Pra você guardei o amor escrita por Maria


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Yuuup, quase 300 comentários! uhuuuul

Segue mais um capítulo de lavando a roupa suja!!

Desculpe-me pelas considerações iniciais quem já leu, eu postei ontem correndo. Ia postar mais cedo, mas domingo eu trabalhei nas eleições, e bem.... depois.... eu fui assistir os episódios das minha séries que voltaram :D

Boa leitura!!!
Beijo beijo.



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Zelena realmente não sossegou até saber de tudo com o máximo de detalhes que conseguiu arrancar de Regina, já que Emma desempenhava, e muito bem, um papel de estátua. Obviamente que constranger as duas era a missão da ruiva que ligou para todos os amigos de Emma os convidando para a casa delas. Dessa vez ela obrigou a loira a contar a história, mas não a forçou dar detalhes muito sórdidos na frente de Neal, mas quando o homem foi embora, ela não teve escapatória.

—Eu disse a vocês que essa loirinha era caidinha pela Regina, só era cabeça dura demais para perceber! – Ruby disse fazendo Emma ficar mais vermelha do que seria saudavelmente possível e arrancando gargalhadas de todos. Era muito, muito mais tarde quando as mulheres ficaram sozinhas novamente.

—Todo mundo sabia! – Emma comentou ainda sentada no sofá com uma expressão inacreditável – ou ao menos desconfiava.

—Eu também fiquei chocada quando todas elas me bombardearam quando eu disse que não tinha contado a você sobre meus sentimentos, e depois eu as proibi de falar de você desse jeito. – Emma riu. - Você parece preocupada. – Regina suspirou

—Eu te machuquei? – Emma olhava para suas mãos.

—Não Emma, você nem está me encostando. – Regina respondeu sem entender muito bem o ponto do que a loira estava dizendo.

—Não agora, antes, na cozinha. – Suas bochechas coraram e ela esfregava uma mão na outra ansiosamente. – Me desculpe não sei o que deu em mim, eu... - Regina virou no sofá colocando ambas as pernas para cima e gentilmente colocou as mãos no queixo da loira a obrigando a virar para ela e a encarar.

—Você não me machucou.

—Eu nunca fui assim, eu nunca fiz isso, eu, eu, eu...

—Shiii.  – Regina nunca desviava os olhos dela – Você não me machucou. Eu sei que você não é assim e eu me sinto honrada, lisonjeada, presenteada por ser eu a ver mais um lado seu, por confiar em mim, por me tocar com tanta adoração e por ser eu a despertar esse lado digamos que mais safado em você. Eu amo cada lado seu. Sem exceção.

—Até essas partes mais, incontroláveis, mais... safadas? – Regina jogou a cabeça para trás e riu alto.

—Você nunca vai me ouvir reclamar das suas partes safadas. – Emma sorriu mordendo o canto de seu lábio inferior.

—Você sabe que só você desperta isso em mim não é? – seus dedos pálidos passavam pelo rosto de Regina.

—Como já disse, fico honrada. Eu te amo. Nunca tenha vergonha de me mostrar qualquer lado seu. E se estiver em dúvida, me pergunte. – Emma somente acenou bocejando logo em seguida. – Acho que tem alguém cansada! – A loira somente sorriu.

Regina levantou e estendeu a mão para Emma que prontamente a pegou se levantando também e seguiu acompanhando Regina, mas antes que pudesse ser levada ao quarto da morena ela parou.

—O que foi? – Quis saber Regina.

—Eu, eu acho que é melhor eu dormir aqui hoje. – Emma quase se arrependeu de sua ideia ao ver a decepção nos olhos de Regina – Eu preciso ajeitar as coisas na minha cabeça tudo aconteceu muito rápido, eu preciso desse tempo.

Regina somente acenou incapaz de falar qualquer coisa, ela queria Emma ao lado dela, mas se a loira precisava desse tempo ela iria respeitar. Ela sorriu apertado antes de virar e tentar ir para seu quarto, mas Emma segurou seu cotovelo.

—Hey, - a morena voltou a virar – boa noite. – selaram seus lábios em um selinho casto.

Emma entrou em seu quarto e caiu em sua cama, mas virou sobre ela como um bife na grelha. Seria possível que ela já sentisse tanta falta de Regina assim? Ela sabia a resposta. Ela cochilou e acordou durante toda a noite. Quando a manhã chegou Emma saiu de seu quarto e foi para o de Regina. Subiu na cama, recostou-se a cabeceira puxando as pernas para encosta-las a seu peito e passou a observar à morena que dormia ressonando baixinho. A loira tinha certeza que queria ter o luxo de acordar assim todos os dias.

