Pra você guardei o amor escrita por Maria


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Eu amo ler os comentários de vocês!!!
Obrigada e sejam sempre bem vindos a comentar, sempre dá um ânimo a mais quando lemos os comentários.

Eu não ia postar hoje, mas foi um dia difícil, desses que você toma uma rasteira e percebe a qual a verdadeira capacidade do ser humano, por isso vim para cá. Estar aqui me alegra, me acalma e conforta meu coração.

Espero que aproveitem!



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Foi o estômago que obrigou as mulheres a sair da cama depois que lembraram que não faziam uma refeição direito desde o almoço do dia anterior. Elas haviam tido um dia maravilhoso, se amaram na banheira até a água gelar seus ossos e serem obrigadas a se retirar, passando para a cama, na qual compartilharam de carícias lentas, mas tão íntimas, daquelas que você não compartilha com qualquer um.

—A companhia aérea disse que minha mala deve voltar para cá em algum voo de amanhã ou depois. – Emma disse entrando na cozinha parando atrás de Regina olhando por sobre seu ombro. – Não acredito que fez lasanha. – Depositou um beijo no ombro da mulher que sorriu ternamente.

—Não deve estar tão boa quanto ficaria se você tivesse feito, mas dá para encarar. – Respondeu Regina cortando os pedaços dentro da forma que fumegava.

—Querida, você é a rainha das lasanhas! Não tenha dúvidas disso. – Respondeu colocando os pratos na mesa deleitando-se com a gargalhada que Regina deu.

As duas começaram a comer em meio a conversas triviais aproveitando cada segundo da companhia uma da outra, como se houvesse eras que não se viam e bem depois das últimas semanas é como se tivesse acontecido isso mesmo.

Se elas parassem um momento para analisar, pouca coisa havia mudado no relacionamento delas, as conversas corriam fáceis como sempre. Os momentos continuaram regados do carinho que sempre compartilharam. A única diferença mais notável de todas é que agora além do entrelaçar dos dedos, seus lábios sempre se encontravam, fosse num curto ou num longo beijo. E é claro, elas poderiam dividir a cama de uma forma bem mais interessante.

—Emma – Regina a chamou – tem algo que quero te perguntar a algum tempo sobre a Sophia – a loira somente assentiu já imaginando o que seria enquanto terminava de mastigar - o que ela disse para você aquele dia? Por que ela ficou tão brava? Quer dizer, eu meio que suspeito o porquê ela tenha ficado tão brava, mas eu realmente queria saber.

—Haa, aquela pestinha! – Emma riu – Ela viu o que nós demoramos a ver. O que eu demorei a ver, ou o que eu não queria ver, mais precisamente. Ela disse que você tinha nos traído porque éramos uma família e que Kathryn atrapalhava tudo. Aí ela descontou a frustração de uma criança de sete anos em você. – As mãos se encontraram por cima da mesa e entrelaçaram-se, gesto tão comum entre elas, mas tão significativo.

—Acha que ela vai me perdoar? – Perguntou receosa enquanto seu polegar roçava pelo polegar de Emma.

—Crianças são resilientes Regina, ela ficou chateada sim, mas ela te ama. Eu tenho plena certeza que quando conversarmos com ela vai ficar tudo bem. – sorriram uma para a outra em meio ao silêncio que seguiu.

—Diga o que você quer dizer. – Regina disse sorrindo fazendo Emma corar.

—Como você me conhece tão bem? Às vezes eu tenho medo de você, sabia? – suas bochechas ficaram alguns tons mais vermelha e Regina deu de ombros, mas apertou sua mão para encorajá-la – Eu... é cedo para falar disso Regina, deixa para lá.

—Você pode me dizer o que tiver vontade, mesmo se for algo que extrapola o nível do esquisito – elas compartilharam uma risada – Se estivermos juntas Emma, poderemos solucionar qualquer coisa estranha que venha a existir entre nós, mas precisamos estar abertas a ouvir e a dizer, eu não vou te pressionar, mas quero que saiba que sempre estarei aqui a todo ouvidos.

