I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 94
Capítulo 94 — Uns amassos igual na escola.




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KATE.

 

— Já terminei o meu dever, será que eu posso ver um pouquinho de televisão? – Alexis entra se aproxima de mim com uma carinha de cachorrinho pidão. Me viro e abro os braços para acolhe-la em um abraço.

— Você ainda está de castigo, lembra? – beijo seus cabelos enquanto ela esconde o rosto em meu pescoço.

— Eu sei, mas só um pouquinho... o papai nem está aqui. – sua voz sai abafada.

Encaro minha tia que preparava o jantar na cozinha e ela segura o riso.

— Mesmo assim... – escuto ela resmungar baixinho, mas não consigo entender.

Nós estávamos terminando o jantar. Bom, eu estava apenas fazendo companhia a minha tia enquanto ela cozinhava, mas gosto de pensar que estava ajudando de alguma forma.

— Mãe. – ela chama e se afasta os suficiente para me encarar. – eu não estou suspensa? Então porque eu tive que fazer o meu dever? É injusto não acha?

Ergo minhas sobrancelhas surpresa pelo pensamento da ruiva e escuto uma risada da minha tia.

— Desculpa, dessa vez não deu para segurar. – ela encolhe os ombros e volta a cozinhar.

— Mesmo suspensa você não pode perder conteúdo, por isso liguei para a escola e pedi que me passassem o seu dever por e-mail. – toco seu nariz delicadamente e ela sorrir.

— Mas agora que eu já acabei, eu podia ver um pouco de TV. Ou jogar no seu celular. – suspiro encarando a ruiva. Ela pode ser bem insistente quando quer, e isso era apenas mais uma coisa que puxou do pai.

— Alexis, não vou discutir. Você está de castigo, então não pode ver TV ou jogar.

— Então o que eu vou fazer? – ela cruza os braços.

— Vem em ajudar aqui, Alexis. – minha tia chama e os olhos azuis brilham.

— Eu posso?- balanço a cabeça e vejo a ruiva correr para perto da minha tia.

— Só tome cuidado para não se queimar ou cortar os dedos, pelo amor de Deus.

Pedi e ela balançou a cabeça como se concordasse, mas duvido que tenha ouvido algo já que minha tia explicava qual sua função na cozinha. A campainha toca e eu me levanto. Sabia que não era Castle, porque se fosse ele entraria com sua chave. Abri a porta e um enorme sorriso se fez em meu rosto.

— Lanie! – abro os braços recebendo minha amiga. – que saudade...

— Eu também. – ela murmura e me olha. – já que voltou a morar na cidade, fica mais perto eu vir visitar a minha amiga.

— Não seja exagerada, o rancho é perto da cidade também. – revirei os olhos e fechei a porta.

Lanie cumprimenta minha tia e Alexis, que solta apenas um sorriso e avisa que depois falaria com ela, já que estava ajudando no jantar e não pode parar. Lanie riu e nós seguimos para sala. Ela jogou sua bolsa num canto do sofá e depois sentou me encarando.

— E então, como você está? E esses dois garotões... – ela toca minha barriga. – nossa, eles cresceram mais.

— Eu estou ótima, e eles também. – forço um sorriso quando tento achar um posição mais confortável.

— Nossa, não parece tão bem assim. – ela rir da minha cara.

— Não é isso, é que agora eles estão mexendo mais. E não adianta o quanto eu converse ou faça carinho, eles não param até cansarem.

Ela riu e colocou a mão novamente na minha barriga, sentindo os bebês mexerem.

— Já escolheram os nomes?

— Não. Vamos fazer isso assim que Castle voltar.

— E quando ele volta?

— Hoje, na verdade. – olho o relógio no meu pulso. – na verdade ele deve chegar a qualquer momento.

Lanie sorrir, mas logo fica séria.

— E como você está? Digo... com a gravidez.

— Bem. – sorrio e institivamente passo a mão por minha barriga, sentindo mais uma vez os meninos se mexerem. – estou melhor do que acharia que estava, sabe? Sem medo e pensar no que pode ou não acontecer.

— Sem pensamentos pessimistas?

— Não. Não tenho mais esses pensamentos há muito tempo... – ela ergue as sobrancelhas surpresa. – Érica me deixou tão segura em relação a gravidez que eu não penso mais se algo pode me acontecer... eu só consigo pensar em tê-los em meus braços, entende?

