Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 5
O motivo de tanto carinho


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, fofas!
Primeiro: Desculpem, mas não vai dar para eu postar o capítulo bônus hoje, ocorreu alguns probleminhas, e, para não deixar de postar, eu quis colocar logo o capítulo 5, mas, para recompensar, na quinta-feira eu posto o bônus e o próximo capítulo;
Segundo: Obrigada pelos comentários, fofas! Amei cada um deles!
Terceiro: Espero que gostem do capítulo... também não quero que me matem se nada sair como pensam (acreditem, eu sou do contra).

É isso! Vejo vocês lá em baixo.



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        VIOLETTA

 -Não vale espiar. - sussurrou León no meu ouvido e eu me arrepiei por completo. - Está com frio?-perguntou passando as mãos nos meus braços nus. Eu estava vendada e com medo do que ele iria aprontar comigo.

 -Um pouco. - murmurei e senti o tecido da sua jaqueta nos meus ombros, nós voltamos a andar e, depois de um tempo, paramos.

 -Pronta?-perguntou quando paramos de andar.

 -Não. - respondi, ele riu e tirou a venda dos meus olhos.

 -Abre os olhos. - pediu pondo as mãos na minha cintura e eu abri os olhos devagar, suspirei ao ver onde estavamos. A noite deixava o lugar lindo, era o mesmo lugar que o León me levou hoje cedo. Tinham vaga-lumes por toda a parte, duas velas em cima da mesa e a luz da lua iluminando tudo. - Para você. - murmurou e eu me virei para ele. Sua mão pousou no meu rosto e seu polegar acariciou uma das maçãs da minha bochecha, nossos lábios estavam próximos e a vontade de beijá-lo era irresistível.

 -Não!-exclamei ao sentir seus lábios roçarem os meus, eu me afastei e ele pareceu confuso. - O que quer, León?-perguntei e ele franziu o cenho.

 -O quê? Como assim, Violetta?

 -Você não pode ter feito isso do nada, não pode ter batido o espírito da alma caridosa em você da noite para o dia.-rebati e ele passou as mãos pelos cabelos.

 -O quê? Acha que eu estou fazendo tudo isso para transar com você? Acha mesmo, que depois de toda essa confusão eu continuaria com aquela aposta ridícula?-perguntou se alterando. - Pelo amor de Deus, Violetta!- reclamou furioso.

 -E então por que está fazendo isso? Você não é tão doce assim comigo, nunca foi!-rebati e ele me deu uma carta. -O que é isso?-perguntei ríspida.

 -Eu fiz para você, feliz quase aniversário, Violetta. - murmurou com a voz calma. - Eu não vou te incomodar mais, acredite, é a última vez que eu vou tentar ser gentil com você... já que você não gosta quando eu te trato bem. - falou saindo dalí. Meu aniversário? Mas hoje é..., abri a carta e encontrei uma folha solta, a folha estava meio gasta por causa do tempo.

  "Querido diário,
 
      Por que ele tem que ser tão irritante? Quantas vezes por dia ele tem que ser um idiota? O Vargas me dá raiva, santinho na frente dos pais, capeta em forma de gente comigo. Que idiota! Mas não vou ficar com raiva num dia tão incrível como hoje. Hoje às onze horas da noite é o aniversário da minha mãe e depois de nove horas é quando eu faço 13 anos. Eu considero o aniversário da minha mãe um quase aniversário para mim, porque eu nasci quase no mesmo dia que ela e seria bom ter ela por perto. Eu nuca vou poder comemorar um quase aniversário, meu pai não deixaria..."


     Sorri ao terminar de ler. Eu nunca mais tinha visto esse diário, León tinha o pego e escondido de mim, não sei onde está até hoje. Peguei a carta dele e comecei a ler.

  "Oi, baixinha(eu vou te chamar assim, mesmo que você não queira).
 Deve estar se perguntando o motivo de tanto carinho. Eu peguei o seu diário, sei que sabe disso, e vi que o que você mais queria era um quase aniversário. Eu também conversei com minha mãe e ela disse que se eu não fosse legal com você eu levaria um cascudo(isso mesmo, eu estava sendo legal com você por pura ameaça da minha mãe, supere).Primeiro eu achei que seria difícil e que você continuaria sendo chata comigo, mas eu estava enganado, você é incrível, Violetta. Me desculpa ter te chamado de tantas coisas horríveis, eu queria deixar de lado toda essa nossa rivalidade, eu queria ser seu amigo.

