Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 15
Uma nova família / "Desejo a sua morte, Leoncito"


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Obrigada pelos comentários, lindas!
Olha quem está postando tarde de novo! É isso aí, eu mesma.
Espero que gostem!



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   VIOLETTA

 

 Acordei sentindo cada musculo do meu corpo doer, minha cabeça latejava e os meus olhos brincavam comigo. Me sentei naquele chão frio e senti tudo ao meu redor girar, tentei me levantar, mas acabei caindo de joelho no chão, respirei fundo uma, duas, três vezes e nada, me encostei na parede e pus minhas mãos na cabeça, foi quando escutei a porta sendo aberta, olhei para cima e vi um homem trajando um terno cinza, ele possuia um semblante triste e ao mesmo tempo amável. O mesmo se abaixou, ficando da minha altura e sorriu triste.

 

 -Está se sentindo melhor, meu anjo?-perguntou o homem, ele tinha a voz rouca e estranhamente baixa.

 

 -Quem é você?-perguntei me encolhendo na parede.

 

 -O que eles fizeram com você, meu anjo? Por que não se lembra de mim?-perguntou apontando para o próprio peito.

 

 -Eu deveria lembrar?

 

 -Sim, deveria, não devemos nos esquecer de nossa família, nunca.-respondeu e eu franzi o cenho. Família? Eu tentei lembrar, tentei, só que eu não consegui, só um nome vinha na minha cabeça: León.

 

 -León.-sussurrei abaixando a cabeça, assim que a levantei, vi o homem curioso.

 

 -Lembra-se dele?

 

 -Só do nome, não consigo me lembrar do rosto.-respondi e ele balançou a cabeça como se me entendesse.

 

 -Você tentou matar ele com um garfo.-falou e eu arregalei os olhos, fazendo ele gargalhar. Matar? - É, normal, já que ele ama te tirar do sério. Não se lembra de nada mesmo?-perguntou e eu neguei.-Lembra do seu nome?

 

 -Violetta.

 

 O homem se levantou e estendeu a mão para mim, eu a aceitei e me levantei do chão, já estava me sentindo um pouco melhor, olhei o local em que eu estava e vi que era como um porão.

 

 -O que eu estou fazendo aqui?-perguntei olhando em volta.

 

 -Ficou de "castigo", após tentar matar o León.-ele segurou meu braço com delicadeza e me levou para uma sala extremamente grande e luxuosa.

 

 -Quem é você?-perguntei e ele me levou até a cozinha.

 

 -Sou o Anthony, seu tio.-respondeu e eu o encarei confusa, eu não me lembrava dele, eu não lembrava de nada, só o nome de León.

 

 -A fera acordou?-escutei uma voz masculina perguntar, olhei para as escadas que davam para o andar de cima e vi um moreno incrivelmente lindo, ele tinha o rosto oval, a pele clara, a barba feita por fazer e chamativos olhos azuis. - Bom saber que ela está mais calminha.

 

 -Ela perdeu a memória, León, por isso te atacou.-falou Anthony e eu não deixei de encarar o León.

 

 -Eu... eu não lembro, eu... eu não atacaria você, quer dizer... eu nunca atacaria ninguém.-murmurei encarando o piso.

 

 -Tudo bem, gatinha, eu já estou acostumado.-disse o moreno descendo as escadas, eu o encarei por um tempo e vi um sorriso simples aparecer no seu rosto.-Está se sentindo melhor?-perguntou carinhoso e eu assenti.-Que bom, eu estava procupado.-murmurou me abraçando e eu não pude deixar de retribuir, seu abraço era reconfortante, até porque ele devia ter uns 1, 87 m de altura, se não fosse maior.

 

 

  [...]

 


   LEÓN

 

 Depois que a Violetta foi sequestrada, Lia deu um jeito e nos tirou do acampamento para trabalharmos com mais liberdade, até porque não iriamos conseguir nada ficando lá. Eu estou ficando louco e não vou descansar até encontrar a Violetta. Devia ser umas 2 horas da manhã quando a Ludmila veio falar comigo.

 

 -Precisa descansar, León.-falou e eu apenas neguei com a cabeça.-Primo, por favor, você não vai resolver nada cansado.-murmurou tentando me levantar de onde eu estava sentado.

 

 -Eu não quero dormir, Ludmila, eu quero encontrar a Violetta e eu vou encontrá-la, custe o que custar.-repliquei e ela desligou o computador que estava na minha frente.-Ludmila!-reclamei e ela me encarou furiosa.

 

 -Vai para a cama.-mandou indicando a saída da minha sala e ao perceber que eu não me moveria, ela gritou: - AGORA!

 

 Eu me levantei, contragosto, e fui para o meu quarto.

 


   [...]

 


  1 semana depois

 

 

   VIOLETTA

 

 -Sabe que arma é essa?-perguntou León pondo uma pistola dourada na minha mão e eu sorri, sabia muito bem que arma era aquela. Todos me explicaram o que aconteceu comigo para que eu perdesse a memória, eles disseram que eu tinha sido sequestrada por uma máfia rival, eles deviam ter me dado algo que apagasse a minha memória e quando eu voltei para cá, quis atacar o León, porque ele me chamou de idiota (o que eu devia ter levado na brincadeira, se eu me lembrasse de algo.).