Lanie abre um sorriso sincero.

— Entendo. – dessa vez eu a olho surpresa.

— Entende mesmo?

— Sim. – ela confirma balançando a cabeça e vejo seus olhos começarem a marejar. – eu entendo porque é isso que eu mais quero agora...

Penso um segundo encarando minha amiga.

— Lanie você...

— Sim. Eu estou grávida.

— Meu Deus. – a puxei para um abraço apertado e depois mirei sua barriga. – isso é sério? O Esposito já sabe?

— Sim, eu contei para ele hoje de manhã. – ela limpa o rosto. – não aguentava mais de ansiedade para te contar.

— Eu estou tão feliz por você. – a abraço de novo. – nossos filhos crescendo juntos, você já pensou nisso?

Lanie me encara com um enorme sorriso e eu não consigo deixar de rir. Nunca fizemos esses planos, ter filhos e um dia eles se tornarem amigos, mas agora aqui estamos nós, vivendo planos não planejados, mas que ainda assim são os planos mais bonitos que podíamos ter.

— Tia Lanie. – Alexis corre até nós e se joga nos braços dela. – eu estava com saudade. Você vai ficar para jantar com a gente? Eu ajudei a tia Thereza na janta, então está tudo muito gostoso.

— Convencido igual ao pai. – eu reviro os olhos e Lanie rir. – é claro que a Lanie vai jantar conosco.

— Não gente, não se incomodem comigo. Eu estou bem e...

— Nem pensar. – eu a interrompo. – já está decidido, você vai jantar com a gente. E meu amor... – olho para a ruiva no colo de Lanie. – você não pode mais pular assim na tia Lanie.

— Porque? – ela encara a morena. – você está doente?

— Não, mas estou grávida. – Alexis a encara por alguns segundos e depois abre um sorriso encantador.

— Igual a minha mãe?

— Bom, sim. Mas eu espero de coração que seja apenas um. – ela brinca e eu rio.

— Será que vai ser uma menina? – os olhos azuis esperançosos brilham. – eu espero que sim. Minha mãe já vai ter dois meninos, seria bom uma menina, né?

Eu rio da empolgação da ruiva e tenho vontade de puxa-la para meu colo e apertar até ela implorar que eu a solte.

— Você sabe que se for uma menina ela não vai te deixar em paz, não é? – digo a Lanie rir.

— Bom, ainda está cedo para saber se vai ser menina ou menino. Mas vamos torcer, né Alexis?

— Sim. – ela diz animada e abraça a morena.

Ao mesmo tempo que minha tia avisa que o jantar estava pronto, a porta da frente se abre revelando um Castle sorridente e cheio de sacolas. Ela dá um boa noite e logo sente a filha pular em seus braços lhe dando um abraço tão apertado que que visse diria que ele saiu de casa há um mês, e não apenas um dia.

— Papai, você sabia que a tia Lanie está gravida? Ela vai ter um pontinho também.

Castle encara a morena surpreso.

— Será assim daqui em diante. – aviso a minha amiga. – ela contará a todos.

Lembro que quando descobri da gravidez, Alexis ficou tão feliz que não conseguia se conter. Castle parabeniza Lanie e depois vem em minha direção ainda com Alexis nos braços.

— Oi, meu amor. – ele se aproxima e me beija rapidamente. – sentiu minha falta?

— Muita. – murmuro e selo nossos lábios.

— Eca. – Alexis resmunga e separa nossos rostos se agarrando ao pescoço do pai.

— Rick chegou na hora certa. O jantar está pronto, vamos para a mesa antes que esfrie?

Castle abriu um sorriso travesso e colocou Alexis no chão.

— Antes você pode colocar mais um lugar na mesa, Thereza? – ele vai em direção a porta que só agora percebi que ainda estava aberta. – trouxe uma surpresa para você.

Ele aponta a entrada e meu tio aparece com um sorriso bobo no rosto.

— Robert! – ela praticamente grita e corre até ele, o abraçado.

Era fácil ver o amor entre eles. Mesmo depois de meses longe um do outro, eles ainda tinham o mesmo amor e respeito que eu sempre admirei. Sorri vendo a cena e encarei Castle.