—Não é nada esquisito em si. Eu... quando Sophia mencionou nós, eu, você, ela e Henry com uma família, soou tão certo para mim, tão perfeito, que eu queria deitar naquela cama e chorar junto com ela, e eu percebi que eu sempre vi isso, e quis isso, mesmo antes de pensar em nós... assim, mesmo antes de pensar em você como minha – Emma parou, elas não tinham um nome para aquilo que estavam vivendo e isso pouco importava – mesmo antes de pensar que estaríamos juntas, romanticamente falando, eu já nos considerava uma família. Meio cedo para falar sobre isso, não? – Emma terminou mordendo seu lábio inferior e pôde presenciar o sorriso de Regina se alargando e a loira poderia jurar que a cara dela iria partir a qualquer momento – esse seu sorriso está me assustando, sério mesmo. Está tomando todo seu rosto e você está prestes a se tornar um monstro medonho da boca risonha. – Regina gargalhou.

—Você e essa sua capacidade de transformar o momento mais fofo e terno em gargalhadas – a loira deu um sorriso presunçoso – Emma, no instante em que eu vi você sentada no chão do pátio do orfanato com Henry em seu colo e Sophia ao seu redor, meu cérebro fez toda essa cena se materializar no chão da nossa sala, eu desejei tão ardentemente isso que até Madre Cecília percebeu. Ela sempre soube.

—Ela tem uma visão biônica. – Disse Emma rindo.

—Ela vê com o coração Emma.

—Quem diria que Regina Mills seria tão sensível e romântica? – Emma começou a debochar da morena, mas sempre a olhando carinhosamente.

—Não enche! – disse jogando um guardanapo na loira.

—Rê – a morena deu um olhar mortal para a loira que a ignorou – uma vez eu te perguntei se você já havia pensado em construir família com alguém – a morena acenou com a cabeça mostrando que se lembrava do fato – então quando você disse que já havia pensado em alguém, mas que nunca esteve assim com essa pessoa você estava falando...

—De você? – Regina perguntou.

—De mim? – Emma perguntou prendendo a respiração e Regina sorriu tão ternamente que tudo dentro da loira derreteu.

—Quem mais seria? Só podia ser a pessoa mais tremendamente cega desse mundo. – Emma riu lembrando-se do que havia dito.

—Desde aquela época?

—Desde muito antes.

—E depois eu quase morri de ciúmes de você naquela boate, lógico que eu só admito isso hoje, mas quem é aquela mulher?

—Uma namorada do passado, uma que durou um pouco mais do que um par de semanas, não são lembranças muito boas. Não precisa ficar com ciúmes. – Regina completou vendo a cara da loira e resolveu mudar de assunto - Ha, só para constar, eu ainda não te perdoei pelas rosas. – Regina completou forçando um olhar bravo para Emma.

—Que rosas? Não sei do que você está falando. – A loira estava sinceramente confusa.

—Você não mandou rosas, mas insinuou que eu gostava. – Regina segurou os pingentes do seu cordão, um pequeno cisne e uma pequena coroa – então eu recebi um buquê imenso delas que mal passou pela minha porta no dia seguinte. – Emma tentou segurar, mas não conseguiu e soltou uma sonora gargalhada enquanto sorvia um pouco do seu suco e acabou engasgando, mas ainda assim não conseguia parar de rir. – Esse suco deveria ter matado você engasgada, só porque você é uma idiota.  – o sorriso nunca deixava seu rosto.

—Sua. – Disse secando as lágrimas depois que conseguiu finalmente parar de rir.

—Minha o quê?

—Sua idiota. – Respondeu enquanto sua pele voltava aos poucos para a coloração normal e Regina sorriu mais largamente.

—Sim, minha idiota. E só minha Miss Swan!

—Só sua e sua disposição. – Emma levantou fazendo uma reverência a Regina antes de levar seu prato e recolher o da morena para a pia. – My Queen.

Foi só o tempo de Emma depositar os pratos dentro da pia para sentir os braços de Regina em volta da sua cintura e todo seu corpo prensando o da loira contra a bancada.

—Repita isso mi cariño! – Regina pediu enquanto deixava Emma virar dentro de seu abraço.

—Céus! – Emma arfou com o apelido que Regina a chamou – Você deve falar mais espanhol comigo My Queen, porque na sua boca isso soa tão quente como o fogo do inferno!