—É feio ficar encarando os outros assim. – A voz rouca e sonolenta de Regina soou pelo quarto fazendo a loira sorrir.

—Eu te amo. – Emma disse fazendo Regina abrir os olhos que até então mantinha fechado.  A morena sorriu para a loira. – Eu te amo. – falou mais uma vez mais pausadamente.

—Pelo visto a noite foi boa, proveitosa. – Regina disse brincando enquanto pegava a mão da loira e levava aos lábios.

—Não. – Emma negava com a cabeça rindo – Foi terrível sem você ao meu lado.

—Venha minha pequena, deite aqui. – Regina se acomodou sobre os travesseiros abrindo os braços para receber Emma que se aconchegou no peito da morena passando seu braço por sua cintura. – Vamos ficar aqui um pouco, eu também senti muito sua falta essa noite.

—Só para constar, eu sou mais alta do que você! – A loira disse depois de um tempo em que já estavam abraçadas e pode sentir o peito de Regina se movimentar com a risada que a morena deu.

—Eu sei querida. – Regina afagava as mechas loiras de Emma – Mas eu sou mais velha, e tenho essa necessidade quase doentia de querer te proteger do mundo. Por vezes eu esqueço que você já é bem grandinha pode cuidar de si mesma. – Emma apertou seu abraço em volta da morena.

—Eu amo esse cuidado que tem comigo, mas saiba que eu não sou de vidro.

—Não é não? – Regina perguntou, sua voz continha um tom de divertimento, de provocação.

—Umhum! – Emma negou, movimentando sua cabeça levemente no peito de Regina.

—Me deixa testar isso. – A morena disse enquanto suas mãos encontravam a cintura da loira e começava a fazer cócegas. Regina inverteu as posições ficando por cima de Emma que se contorcia em risadas abaixo dela. Seus cabelos espalhados pela cama, dourados como raios de sol, sua face tornando-se vermelha e sua respiração quase falhando. E seu riso, ha seu riso, Regina sabia, desde o primeiro momento que escutara a risada de Emma, que não havia som que considerasse mais bonito. A morena parou suas mãos observando a loira se recuperar abaixo dela, seus olhos ainda fechados e seu corpo balançando levemente. A loira abriu os olhos momentos depois encontrando Regina mirando fixamente nela, deu-lhe um sorriso iluminado e por todos os deuses – eu amo seu sorriso – a morena disse.

—E eu amo você! – Emma respondeu e Regina pôde sentir todo seu interior explodir em milhões de pedacinhos, como se fosse feita de purpurina, deu um sorriso pequeno, controlando as lágrimas que queriam a todo custo subir para seus olhos, seus cabelos negros ainda selvagens pelo sono lhe caiam a frente do rosto, uma imagem tão genuína e pura da morena que fazia o peito de Emma doer, a loira pensou nunca tê-la visto tão linda -  Como você faz isso? – Quis saber, sua voz mal passando por sua garganta.

—Isso o que? – Regina tombou a cabeça para o lado.

—Me olha e parece que tudo em volta some, o ar, o som é como se só existisse você em um limbo, um universo paralelo, é quase como mágica. E eu tenho que me esforçar muito para lembrar que você é real, nós somos reais. – Regina abaixou selando seus lábios ao da loira, em segundos sua língua pedia permissão para entrar que logo foi concedida. As respirações começaram a ficar pesadas e os corações a bater mais rápido, então Regina cessou o beijo e levantou-se novamente.

—Eu sou real, não se esqueça disso – deu um sorriso sacana – mas deve ser porque quando eu olho para você, por vezes, o mundo realmente desaparece.

                As palavras mal tocaram o ar antes dos lábios se encontrarem novamente.

—Eu sinto que devo me desculpar pelo comportamento de Zelena ontem. – Regina disse enquanto pegava a xícara de café que Emma lhe oferecia.

—Tá tudo bem. – Respondeu a loira balançando a cabeça rindo com a lembrança enquanto enchia sua própria xícara.

—Eu não sabia se você queria contar ou não. – Regina a olhava cautelosa.