— Era uma surpresa para você também. – ele jogo os ombros e pega as sacolas que carregava quando chegou e colocou no sofá. – agora vamos todos jantar, porque estou morrendo de fome.

Eu concordei e fui até meu tio, abraçando-o e deixando um pouco da minha saudade passar. Acabamos todos ao redor da mesa, jantando e conversando sobre como estavam as coisas. Meu tio contou tudo o que tinha feito e Nova Iorque desde que voltou sozinha já que minha tia ficou para me ajudar. A cada dez frases que ele dizia, nove era sobre o quanto ele sentiu falta dela.

Não era de se admirar, eles nunca passaram tanto tempo longe um do outro. Tia Thereza estava mais sorridente que o de costume. Seus olhos não conseguiam despregar do meu tio e suas mãos sempre se procuravam por cima da mesa.

Depois do jantar fomos para a sala. As risadas preenchiam a sala e deixava aquele apartamento com um ar mais de família. Uma grande família. Lanie teve que se despedir logo após o jantar, ela iria encontrar Esposito em algum lugar. Só quando meu tio disse que iria tomar um banho e descansar, eu notei que Alexis dormia com a cabeça encostada no meu corpo enquanto eu fazia um cafuné.

Castle se prontificou a leva-la para a cama. Assim que ele saiu meus olhos caíram sobre as sacolas quase escondidas no chão, no canto do sofá.

— O que são essas sacolas? – perguntei assim que ele voltou para a sala.

— Presentes. – ele abre um sorriso de criança. – você vai amar, Kate.

Castle coloca as sacolas sobre o centro da mesa e eu me endireito animada.

— Olha esses pequenos sabres de luz. – ele retira uma pequena caixa da sacola. – comprei cinco, um para cada um de nós. Assim quando eles crescerem a gente pode brincar todos juntos, que tal?

Vejo sua animação com tudo aquilo e apenas consigo assentir com a cabeça.

— Esse aqui é um dos meus preferidos. – ele tira de dentro da sacola dois pequenos macacões cinzas escrito “FUTURE WRITER” e eu não pude deixar de sorrir.

— Futuro escritor?

— Um deles vai querer seguir meus passos. – ele diz com um sorriso largo, mas logo diminui. – eu espero que eles não se apaixonem por seus cachorrinhos, e gatinhos, e cavalos e tudo o que sua clínica tem a oferecer e queiram ser veterinários também.

Isso me faz rir.

— Vamos falar das profissões dos nossos filhos depois? O que tem mais aí.

— Esse não é tão apropriado para os bebês, mas eu gostei. – ele ia tirando mais uma roupinha, mas recuou. – você vai odiar.

— Mostra logo, Castle.

E então ele tira um macacão preto para recém-nascido que dizia “MY MOM IS HOT”.

— Castle!

— Eu sei, eu sei. Você odiou, mas eu achei divertido. – ele diz rindo.

— Meus filhos não vão usar uma roupa que diga que eu sou gostosa.

— Bom, você é. – pego uma almofada no sofá e jogo nele. – tá, eu sabia que você não ia gostar, por isso só comprei um.

— Qual o próximo?

Então ele tirou mais algumas roupas de super-heróis, um brinquedo que canta canções de ninar do Leonard Cohen, algumas chupetas que brilhas e fazem sons engraçados, roupinhas de vários tipos de animais que, segundo ele, era para me agradar também, e por último um mobile de berço musical Star Wars que tocava a Imperial March, que quando ele colocou para tocar parecia que tinha voltado no tempo e era uma criança novamente.

— Gostou?

— Você vai estragar nossos filhos, não? – amasso meu rosto numa careta e ele rir se aproximando.

— Vai ser maravilho, Kate. – ele se ajoelha em minha frente e apoia as mãos em minhas coxas. – não vai ter como eles não gostarem de coisas nerd, porque eu vou fazer questão de mostrar, e quando eles crescerem eles decidem se gostam ou não, mas eu não consigo parar de me imaginar com nossos filhos brincando com os sabres de luz e assistindo nossos filmes de ficção cientifica e super-heróis.

Meu sorriso crescia em cada palavra que ele dizia, e no fim eu já estava com meus olhos marejados de lagrimas imaginando cada cena que ele descreveu.

