Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 2
Ideia de acampamento


Notas iniciais do capítulo

Hey, leitores!
Eu postei o segundo capítulo cedo(o que é raro acontecer, já que eu demorava a postar nas fics anteriores - que, aliás, eu já excluí -.
Gostaria de agradecer a quem comentou no primeiro capítulo.
Vejo vocês lá em baixo!



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   VIOLETTA

 Eu afundei e o Vargas afundou comigo, isso foi uma sensação ótima, pela primeira vez, os Vargas viram a verdadeira face de León, só que agora a consequência disso vai ser grande. Meu pai me levou de carro para casa e ele fez questão de reclamar comigo o tempo todo. Depois que minha mãe morreu, ele tem estado muito tempo distante e, as vezes, era bom escutar ele reclamando, pelo menos assim ele falava comigo.
 Acho que sempre que ele pode, tenta arrumar mais o que fazer para se ocupar e esquece que tem uma filha, isso fica irritante depois de um tempo. Muitas adolescentes da minha idade matariam para ter um pai que não ligasse para o que elas fazem, já eu, rezo para ter um pouco de atenção.

 -Eu não sei mais o que fazer com você, Violetta.-reclamou sem tirar os olhos da estrada.

 -Que tal me dar atenção?-sugeri e ele olhou para mim por três segundos, em seguida, observou a estrada.

 -Eu sempre te dou atenção, Violetta.-rebateu e eu arqueei uma das sobrancelhas.

 -Quando, pai? Hã? O senhor está sempre ocupado no trabalho e sempre trás o trabalho para casa. O senhor nunca foi a uma apresentação minha na escola, nunca me perguntou se eu estava indo bem nas provas e não esteve comigo quando eu entrei em depressão por nunca ter conhecido minha mãe.-repliquei e percebi que tinha acertado um ponto fraco nele.-Pai, eu preciso de você.-completei e ele ficou calado por um longo tempo, ele parecia tenso.

          [...]

  Meu pai disse que teve uma ideia e dirigiu até a casa dos Vargas. Ele saiu do carro e eu fui em seguida. Eu não queria ver a cara de León tão cedo, mas parece que meu pai não concorda com a ideia. Ele tocou a campainha e depois de um tempo a empregada abriu, ela nos mandou entrar e foi chamar os Vargas.

 -Eu precisava mesmo vir?-perguntei e ele não respondeu. O Sr. e a Srª Vargas apareceram e ao lado deles, estava León.

 -German, sinto muito pelo que nosso filho fez e falou com a sua filha, isso é inadimissível, nós já falamos com ele e o botamos de castigo.-falou o senhor Vargas.

 -Não precisa se desculpar, minha filha não é flor que se cheire e, hoje mesmo, ela provou isso, eu é que pesso desculpas.-murmurou meu pai.-Eu tive uma ideia, se concordar comigo pode até dar certo.


  [...]


     A ideia do meu pai era mandar eu e o León para um acampamento, para passarmos o verão juntos. Isso ia diminuir o nosso ódio um pelo outro? Não! Lógico que não. Assim que cheguei em casa, eu fui para a cozinha e encontrei Olga segurando uma colher de pau como um microfone e cantando, animadamente. Eu amo essa alegria nela, queria eu ser tão alegre quanto.

 -Como vai a minha pequena?-perguntou ao notar a minha presença na cozinha.

 -Tão bem quanto posso.-respondi enfadada.-Eu vou ser obrigada a passar o verão todo ao lado doVargas.-murmurei irritada. Até pensar em passar quase dois meses ao lado do Vargas me enojava.


            DIA SEGUINTE


 Hoje é, de longe, o pior dia de todos. Na escola não se fala em outra coisa senão o que aconteceu entre mim e o León. Alguns defendem ele, alguns me defendem e grande parte da escola acha que a nossa briguinha é só para chamar atenção, eu pouco me importo com essa grande parte. Hoje é o último dia de aula e amanhã meu pai vai me levar para o acampamento, assim como os pais do León vão fazer o mesmo.

 -Isso tudo é culpa sua, sabia?-perguntou o Vargas e o encarei furiosa. Nós estavamos entrando na escola, nossos pais fizeram-nos vir juntos para cá.

 -Culpa minha? Isso é culpa minha?-perguntei incrédula e ele assentiu.-Vá se ferrar, seu idiota! A culpa é toda sua, foi você, para começo de conversa, que fez aquela maldita aposta com aqueles seus amiguinhos retardados.-rebati furiosa, me segurando para não gritar com ele.

 -E por que ficou tão irritada?-perguntou parando de andar e eu fiz o mesmo.-Muitas adorariam que eu só pensasse, SÓ PENSASSE, em ter uma noite com elas, por que você é diferente?-ele perguntou mesmo aquilo? Eu estava tão irritada, que saí andando, não queria gritar com ele, não queria piorar as coisas.-O QUE ISSO QUER DIZER?-gritou ele e eu continuei andando, só que em passos rápidos dessa vez.

  [...]

 Assim que cheguei em casa, vi uma mala parecida com a minha na sala e o meu pai ao lado dela conversando com alguém pelo telefone, assim que ele desligou, eu perguntei:

 -O que houve?-perguntei e ele me encarou simples.

