Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 99
Capítulo 99 - Fright.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/692115/chapter/99

 

 Jeremy havia conseguido convencer a minha mãe a viajar, e eles foram para alguma praia, Damon e eu havíamos combinado de passar a virada do ano na casa do lago, apenas nós dois e Lord.

 Fizemos as malas e compramos o que precisaríamos levar para ficar lá os três dias, Caroline e Klaus foram viajar, Dani e Richard foram para a casa dos pais dela, para a família conhecer a Emma. E então os planos mudaram.

— Por favor Elena, me deixa ir com vocês – disse Enzo balançando meu braço, como crianças de três anos fazem com os pais quando querem algo.

— Não Enzo, quero passar a virada do ano em paz, apenas com o meu marido, temos que aproveitar cada minuto que podemos sozinhos.

— Claro, porque em alguns meses vai ter a Hope, e vocês não vão ter tempo de ficar juntos – ele fazia uma imitação ridícula da minha voz – e bla bla bla, acredite, eu entendi nas duas primeiras vezes que você disse Elena – revirei os olhos para ele, Damon ficou apenas rindo enquanto jogava videogame.

— Enzo já falei que não – disse fechando a mala acima da cama.

— Damon, fala com a sua mulher.

— Não me mete nessa Enzo, eu já disse que por mim você pode ir, a casa é dela, ela decide.

— E aquela história de o que é seu é meu, e o que é meu é seu? Não tem isso nesse casamento?

— Tem, ainda assim ela decide.

— Eu vou passar a virada do ano sozinho no meu apartamento, sem ninguém.

— Se você fosse um pouco menos... Você, poderia ter uma namorada – disse com um sorriso falso o provocando.

— Você nem vai perceber que eu vou estar lá Elenaaa.

— Ta bom Enzo – quase gritei – mas já vou te avisando, quando eu disser sai Enzo, é para você sair, não quero você roubando o Damon para você, não quero essas coisas de homem que vocês gostam de fazer, entendido? – disse seria olhando de um para o outro, Damon riu.

— Sim capitã.

— Pode deixar – ele sorriu para mim.

 Enquanto Damon e eu terminávamos de colocar as coisas no carro, Enzo voltou com sua mala, e a colocou no carro, entramos todos no carro e colocamos o cinto de segurança, respirei fundo, eu sei que vou precisar ser muito paciente.

 Duas horas e meia depois nós chegamos, a viagem foi tranquila, e eu honestamente dormi a maior parte do caminho, ultimamente onde eu encostar minha cabeça eu acabo dormindo.

— Ah como esse lugar é maravilhoso – disse Enzo respirando fundo, com as mãos na cintura apreciando a paisagem.

— Já que veio de intruso, você pode ajudar o Damon a tirar as coisas do carro.

 Deixei os dois lá no carro, abri a porta da casa, estava tudo bem arrumado, ainda bem que pedi para a caseira dar uma arrumada, passada das duas da tarde, e estava sol lá fora, mas não estava calor. Damon e Enzo tiraram as coisas do carro e as colocaram dentro da casa, Damon levou as nossas para a suíte principal, eu subi até lá, olhei pelo quarto com uma nostalgia, peguei o porta retrato no criado mudo, uma foto de alguns anos atrás, na foto estava meu pai e minha mãe abraçados de frente para a câmera, e Jeremy com um sorriso bobo, e eu com um sorriso forçado, era a Elena fútil e mimada ali.

— Bateu saudade? – Damon se sentou ao meu lado na cama.

— Um pouco – sorri – eu sinto falta dele, mas dele nos últimos meses, não o dessa foto.

— Eu sei – ele me abraçou.

 Ficamos ali alguns minutos, até eu conseguir superar o momento. Nós descemos de volta, e fomos até a cozinha, Enzo havia feito bebidas de frutas.

— Para você apenas com leite condensado – ele piscou me entregando o copo.

— Obrigada – dei um sorriso falso.

— Que tal andarmos de jet ski Damon? – ele disse entregando a bebida á Damon.

— Seria uma boa, que tal pequena?

— Por mim tudo bem, mas eu também vou.

— Está ficando louca? – disse Damon com os olhos arregalados. – Nossa bebê está aqui – ele acariciou minha barriga – e não acho isso seguro, então não vai rolar.

— Você é um estraga prazeres.

 Enquanto Damon e Enzo levavam os jet skis até o lago, eu troquei de roupa, colocando um biquíni preto, passei protetor em meu corpo, peguei uma canga redonda preta e branca, e a estiquei no píer, na ponta, e enquanto eles andavam pelo lago em jet skis, parecendo dois garotos de treze anos, eu fiquei deitada tomando sol.

  Vesti um vestido branco de alças finas, que ficou um pouco curto, uma sapatilha rosa clara, deixei meu cabelo solto, quando desci Damon e Enzo estavam jogando no x-box, eu parei na frente da televisão de braços cruzados.

— Vocês ficaram de olho no jantar?

— Sim – disseram juntos sem olhar para mim.

— Já levaram as coisas no píer?

— Sim.

