Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 6
O passado de Leonardo Vargas


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Eu queria pedir desculpas por não ter postado os capítulos na quinta, eu passei mal o dia todo, não conseguia me levantar da cama sem sair esbarrando em tudo, mas eu amanheci bem melhor.

****

Agradeço a quem comentou no capítulo anterior, vocês merecem aplausos por serem leitoras maravilhosas!
Vejo vocês lá em baixo!



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  8 anos antes


    Seus dedos dedilhavam as cordas do violão, cada nota tocada formava uma melodia incrível aos ouvidos de todos, Leonardo possuía um dom incrível, um coração de ouro e o espírito infantil de uma criança doce de 11 anos. Isabelly observava o menino com um semblante admirado e se perguntava como ninguém conseguia enxergar a criança incrível que ele era, o garoto chegara no seu orfanato aos 3 anos de idade, o pai o largara lá após a morte de sua esposa. Isabelly amava escutar ele tocar, amava ver aquele brilho no olhar dele toda vez que tocava, se sentia mal ao ver que quando alguém aparecia para adotar uma criança, sempre escolhiam os mais novos e doía pensar que talvez ele nunca fosse adotado por uma família que o amasse. Ela o observava todos os dias, em alguns, ele estava feliz tocando o seu velho violão, em outros, triste, esperando a oportunidade de ter uma família.
 
    O dia estava nublado e apenas Leonardo estava sentado no pequeno parque que havia no orfanato, Isabelly, a diretora de lá, esperava atentamente que ele se levantasse e entrasse, antes que começasse a chover, só que ele estava distraído de mais. E os chuviscos começaram, só que ele não levantava, ainda tocava seu violão, desta vez, em um ritmo rápido e raivoso, algo que impressionou a ruiva, quanto mais rápido ele tocava, mais grossa a chuva vinha, até que ele parou de tocar, a chuva já estava forte, ele não se levantou, apenas pôs o violão no chão e começou a chorar.

 Seus cabelos loiros estavam enxarcados, assim como suas roupas, seu violão estava completamente estragado, a água tinha entrado no seu instrumento, ele parecia não se importar, estava procupado de mais com sua dor. Isabelly pegou seu guarda-chuva e foi até o garoto sentado em um banco.

 -Leo. - chamo-o e o loiro levantou a cabeça. - Venha, vai se resfriar, meu amor. - falou com a voz doce e delicada, o menino assentiu e se levantou. - Que tal se eu fizesse um chocolate quente para você? - perguntou a ruiva e ele negou com um simples gesto de cabeça, eles começaram a andar e entraram no orfanato, o silêncio se seguiu até eles chegarem no quarto em que Leonardo dividia com alguns de seus amigos dalí.

 -Qual o meu problema, Isa? - perguntou o loiro quebrando o silêncio e Isabelly ficou confusa. - Por que ninguém me adota? - perguntou e a ruiva respirou fundo, ela se abaixou para ficar da altura dele e sorriu triste, odiava ver ele assim.

 -Você não tem nenhum problema, meu doce, só não chegou a família certa para você ainda. - explicou ela e o loiro encarou os sapatos enxarcados.

 -Quando é que eles vão aparecer?

 -Logo, logo. Quem não ia querer adotar um garoto incrível como você? - verbalizou Isabelly com um sorriso animado no rosto.

 -Eu não sou incrível. - rebateu Leonardo cruzando os braços descrente.

 -É, sim, você toca violão melhor que eu, na verdade, você é o melhor no mundo todo! - exclamou e o garoto abriu um pequeno sorriso. - Isso aí, eu amo esse sorriso nesse rostinho lindo, é assim que eu quero vê-lo todos os dias. - murmurou segurando o queixo dele.


  [...]


      Leonardo tinha acabado de se trocar e desceu as escadas correndo, queria ver o que Isabelly queria mostrar para todos do orfanato. A primeira coisa que ele viu quando cheguou no pátio foi as crianças ao redor de uma Isabelly contente conversando com dois adultos, um homem e uma mulher. O loiro se aproximou e passou por todos até chegar no centro do círculo, onde viu várias caixas grandes, a ruiva sorriu ao ver os olhos curiosos de Leonardo.

 -Aí está o nosso músico. - falou Isabelly puxando Leo para perto, todos os olhos se voltaram para o garoto, principalmente os do casal a sua frente.

 -Olá, rapaz, e como seria o seu nome? - perguntou o homem alto para Leonardo.

 -Leonardo. - respondeu um tanto encabulado.

 -Bom, Leonardo, eu sou a Arabella e este é o meu marido Carlos. - falou a mulher com um sorriso amável e o loiro encarou Isabelly, desconfiado e ela passou a mão pelos cabelos dele.

 -Quer abrir aquela caixa? - perguntou a ruiva apontando para uma caixa especifica, Leonardo foi até a caixa e a abriu bem devagar, ao terminar de abri-la, seu sorriso se abriu ao ver o que havia nela, era um violão preto. - O sr. e a srª Vargas doaram para o orfanato quase cem mil em instrumentos, para que nós continuemos com o programa de música. - falou Isabelly para todos ao redor, só que Leo não escutou, estava admirando o violão que estava na caixa.

 -Toque para nós, Leonardo. - pediu Arabella e o loiro assentiu sem tirar o sorriso do rosto, assim que pegou no violão, começou a tocar com a mesma paixão e a cada nota tocada com perfeição era como imaginar a música criando vida, aquele era o pequeno mundo dele, ele já parecia saber o que queria ser, ele queria ser um cantor incrível, queria lotar arenas, encantar o mundo com sua voz, fazer o que mais amava. Desde sempre, a música foi como um refúgio para o garoto e a paixão ia crescendo a cada dia. Quando parou de tocar, viu um sorriso admirado no rosto de Arabella e um olhar orgulhoso no rosto de Carlos, algo que ele nunca pensou que conseguiria de uma pessoa, fora Isabelly.

