Aprendendo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 17
Bebê milagroso parte I




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 P.O.V. Vincent.

Davina Chandler Keller. O bebê mais lindo do mundo, com olhos verdinhos como os da mamãe.

Ela é um bebê curioso, uma bruxinha talentosa. Faz magia instintivamente.

Felizmente ela não herdou meu gene de lobisomem. O sangue dela faz híbridos e aparentemente em parte é a cura para o gene lobisomem, mas a Catherine e eu não queremos que ela faça parte de nenhum tipo de experimento. Porque foram os experimentos que começaram toda essa bagunça para começar.

—Olha que chupeta enorme! Tem mais chupeta que Davina.

—Fala pro papai, você tá é com inveja papai.

Ela agarrou na blusa de Catherine. Era o jeito dela dizer quero mamar.

—Que ótimo. Estamos em local público. Mamadeira?

Catherine chacoalhou a mamadeira na frente de Davina que fez uma cara feia.

—Vamos Davina. Tem que aprender a mamar na mamadeira.

Ela ficava puxando a blusa de Catherine.

Cat tentou fazê-la mamar na mamadeira, mas ela pegou a mamadeira e atirou longe. A mamadeira foi mesmo longe e fez um amassado no carro de algum pobre samaritano.

—Davina! Vincent, me dá sua jaqueta.

Eu tive que cobrir a Catherine para ela poder dar de mamar á Davina.

—Teimosa. Puxou mamãe.

—Adorei. Você sempre foi determinada.

—Eu sei. Por isso cheguei ao FBI.

—Temos um novo médico legista.

—É mesmo.

—Ele tem um sotaque britânico molhador de calcinha.

—Nem vem. Será  que é ele?

—É quem?

—Detetive Chandler?

—Agente Chandler. Mas, pode me chamar de Cat, Evan.

—O que está escondendo embaixo dessa jaqueta enorme?

—Digamos que o meu bebê não é muito fã da mamadeira.

—Essa mamadeira? 

—É.

—Ela fez um amassado no meu carro. Alguma explicação?

—Uma linda bebê teimosa e híbrida.

—Catherine!

—O que?! Ele é de confiança!

—Ele é humano.

—E dai? 

—Ele é um ser humano normal, não sobrenatural. Deixe que ele continue assim.

—Trabalhando nesse departamento? 

—É está certa. Esse departamento é mais sobrenatural do que qualquer coisa que eu já vi.

—Sobrenatural?

—Lembra do ataque no metrô? Da amostra de cabelo que era metade animal?

—Eu me lembro.

—Você não estava louco. Era do Vincent, meu namorado Vincent. Ele é um lobisomem geneticamente modificado, minha mãe era uma bruxa e o meu bebê é uma híbrida.

P.O.V. Evan.

Saber que lobisomens existem e que a Catherine Chandler é uma bruxa que teve um bebê híbrido milagroso é foda.

—Evan?

—O que?

—Da pra devolver a mamadeira?

—Claro. Ela fez aquilo no meu carro?

—Fez. Eu vou pagar o concerto. Ela ainda é bebê, não tem noção da própria força, nem nós tínhamos até ela atirar a mamadeira longe.

—E a mamadeira ficou inteira.

—Essas coisas são resistentes. É plástico reforçado e colorido.

Por uma fração de segundo eu vi o seio de Catherine e então eu vi o bebê. E o bebê olhou pra mim.

—O nome dela é Davina.

—Oi Davina, eu sou o Doutor Evan.

Ela deu risada.

—Ela já sabe rir?

Ela riu outra vez.

—Sim. Ela sabe.

—Quanto tempo ela tem?

—Um dia.

—Um dia? Recém nascida?

—Sim.

—Uau!

Toda vez que eu falava ela ria.

—Porque você ri toda vez que eu digo alguma coisa?

E para a surpresa de todos ela respondeu:

—Você soa engraçado. A sua mãe não te ensinou a falar direito?

—Eu sou britânico.

—O que é britânico?

—Ele veio da Inglaterra.

—O que é Inglaterra?

—Um país diferente do nosso.

—O que é país?

Ficamos respondendo perguntas a um bebê de vinte e quatro horas. Ela devia estar cansada, mas parecia estar a mil.

—Você não quer dormir?

—Não. Eu quero... me mexer.

Ela começou a engatinhar pelo quartel general do FBI.

—Não Dada, não. Tem que ficar quietinha.

—O que é isso?

Ela pegou o microscópio com uma mão só?

—Coloca de volta.

—Não. O que é isso?

—Um microscópio.

—E pra que serve?

—Pra ver coisas bem pequenas.

—Mostra como funciona.

Ela explorou o laboratório forense até chegar um corpo. Quando ela viu o corpo começou a chorar.

—Vem querida, vamos sair daqui. Não olhe.

Ela propositalmente desviou o olhar.

—Ele ta todo esfaqueado mamãe. Como uma pessoa tem tanto sangue assim?

—Vamos Davina.

Os olhinhos verdes olhavam tudo em volta com franca curiosidade. Estava frio e ela usava uma toca e uma chupeta enorme. Um macacão roxo claro, lilás com uma bela blusinha de frio roxo escuro pra combinar.

A única coisa que não combinava era a chupeta.

—Porque essa chupeta carnavalesca?

—Porque é a minha chupeta preferida.

Ela tirava a chupeta da boca, falava e enfiava de volta.


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