Dias depois...

P.O.V Da Sam

Hoje é o aniversário da Vicky e ela decidiu dar uma festa à fantasia, super clichê, mas a festa é dela, né? É ela quem decide, a festa têm até tema, outra bobagem que ela inventou de última hora: Super-heróis VS Super-Vilões. Alex e Freddie saíram para comprar as fantasias e segundo eles, os dois vão se arrumar na casa de um primo da Vicky, um amigo do meu irmão.

Faltavam apenas 2 horas para a festa começar. Já tinha comprado a minha fantasia, e só faltava dar um jeito no cabelo, uma coisa simples como pintá-lo com spray usando duas cores. Tomei um banho relaxante, passei quase uma hora no banho. Sequei meu cabelo, fiz uma Maria-Chiquinha e o pintei com as cores rosa e azul, exatamente como o da Arlequina do filme.

Fiz uma maquiagem igual da personagem e vesti meu look. Me olhei no espelho e fiquei muito satisfeita com o resultado, peguei o taco de beisebol do Alex e o personalizei para ficar igual o taco da vilã.

Estava curiosa para ver as fantasias do meu irmão e do idiota do Benson, eu já tinha visto a da Vicky e achei bem legal.

Mas estava faltando algo e eu não tinha ideia do que poderia ser...

[...]

Cheguei na casa da Vicky sozinha, o som estava bem alto quase ensurdecedor. Haviam "Super-heróis" e "Super-Vilões" espalhados por todos os cantos, era uma verdadeira reunião de adolescentes malucos e arruaceiros curtindo um bom som.

Alguns deles estavam reunidos formando grupinhos como o Quarteto-Fantástico, Liga da Justiça e X-Men. Os "vilões" tinham também seus grupinhos como Esquadrão Suícida, Liga da Injustiça e Sexteto...

Vi uma Hera Venenosa se agarrando com um Superman perto da mesa repleta de delícias. Hoje irei me esbaldar, espera... Aquela é a Vicky se agarrando com o Alex? Confirmei minha suspeita quando eles se desgrudaram.

Minha amiga sorriu e acenou para mim antes de puxar o meu irmão correndo até aonde eu estava.

— ARRASOU, AMIGA, VOCÊ ESTÁ LINDA! - Gritou animada me lançando um sorriso contagiante.

— Por quê você está seminua? - Alex exclamou me olhando assustado, revirei os olhos.

— Não exagera, maninho. Nossa! É a primeira vez que vejo um Superman loiro! - Ri dele que revirou os olhos.

— Sempre soube que você era a ovelha negra da família. - Ele sorriu sarcástico.

— FELIZ ANIVERSÁRIO, MORENA! - Pulei em cima da minha amiga, lhe dando um abraço de urso.

— Obrigada, loira! Cadê o meu presente? - Perguntou quando eu a soltei.

Puts! O presente, sabia que tinha esquecido algo...

— Tá aí do seu lado. Pode ficar com ele e se divirta à beça. Faça um bom uso dele. - Empurrei o Alex para ela e me encaminhei para a mesa de comidas, levando o "meu" taco comigo.

Enquanto devorava alguns salgadinhos, ouvi péssimas cantadas. Recebi cantadas de um "Espantalho", de um "Pinguim", de um "Magneto" e também de um "Lex Luthor" fofinho, mas nenhum deles me agradou.

— Princesa Palhaça do crime, não sou o Coringa, mas eu sei que posso te enlouquecer na cama! - Ouvi uma voz sexy no meu ouvido, logo recebi um tapa na bunda.

Me virei rapidamente erguendo o taco de beisebol, preparada para bater no engraçadinho e me deparei com um Batman.

— SAM? - Gritou o idiota do Benson me olhando surpreso.

— Não. Sou irmã gêmea dela. - Sorri, irônica.

— Seu pai viu você saindo de casa com essa fantasia? - Perguntou olhando para o meu corpo.

— Não. Por quê? Estou tão vulgar assim? - Perguntei, irritada.

Ele olhou para o meu taco e balançou a cabeça negando.

— Você está incrívelmente sexy. - Sorriu malicioso.

— Pena que eu não posso dizer o mesmo sobre você. Batman? Sério? Sabe, a fantasia de Espantalho combina mais com você. - Falei, séria.