 -Está na hora de irmos.-falou e eu franzi o cenho, confusa.

 -Ir? Aonde?-perguntei e ele me encarou enfadado.

 -Para o acampamento, esqueceu que vamos hoje?-falou e eu fiquei mais confusa ainda.

 -Não! O senhor disse que iriamos amanhã.

 -Não. Eu disse que amanhã começava as atividades do acampamento, ou seja, vamos hoje.

 -Não! Não dá, pai! Tem a festa da escola, na praia, hoje à noite. Eu tenho que ir!-exclamei exasperada e ele não pareceu se importar.

 -Achou mesmo que iria para essa festa depois do que fez?


  [...]


     Assim que ele parou o carro, eu vi um grande acampamento dentro de uma floresta, mais a frente havia um grupo cantando animadamente. Se eu conseguisse ficar longe do Vargas durante as férias talvez eu consiga me divertir.

 -Acho que você vai gostar daqui.-falou meu pai me encarando com um sorriso grande no rosto.-Pode achar que eu não presto muita atenção em você, mas está enganada. Pode achar que eu nunca fui a uma apresentação sua na escola, mas eu fui sim, eu só não conseguia um lugar na frente para poder te ver melhor.-falou e eu o abracei forte.-Eu te amo, baixinha.

 -Também te amo, pai.-falei o apertando mais forte.


  [...]


 A primeira coisa que senti ao entrar no centro de atividades do acampamento foi a energia, a alegria e a paixão, parecia que todos aqui dentro tinham um talento incrível, alguns cantavam, outros dançavam e atuavam.

 -Ah, olha quem chegou!-escutei a voz da pessoa que eu menos queria ver agora, me virei e vi León de braços cruzados.

 -Você não pode me irritar, não agora.-falei ficando de braços cruzados assim como ele.

 -Foi você quem escolheu o lugar, não foi, só para me irritar?-perguntou furioso e eu franzi o cenho.-Sabe que eu não suporto artistas, eles me lembram você e eu não estou afim de pensar em você toda vez que eu ver uma pessoa cantarolando.-falou e eu sorri.

 -Está apaixonado por mim, Vargas?-perguntei com o sorriso pendendo nos lábios.

 -Eu?-perguntou rindo.-Te enxerga, baixinha.-rebateu olhando em volta.-Seu pai te chama assim, não é?-perguntou e eu tentei encontrar algum tom de deboche, mas eu não encontrei.

 -Você está se sentindo bem? Está com febre?-perguntei pondo as costas da minha mão na testa dele para verificar a temperatura dele, ele riu e segurou meu pulso com delicadeza.

 -Para.-pediu e eu ri contagiada com riso dele. Prendi meu olhar no dele e senti algo diferente, ele estava diferente, o que aconteceu nessas horas que não nos vimos?

 -Ai que lindo, Fran! Tira uma foto!-escutei uma voz feminina exclamar, vi a luz de um flash e olhei para o lado, onde encontrei uma ruiva e uma morena com uma câmera.-Vocês são o casal mais fofo que vimos aqui no acampamento.-falou a ruiva e eu olhei para ele, ele estava me olhando com o cenho franzido, senti minhas bochechas corarem, ele pigarreou e soltou o meu pulso.

 -Não somos um casal.-falou León coçando a sobrancelha com o polegar.-Nós nem vamos com a cara um do outro.-completou e eu assenti.

 -Não parecia.-falou a morena em um tom malicioso e eu fiz um careta fazendo as duas garotas a nossa frente gargalharem.

 -Vocês formariam um casal muito bonito.-comentou a ruiva.

 -Bem que ela ia querer.-murmurou León com um sorriso convencido na cara e eu fiquei furiosa.

 -Eu nunca iria querer, você é um idiota, machista, filho da mãe ridículo.-rebati e ele riu cínico, eu odiava quando ele fazia isso.

 -Vamos, Violetta, admita que está apaixonada por mim.-falou começando a fazer cosquinhas em mim.

 -Não!-gritei rindo e ele me segurou ainda fazendo cosquinhas em mim, tentei fugir, só que ele era mais forte que eu e eu só consegui fazer com que ele me pusesse no chão.-Para, León!-gritei rindo e ele parou, me deixando de frente para ele, estavamos perto de mais, eu estava ofegante e quase não conseguia respirar com ele tão próximo.

 -Viu.-sussurrou e eu fiquei confusa.-Você gosta de mim.-completou e eu bufei irritada,  empurrei ele e saí pisando duro. Ele nunca iria mudar.


  [...]


     Entrei na cabana em que eu ficaria, não tinha ninguém nela, então eu escolhi a cama perto da janela e respirei fundo. A porta da cabana foi aberta e eu vi a ruiva e a morena do centro de atividades aparecerem, elas me viram e sorriram, como se fosse sicronizado.

 -Oi.-falaram ao mesmo tempo.

 -Oi.-falei e elas se aproximaram.

 -Eu me chamo Francesca e essa é a Camila, ou, se preferir, Fran e Cami.-falou a morena estendendo a mão.

 -Violetta ou Vilu.-falei apertando a mão dela.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Eu só queria dizer que não vou postar na segunda e nem na terça(talvez, SÓ TALVEZ, eu poste na quarta).
Comentem!