Paixões Gregas - Destinados a Amar(Em Degustação) escrita por moni


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Sabem o quanto amo vocês? Aposto que nem imaginam. Estou MUITO feliz. Recebi TRÊS recomendações de uma só vez. Das minhas lindas. DAAY SOARES, LAISDONAVAN, CISAN.
Vocês são perfeitas. Daay e Cisan amigas de muito tempo. Que gosto muito mesmo. São tão especiais. Lais, amei sua recomendação. e agora quero que apareça mais viu. Deixa de ser fantasminha e vem dar suas opiniões. Adoro saber o que esperam. BEIJOSSSSS



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Pov – Alana

   Andamos lado a lado pelas ruas em direção ao meu apartamento. Onde Luka me espera com nosso helicóptero no telhado para me levar de volta a ilha. Tanta mentira. Meu coração dói um pouco.

   −Foram muitos currículos? – Pergunto quando ele toca minhas costas para atravessar a rua como se estivesse me protegendo. Dá a sensação que somos mais que futuros colegas de trabalho. É quase como um casal e estranho minhas reações. Eu nunca fui muito romântica. Nesse momento me sinto como minha prima July.

   −Meia dúzia. Não divulguei muito. Queria algo mais selecionado. Foi o melhor Alana, sinto que está caçando elogios. Então saiba. Seu currículo foi o melhor e mais completo.

   −Na verdade estou. O mundo não é muito generoso com as garotas. Ainda mais em meio a cientistas. Tem muito preconceito.

   −Nem por um minuto eu pensei nisso. Não desse jeito, como se sendo mulher fosse menos capaz, mas sei o que quer dizer. Trabalhei com poucas mulheres durante esses anos e todas elas eram muito diferentes de você.

   −Diferentes como? – Pergunto interessada. Ele passa a mão pelo cabelo, ajeita a bolsa masculina que carrega. Fica incomodado.

   −Diferentes. Meio clichê de cientista. Óculos grossos, pouca vaidade, essas coisas. Você é uma jovem bonita, anda toda arrumadinha. Eu gosto da mudança que vejo acontecer, muito pela luta de vocês mulheres. Acho bom que não tenha que seguir esse clichê que para ser respeitada como profissional não pode ser bonita e vaidosa, elegante sei lá. Linda como você é. Isso não é elogio, quer dizer é, mas não com intensões. Eu sou um cientista, sabe como minha cabeça funciona, observar e concluir. Então... bom basta ter olhos. Está parecendo desrespeitoso? – Ele me pergunta com uma ruga na testa. Gosto desse jeito atrapalhado que ele tem ás vezes e sorrio.

   −Não. Entendi o que quer dizer.

   −Que alivio. –Ergo o braço apontando meu prédio.

   −Chegamos. – De novo ele toca minhas costas para atravessar. – Obrigada Matthew. Posso chama-lo assim ou prefere que volte para o senhor Connor.

   −Matthew está ótimo, os mais próximos me chamam de Matt, então fique a vontade.

   −Obrigada. – Os mais próximos, vamos ser próximos. Quando penso em tudo que ainda vamos poder discutir sobre vida marinha.

   −Bom fim de semana Alana. Estou em casa. Não vou ter nenhum compromisso, me ligue se precisar.

   −Vou passar o fim de semana olhando seus papéis. Segunda-feira estarei por dentro de tudo.

   −Eu tenho certeza que sim. – Ele me estende a mão, nada de beijo no rosto e não tem como esquecer o beijo da última despedida. Aperto sua mão e sinto de novo aquele calor que vem dele se espalhar por mim. – Boa noite.

   Ele gira nos calcanhares e some. Ainda observo um momento e depois abro o portão. Quando chego em casa Luka está deitado no sofá olhando seu celular.

   −E aí? – Pergunta animado. Fica de pé e sorrio.

   −Contratada! – Aviso para em seguida ser abraçada e girada por meu irmão animado.

   −Muito bom. Teve meio beijo?

   −Não Luka. Que ideia. Falamos de trabalho e só.

   −É bom, é ruim?

   −É como tinha que ser. – Digo sem saber se é bom ou ruim. – Preciso do seu barco. Pago cinquenta mil por um ano.