—É claro que eu queria contar. Eu quero contar para todo mundo, eu quero falar com as flores, com o sol, com as pessoas que eu nem conheço, eu quero que todo mundo saiba que eu tenho uma mulher incrível ao meu lado, e que me ama, e que eu amo de volta. Eu quero. Não há mais dúvidas aqui – apontou para sua cabeça – Mas não precisava ser no estilo Zelena de ser. – Ambas riram alto.

—Ela é um pouco exagerada.

—Exagerada é eufemismo babe. – Regina riu – Nós temos que assinar o contrato do apartamento.

—Eu ainda custo a acreditar que você comprou esse apartamento. – Regina riu incrédula.

—Nós compramos. Ele é nosso.

—Quer dizer que não há mais dúvidas? – Regina mordia o lábio inferior.

—Eu não tenho dúvidas que eu amo você e que é com você que eu quero ficar, eu sei que quando colocarmos os pés para fora do nosso mundinho particular as coisas podem complicar um pouco, e é aí que eu te peço paciência comigo.  – a loira abaixou um pouco o olhar – e tem a minha família ainda, eu tenho que contar. Só não sei por onde começar, mas eu vou. – Regina assentiu.

—Então essa noite virá dormir comigo? – Resolveu não prolongar no assunto família, por enquanto. Regina tinha medo que se a família de Emma não aceitasse a relação delas a loira pudesse voltar atrás em sua decisão, com apartamento comprado ou não.

—Nessa e em todas as outras, mesmo quando quiser me chutar de lá! – ambas riram – Seu cabelo completamente bagunçado pela manhã é imperdível. – É claro que Emma não poderia perder a piada.

Regina lançou um olhar cortante à mulher e iria responder algo, mas seu celular começou a vibrar em cima da bancada, a foto de Cora aparecendo na tela.

—Zelena. - As mulheres disseram juntas e ririam antes de Regina atender. Emma queria dar privacidade a ela e já ia sair da cozinha quando Regina a chamou de volta colocando o celular em cima da bancada e ligando o viva-voz.

—Pode falar mamãe, Emma já está te ouvindo. – A loira prendeu a respiração.

—Oi senhora Mills. – disse incerta.

—Ah pelo amor de Deus menina, quantas vezes terei que te dizer que é Cora? Somente Cora? – A mulher não deu espaço para Emma responder, Regina olhava para a loira segurando a risada – É claro que vocês já sabem porque eu estou ligando, Zelena mal pode esperar o dia clarear para me ligar, e vocês só estão parcialmente perdoadas porque eu sei como minha nora ruiva pode ser efusiva, vocês não tinham chance contra ela.

—Parcialmente? – Perguntou Regina.

—Parcialmente! – Respondeu a mulher – porque vocês contaram a ela antes de mim.

—Nós não contamos nada a ela Cora, pode acreditar. – Emma disse – Ela descobriu tudo sozinha enquanto veio aqui checar nossa integridade.

—Foi mesmo mamãe! – Regina emendou.

—Ela pegou vocês nuas no meio da sala para descobrir isso? – Cora disse do outro lado da linha, e Emma quis morrer.

—Mamãe! – Regina contestou indignada – Não, nada disso. Mas foi quase e seria na cozinha, não na sala.

—Regina! – Emma protestou já vermelha feito um pimentão, primeiro seu cunhado e sua concunhada sabiam de suas peripécias sexuais de ontem, depois seus amigos e agora sua sogra.

—Emma querida não fique envergonhada. – Cora segurava a risada imaginando como estaria o rosto de sua nora – Estou tão feliz que Regina finalmente confessou esse amor que ela tem por você desde que eu me lembre. – Emma riu dando um olhar presunçoso para Regina que ficara envergonhada.

—Na verdade eu que falei primeiro. – A loira disse.

—Sério? – A voz da mulher era puro choque.

—Sim. Eu disse primeiro, e então ela me beijou e só disse que me amava de volta depois que eu quase fui parar em casa.

—Regina. – Cora ralhou com ela. – Minha filha, você suspirava Emma para tudo quanto é lado!

—Eu tenho direito de defesa? – A morena se intrometeu na conversa das outras duas.

—Não! – Disseram em uníssono e as três caíram na gargalhada.

—Apesar das brincadeiras minhas queridas, eu estou muito feliz por vocês duas. Emma minha filha, Regina te ama muito e há muito tempo, eu tinha medo que isso machucasse vocês duas, eu já te considerava da minha família e não queria perdê-la. Apesar de a sua morena ser meio tapada ela finalmente te conquistou.