— Ótimo – revirei os olhos e sai dali.

 Terminei de preparar o jantar, e tive que ameaça-los para largarem os benditos controles, e eles me ajudaram a levar tudo lá para fora.

 Eu havia colocado alguns puffs e almofadas na ponta do píer, com uma toalha branca no meio e o jantar, claro que eu havia planejado tudo isso para Damon e eu, não imaginei que haveria um intruso na nossa noite.

— Sem velas, pelo amor de Deus – disse Enzo ao se jogar em um dos puffs.

— Enzo você não tem direito a palpite, eu disse que seria para ficar com o meu marido, eu já havia programado fazer isso a semanas, sinto muito – disse acendendo a vela.

 Nós jantamos os três juntos, com Lord ao nosso lado,  Enzo não reclamou mais, e eu não impliquei mais com ele, e nós conversamos sobre o futuro, onde nos imaginaríamos em alguns anos, como estaria nossas vidas, Damon e eu dissemos quase a mesma coisa, dois filhos, Lord, pediatra completa.

— Eu quero ainda estar solteiro, ainda ser bem gostoso, e continuar trabalhando em bares, onde posso beber de graça – ele disse orgulhoso, Damon e eu rimos.

— Na nossa família não vai ter lugar para você sempre nas viradas do ano – disse.

— Obrigado pela gentileza – ele disse irônico.

 Faltava uma hora para a meia noite, Damon trouxe o aparelho de fondue, já com o chocolate quente, e frutas em volta, Damon espetou um morango, passou no chocolate e deu na minha boca, tentamos ignorar que Enzo estava ali, o que era difícil.

— Vocês vão me deixar de vela a noite toda?

— Enzo por favor, cala essa boca um pouco.

— Elena alguém já te falou que você é muito meiga?

— Shhhh – disse apontado para ele.

 Enzo virou o seu puff de costas para nós dois, e ficou em silêncio. Damon me beijava com a boca cheia de chocolate, fazendo a maior meleca, mas era bom, chocolate e Damon, a melhor combinação.

— Faltam dois minutos – disse Enzo se virando de volta. – Assim que nós virmos os fogos, eu vou desejar feliz ano novo, e vou deixar vocês sozinhos.

— Agradeço.

 Me sentei no colo de Damon, e então o show de fogos começou, e era lindo, parecia que caiam no lago, eles estouraram uma garrafa de champanhe e beberam, e nós continuamos ali apreciando os fogos coloridos, era tão lindo, e aos poucos foi parando, até não restar nada.

— Feliz ano novo aos dois – Enzo nos abraçou – agora vou deixar vocês a sós antes que comecem comigo aqui ainda – ele riu e se levantou.

— Feliz ano novo pequena  - Damon se deitou no puff e me puxou para cima dele, me deixando com uma perna de cada lado de seu corpo, segurando meu rosto entre as mãos e me beijando.

— Feliz ano novo meu amor – sorri tirando meu vestido e o jogando para o lado.

 Tirei a camiseta branca de Damon, e ele tirou a calça, Damon me deitou na canga que estava ali, e subiu em cima de mim, beijando meu rosto, minha orelha, meu pescoço, descendo até a minha clavícula, passando por meus seios, minha barriga, minhas coxas, minhas pernas, meus pés, e fazendo o caminho de volta até a minha boca.

— É assim que quero estar, para sempre – ele me beijou e me penetrou, me fazendo soltar um gemido.

                                                              *

 Três meses e meio se passaram, Damon e eu havíamos comprado o restante das coisas para o quarto da Hope, e todo o resto, roupas, brinquedos, fraldas, tudo, já estava praticamente tudo pronto, e em algumas semanas a nossa pequena nasceria, e isso estava me deixando muito ansiosa, ainda mais em saber que vou me livrar dessa barriga enorme. Faz dias que não consigo usar um sapato fechado, pois os meus pés estão inchados, e até para dormir está difícil.

 Eu havia feito um acordo com o diretor da universidade, como iriam faltar apenas dois meses para terminar o quinto ano, ele havia concordado me deixar fazer as provas, e os professores aceitaram me mandar os conteúdos por e-mail, dei sorte de todos aceitarem me ajudar.

 Mas por enquanto eu ainda estava indo para faculdade, Damon me levava, porque eu não podia mais dirigir. Me sentei no meu lugar de costume, e logo a Lexa chegou, ela estava sorridente.

— Oi – disse sorrindo para mim – oi Hope – ela acariciava minha barriga por cima da blusa rosa.

— Oi Lexa, parece animada.

— Estou  - ela bateu as mãos uma na outra – estou saindo com uma garota, ela é incrível Elena.

— Fico feliz por você, a meses você está sozinha.

— Não foi fácil o término com a Sarah – ela suspirou – mas já está mais do que na hora de seguir em frente certo?

— Certo – sorri.

 Ficamos alguns minutos conversando até Jamie e Nick chegarem, os dois fizeram a mesma coisa que Lexa. Nick aparentemente havia me superado, agora conversava comigo tranquilamente, o que era bom, pois sempre o considerei um grande amigo.

