Red Wires of Destiny escrita por Selene Sumner


Capítulo 4
Wire 4


Notas iniciais do capítulo

Chaos O/

Olhem quem voltou XD Mais uma vez quero agradecer às pessoas que favoritaram ^^ Estão todas no meu coração.

Bem, aqui está mais um capitulo. Espero que gostem ;)

Boa leitura :)



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Acordou com alguns leves raios de sol batendo em seus olhos. Teve que se virar para o lado e assim observar as horas no despertador. Tinha acordado um minuto antes de o despertador tocar. Mais uma vitória para ela! Ou seria caso hoje ela pudesse acordar às horas que quisesse. Mas claro isso sempre era assim, quando podia dormir até às tantas, o seu lindo cérebro decidia acordar bem cedo só para a irritar. Como a vida era injusta!

Fez a sua rotina matinal e em pouco tempo já estava tomando o seu pequeno-almoço. Apreciou cada pedaço que levava à boca. Com o passar dos anos, o seu não tão pequeno vicio por doces, ao contrário do que devia, não diminuiu em nada. Devido a que gastava muito tempo e dinheiro nas pastelaria, então iniciou-se no mundo enorme que é a cozinha.

Oh, quantas lindas bolachas perdidas, ou devo dizer destruídas, que foram parar no estâmago do professor e das suas irmãs. Foi a primeira vez que viu uma pessoa adquirir tantas cores em um tão curto espaço de tempo, porém todos aqueles sacríficos valeram a pena já que se tinha tornado uma excelente cozinheira.

Assim que terminou, lavou e arrumou os pratos, para que depois pudesse sair. Não que ela adorasse fazer tarefas domésticas, mas já que as tinha de fazer, mais valia fazer na hora. Ao passar pela porta as lembranças do dia anterior com um certo ruivo recobraram à sua mente. Desgraças, só desgraças! Teve que sacudir a cabeça para mandas essas recordações para bem longe.

Não podia acreditar no atrevimento daquele imbecil e mesmo assim não poderia se sentir mais orgulhosa do seu golpe de génio. Ele ainda agora deveria estar agarrado às suas partes íntimas pensando em como se vingar, mas isso neste momento não lhe poderia importar menos. Ela deveria estar louca, perdidamente louca para ter feito aquilo, afinal além de ter provocado o seu maior inimigo, ainda havia muitos fatores, que eram para ela, desconhecidos, e Brick continha a chave para alguns deles.

Além disso o que ele queria ao certo? Era demasiado esperto, para andar atrás de uma organização ou estar sob as ordens de alguém sem um bom motivo. Resumindo aquele ser era sem dúvidas a personificação da palavra problemas, e por isso tinha que o manter debaixo de olho. Nunca se sabe o que esperar de uma personagem como aquela!

Quando finalmente saiu de casa, encontrou as ruas cheias de gente. Nem parecia uma segunda-feira de manhã, mas o motivo de estas estarem assim apareceu pouco tempo depois. Deveria ser a altura de uma festa típica da zona. A avenida estava alegremente iluminadas, com todo o tipo de decorações, e ao longo da via barraquinhas que vendiam os mais variados produtos. Apesar do aspeto rustico, era um lugar bastante bonito com um ambiente bem agradável, por isso decidiu explorar um pouco mais o local.

Há medida que avançava, cada vez mais pessoas tombavam em si, a fazendo usar a sua força para não cair. Cansada de todo aquele vai e vem decidiu parar numa banca que vendia fruta e descansar um pouco. Havia realmente muita gente na região, e ponderou, enquanto comprava algumas peças de fruta se voltava para a enorme corrente que as pessoas provocavam ou fazia uso das suas super habilidades para ir com o destino a um sítio mais calmo. No fim acabou com a primeira opção. Voar chamaria muito a atenção e ela não precisava disso naquele momento. Não depois que viu uma cena que a incomodou.

Entre a vasta multidão, que ali estava, uma singela e pequena garotinha, que aparentava ter os seus dez anos, aproveitava o fluxo criado pela população, para assim discretamente e em movimentos tão ágeis que se tornavam impercetíveis, colocar as mãos nos bolsos dos outros, retirando tudo o que achasse de valor, colocando logo de seguida no seu casaco.