— Bom... apesar de você não saber comprar presentes para uma criança que ainda nem nasceu, você me convenceu com esses seus argumentos. – brinco rindo e ele se estica para me beijar.

— Amanhã a arquiteta vem aqui nos mostrar os projetos finais e eu vou mandar ela acrescentar essas coisas na arrumação dos quartos deles.

— Tudo bem. – forcei um sorriso por conta da dor nas costas e os bebês ainda mexiam um pouco.

— O que foi? Está sentindo alguma coisa?

— Não, nada. – ele me encara sério e eu não consigo não sorrir. – sério, não estou sentindo nada além de dor nas costas. Seus filhos passaram o dia agitados, e ainda estão. – digo quando volta a sentir eles se mexerem.

Castle abre um sorriso e segura minha barriga protetoramente com as duas mãos.

— Eu acho que eles estavam ansiosos com a chegada do papai. – sua voz foi ficando fina. Castle se inclinou e beijou o lugar onde cada um dos bebês estavam na última ultrassom. – porque nós não vamos para o quarto, eu tomo um banho e depois me deito com vocês enquanto eu conto alguma história para eles? – Castle mal acaba de falar e o bebê chuta.

— Ok, acho que eles gostaram da ideia. – ele abre um sorriso lindo me encara. – mas antes... – seguro seu rosto com as mãos e o puxo para perto de mim, unindo nossos lábios num beijo calmo e cheio de saudade. Vinte e quatro horas longe dele era tempo demais. Não sei se vou me acostumar com sua ausência quando ele tiver que voltar a viajar.

 

CASTLE.

 

Saio do banheiro e encontro Kate em pé ao lado da cama, passando creme em seu corpo. Me permiti parar e admirar um pouco a cena. A forma como a subia e descia as mãos por suas pernas era muito sexy. Não sei de onde ela tirou a ideia de que está feia ou gorda, para mim, ela é a mulher mais linda do mundo, e o fato de estar grávida apenas a deixou ainda mais linda.

Me aproximo quando vejo que ela já tinha terminado e a abraço por trás, colocando seu cabelo para o lado e beijando seu pescoço. Kate sorriu e acariciou meus cabelos com sua mão.

— Senti falta de você. – minha voz sai abafada. – foi apenas um dia, mas pareceu uma semana.

Vira ela de frente para mim.

— Também senti, mas ao contrário de você, eu estava muito bem acompanhada na minha cama ontem. – eu rio e olho por cima do seu ombro, vendo Alexis dormir tranquilamente na sua cama.

— Como ela se comportou?

— Bem. Só reclamou um pouquinho porque teve que fazer o dever, mas fora isso... – ela deixa as palavras no ar e joga os ombros.

— Você a fez estudar no dia de suspensão? Isso é maldade, Kate.

— Ela foi suspensa, e não pode achar que isso é motivo para ficar de bobeira em casa.

— Nossa, você é uma mãe muito exigente. – Kate rir e abraça meu pescoço.

— E uma esposa exigente também. – ela pisca e me beija.

Seus lábios quentes procuram os meus buscando sempre mais contato. Não demora muito para aprofundarmos o beijo sentindo nossas línguas se unirem numa batalha que é vencida por mim. Seguro firme os cabelos de sua nuca e aprofundo ainda mais o beijo, arrancando um gemido abafado dela. Eu sentia falta desse som. Puxei uma cabeça para trás e desci os beijos por seu queixo, mordendo levemente enquanto ela suspirava. Chupo a pele macia de seu pescoço sabendo que ia ficar vermelho depois, mas não me importo.

— Estou com saudade. – sussurro em seu ouvido antes de morder o lóbulo de sua orelha e acaricia-lo com a língua depois.

— Eu sei... eu também estou... – sua voz sai pesada e como um sussurro. Kate me afasta o suficiente para me olhar nos olhos. – amanhã eu vou pedir aos meus tios para saírem com Alexis, assim a gente pode ter algumas horinhas só para a gente.

Sorrio só de imaginar nós dois sozinhos, mas isso também me fez acender um sinal vermelho em minha cabeça. Nós dois sozinhos era um perigo.

— Kate eu acho melhor não. Nós não podemos... – ela me interrompe com um beijo.