— Ah, é mesmo? Não foi o que a Mística, Mulher Maravilha e a Mulher Gato me disseram!

Acenou para um trio de garotas que sorriram e acenaram para ele.

— A máscara está disfarçando a sua feiura! - Debochei.

Ele riu e negou, se aproximou e mordeu o lábio inferior de uma maneira sensual.

— Que tal irmos para a minha Batcaverna? - Me convidou, sorrindo malicioso.

— Você vai me levar no seu Batmóvel? - Debochei, risonha.

— O Vincent me emprestou a moto e o apartamento dele! - Balançou os chaveiros.

Olhei para o primo da Vicky que estava fantasiado de Charada conversando com uma Supergirl, ao lado da mesa de bebidas.

— Okay. Nós vamos, mas só depois de eu provar todos os salgadinhos e docinhos que tem aqui nessa mesa.

— Beleza. Eu vou pegar refrigerante para a gente já que os pais da sua amiga proibiram bebidas alcoólicas.

Assenti e voltei minha atenção para a mesa voltando a encher meu pratinho. O Benson retornou quase na velocidade do Flash, me entregou um copo vermelho e grande de plástico.

— Valeu. - Murmurei antes de bebericar um pouco de refrigerante.

Ele pegou um dos salgadinhos que coloquei no meu prato e comeu rapidamente.

— São meus. - O ameacei com o taco quando ele já ia roubar mais outro salgadinho.

— E então, por quê decidiu vir de Arlequina? - Olhou para o meu corpo, me analisando.

— Sei, lá. Experimentei a fantasia e gostei. - Dei de ombros. - E você, não achou uma fantasia melhor, não?

— O que tem de errado com a minha? Garotas gostam do Batman. - Sorriu convencido e eu revirei os olhos. - Quer dançar? - Perguntou quase gritando.

— NÃO! - Gritei, pois a música estava muito alta.

Terminei de devorar o que tinha no meu pratinho e limpei a boca com um lencinho de papel. Me aproximei dele cochichei no seu ouvido...

— Vou roubar um pedaço de bolo, me dê cobertura!

Em seguida, puxei ele em direção à mesa onde estava o belo bolo da Vicky. Era um bolo personalizado, combinando com a fantasia dela de Hera Venenosa, uma planta bonita com flores brancas e roxas ao redor.

Freddie ficou na minha frente, me dando cobertura enquanto eu cortava uma grande e bela fatia de bolo. A Vicky estava ocupada demais se agarrando com o meu irmão, saímos da casa despercebidos, fugindo da festa, o Benson estava com os capacetes...

Devorei o bolo depressa, corremos para pegar a moto do Vicent estacionada no outro lado da rua.

— Segure firme. - Pediu quando subi na moto e agarrei sua cintura.

[...]

— Tem certeza que o Vincent não vai se importar? - Perguntei sentando na cama e tirando meus sapatos.

— Claro que não. - Respondeu retirando a capa e a máscara.

Olhei para o quarto do primo da Vicky, estava arrumadinho demais para o meu gosto, parecia um quarto de garota. O Benson se abaixou para tirar as botas e eu deitei na cama, relaxando.

— Se eu não topasse vir com você, traria outra garota?

— Talvez... - Respondeu ainda se despindo, se livrando do traje de Homem Morcego.

Se aproximou usando apenas uma boxer preta, seu cabelo estava levemente bagunçado, o deixando sexy. Logo senti seu corpo sobre o meu, seus lábios roçando nos meus vagarosamente...

Agarrei sua nuca abrindo a boca, dando passagem para a sua língua. Esvaziei a mente me entregando, permitindo suas mãos passearem por meu corpo. Deslizei minhas mãos por suas costas largas e másculas, sentindo a sua pele quente.

Paramos o beijo com certa relutância e ele olhou em meus olhos.

— Quer mesmo ir em frente? - Afastou minha franja que cobria metade da minha visão.

— Você tem camisinha? - Perguntei.

— Vim preparado, baby. - Sorriu saindo de cima de mim, pegou o traje e retirou um pacote de preservativo de um dos bolsos.

Sorri sentando na cama, tirei minha blusa, também tirei o short minúsculo ficando apenas de lingerie preta e a meia-calça preta que fazia parte do look da Arlequina.

— Vem aqui. - Sentou na cama, me chamando para o colo dele.