Blossom não conseguindo ficar parada, não pensou duas vezes antes de se introduzir no aglomerado, e se colocar na mira da pequena, que mantinha os seus olhos baixos. Esperou o exato momento e que ela a faria a sua próxima vítima para segurar o seu frágil e magro pulso.

— O que pensa que está fazendo? — Perguntou levantando uma sobrancelha. A garotinha se apercebendo que tinha sido flagrada, tentou inutilmente recuar com a mão, porém era tarde demais. Em seu olhar podia-se ver a surpresa e o medo. Duas emoções que a ruiva deduziu serem por não estar à espera que fosse apanhada, e agora que o tinha sido não sabia o que esperar. — E então?

Usando toda a sua força, a menor conseguiu se liberar, começando a correr desengonçadamente entre as pessoas. Oh, mas ela não sabia de quem estava a fugir. Muito menos ela sabia que a ruiva tinha diminuído a força em seu pulso para que ela se libertasse. Ela queria saber que tão bom motivo uma pequena garota poderia ter para estar roubando, e como qualquer criança em perigo, ela iria para o sitio onde se sente mais segura, o que ela concluiu ser perto dos pais.

E assim começou a perseguição. A menor aproveitava tudo o que o seu pequeno e esguio corpo lhe poderia oferecer para contrariar a corrente e assim despistar a maior, no entanto não se pode subestimar as capacidades de uma adolescente lutando quase diariamente contra inimigos de todas as espécies. Aquele amontoado de pessoas era frustrante então decidiu usar o plano B. Não demorou muito para que os seus pés saíssem do chão e segundos depois completa visão da área.

Ela tinha saído da multidão para entrar nas estreitas ruas entre os prédios.

Seguiu o seu percurso pelo ar, e quando finalmente achou correto voltou a pousar no chão a surpreendendo. Desta vez ela não tinha para onde fugir, nas paredes daquela rua apenas havia uma velha porta de madeira, que ao que tudo indicava estava trancada.

— Como é que me seguiu até aqui? — Ela transmitia a mesma sensação que quando pegou um gato abandonado. Estava agitada, assustada e procurava um local seguro.

— Calma eu não lhe vou fazer mal! Mas vou ter que levar isso que você andou “ganhando” das pessoas! — E lá estava aquela pose defensiva, e olhos desconfiados a que tanto estava habituada.

Mas a ruiva não teve mais tempo para analisar a pessoa à sua frente, pois foi interrompida por um alto ruido que ela identificou, como vidro sendo quebrado. Momentos depois a pequena garota correu para a porta, que realmente estava trancada batendo com todas as forças que o seu corpo tinha.

— Vó! Vó! Abre essa porta! — O seu tom era alto e desesperado, porém não ouvia resposta e o som de mais cosas partindo tornava-se cada vez mais violento. — Por favor! — Ela disse suplicante se virando para Blossom. — Por favor! Faça-o parar!

Ela desabara, enquanto as lagrimas percorriam irregularmente o seu rosto. Engraçado, como estas situações sempre ficavam mais estranhas que o esperado! A maior andou em direção à porta para depois a tirar do caminho. Assim que viu que tinha o caminho livre, ganhou um pouco de balanço e com um golpe certeiro abriu a porta com uma força que a faz bater contra a parede contrária.

Lá dentro estava um homem encolerizado com um vaso de flores nas mãos pronto para lançar ao chão perto de uma cama onde estava deitada uma senhora já de idade. A garota correu em direção à senhora para a abraçar. O homem ao ver a cena recobrou os seus sentidos que estavam desnorteados. Ver uma porta passar alguns centímetros perto da sua cara não era algo que acontecia todos os dias. No ar pairava o cheiro a álcool, as cortinas estavam fechadas e o local estava visivelmente destruído.

— Mas quem você pensa que é para invadir a casa dos outros? — Ele estava furioso e não tinha gostado nem um pouco que alguém se tivesse intrometido nas suas coisas. — Isso é invasão de propriedade sabia? Eu vou chamar a polícia!

Para uma pessoa que tinha andado a beber, ele ainda tinha um bom raciocínio.  

— Não, se preocupe! Eu mesma vou fazer isso! Pode começar a explicar como é que vai explicar toda esta situação! — Os seus olhos se arregalaram e se ele antes estava furioso agora trasbordava ira, por cada poro de seu corpo. Rapidamente andou em direção à ruiva segurando o seu braço. Aquilo iria deixar marcas.