 PS.: Eu menti, eu sei tocar violão, eu só não levava a música tão a sério, para provar, tem um dueto que eu compuz para nós dois."

 Peguei uma terceira e quarta folha e vi o dueto que ele compôs: "Podemos".

 


  [...]

 


      -Bom dia a todos e bem-vindos à nossa primeira aula de canto, para quem não me conhece, eu me chamo Angie. - escutei a voz distante da professora, não que eu não conseguisse escutar, eu só não tinha cabeça para escutar nada. Olhei para trás e vi León sem prestar atenção na aula, ele estava escrevendo algo no caderno, ele olhou para mim e assim ficamos por um tempo. Escutei um pigarreio e olhei para frente, a professora estava de braços cruzados na minha frente.-E qual seria o seu nome?

 

 -Violetta.-respondi e ela olhou para León com um sorriso simples.

 

 -E você seria?-perguntou para León, que parou de escrever.

 

 -León.-respondeu ele e Angie voltou para frente da sala.

 

 -León e Violetta, vocês têm algum parente que trabalhe com a música?-perguntou se escorando na mesa.

 

 -Minha mãe era uma cantora.-respondi e ela sorriu.

 

 -Qual o nome da sua mãe?

 

 -Maria Saramego.

 

 -Maria Saramego? Ela era muito famosa, conhecida por ter uma voz incrivel e você se parece muito com ela.-falou Angie e eu sorri, amava ouvir que era parecida com a minha mãe.-E você, León?-perguntou e León ficou batendo a ponta da caneta na folha.

 

 -Tenho. Um irmão, que eu não suporto.-respondeu sem dar a mínima para o assunto, ele parecia mais insuportável do que nunca.

 

 -Qual seria o nome dele?

 

 -Leonardo Vargas.-respondeu e um alvoroço percorreu a sala inteira, só morando em uma caverna para não saber quem era o Leonardo.

 

 -Como é que você não gosta do seu irmão?-escutei a Ludmila perguntar, tirando o León, eu só conhecia a Ludmila, o Federico, Maxi, Diego e o Braco nessa sala, Cami e Fran foram direcionadas à outro grupo de atividades.

 

 -É inveja, Luh.-respondi e escutei ele rir fraco.

 

 -Se fecha, Violetta, ninguém te chamou na conversa.-replicou León e escutei alguns murmúrios.

 

 -Você está muito estressadinho, Lê, é TPM?-rebati e escutei umas risadinhas, não queria tratar ele desse jeito, mas não ia deixar ele passar por cima de mim. Ele estava prestes a falar, quando Angie interrompeu.

 

 -Chega de discussão!-exclamou e todos viraram para frente.-Bem-vindos ao acampamento On Beat, espero que estejam tão a vontade quanto parecem.

 


  [...]

 

 -O que houve entre você e o León?-perguntou Ludmila quando nos sentamos na mesa do refeitório com nossos respectivos lanches.

 

 -Nada.-menti e Ludmila revirou os olhos. Fran e Cami apareceram e se sentaram conosco.

 

 -Oi, meninas.-falou Cami pondo a bandeja em cima da mesa.-Sobre o que estão conversando?

 

 -Sobre o León.-respondeu Ludmila simples e Francesca sorriu.

 

 -O que houve com o León?-indagou Francesca e o Federico se sentou na mesa.

 

 -Estão falando do León?-depois que ele disse aquilo, desencadeou milhares de murmurios, foi aparecendo mais e mais gente se sentando na mesa, para no final a mesa está ocupada de gente querendo falar do León, o que antes era só eu e as meninas, ficou: eu, Ludmila, Francesca, Camila, Federico, Marco, Diego, Alex, André, Broduay, Maxi, Braco, Napo e Nathalia(que eu só fui conhecer agora).

 

 -SILÊNCIO!-gritou Ludmila e todos calaram as bocas.-Então, Víh, o que aconteceu entre vocês?

 

 -Quer mesmo que eu conte?-perguntei e ela me encarou como se eu fosse uma retardada.

 

 -Violetta, eu morri de perguntar, é claro que quero saber, sei que você odeia o meu primo, mas vocês parecem se odiar ainda mais.-rebateu e eu respirei fundo. Quando é que isso vai acabar? Quando é que esses dois meses vão passar?