— Cala a boca. – ela sela nossos lábios rapidamente. – estou com saudade de ficar a sós com meu marido. De poder beija-lo a vontade sem medo que nossa filha acorde e nos veja praticamente nos comendo. – ela olha para trás e se certifica que Alexis ainda dormia. Eu rio.

— Ok, eu também estou com saudade disso.

— E mais... – sua voz agora tem uma malicia. É quase sedutora. – nós não podemos fazer sexo... – ela beija o canto da minha boca. – mas tem várias coisas que nós podemos fazer. – ela morde o lábio e pisca me deixando completamente maluco.

— Como o que? – estava curioso de suas intenções.

— Como ficar dando uns amassos igual na escola. – ela mexe as sobrancelhas me provocando.

— Eu preciso de outro banho. – digo sério e ela rir quando me ver voltar para o banheiro, mas segura meu braço.

— Não seja bobo, vamos deitar na cama e você vai contar uma história para seus filhos. Você prometeu.

Kate praticamente me arrasta para a cama. Antes de me deitar bebo um pouco da água que ela sempre deixava ao lado da cama e tento me acalmar. Kate é uma mulher sedutora, ela sabe exatamente o que fazer e como fazer para me seduzir. Ainda ouço uma risada baixa sua quando me arrumava debaixo das cobertas, ela estava se divertindo com a situação e eu já consigo pensar em maneiras e provoca-la quando estivermos a sós.

Ela se acomoda nos travesseiros e eu me aproximo, deitando um pouco mais para baixo e deixando meu rosto próximo a sua barriga. Abracei sua cintura e pousei minha mão do outro lado, sentindo os dois voltarem a se mexer. Não consigo descrever o quanto isso é incrível. Kate pode até reclamar, mas eu sei que ela também ama senti-los.

— Prontos para a história? Então eu vou contar como super-herói escritor conquistou a mulher maravilha.

Enquanto eu contava a minha história e de Kate de um jeito mais fantasioso, cheio de armas e lutas, superpoderes e amor, sinto suas mãos acariciarem meus cabelos lentamente. Aos poucos sinto seus movimentos diminuírem até pararem completamente. Ela havia adormecido. Sorrio e beijo sua barriga, os bebês já não se mexiam mais, provavelmente dormiam também. Me ajeitei nos travesseiros e abracei Kate, que se aninhou em meus braços em nenhuma resistência.

Sinto um peso em cima de mim, mas me recuso a abrir os olhos. Kate mais uma vez deveria estar dormindo com as pernas jogadas por cima das minhas. Mas então eu sinto um peso sobre minha barriga, uma cabecinha deitar em meu peito e uma mãozinha mexer em meus cabelos. Apenas sorrio.

— Bom dia, amor. – murmuro sem abrir meus olhos e a abraço com meu braço livre, já que Kate fazia o outro de travesseiro.

— Bom dia, papai. – sua voz manhosa dizia que ela tinha acabado de acordar. – eu vou ter que ir para a escola hoje?

— Mas é claro que sim. – digo rindo. – a suspensão era apenas um dia.

— Eu sei, mas eu podia ficar aqui com vocês. – abro os olhos e a vejo coçar os olhos.

— Não seja preguiçosa, Alexis. – a voz rouca de Kate se faz presente e eu a olho. Ela ainda permanecia na mesma posição, deitada de lado e quase totalmente coberta, os olhos fechados entregando a preguiça que dominava a todos na casa. – a manhã vai passar logo, amor. – ela sobe o braço até o rosto da filha e faz um carinho.

— Então eu posso dormir só mais um pouquinho?

— Espera... – pego meu celular apenas para conferir que são cinco horas da manhã. Não me admira todos estarem com preguiça, ainda nem estava totalmente claro lá fora. – ainda é cedo, dorme mais um pouco.

— Posso ficar aqui?

— Não. – eu rio e deito a ruiva do meu lado. – você pesa, sabia?

A ruiva nem se deu ao trabalho de responder, apenas se enfiou debaixo das cobertas e se encolheu perto de mim. Acordo novamente com batidas na porta do quarto. Olho para os dois lados e vejo as mulheres da minha vida dormindo serenamente. As batidas se fazem presentes mais uma vez e eu peço para esperar, mas não falo alto para não acordar ninguém. Saio da cama com cuidado, e com um pouco de dificuldade, e vou até a porta. Thereza estava lá, com a cara de sono igual a minha. Ela também tinha acabado de acordar.