 -Você toca com muita paixão para alguém com sua idade. - comentou Carlos e o garoto assentiu.

 -É, eu quero seguir a música, quero ser cantor, quero fazer o que eu amo. - murmurou o garoto e eles sorriram, Arabella parecia ficar mais encantanda pelo garoto a cada frase que ele dizia.

 -Tão pequeno e já sabe o que quer fazer. - falou ela e Leo franziu o cenho.

 -Não sou pequeno. - rebateu colocando o violão em cima da caixa e o sorriso de Arabella aumentou.

  [...]

        1 ano depois 


    Fizera um ano desde que os Vargas visitaram o orfanato, fizera um ano que Leonardo não sabia o que era tristeza, mesmo não tendo uma mãe e um pai, mas sabia que sua verdadeira família estava naquele mesmo local, sempre ao lado dele. Neste período de um ano, Leo crescera mais na música, aprendera a tocar guitarra, piano, bateria e baixo e estava querendo mais, queria saber mais.

 O sol mal nascera, e lá estava ele, sentado na escadaria de frente para o orfanato, tocando violão, sempre sendo observado por Isabelly.

 Ele continuara a tocar por tanto tempo, que nem notara que o sol já estava brilhando no céu. O loiro se levantou e entrou, Isabelly pôs a mão na cabeça dele e ambos foram em direção ao refeitório, as cozinheiras ainda estavam arrumando as mesas para o café da manhã, deu de tempo de Leo guardar o violão e voltar para o refeitório.


  [...]


        -Quanto tempo, sr. e sra. Vargas. - saudou Isabelly e eles sorriram.

 -Nós queriamos ver como anda o programa de música. - falou Carlos e a ruiva assentiu.

 -Claro, o programa de música cresceu muito e ajudou o Leonardo a crescer também, ele está sempre querendo aprender a tocar mais e mais instrumentos, ele inspira as outras crianças e elas estão aprendendo também. - comentou Isabelly começando a andar na direção da sala de música, fazendo o casal a seguir. Ela foi explicando as mundanças no prgrama de música até chegarem no local desejado, que estava completamente vazio, sem contar Leonardo que estava tentando acertar a nota que errava no piano, estava quase desistindo, quando Arabella se sentou do seu lado.

 -O que faz aqui, Leonardo?-perguntou Isabelly e ele deu de ombros.-Devia estar estudando.-completou e Arabella sorriu.

 -Que tal tocarmos um pouco enquanto o Carlos conversa com a Isabelly?-sugeriu Arabella para o loiro, que assentiu. Carlos puxou Isabelly para conversarem e Arabella sorriu, pedindo para Leo começar tocar. Arabella prestou atenção nos dedos precisos do garoto e percebeu que eles não seriam capazes de alcançar um tecla distante, ela percebeu que estava certa ao vê-lo errar a tecla distante, ela riu da expressão irritada que ele fez e o mesmo acompanhou a mulher ao seu lado.

 -Você gostaria de ter uma família, Leo?-perguntou ela e Leonardo assentiu encarando os próprios dedos.

 -Só que ninguém quer me adotar, não sou pequeno.-explicou e ela ficou curiosa com o que ele disse.

 -Tem a ver com aquilo que me disse ano passado?-perguntou e ele assentiu.-Pode me explicar?

 -É que os adultos só adotam as crianças pequenas, nunca as mais velhas, conheço uma garota que tem 17 anos e nunca foi adotada.-respondeu e aquilo doeu no coração de Arabella.

 -Gostaria de ter um irmão mais novo?-perguntou ela e o garoto assentiu animado com a ideia.-Você gostaria se eu te adotasse?-perguntou e o loiro assentiu esperançoso.-Ótimo, porque eu só vim por você.-completou afagando os cabelos loiros do garoto.

  [...]


   2 anos depois


        -Hey, Feliz aniversário, León!-exclamou Leonardo e León revirou os olhos, o moreno nunca gostara do loiro.

 -Valeu.-agradeceu León contra-gosto, fazia exatamente 2 anos que Leonardo entrou para a família Vargas e fazia exatamente 2 anos que León sentia que tudo estava diferente. Era o aniversário de León e ele não quis festa, ele nunca gostara de comemorar aniversários, parecia ser algo de família, já que seu pai não gostava de aniversários, muito menos o seu avô.

 Leonardo estava prestes a sair com seus mais novos amigos, quando Arabella apareceu muito bem arrumada, o que atraiu a atenção de León.

 -Você não quer ir com o Leo para o cinema, León?-perguntou Arabella e Leo sorriu com a ideia.

 -É! Seria legal se você fosse também.-chamou o loiro e León negou com a cabeça.

 -Vamos filho, façam alguma atividade de irmãos, sei lá, saiam, se divirtam.

 -Ele não é meu irmão!-exclamou León apontando para Leonardo.-Eu nunca gostei dele!-falou mais alto.

 -León!-sua mãe o repreendeu e Leonardo passou a mão na nuca, claramente, desconcertado.

 -O quê?! Esse cara chega, rouba os meus pais, a minha vida, a atenção que eu merecia e eu sou obrigado a gostar dele?!-rebateu León irritado.

 -Pensei que queria um irmão.-replicou Arabella espantada com o que ele disse.

 -Pensou errado.-bravejou o moreno saindo da sala de estar.


  [...]


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Notas finais do capítulo

E, então?
Ficou bom ou ruim?
Preciso da opinião de vocês já que eu não escrevo tão bem na terceira pessoa.
Até o próximo capítulo.