 

 -Foi ontem à noite, as coisas ficaram piores entre nós.-murmurei e percebi a plateia me observando atentamente, eles quase nem piscavam. Comecei a contar tudo que aconteceu e nenhum deles ousou se mexer, eles eram bons ouvintes, bons até de mais, quando eu terminei de contar todos ficaram em silêncio, foi o André que se manifestou:

 

 -Nossa! Você foi muito idiota!-exclamou e todos o encaram mortalmente.

 

 -ANDRÉ!-reclamaram em uníssono e eu sorri, André tinha razão e todos ali sabiam disso, inclusive eu.

 

 -É, eu vou ver qual vai ser a minha próxima atividade.-falei me levantando, andei até o centro de atividades do acampamento e vi o quadro de atividades colado na parede, minha próxima atividade só começaria amanhã bem cedo, seria trilha, nada a ver com música, ia ser bom sair da minha zona de conforto.  

 

  [...]


      Entrei na minha cabana e me joguei na minha cama, eu estava cansada de tudo e de todos, a vontade de sair daqui e quebrar a cara do León por me fazer lembrar dele quando eu faço alguma coisa, qualquer coisa que fosse, era tentadora. Parece que quanto mais eu tento não lembrar dele, todos ao meu redor começam a falar dele, eu só queria um tempo para mim, queria ficar sozinha, queria que tudo parasse.
      Escutei algumas batidas na porta e me levantei para abrir, não queria ver ninguém, mas não deixaria quem quer que fosse parado na porta. Era Tomás que estava ali, parado na frente da minha cabana e eu franzi o cenho, eu nunca tinha falado com ele e eu não conheceria nenhum motivo para ele estar aqui.

 

 -Oi, Violetta.

 

 -Oi.

 

 -Eu queria falar com você, será que nós poderiamos entrar na sua cabana?-perguntou e eu olhei para o interior da cabana, desconfiada.

 

 -Não sei não, prefiro que fique aqui, eu nem te conheço direito. - respondi cruzando os braços e ele sorriu com uma das sobrancelhas arqueadas.

 

 -Eu tenho cara de ser mau, Violetta?-perguntou e eu me escorei no batente da porta.

 

 -Não, mas também não tem cara de ser inocente. - rebati e ele riu fraco.

 

 -Eu não vou fazer nada com você, eu vou me comportar, só quero conversar com você. - falou levantando as mãos como em rendição.

 

 -Não entendo que o que você tem a dizer, não possa ser dito aqui. - repliquei me aproximando dele.

 

 -Qual é, Violetta?

 

 -Se não vai falar é só se virar e sair com suas pernas enquanto ainda as tem.-verbalizei e ele revirou os olhos, ele se virou e saiu andando.-Ah! Eu escutei o que você disse lá no refeitório, a Castillo aqui, não é qualquer um que pega, meu amor!-exclamei com um sorriso sacana no rosto. Entrei na cabana e mordi o lábio inferior, se eu tivesse prestado atenção, teria percebido que o León estava tentando me proteger, escutei batidas desesperadas na porta e eu bufei irritada, abri a porta e Ludmila entrou quase que correndo.

 

 -EuestavapensandonoquemedissedoLeónepercebiqueelenãofariaisso...-começou rápido e eu a interrompi.

 

 -Calma, Luh! - exclamei e ela parou. - Fala devagar. - pedi e ela respirou fundo.

 

 -Eu estava pensando no que me disse do León e percebi que ele não faria isso, León não fingiria gostar de você por uma simples ameaça da mãe, o que me diz que o León só estava sendo legal com você porque ele queria ser. Entendeu, Vilu? O León tentou de verdade, ele tentou ser seu amigo. - falou e eu fechei a cara.

 

 -Luh, não, por favor. Eu não quero falar sobre ele, eu não quero. - murmurei me sentando na minha cama.

 

 -O que está acontecendo, Violetta? Por que o odeia tanto? - perguntou e eu neguei com a cabeça.

 

 -Sempre foi assim, Ludmila, não consigo imaginar que um dia possa ser diferente. - falei e ela suspirou, parecia cansada.

 

 -Eu vou dar um jeito. - bravejou abrindo a porta da cabana.

 

 -No quê?

 

 -Você vai ver.

 


  [...]


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Notas finais do capítulo

Então... É isso!
Eu quero ver o que vocês vão comentar!
Até o capítulo bônus!
Bjs!