— Oi, bom dia. – coço os olhos.

— Bom dia Rick. Você já viu que horas são? Alexis não vai ao colégio?

— Não, eu acabei de acordar. Nossa, que horas são? – ela mostra o celular que marcava nove horas da manhã. Arregalo meus olhos assustado. Nós dormimos tanto assim? – eu acordei cedo, e voltei a dormir. Era praticamente madrugada ainda... bom, eu acho que está tarde para ela ir à escola...

— Eu vou fazer um café. Acorde essas duas dorminhocas porque se não vão perder o sono a noite. – sorrio e fecho a porta, voltando para a cama onde Alexis já tinha ocupado o meu lugar se agarrando a mãe.

— Era a minha tia? Que horas são? – Kate levanta a cabeça para me olhar. Os olhos pequenos e fofos que me dava vontade de beijar cada um deles.

— Tarde. – entro debaixo das cobertas me aconchegando nelas novamente,

— Tarde? Como assim tarde?

— Tarde demais para Alexis ir à escola. Ela já perdeu pelo menos duas aulas, e daqui que ela se arrume e tome café, ela perderá mais duas.

— Eu não sabia que tinha tanto sono assim... – Kate resmunga. – é melhor a gente levantar...

— Não... – eu a interrompo, passando meu braço por Alexis até chegar a ela. – estamos bem aqui, vamos ficar.

Kate rir e acaricia meus braços.

— Vocês são exatamente iguais, sabia? Dois preguiçosos.

— Então vem ser preguiçosa com a gente, por favor. – Kate rir e eu sei que ela não vai sair da nossa cama tão cedo.

Acordamos uma hora depois com Alexis nos chamando dizendo que estava com fome. Kate pediu para a menina ir tomar um banho e escovar os dentes enquanto ela preparava algo para ela comer. Assim que Alexis saiu eu me aproximei dela, beijando seu rosto sereno.

— Bom dia, amor. – sussurro a fazendo sorrir.

— Bom dia. Vamos levantar?

— Por mim passaria o dia todo aqui. – Kate rir e logo reclama da mordida que dei em seu ombro.

— Isso dói, sabia?

— Sabia. Você já me mordeu várias vezes. – pisco maliciosa e a vejo corar. Sabia que ela lembrava de todas as vezes que mordia meu ombro no meio de nossas noites quentes.

— Castle, volta a dormir. Eu vou preparar o café da minha filha. – ela se afasta rindo e fico olhando para ela. Mesmo com os cabelos desarrumados e o rosto amassado de sono ela era a mulher mais linda do mundo. A gravidez deixou os quadris dela mais visíveis, e a menina que ela andava até a porta, eu admirava seu rebolado.

A porta se fecha e eu suspiro deitando de costa no colchão.

Essa mulher me tem nas mãos, em todos os sentidos.

 

***

 

— Você se muda e esquece que tem mãe? – eu mal abro a porta e o furacão Martha entra.

— Oi, mãe. – fecho a porta e acompanho ela até a sala. – desculpa não ligar, mas cheguei de viagem ontem.

— Onde está minha neta?

— Aqui. – Alexis aprece no corredor correndo e abraçando a avó. – eu estava morrendo de saudades, vó.

— Eu também estava, e eu vim te buscar para passar o dia comigo na minha casa.

— Eu posso? – Alexis me encara.

— Claro que pode. – Kate surge carregando uma mochila que eu aposto que tem roupas e tudo mais que Alexis pode precisar. – só não se esqueça que você ainda está de castigo. – minha mulher pisca e beija o rosto da filha.

— Eu perdi alguma coisa?

Kate estava agindo estrando desde a hora do almoço, quando praticamente obrigou os tios a terem uma tarde romântica fora do apartamento. Só os dois. E agora minha mãe chega dizendo que vai levar Alexis. Acho que ela está mesmo colocando em prática o plano de “dar uns amassos” comigo hoje.

— Alexis, vai trocar de roupa rapidinho? – a menina concorda e vai até o quarto. Kate me olha sorridente. – eu pedi para sua mãe ficar com Alexis hoje, já que meus tios saíram...

— Você quase os expulsou. – corrijo-a.