Regina riu pelo linguajar que a mulher assumia somente com ela, antes de tomar os lábios da loira para si em um beijo ardente. Quando já não podiam mais suportar Emma inverteu as posições enlaçando Regina pela cintura a sentando na bancada a frente delas, as pernas da morena nunca deixaram o quadril da loira.

Emma interrompeu o beijo nos lábios de Regina e passou a descer pelo seu pescoço, rapidamente as alças do vestido da morena já estavam fora de seu ombro bem como a de seu sutiã. O vestido leve foi parar na cintura dela e aquele pedaço de renda foi rapidamente retirado revelando o belo par de seios de Regina que já estavam rígidos implorando por Emma que os olhava como um lobo faminto, a loira realmente não sabia de onde vinha todo esse desejo, mas ela sabia que somente Regina poderia provocá-lo.

Mi cariño, ellos son tuyos. – A voz rouca de Regina foi como um choque elétrico em Emma que avançou sobre aqueles montes maravilhosos os chupando com todo vigor enquanto a morena segurava sua cabeça por entre seus cabelos loiros soltando frases desconexas que loira poderia jurar que eram em uma língua desconhecida pela humanidade.

Regina parecia que iria vir só com isso, mas Emma queria dar mais, a morena merecia mais, sua mão saiu das costas da morena entrando no meio da saia da mulher encontrando sua intimidade por cima do pano da calcinha já completamente molhado.

—Meu Deus Regina. – Emma conseguiu dizer entre os seios da morena – você ainda vai me matar. – A morena riu apertando ainda mais suas pernas na cintura de Emma. A loira afastou a calcinha da mulher com a mão passando seus dedos sobre os lábios escorregadios. Regina arfou arqueando suas costas. Quando os dedos de Swan encontraram o clitóris da mulher e começaram a massagea-lo Regina parecia que iria explodir, então a campainha tocou assustando ambas.

—Eu não acredito nisso. – Regina choramingou ofegante – Não se atreva a parar Swan – disse olhando para Emma que começava a diminuir os movimentos em sua intimidade.

—Mas Gina... – ela quis protestar, mas Regina enfiou suas mãos em sua camiseta apertando seus seios.

—Mais hermosa, mais, mais forte. - Sussurrou em seu ouvido flexionando seu quadril para frente e Emma perdeu qualquer noção de juízo, e deveria ser contra a lei duas pessoas estarem tão excitadas. A loira fez sua mão trabalhar com mais vigor na morena que rebolava para ela enquanto compartilhavam um beijo arrebatador, e deveriam agradecer aos deuses por suas bocas estarem ocupadas quando Regina chegou ao ápice e o barulho que pareceu vir das profundezas de sua garganta foi abafado pelos lábios da loira.

Ambas ficaram abraçadas por um momento controlando suas respirações até ouvirem a campainha tocar novamente e dessa vez vir acompanhada da voz de Zelena.

—Vocês estão vivas aí dentro?

—Depois a gente conversa sobre isso, vai para o banheiro se recompor que eu atendo sua cunhada. – Deu um beijo leve nos lábios da morena que recolheu suas roupas e saiu, mas antes de sumir completamente sussurrou. 

—Eu ainda vou tirar a campainha dessa porta. – Emma teve colocar a mão na boca segurando a gargalhada.

A loira correu no banheiro, lavou as mãos, jogou água em seu rosto e veio secando com a toalha enquanto gritava.

—Já vai, já vai! – Abriu a porta para encontrar Zelena e Robin parados com o pequeno Roland entre eles.

—Pelo amor de Deus, que demora para abrir essa porta. Achei que iria ter que derrubar e encontraria dois corpos aqui. – Zelena resmungava enquanto entrava. Emma suspirou aliviada ao menos, por hora a mulher não havia percebido nada.

—Olá Emma, - disse Robin entrando com o pequeno menino e beijando a loira na bochecha – não ligue para Zelena, ela é sempre o cúmulo do exagero.

—Emma. – Roland se manifestou procurando o colo da loira.