 

 Eu e o León ficamos bem mais próximos nessa última semana, era ele quem estava me treinando, eu ainda não conseguia me lembrar de nada, mas para quê pensar no passado? Eu preciso pensar no presente e o meu presente está bem ao meu lado.

 

 -Desert Eagle.-respondi e ele apenas assentiu, resolvi impressioná-lo mais. - É uma pistola semi-automática, de ação simples, operada por gás. A Desert Eagle tem, aproximadamente, 3 kg. É completa com canos intercambiáveis de diversos calibres (como: 50 Action Express; 44 Magnum; 357 Magnum; 22 Long Rifles.), um portão e suprimentos adicionais para a desmontagem. Apesar de sua reputação como uma potente arma de fogo, é uma arma inviável para o combate devido ao seu tamanho, calibre exagerado e som produzido. Além disso, mesmo para utilizadores experientes, provoca um enorme "coice" após o tiro. Possui um grande poder derrubante e é excepcionalmente certeira para uma pistola.  Ambos estes casos devem-se quase exclusivamente à natureza da munição usada que, em qualquer dos calibres, é uma munição pesada para uma pistola. A arma é mais utilizada como símbolo de status do que propriamente para atividades operacionais ou profissionais.

 "Mede cerca de 37,5 cm (com o cano 550 mm). A origem da Desert Eagle se remonta no final da década de 1970, quando um grupo de americanos organizaram uma pequena empresa chamada 'Magnum', para fazer pesquisas para o desenvolvimento, produção e venda de pistolas de caça esportiva e semi-automáticas com o cartucho magnum poderoso 0.357 (seus disparos de 150mm podem ser superiores a 9×19 de cartucho Parabellum até duas vezes)."


 Ele parecia realmente impressionado com o que eu disse.

 

 -E, eu já mencionei que ela é uma das armas mais poderosas do mundo?-perguntei e ele abriu um sorriso de tirar o fôlego, eu amava aquele sorriso.

 

 -Nossa! Acho que você não precisa mais de mim.-sorri ao ouvi-lo dizer aquilo.

 

 -Preciso sim, não completei meu treinamento, faz só uma semana hoje e eu quero ser a melhor, quero ajudar vocês.-falei encarando os meus pés, ele segurou minhas mãos e pediu que eu olhasse para ele e assim eu o fiz.

 

 -Te adoro, sabia? Adoro quando você faz isso, você nos põe em primeiro lugar na sua lista de preocupações.-falou colando nossas testas.

 

 -Vocês são a minha família, mesmo que não me lembre de vocês, eu tenho que proteger vocês e é por isso que eu quero treinar, treinar e treinar, vocês já me protegeram tanto, está na hora de eu retribuir.-expliquei e ele sorriu admirado, nossos rostos ainda estavam muito próximos.

 

 -Como consegue ser tão perfeita?-perguntou e eu corei violentamente.

 

 -Acredite, eu não sou perfeita.-respondi e vi seus olhos se enxerem de carinho.

 

 -É sim, você é perfeita aos meus olhos.-sussurrou selando nossos lábios.

 

 

 

   [...]

 

 


   LEÓN

 

 -Não sabemos nada dela, já se passou uma semana, Lia! Temos que fazer isso!-rebati para a morena exausta na minha frente.

 

 -Os preços dela são altos demais, León, não podemos arriscar!-replicou e eu entrei em desespero.

 

 -Eu pago, eu dou o que ela quiser, eu faço qualquer coisa para ver a Violetta segura!

 

 


   [...]

 

 

 Entrei na lanchonete em que eu ia me encontrar com o nosso plano B, que, na verdade, é uma ruiva muito esperta, e se pensou na Camila? Errou, essa ruiva me detesta e só vai concordar em nos ajudar, se eu der o que ela queira. Eu a vi entrar pela porta, chamando a atenção de todos os caras daquele local, ela era bonita, não podia negar, mesmmo que quisesse, tinha pele tão branca quanto a própria neve, os cabelos ondulados reluzentes como o fogo e as íris esverdeadas. Ela se sentou de frente para mim e sorriu abertamente.

 

 -Leoncito, senti tanto a sua falta.

 

 -Eu não tenho tempo para falsidade, Victória, quero fazer um trato com você.-falei e ela se animou com a ideia.

 

 -Agora está falando a minha língua. - murmurou, ela chamou o graçom e pediu um suco de laranja, ela só voltou a falar comigo, quando o garçom trouxe o seu pedido. - O que quer, Leoncito?

 

 -Quero que encontre uma pessoa para mim.-respondi e ela se encostou nas costas da cadeira, um tanto  pensativa, enquanto delineava as bordas do copo com o indicador.

 

 -Quem seria essa pessoa?-perguntou curiosa.

 

 -A herdeira da máfia de Lia.-respondi e ela arqueou as sobrancelhas.

 

 -Uma herdeira de uma máfia?-perguntou parecendo pensar no assunto.-Tudo bem, eu já tenho o meu preço.

 

 -E qual é?

 

 -Desejo a sua morte, Leoncito.

 

 


   [...]


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Notas finais do capítulo

E, então?
Só para deixar claro, o falso León é o gato do Liam Hemsworth (Aquele que fez Gale em Jogos Vorazes?) Exatamente!
E então, o León vai aceitar o preço da Victória?
Bjs, lindas e até o próximo capítulo!