— Que seja. – ela revira os olhos. – mas nós merecemos esse tempinho a sós, né?

— Oh, não quero nem imaginar o que vocês irão fazer. – minha mãe faz uma cara dramática e grita por Alexis, que aparece saltitante na sala e se despede de nós dois. – se cuidem crianças.

Tranco a porta e ainda posso ouvir a risada de minha mãe. Me viro e vejo que Kate não está mais atrás de mim. Meu coração acelera e logo percebo que estava nervoso. Mas porquê? Eu estou sozinho com minha mulher, não deveria estar nervoso, e sim contente. Muito contente. Desde que nos mudamos não tivemos muito tempo a sós. O apartamento era pequeno e tinha gente demais nele. Agora, em silencio, ele parecia grande. Mas era apenas por algumas horas.

Vou até a cozinha e bebo um pouco de água. Essa história toda de dar uns amassos até que pode ser bom, eu realmente estou com saudade de Kate. De seus beijos, sua pele, sentir suas unhas finas arranhando meus braços. Respiro fundo e vou até nosso quarto. A porta estava aberta quando eu cheguei, mas logo tratei de fecha-la. O quarto estava vazio, mas a luz do banheiro estava acesa. Vou até e encontro minha mulher completamente nua, parada em frente ao espelho.

Por incrível que pareça eu não tenho vontade de ir até lá e agarra-la. Quero apenas ficar aqui e poder contemplar a beleza exuberante que ela é. Kate ainda não tinha notado minha presença, então eu me escorei no batente da porta e gravei cada detalha daquela cena em minha mente. Nunca esqueceria esse momento. E talvez ele não se repetisse. Mas queria lembrar do quanto minha mulher era linda e sexy grávida.

— Você tem noção do quanto está sexy, assim? – digo chamando sua atenção para mim, e Kate me olha até vez do espelho.

— Não seja tolo. – ela bufa. – como eu posso estar sexy gorda?

Me aproximo devagar e para atrás dela.

— Você está linda e sexy. – passo minhas mãos lentamente pela lateral de seu copo, causando arrepios em sua pele. – seus seios fartos estão me deixando com vontade de prova-los. – toco seus seios com minhas mãos, apertando-os levemente e arrancando um gemido rouco dela quando mordo seu ombro. – você quer ter apenas uma noção do quão sexy está e do quanto pode mexer comigo? – ela fecha os olhos e joga a cabeça para meu ombro, sem me responder.

— Eu não preciso ver, eu estou sentindo. – ela consegue dizer numa fio de voz e eu sei que ela está tão excitada quando eu.

— Ótimo. – beijo seu pescoço. – então nunca mais duvide disso.

Com uma mão seguro seu rosto para ter acesso a sua boca e a beijo loucamente enquanto minha outra mão desce por seu corpo até sal intimidade sentindo o quanto ela está molhada e pronta para mim. Isso me faz sorrir. Eu amo o quanto Kate pode ficar tão excitada em tão pouco tempo. Meu dedo escorrega facilmente entra seus grandes lábios e logo sinto seu ponto de prazer pulsante. Kate estremece em meus braços e eu a agarro, sem nunca parar de toca-la.

Gemidos.

Suor.

Prazer.

Eu senti falta de nós dois assim. Abri meus olhos e pude ver pelo espelho minha mulher se entregando para mim. Vi o momento exato em que ela atingiu o orgasmo e o liquido desceu pelos meus dedos. Vi seu peito subir e descer ofegante. Vi seus dedos largarem minha roupa que ela apertava com tanta força.

— Era assim que você dava uns amassos na escola? – sua voz ofegante me atinge.

— Não posso ficar só em amassos com você, meu amor. – beijo seu ponto de pulso no pescoço. – não quando te vejo inteiramente nua para mim.

Kate abre um sorriso preguiçoso e sacana.

— Ótimo. Está na hora de eu te mostrar como fazia na escola.

Ela sai dos meus braços e me empurra até a parede. Uma mão em meu peito e a outra já desabotoava minha calça. Tentei dizer alguma coisa, mas fui interrompido por um beijo cheio de vontade. Kate separa nossos lábios e se abaixa, sem tirar seus olhos dos meus.

Jogo a cabeça para trás e abro a boca em um gemido que saiu mudo assim que sinto sua boca quente em mim.


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