maxon encontrava-se inocente. Observei o movimento por um minuto, estava tudo silencioso. Então, fomos ao local de encontro dos três grupos.

Nesse momento, entra Mary e mais algumas empregadas trazendo lanches. Entraram sorrindo, há mais Mary era fantástica só podia ser ideia dela.

— Hora da pausa, vocês precisam comer. As meninas, trouxeram esses lanches. – Falou Mary.

— Obrigada Mary. – Agradeci.

Mary simplesmente só sorriu, por saber que estar fazendo um excelente trabalho. Então os outros começaram a comer, eu fiquei os observando. Depois de um tempo, eles terminaram, então Carter pôde continuar.

— Bom, quando nos encontramos, fomos fazer as contas de quantos havíamos abatido. Ficaram apenas, oito. Era a hora de agir, mas primeiro fomos pear o senhor Maxon e Aspen de volta. Eu e mais dois, desamarramos, os dois, enquanto os outros ficavam de guarda. Depois, fizemos infiltração no alojamento deles. A infiltração foi um sucesso, pena que havia um garoto de prontidão, e avisou a ele. Eles então começaram a atirar, nos revidamos, foi muito angustiante. Mas conseguimos, o problema é que haviam muitas mulheres, e um garoto. Falei com o garoto, perguntei se ele gostaria de vim conosco, ele disse que sim. Perguntei as mulheres o que estava acontecendo, elas me disseram que, o líder dos rebeldes, haviam pedido que pegassem o rei e a rainha para que matassem. Mas como só conseguiram o rei, decidiram levar Aspen para enfraquecer a guarda. Para depois voltarem e levarem a rainha. Mas não conseguiram, e elas estavam ali para fornecer roupas limpas, e comida e nada mais.

A possibilidade de perder Maxon, doía. Percebi que ele pensava em mim, e sobre a mesma coisa. Ele estava assustado.

— Pedi para um dos soldados levar o senhor, e o outro levar Aspen. E que, as mulheres fossem com eles. Quando escutei um som, vi que era um rebelde ele estava com um arco e flecha. Nos viu fugindo, e então atirou. Não vi o que aconteceu. Me assustei quando o garoto pulou na minha frente, e acabei sentindo o peso dele caindo sobre mim. Percebi que o rebelde estava sem munição, então corri pra cima dele e atirei. Voltei para ver como o menino estava, e vi que não havia mais jeito. Perguntei a ele porque havia me salvo, e ele me falou que queria que eu vivesse caso eu fosse adota-lo. – Neste momento vejo que Carter começa a chorar, e vejo que Aspen também. Creio que Aspen tenha visto a cena.- começamos a voltar ao palácio, e senti uma dor no peito. Colei a mão onde estava doendo, e senti sangue fresco em minha mão. Ele estava estranho, meio escuro.

— O veneno, já estava se espalhando. Eu acho que aquele jovem sabia de alguma forma que aquela flecha estava envenenada. – Falou Aspen.

— Também acho, e percebi então que quando o garoto se encurvou caindo sobre mim, ele havia me perfurado também.

E então foi isso que aconteceu.

— Boa noite! Creio que estejam aqui se distraindo não é meus caros? – Diz Gravil.

— Boa noite Gravil! – Fala Maxon entusiasmado.

— Boa noite senhor Fadaye. – Falo.

— Estou aqui para fazer uma visitinha, ao nosso rei, não é mesmo? E aproveitaria também, para perguntar a vossa majestade se já posso dar as boas novas do nosso rei.

— Obrigada Gravil, pela visita. Acho que você poderia sim. Mas acho, que eu gostaria de estar presente para presenciar o programa.

— Dr. Ashlar será que Maxon poderia ir? – Pergunto.

— Claro, mas hoje não. Deixe isso para amanhã de manhã. – Fala Ashlar – Meus caros, vocês poderiam me ajudar? Acho que o senhor Maxon quer a partir de hoje, dormir com sua rainha. Poderiam ajuda-lo a ir ao quarto real?

— Claro. – Falam Carter, e Aspen ao mesmo tempo.

Então eles pegaram, e apoiaram Maxon neles. Eu me levantei, e fui na frente para organizar algumas coisas. Ao chegar no quarto, pedi a Mary para me ajudar a trocar os lençóis de cama, a sacudir o local e arejar o quarto. Quando ele chegou estava tudo arrumado, eles colocaram Maxon na cama, e então abri a janela para arejar o quarto. Todos saíram, e nós ficamos a sós.