—Vem cá meu lindão. – A mulher esticou os braços – Deixa-me ver como esse menino cresceu. Meu Deus você está enorme! – O menino sorria orgulhoso.

—Tia Emma você me viu antes de hoje. – O menino disse. – Estou do mesmo tamanho.

—Ontem. – Zelena o corrigiu

—Foi o que eu disse. – Ele respondeu fazendo Zelena revirar os olhos.

—Não. Você cresceu sim. E ficou mais pesado.  – Ela começou a balançá-lo em seu colo aplicando-lhe cócegas enquanto o menino ria.

Poucos minutos depois Regina apareceu na sala completamente normal, como se não tivesse acabado de ter um orgasmo em cima do balcão da cozinha.

—A que devo a honra dessa visita? – Perguntou cumprimentando Zelena com um beijo na bochecha e recebendo um de seu irmão na testa.

—Nós viemos checar a integridade física de vocês, já que essa semana vocês estavam mordendo quem passava na rua, mas pelo visto vocês estão ótimas. – Regina sorriu para a ruiva. – Há um brilho estranho no seu olhar – a mulher comentou olhando para Regina e Emma quase entrou em pânico do outro lado da sala. Não era possível que Zelena iria sacar tudo por causa de um simples olhar.

—Não sei do que você está falando Zelena. – Regina respondeu e começou a caminhar para a cozinha com a ruiva e todos os outros em seu encalço.

—Há esse brilho e eu conheço esse brilho. – ela completou – Você fez sexo quente em lugares impróprios.

—Por Deus Zelena! – Emma tampava os ouvidos de Roland – Seu filho está aqui.

—E o irmão dela também, eu posso ir dormir sem essas imagens na minha cabeça. – Regina bufou, mas não foi capaz de esconder o rubor que subiu pelo seu pescoço e chegou a suas bochechas.

—Oh meu Deus, Oh meu Deus. Ela teve mesmo. Conte-me tudo. – A ruiva seguia Regina como uma sombra.

—Não há nada para contar Zelena. – Regina respondeu enquanto retirava a lasanha da mesa. Sua cunhada observava todos os movimentos com a testa ligeiramente enrugada.

— Você fez lasanha? Você só faz lasanha em ocasiões especiais. Vocês jantaram e foram tomar banho? – Regina tentava ignorar a onda de pensamentos da ruiva, se ela continuasse assim ela iria descobrir tudo por ela mesma, e a morena não sabia se Emma queria isso, ao menos por agora.

—Chega Zelena, você está ficando doida. Robin controla essa mulher sua, ela acha que ela é o que? Investigadora? Delegada? CSI? – Mas a ruiva não parecia que iria se render tão facilmente assim e continuou com suas perguntas indiscretas.

—Tia Emma você está me apertando demais – disse Roland para a loira que estava quase matando o menino sufocado. A mulher estava em pânico, e se Zelena descobrisse que elas realmente estavam fazendo sexo, e na cozinha, em cima da bancada? A loira iria morrer de vergonha. A ruiva olhou de Regina para Emma que estava apavorada ainda segurando o menino como se ele fosse protegê-la do que estava por vir.

— Pera aí. Pera aí! Pera aí! – A voz de Zelena era pura excitação, ela mal podia se conter – vocês duas. – seu olhar ainda balançava entre a loira e a morena – vocês duas...

—Zelena – Regina tentou alertá-la, mas foi descaradamente ignorada pela mulher.

—Vocês duas finalmente? – Zelena olhou para Regina que a essa altura estava em cólicas olhando para Emma que estava com os olhos tão arregalados que poderiam sair pulando de sua órbita a qualquer momento – vocês estavam fazendo sexo quente antes de chegarmos! – Ela gritou mal se contendo enquanto Robin sacudia a cabeça por conta da indiscrição de sua mulher. Emma assumiu um tom tão vermelho que tomou até seus braços. – Não deixe meu filho cair.

—Eu tentei Babe. Desculpe. – Disse Regina enquanto depositava um beijo na bochecha da mulher loira paralisada de vergonha.  

—Oh meu Deus. – A voz de Zelena guinchou entre muitas risadas – este é o melhor dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Se passaram por aqui, não saia sem comentar e faça uma autora feliz!!