—Acho que eu sou mais tapada do que ela Cora. Ela me conquistou faz tempo, e eu que demorei a perceber. – Emma sorriu para Regina.

—Ouviu mamãe? – Elas riram novamente.

—O que importa de verdade é que vocês estão juntas, eu só queria parabeniza-las e pedir pelo amor de Deus que vocês sempre tranquem as portas. Não quero nenhum dos meus netos traumatizados.

—Céus. Sou eu quem está traumatizada Cora, sou eu! – Emma disse arrancando mais gargalhadas das mulheres. Encerraram a conversa logo depois a base de boas risadas. Emma respirou fundo olhando suas torradas mal tocadas, nunca se sentira tão leve.

—O que faremos hoje? – Regina perguntou.

—Pensei de irmos ao orfanato. – Emma olhou para Regina com expectativa. – Temos uma ferinha para encarar.

—Não está muito cedo para isso? – A morena perguntou enquanto passava geleia em uma torrada.

—Está com medo de uma criança Senhora Mills? – Emma perguntou sorrindo e Regina nem hesitou para responder.

—Sim. Muito. E se ela não me perdoar e odiar para sempre? – Emma somente revirou os olhos antes de se levantar.

—Eu vou tomar um banho e me arrumar, quero você pronta em quinze minutos. – Disse antes de sair em direção ao seu quarto, antes de entrar pode ouvir o barulho da cadeira sendo arrastada, sorriu de canto e foi pegar uma roupa.

As ruas ainda estavam molhadas pela chuva que tinha caído provavelmente durante a noite. As pessoas passavam lentamente pelas calçadas, afinal, domingo era um dia preguiçoso. Regina e Emma desceram de seu prédio com casacos não muito pesados, o clima não estava tão frio assim.

Caminharam lado a lado por alguns instantes antes de Regina lhe segurar a mão e entrelaçar seus dedos, Emma sentiu seu coração pular uma batida, olhou para as mãos entrelaçadas e subiu seu olhar para a morena, respirou fundo e assentiu antes de continuarem em frente.

O percurso foi agradável, suas mãos balançavam juntas entre elas. Emma pode sentir alguns olhares sobre as duas, mas sempre que isso acontecia Regina apertava sua mão mais forte. Era tudo que ela precisava. Quando chegaram a frente ao orfanato, porém, a morena a soltou. E Emma entendeu sua ação.

—Que bom ver vocês juntas novamente. – Madre Cecília as encontrou no meio do pátio e as duas mulheres sorriram ternamente para a mulher mais velha antes de abraçá-la. – Está tudo bem com vocês? – As mulheres assentiram.

 _Mais do que bem. – Emma respondeu com um sorriso radiante passando seu braço pelo braço de Regina que sorriu constrangida.

—Finalmente. – A Madre suspirou antes de cumprimentá-las – Vocês são difíceis! – Todas riram do comentário da Madre. – Vocês sabem em que acredito, mas vocês tem todo o meu respeito.

—Obrigada Irmã. – Regina disse.

—Vieram ver as crianças?

—Viemos conversar com Sophia. – Emma respondeu – Cadê ela?

—Ela tem andado meio escondida, você vai ter que procurar. Acho que ela vai amar as novas notícias. Regina querida, porque você não vem comigo e deixa Emma conversar com ela antes? – A Madre perguntou recebendo um olhar de gratidão da morena.

Emma caminhou um pouco pelo pátio a procura da menina, em seguida passou por algumas salas, tendo por fim a encontrado no quarto, sozinha, em cima de sua cama brincando com uma boneca de pano.  

—Será que eu posso me juntar a essa brincadeira? – Emma sorria enquanto caminhava em direção à cama da menina, dentre tantas outras dispostas naquele quarto.

—Tia Emma! – Sophia levantou na cama já pulando no colo da loira.

—Uou! Você está ficando enorme! – A loira abraçou a menina.

—A gente cresce tia Emma.

—Eu sei minha menina, eu sei!

  _Você não vem aqui dia de domingo! – Sophia disse assim que Emma a colocou na cama de volta.

—Não, mas hoje eu vim porque preciso conversar com você. – Emma disse gentilmente.

 _Eu fiz alguma coisa errada tia? Eu nem fiz bagunça essa semana. – Seus olhos expressavam preocupação enquanto ela tentava lembrar se tinha se metido em alguma travessura.