   −Paga com o meu dinheiro você quer dizer. – Ele ri. Está certo sobre isso. Afinal o dinheiro veio dele.

   −Isso. Precisamos de um barco e pensei que quase não usa o seu e se quiser passear pode pegar o iate do papai.

   −Tudo bem Alana. Eu te empresto. Não se preocupe com o dinheiro. Fique com ele. Papai vai mesmo cortar sua mesada agora que arrumou um emprego.

   −Ótimo, por que o salário é péssimo! – Me sento e ele faz o mesmo. Senta ao meu lado. – Como conto ao papai?

   −Como assim Alana? Conta e pronto.

   −E se eles quiserem conhecer o Matthew?

   −Você diz para cuidarem das vidas deles que o cara é seu chefe e não quer misturar as coisas. Não é como se estivesse apresentando um namorado Alana. Isso é trabalho. Não fico apresentando todo mundo com quem faço negócios.

   −Eu sou muito boba não acha?

   −Acho.

   −Luka. Acha que se procurar ele agora e contar a verdade ele me demite? Menti tanto hoje. Isso me machuca demais.

   −Se está te fazendo tão mal conte. Devia ter contado logo na hora que se sentou para jantar.

   −Eu sei. Só que se perder essa chance nunca vou parar de me culpar. – Não vou contar. Vou esperar que ele confie no meu trabalho. Que acredite no meu valor. Aí eu conto, se perder a vaga pelo menos eu posso confiar no meu talento e sobreviver a perda do emprego dos sonhos. – Não vou contar nada ainda.

   −Esse dilema vai durar uma vida. – Luka brinca.

   −Estava trabalhando? – Olho para o celular jogado na mesa.

   −Numa sexta à noite? Claro que não. Estava vendo um vídeo que o tio Ulisses mandou do tio Heitor fazendo aquelas coisas ridículas que ele faz de vovô. Voz engraçada para o Thiago. Como quando ele fala com os cachorros.

   −Essa família maluca. Eu gostaria de ver o Matt com eles.

   −Matt. Que intima!

   −Ele disse que podia. Acho bom estreitar os laços.

   −Eu também. Ir de meio beijo para beijo inteiro.

   −Nada disso. Sabia que ele disse que sou bonita?

   −Basta que tenha olhos Alana. Qualquer um vê isso. Somos lindos. – Ele brinca. Luka tem esse problema. Assim como tio Ulisses sabe que é bonito e gosta disso.

   −Vai me emprestar o barco por um ano?

   −Vou.

   −Então segunda eu venho para a costa com ele. Luka. Será que se importa se mandar pintar o nome e colocar outro por cima? Aquele nome não tem cabimento. O que o Matthew vai pensar?

   −Pode Alana, mas é como está registrado. A guarda costeira tem o registro e se algo acontecer você sabe. Autorização marítima para a Turquia, sei lá. Precisa ser o nome certo.

   −Você registrou o barco com o nome, Vovó estou brincando de pirata? É assim que está nos registros?

   −Sim. É um ótimo nome. Nada de colocar nome de mulher, coisas fofas. Adoro o nome do meu barco meu sonho é eu estar num naufrágio e a guarda costeira procurando. Imagina eles passando no radio? O Vovó estou brincando de pirata está desaparecido. – Ele ri achando muito divertido.

   −Quer parar de dizer bobagens? Que medo de pensar em você por aí desaparecido.

   −O papai ficou uma fera comigo. A vovó é que é a culpada. Ficava me criticando dizendo que não precisava de mais um barco, para que eu queria um e eu sempre dizia que era para brincar de pirata.

   −Palhaço. – Ele dá de ombros despreocupado.

   −Ah! Toda vez quero te perguntar isso e sempre esqueço na hora. Conhece Bia kamezis?

   −Sim. Mora em Kirus. A avó dela fez o vestido da mamãe de casamento. Não esqueça da sua regra. Nada de garotas da ilha ou o papai te mata.

   −Nem estava pensando nisso. Só curioso, não me lembro dela. De vê-la por lá. Ela estuda na faculdade. A gente se conheceu, reencontrou, sei lá.