 As aulas passaram normalmente, eu fiz as minhas anotações, e depois sai com Lexa e Nick, Jamie foi embora apressado, e nós três ficamos ali conversando enquanto Damon não chegava, e do nada senti uma pontada muito forte em minha barriga, parecia uma facada, contrai um corpo um pouco passando a mão onde estava sentindo a dor.

— Elena você está bem? – perguntou Nick apressado me olhando.

— Sim, já vai passar – minha voz saiu fraca, e então senti outra facada – ai – gritei.

— Lexa fica aqui com ela, vou pegar o meu carro e nós a levamos para o hospital.

— Não precisa Nick, o Damon já deve estar chegando.

— Elena você está sangrando – disse Lexa com a voz apavorada.

 Nick saiu correndo em direção o estacionamento, eu estava desesperada, sangramento nunca é uma boa coisa, e essa dor não é normal. Alguns minutos depois Nick parou o carro na nossa frente, correu em minha direção e me pegou no colo.

— Vou levar você para o hospital, a Lexa liga para o Damon no caminho. – assenti.

 Nick me colocou no banco de trás, Lexa se sentou ao meu lado segurando minha mão, enquanto Nick acelerava, minha barriga ainda doía, e as facadas agora eram constantes, passei a mão em minha barriga.

— Meu bebê – disse chorando, comecei a enxergar tudo borrado, e a ultima coisa que ouvi foi Nick gritando para Lexa pegar meu celular e ligar para o Damon.

                         DAMON

 Estava no carro no caminho para ir buscar a Elena, mas aconteceu um acidente e as duas pistas estavam paradas, e ela não atendia o celular, o joguei no banco do passageiro, e alguns minutos depois começou a tocar, era ela.

— Oi pequena, eu já – ouvi uma voz de mulher que não era dela.

— Damon, é a Lexa, nós estamos levando a Elena para o hospital.

— Hospital? – o sangue fugiu de meu rosto, meu coração se acelerou – por que? O que aconteceu Lexa? – disse desesperado.

— Ela começou a sentir dor, e a sangrar.

— Sangrar? – puta que pariu.

— Sim, ela desmaiou Damon, mas nós estamos chegando no hospital em que ela trabalhava, vem pra cá agora – ela gritou e desligou o celular.

 O hospital era a três quadras daqui, e eu estava parado, sem ter o que fazer, esperei alguns minutos, nada, dei um murro forte no volante, então consegui estacionar, em um lugar proibido, mas melhor do que deixar no meio da rua, sai correndo em direção ao hospital, esbarrando em várias pessoas pelo caminho, e ouvindo alguns xingamentos.

 Não sei quanto tempo levou, mas cheguei no hospital sem folego, me apoiei no balcão da recepção.

— Elena Salvatore – a garota ruiva me disse para ir para o segundo andar, eu fui correndo até o elevador, que demorou uma vida para chegar lá.

 Corri pelo corredor, não havia nem uma enfermeira, nem um médico, e então vi duas pessoas na sala de espera, uma delas era Lexa, e a outra... Nick.

— O que aconteceu? Onde ela está? – perguntei recuperando o folego.

— Eles levaram ela, e ouvi um deles pedir para chamar a Dra. Hann – disse Lexa.

— Alguém disse algo sobre o bebê? Ou sobre ela?

— Ainda não. – ela disse voltando a se sentar.

 Me sentei no banco longe deles, eu estava nervoso, com medo, e a falta de informações era a pior parte, ninguém sabia nos dizer o que havia acontecido.

— Damon – disse uma mulher loira parando na minha frente, ela vestia um jaleco branco, a encarei – me desculpe, você não me conhece  - ela sorriu – sou a Dra. Hann.

— Oi, como ela está? Você tem alguma informação?

— Eu estava com ela até agora, ela está bem, e a bebê também está bem, foi apenas um susto – ela sorriu, e pela primeira vez consegui respirar normalmente  - o que ela teve nos chamamos de contração de Braxton-Hicks, é a mesma dor da contração de parto, mas é falsa, é o corpo se preparando para o parto de verdade.

— E por que ela sangrou?

— Ela provavelmente ficou nervosa com aquela dor, e o corpo dela reagiu mal, e ela desmaiou devido a perda de sangue, que já está sendo reposto – ela sorriu e tocou meu ombro – pode ficar calmo, ela já está bem.

— Obrigado Dra. Hann – forcei um sorriso – será que eu posso ver ela?

— Assim que ela acordar alguém vem te chamar – ela sorriu – preciso ir, qualquer coisa pode pedir para me chamarem.

— Ok, obrigado.

 Ela saiu andando de volta pelo corredor, meu coração estava desacelerando, e meu corpo se acalmando, respirei fundo.

— Obrigado por terem trazido ela, eu estava preso no transito, jamais teria chego a tempo.

— Não tem de que – Lexa sorriu, Nick fez apenas um aceno com a cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? vou aguardar os comentários ok? Desculpem se houver erros, eu não tive tempo de revisar :x



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do you remember us?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.