—Não minha pequena, não vim aqui te dar nenhuma bronca. Vim falar com você da tia Regina. – A pequena instantaneamente fechou seu semblante e cruzou os braços a frente do peito. – Não faça isso Soph, eu já conversei com você. – Emma tentou.

—Eu não quero falar sobre ela. – Emma sorriu pelo bico que a menina fazia, ele era incrivelmente parecido com o da outra morena.

—Quer dizer que você não sente nem um pouquinho a falta dela? – Questionou recebendo um aceno pequeno, mas negativo de cabeça. – E se eu te falar que ela sente sua falta um montão assim.  – Emma esticou os braços para mostrar para a criança.

—É mentira. – Sophia virou as costas para Emma. – Eu não quero mais falar sobre isso. – Emma suspirou pesadamente.

—Você confia em mim Sophia? – a pequena nada respondeu – Sophia, você confia em mim? – Ela balançou cabeça afirmativamente – Então quando eu digo que tia Regina nunca quis te magoar, que ela te ama bem como eu amo você e que ela sente muito a sua falta você acredita em mim? – a pequena mexeu a cabeça afirmativamente de novo.  – E se eu te disser que a tia Regina não namora mais a Kathryn, você acredita em mim? – A pequena descruzou os braços virando para Emma com expressão descrente e ao mesmo tempo chocada em seu rosto.

—Não namora mais? – Perguntou incerta.

—Não, ela não namora mais a Kathryn. – Emma sorriu.

—Você ama a tia Regina, não ama? – Perguntou a pequena.

—Eu a amo Soph.

— E você também ficou triste porque ela namorou outra pessoa.

—Sim eu fiquei.

—E você a perdoou?

—Sim, pequena, eu perdoei. Nós adultos, ás vezes, fazemos uma bagunça danada porque não falamos a verdade um com o outro.

—Madre Cecília ensinou que não devemos falar mentiras.

—Madre Cecilia está certa Sophia.

—E agora vocês falaram a verdade uma para a outra?

—Sim, falamos.

—E qual verdade é essa?

—Que nós amamos muito uma a outra Sohpia – quem respondeu foi Regina que lentamente desencostava da porta e caminhava em direção a cama com Henry em seu colo. A menina olhava de uma mulher a outra. A morena mais velha sentou do outro lado do colchão colocando o menino em cima que foi engatinhando e se aconchegando no colo da loira – eu queria muito que você me perdoasse também, porque eu te amo demais e sinto muita falta de brincar com você. Com vocês dois.

—A Emma ama você.

—Sim – Regina disse rindo com lágrimas nos lhos – Ela ama.

—Henry ama também. – A voz infantil se fez presente no quarto arrancando risadas de todas.

—Então você não namora mais a chata da Kathryn? – A menina perguntou e Emma riu alto recebendo um olhar cortante de Regina.

—Não Sophia eu namoro a chata da Emma agora. – a morena respondeu recebendo um tapa da loira. Sophia olhava para as duas de boca aberta, seria seu sonho se realizando? A pequena precisava de prova.

—Se você namora mesmo, beija ela. – A menina cruzou os braços prepotente e as mulheres trocaram um olhar divertido.

  _Sophia! – Emma a repreendeu.

  _Eu to esperando. Vamos lá. – Regina se aproximou da loira antes que ela pudesse contestar e colou seus lábios ao dela em um beijo casto. Sophia pulou de alegria na cama abraçando as duas mulheres ao mesmo tempo pelo pescoço e praticamente se juntando ao beijo. As duas riram e separaram-se abraçando a menina e lhe beijando a bochecha de ambos os lados.

—Henry gosta de beijo. – O menino disse entra a confusão de mulheres em cima da pequena cama e logo foi atacado por elas com beijos e cócegas.

Os dias após elas resolverem as coisas com Sophia transcorreram com normalidade, ou seja, Emma fazia jornada tripla, Regina estava enterrada no escritório. A morena estava no meio de várias plantas de prédios quando a porta de sua sala abriu e a secretária entrou com um vaso com uma bela orquídea e colocou em sua mesa sorrindo. Regina pegou o cartão admirando a bela flor, “uma flor rara, para uma mulher única.” A morena sorriu se perguntando como podia amar ainda mais Emma do que já a amava no segundo anterior.


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Notas finais do capítulo

Comentem.