Aprendendo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Sword and Cross




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P.O.V. Lucy.

Eu me formei em psiquiatria, depois que a maldição foi quebrada. Daniel e eu assumimos a Sword and Cross e transformamos o antigo reformatório numa clínica especializada em pessoas sobrenaturais com problemas psiquiátricos.

Nós tivemos um filho. Robert.

Eu fui transformada depois do parto do meu filho. Então Rob parece ser mais velho do que eu e Daniel.

A Sword and Cross mudou muito desde que eu estive aqui como paciente, eu fiz questão de remover os corpos dos soldados que aqui foram sepultados, eu mesma cavei, salguei e queimei os ossos de todos eles. Nós demolimos tudo o que havia aqui antes e reconstruímos, mas não se preocupem ainda parece antigo. 

O jardim antes morto floresceu e conseguimos reaver a beleza do lugar.

P.O.V. Rob.

Eu entrei na sala da minha mãe e ela estava divagando totalmente.

—Mãe?

—Oh! O que eu falei sobre bater?

—Eu bati mãe. Duas vezes.

—Estou esperando uma paciente nova. Essa é especial.

—Porque?

—Porque ela é filha da mulher que permitiu que você nascesse. Ela quebrou a maldição.

—Conheço essa história.

—A sua preferida. Lembra?

—Lembro mãe.

—Ás vezes quando olho pra você ainda vejo o bebê de fraldas que me deixava doida. O bebê que bebeu xampu, comeu uma bola de natal de vidro, fez bolha de sabão ao contrário, meteu a mão no ferro de passar fervendo e no forno quente. O bebê que cuspia banana na minha cara. Você sentia o cheiro da banana e já fazia cara feia. Eu nunca vi menino. Como você tem esse nariz, não importava com o que eu misturava a banana o miserável sempre sentia o cheiro e cuspia na minha cara. Até que um dia, eu endoidei, foi um furdunço, foi uma moda sertaneja que eu escutava no rádio e ficou na minha cabeça e tu menino já tinha cuspido em mim até dizer chega. E ai nossa!

—Eu amo você mãe.

—Eu também amo você querido e você sempre vai ser o meu bebê encrenqueiro. Elas chegaram.

Nós descemos e fomos para a entrada. Onde um carro preto blindado estacionou, era um quatro por quatro.

Do lado do motorista desceu uma moça, ela estava de botas marrons de montaria,  tinha cabelo liso castanho escuro, usava uma blusa verde de manga longa e foi direto cumprimentar minha mãe.

—Oi Lucy. Á quanto tempo.

Elas se abraçaram.

—Senti saudades. Esse lugar mudou muito desde aquele tempo.

—Levou muito tempo pra ficar lindo desse jeito.  Então, quando vamos conhecer a paciente?

—Estão prontos para testemunhar com seus próprios olhos o efeito duplicata?

—Sim. Oh, esse é meu filho Robert.

—Rob?! O bebê Rob?! O bebê que eu fiz o parto?

—Ele mesmo.

A mulher ficou chocada.

—Assim a gente percebe o quanto o tempo passou. Bom, preparem-se. 

Ela abriu a porta e a garota que saiu de lá era sua cópia fiel.

—Caramba.

As duas se posicionaram e acenaram dizendo em uníssono:

—Oi.

—Essa é minha filha Abigail. Abigail esses são a Doutora Grigori e o filho dela Robert.

—Oi.

—Tudo bem, todo mundo olha assim.

—Sinto muito. Deve ser estranho.

Depois de receber os horários de consulta, das aulas de T.O. e recreação minha mãe pediu que eu a conduzisse até o seu quarto.

—Isso é permitido?

—O que?

—Ele ir na ala das meninas.

—É. Ele é meu assistente desde sempre né filho?

—É. Eu já nem ligo mais.

Ela carregou todas as malas sem a menor dificuldade. 

—Aqui. Trezentos e dois.

—Obrigado.

Ela fechou a porta e imagino que tenha começado a desfazer as malas.

P.O.V. Abigail.

Eu consegui pegar as minhas armas, minhas velas e o meu grimório. Sam e Dean me ensinaram super bem a esconder coisas.

—Pronto. 

Agora está tudo direito. As armas estão escondidas em lugares estratégicos e de fácil acesso.

O quarto era lindo. Muito grande, muito maior e melhor do que eu imaginava que seria.

Todo cor de rosa, era bem quarto de menina. Bom, as paredes eram brancas.

Eu pendurei um quadro de anotações na parede e escondi meu diário atrás do quadro.


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