Assim que sentei em seu colo, senti sua semi-ereção, suas mãos foram para minha cintura enquanto eu rebolava contra ele o deixando ainda mais excitado. Nos beijamos intensamente enquanto ele lutava para abrir o fecho do meu sutiã...

— Porra! Que lerdeza! - Reclamei colocando as mãos para trás, abrindo o sutiã com facilidade.

— Eu estava quase conseguindo... - Beijou meu pescoço, fez uma trilha de beijos calorosos até chegar no meu seio direito.

— Você disse que iria me enlouquecer na cama. - Lembrei e gemi quando ele apertou meu seio esquerdo e mordiscou o outro.

— E eu irei fazer isso. - Prometeu pausando as preliminares. - Levante um pouco. - Pediu e eu ergui meu corpo fazendo os meus seios ficarem da altura de sua testa.

Ele rasgou minha calcinha, e voltei a sentar no seu colo, ele colocou a mão esquerda entre nós começando a me estimular.

— Está... Ahh... Me... Ooh Devendo... Aaahh... Uma... Ooh... Calcinha! - Falei entre gemidos, a palavra "calcinha" quase não saiu, odeio pronunciar essa palavra.

— Eu sei... - Sorriu malicioso, massageando meu clitóris.

[...]

Gememos juntos quando coloquei seu membro em mim e deslizei por ele. Nossos corpos se encaixaram, segurei seus ombros me sentindo completamente preenchida, uma sensação indescritível.

— Devagar... Oooh, porra! - Agarrou minha cintura com força.

— Você não aguenta? - Cravei minhas unhas em seus ombros.

— Claro que aguento, mas você é tão apertadinha e...

— Shhh! - Coloquei meu dedo indicador em seus lábios, o silenciando.

Comecei a me movimentar, subindo e descendo ditando o rítmo dos meus movimentos. Eu estava no comando, lhe arrancando gemidos, deixando ele louco por mais...

Fui pega de surpresa quando ele apertou minha cintura, mudou nossas posições e me deitou na cama, ficando no comando.

— Oooh, mais... Mais rápido! - Pedi e ele passou a me penetrar freneticamente, dando estocadas fortes.

Arranhei suas costas, empurrei meus quadris contra os dele, sentindo ele ir mais fundo, atingindo algum ponto me levando ao delírio...

[...]

— Seu celular está tocando. - Avisei catando minhas roupas do chão.

Nós havíamos acabado de sair do banheiro, tomamos banho juntos e alagamos o banheiro do Vicent.

— Deixa tocar, não tô a fim de atender. - Disse despreocupado.

Me abaixei empurrando a fantasia dele para o lado, pegando seu celular que estava no chão e desbloqueei a tela, atendi sem olhar o nome piscando no visor.

— Até que enfim, bebê. Eu estava morrendo de saudades, louca para falar com você, amorzinho... - Abaixei o celular após ouvi uma voz fina, irritante e eufórica do outro lado da linha.

Encerrei a ligação, procurei o número da última ligação recebida...

— Era a sua namorada... Evellyn. - Falei vagamente, atordoada entregando o aparelho para ele.

— Escuta, me deixa explicar, eu...

— Não quero saber. - Me abaixei pegando minhas roupas com rapidez.

Vesti minhas roupas às pressas, e saí do quarto com ele me seguindo, tentando se explicar, mas eu não queria ouvir.

— Espera, Sam, você não pode sair assim, eu...

— Eu já disse que não quero saber, caramba! - Falei abrindo a porta. Ele segurou meu braço direito. - ME SOLTA! - Gritei e ele me largou.

— Eu te devo uma explicação, vamos conversar, por favor!

— Não quero. Só quero ir para a minha casa... Me deixe em paz. Por quê não voltar para a sua casa? A Evellyn deve estar te esperando ansiosa, ela sente a sua falta. SEU CRETINO! TRAIDOR! GALINHA! - Me irritei ainda mais.

Avancei contra ele, lhe dando um forte tapa que fez minha mão doer, mas eu não me importei. Em seguida, fui embora correndo lhe deixando sozinho com o rosto vermelho, com a marca da minha mão.

Nunca imaginei que o idiota tivesse namorada, mas ao descobrir que ele tinha... Me senti usada, foi horrível.