   −Não somos amigas nem nada Luka. Embora ela pareça legal.

   −Ela é toda delicadinha né?

   −Luka! – Advirto.

   −Meu Deus! Não estou falando nada. Já disse que nem pensei muito nisso.

   −Não pensou, agora não pensou muito. Cuidado.

   −Você que é o gêmeo do mal Alana. Sou o bonzinho. Está pronta para voltarmos para casa falsária?

   −Vamos. Quer saber da Bia pergunte a Mira. Ela conhece a história de todo mundo daquele lugar e eu sei que era amiga pessoal da avó dela.

   Caminhamos para a porta. Luka aperta o botão do elevador.

   −Eu e a Bia já trocamos saliva.

   −Luka! – Será que ele não pode dizer não a uma garota? Se isso dá errado e vira falação na ilha meu pai fica arrasado.

   −Foi há muito tempo Alana, nem me lembrava. Roubei a chupeta dela quando éramos bebês.

   −E quer mesmo me dizer que eu sou a gêmea do mal. Vem mostrando suas garras desde a infância.

   −Eu sou irresistível desde bebê.

   −Considerando que você roubou a chupeta dela só para chamar atenção da ruivinha. Acho que ela é irresistível desde bebê.

   −Sem graça essa! – Ele faz um muxoxo. Se encosta na parede do elevador. – Ela é mesmo ruiva. Cheguei a achar que era aquela ruiva que perdi uma vez. Bobagem minha. Bia é bem mais bonita.

   −Nem lembra da menina que perdeu!

   −Não mesmo, mas vocês se divertem as minhas custas com isso sempre. Tio Ulisses vive dizendo que sou um paspalho.

   −Você é.

   Nos sentamos no helicóptero. Quando chegar em casa todo mundo vai querer saber do trabalho e eu agindo feito uma falsária.

   Meus pais estão na varanda a nossa espera. Ele envolvendo minha mãe do jeito amoroso que tem com ela, com todos nós. Minha mãe ansiosa me olhando caminhar e me lembro do nome horrível que estou usando.

   −Por que tinha que pensar nesse nome? – sussurro enquanto caminhamos.

   −Eu levo sempre a culpa! – Ele sussurra de volta. – Falsária ingrata.

   −Conseguiu? – Minha mãe pergunta. Balanço a cabeça confirmando.

   −Sim mamãe. Consegui meu primeiro emprego. – Ela afasta meus cabelos, beija meu rosto e depois me abraça.

   −Parabéns amor. Que linda. Que orgulho da minha menina. – Mais um abraço e então meu pai me envolve.

   −Amo você filha. Estou feliz e orgulhoso. Conte comigo para o que precisar.

   −Obrigada papai. Isso é graças a vocês. Tudo que me proporcionaram. Amo os dois. Muito.

   −Vem. Vamos contar aos tios. Preciso me gabar um pouco da minha princesa. – Meu pai me puxa para seus braços. Me beija a cabeça quando andamos abraçados. No caminho paro para beijar minha avó.

   −Parabéns meu anjo, eu sabia. Toda estudiosa. Só podia conseguir.

   −Obrigada vovó.

   −Seu pai diz que tenho que ficar feliz, mas queria mesmo é que ficasse aqui pertinho de mim.

   Linda essa minha avó. Ganha mais um beijo. Na sala a família está toda reunida. É uma festa. Muitos abraços, muitos beijos e desejo de sorte. Agradeço a todos. Por último Tyler e July.

   −Boa sorte. Depois quero saber dos detalhes.

   −Tem um monte de coisas para contar. – Aviso a July. – Tyler preciso de um favor.

   −O que quiser.

   −Luka você também. – Ele se aproxima.

   −Mais um. – Ele brinca, depois me beija o rosto. – Pede irmãzinha.

   −Podem fazer um programa para eu inserir dados. Planilhas, essas coisas. Eu sei que tem muitos prontos por aí, mas...

   −Mas quer o melhor e nós somos os melhores. Será feito. – Luka promete. – Não vejo a hora de precisar de favores e jogar tudo isso na sua cara.

   −Que orgulho do meu menino. – Meu pai brinca bagunçando os cabelos de Luka. Sorrio e penso em Matthew entre nós. Ele vive longe da família. Deve sentir falta disso.