Estava pronta para o socar na barriga quando viu uma garrafa atingir as costas do seu oponente.

— Maria! — Rosnou com os dentes cerrados. — Quer mesmo me obrigar a usar a força contra você? — Ela tremeu assim que viu os seus olhos pousarem em si. — Eu que tinha sido bom o suficiente, prometendo que não o faria caso me trouxesse dinheiro. Está dececionando o papai. Não deveria fazer isso, filhinha!

Blossom sentiu o seu sangue ferver. Que cena miserável ela estava vendo! Como é que podem existir pessoas tao podres quanto aquela? Ela estava sem duvida enojada com aquela situação, e aproveitando a pequena distração que a pequena lhe tinha proporcionado juntou todas as suas forças em seu punho para o usar bem na barriga do homem que assim que recebeu o impacto tossiu um pouco de sangue. Para um monte de músculos como aquele, tinha desmaiado bem rápido. Afinal de contas ele ainda era um ser humano normal. Estava tão habituada a combater monstros que se esquecera o quanto eles eram frágeis.

Mentira! Ela sabia isso muito bem, porém humanos também conseguem ser monstros. Este era um bom exemplo disso. Não havia melhor descrição para quele ser horrível que mostro.

Desta vez para não cometer o mesmo erro que da última vez, verificou se ele realmente tinha desmaiado. Não queria ser apanhada desprevenida novamente. Olhou em volta para verificar se tanto a pequena como a idosa estavam bem. Não se espantou ao vê-las agarradas com olhares assustados na sua direção. No fim, ela mesma era um monstro.

Não precisam se preocupar! Eu vou agora mesmo embora com ele! — Já não precisava de mais respostas. Já sabia o porque de Maria estar a roubar, e também já tinha resolvido a causa disso, então só podia esperar que ela não voltasse a cometer os mesmo erros. Agora apenas tinha que levar aquele ser desprezível para a esquadra mais próxima.

— Espere! — A anciã a chamava com a sua voz rouca, à medida que a convidava a se aproximar com uma mão. Ao ver o seu apeto soube que aqueles ataques era constantes. Na sua pele frágil e levemente enrugada, estavam vários hematomas e cortes. Os seus olhos estranhamente verdes tinham uma luz misteriosa, no entanto não escondiam a mágoa e a tristeza que passava. Agora sabia porque a garotinha tinha tanta roupa apesar de estar calor. — Me dê a sua mão!

— Não se preocupe a minha avó mesmo não parecendo é uma excelente vidente! — A ruiva sorriu ao ver o carinho que ela tinha com a sua parente.

E assim colocou a sua mão delicadamente na mão trémula da senhora. Não que ela acreditasse em nada do que ela fosse dizer, afinal nada daquilo era cientifico, mas se isso as fazia feliz, porque não?

— Garota! — Os olhos azuis da senhora trasbordavam surpresa. — Você ultimamente se deparou com algumas pessoas que não esperava não é verdade? — Ela fez uma breve pausa. — Tem que ter cuidado com elas! Dome as suas emoções e não se deixe manipular. A falta de controle vai ser a sua desgraça! Ah! E vai ter um garoto, ele…Não, eu não devo dizer isso. Não posso alterar o seu destino. Vai ter que fazer as suas próprias escolhas. Apenas posso lhe desejar boa sorte.

Blossom sorriu formalmente para a senhora. Ela não podia dizer que não acreditava em videntes ou outras coisas.

Eu vou ter não se preocupe. Mas agora eu preciso levá-lo para a polícia antes que acorde! — Disse agarrando no homem ainda inconsciente e o arrastando porta fora.

Assim que estava saindo ouviu um obrigada da pequena, o que a faz sorrir. Ainda de costas acenou, como se dissesse que não tinha sido nada. Logo se seguida levantou voo em direção à delegacia, onde explicou toda a situação.

No fim, eles agradeceram pela ajuda e explicaram que ainda dariam ajuda à família que estava a ser vítima de violência doméstica, a fazendo sair dali, com a sensação de trabalho cumprido. Simplesmente quando voltou a chegar ao local da feira que se lembrou de uma coisa muito importante.

— Raios, as informações da organização!


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo ^^



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