   −Vovô! – Thiago chama e rimos do número de rostos que se viram para atende-lo.

   −Mas que vergonha desses molengas. É sério, estão ridículos de vovôs. – Ulisses brinca erguendo Thiago no colo. – Fala com o tio preferido. O único que você tem já que todo mundo quer ser seu avô.

   −Eu tenho avô também tio Ulisses. – Bárbara comunica puxando sua calça, meu pai é claro achou melhor ser avô dela também, com medo dela sentir ciúme.

   Um aperto toma conta do meu coração. Eles são todos tão bons e justos, eu sempre aprendi tanto com eles e agora estou mentindo o tempo todo.

   Fico olhando para eles. Vejo os lábios mexerem, o riso, só não consigo ouvi-los com a mente longe.

   −Alana. – July me cutuca. – Em que planeta está?

   −Toda sonhadora essa minha menina. July noiva. Alana em seu primeiro emprego. Onde vamos parar? Quero todo mundo criança de novo! – Minha mãe brinca feliz.

   −Isso! – Tio Nick concorda. – Que acham de comemorar comendo a torta de chocolate?

   −Esperamos você para a sobremesa Alana.

   Tia Sophia avisa. Os cachorros passam por ela, Potter, Luna e ficamos surpresos quando um filhote passa também.

   −Repararam que acabei de ser atropelada por três cachorros? Ser atropelada por eles é normal, mas três? Lissa?

   −Eu não sei de nada. – Ela diz quando tio Heitor já erguia o cachorro no colo.

   −July! – Tia Annie pergunta e July se encosta em Tyler.

   −Achei ela quando passeava com o Ty de manhã. Abandonada. Achei que se ela se misturasse nessa bagunça vocês nem iriam notar. Não podia deixa-la na rua mamãe.

   −Tadinha! Não podia mesmo July. Olha que gracinha. É bebê.

   −Levei no veterinário. Oito meses. Vai ser pequena. Vacinei. O Potter a Luna gostaram dela. – July vai se explicando. – Foi ideia do Tyler. – Ela completa quando todos os olhares estão sobre ela.

   −July queria levar para nossa casa. Ela não pode. Me ajudem. – Ele se defende.

   −Amor o que a gente faz? – Tio Heitor pergunta.

   −Como assim a gente? – Minha tia pergunta e gosto tanto de olhar essas pequenas confusões dos Stefanos.

   −Potter se afeiçoou. – Ele diz com Potter pulando nele tentando alcançar o cachorro. – Não é filho?

   −Ele se afeiçoou? Heitor isso... – Meu tio olha com aquela cara de quem quer muito algo e jamais vi uma dessas mulheres resistir a seus maridos.

   −Liv a qualquer momento o Nick me passa a perna. Se contarmos o Tyler... nem gosto de pensar muito nisso.

   −Cachorrinho tio Ulisses. – Thiago dá os braços pedindo o cachorro e era só o que precisava.

   −Certo pessoal o cachorro fica. Obrigada July pelo presente.

   July abraça tia Liv. Depois me puxa pela mão e vamos para meu quarto. Conto da noite, da conversa e de tudo que tenho medo. É bom poder dividir com ela.

   −Alana. Eu posso ser meio romântica sabe, mas eu acho... não fica brava. Acho que seu problema é que está se apaixonando por ele, acho que está se apaixonando por ele desde antes de tudo isso. Nas palestras. Acho que sua admiração vai além do campo profissional.

   −July isso é... – Me calo, não tenho mais certeza de nada. – Eu não sei. Realmente não sei.

   −Não se sentiria tão culpada se não gostasse dele de um jeito diferente, não é só porque quer esse emprego. Quer o Matthew também.

   −Está muito na cara isso? Por que talvez você tenha razão. – Ela me sorri. – Eu não quero sentir isso July, minha vida nem começou.


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Notas finais do capítulo

Ok. Agora realmente começa. Os dois juntos trabalhando e essa mentira entre eles. Agora mais romance e menos trabalho. hahahahaaha
BEIJOSSSSSSSSS
LUkA Já está curioso!