Rise escrita por Mrscaskett


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

No capítulo de hoje nós vamos voltar um pouco a história depois de dois caps "extras", já que eu nao iria escreve-los.

Bom, quero dar um noticia a vocês. Como sabem eu estava de férias, isso mesmo estava, então tinha todo o tempo do mundo pra escrever e postar, é tanto que algumas pessoas ficaram bem felizes com isso hahahaha Não vou dizer que não vou postar com frequência ou que vai ser um cap por semana, porque eu realmente não sei. Mas, sempre que der para escrever pode apostar que eu vou escrever e postar o mais rápido possivel, até porque vocês sabem que eu sou ansiosa, nao aguento guardar cap por muito tempo.

Mas tirando essa má noticia, eu só quero desejar um ótimo cap pra vocês, espero que gostem.

Boa leitura ♥



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— Kate? – desvio o olhar da estrada por dois segundos e olho para ela, que estava pensativa olhando pela janela. Minha mão toca firme sua coxa despertando-a dos seus pensamentos. Ela olha pra minha mão em sua perna e sorrir, me olhando em seguida. – O que foi?

— Nada. – sua mão livre toca a minha.

— E está calada assim porquê? – paro num sinal vermelho e me viro para ela novamente.

— Meu pai não foi ao hospital hoje. – sua voz triste parte meu coração.

— Quem sabe ele não prefira ir te ver lá em casa? – tento, mas ela apenas dá os ombros.

Meu coração se aperta em ver a cara de decepção dela. Apenas eu e Lanie fomos busca-la, e a amiga, tinha que ficar no hospital, então não pôde nos acompanhar.

— Vou te animar se eu disse que Alexis disse que ia preparar um brunch especial pra você? – ela imediatamente sorrir enquanto me olha.

— Sério? – faço que sim com a cabeça. – ela sabe que eu estou indo ficar lá uns dias? – um mês, ou mais, pra ser mais preciso.

— Claro! – o sinal abre e eu dou partida novamente.

— E o que ela disse? – a voz dela parece receosa.

— Ela disse que tudo bem. Que ia adorar ter você conosco. – eu falo e um sorriso se faz em meus lábios. Eu estava mais que feliz.

Alexis estava comigo novamente, e estava bem, o que era mais importante. Kate estava indo pra casa, minha casa, e eu poderia cuidar dela assim como deveria ter sido meses atrás. Mas agora não é hora de lembrar, e lamentar, por momentos que já passaram, certo? Uma nova fase em nossas vidas acaba de começar. E eu não poderia estar mais feliz.

Estaciono o carro na minha vaga da garagem do meu prédio. Dou a volta rápido e ajudo a Kate a descer, que aceita de bom grado minha ajuda. Ela estava começando a ver que eu tinha razão em ter todos esses cuidados com ela. Kate estava com seus cabelos soltos, envolvendo seu rosto corado, como se fosse uma moldura de um grande obra de arte. Kate era minha obra de arte.

Deixei a mala dela no carro, depois eu pegaria ela. Andamos lentamente até o elevador da garagem, e após poucos minutos nós estávamos saindo no meu andar. Depois dela reclamar um pouco do modo como eu a estava ajudando, que segundo ela “parecia estar ajudando uma velha de oitenta anos a atravessar a rua”, eu apenas apoiei meu braço na base de sua coluna.

Ela estava visivelmente emburrada. Triste e emburrada. Me sinto mal por ter pedido a Jim para não ir até o hospital, mas eu fiz isso na melhor das intenções, nunca imaginei que ela ficaria tão mal com isso.

— Kate, se você quiser eu posso ligar pro seu pai vir te visitar.

— Não! – ela responde rápido. – você avisou que eu viria pra cá, certo? – concordo com a cabeça. – então ele vai saber onde me encontrar.

— Okay. – digo nervoso, rezando para que ela não brigue comigo depois. – vamos entrar? – ela faz que sim e eu abro a porta para que ela entre.

Assim que ela dá dois passos gritos soam pelo local e eu começo a rir de sua cara. Todos estavam aqui, minha mãe, Alexis, Espo, Ryan, Lanie, e principalmente, o seu pai, que andou em sua direção e a abraçou o mais forte possível.

Era um mini festa surpresa de boas-vindas. Até a Lanie enganou ela e correu pra cá o mais rápido que pôde. A casa inteiramente enfeitada, coisa da minha mãe, uma mesa enorme cheia de comidas na sala, bolas e até letras que diziam “Bem-Vinda ao lar, Kate”. Isso, com certeza, não era coisa da minha mãe e sim da Alexis. Ela queria fazer de tudo para se desculpar da Kate, e mesmo antes de eu pensar em chama-la para ficar aqui, foi a Alexis quem me deu a ideia.

— É bom te ver bem de novo, Katie. – escuto Jim dizer baixinho. Eles se abraçam forte, como se não se vissem a tempos.

Ela sorrir e me olha, depois do seu longo abraço, me encarando com seus olhos verdes brilhantes.

— Você sabia disso?

— Quem você acha que cuidou de tudo? – ela rir e vem na minha direção, segurando meu rosto com sua única mão livre para selar nossos lábios num beijo rápido. Eu me abaixei para que ela não precisasse ficar na ponta dos pés, já que ela era bem mais baixa que eu.

— Obrigada. – ela sussurra com nossos lábios quase colados.

— Tudo pra te fazer feliz. – sussurro de volta.

Eu daria tudo para ver esse sorriso em seus lábios quantas vezes fosse preciso. Ver Kate assim aquecia meu coração, era como se tivéssemos passado por tudo isso e agora nós iriamos começar o nosso felizes para sempre.

— Será que eu posso ter meu abraço agora? – Lanie se aproxima e Kate se vira, saindo de meus braços.

Todos a cumprimentam, e eu fico observando em cada um a felicidade que sentiam por ela estar bem, o quanto eles querem bem a ela. Quando chega a vez da Alexis, Kate lhe dar um longo abraço, cheio de sussurros, um no ouvido da outra, eu não posso escutar o que elas dizem, mas meu coração se enche de amor vendo essa cena. Minha ruiva e minha morena. As duas mulheres da minha vida. As únicas capazes de fazer meu mundo virar de cabeça pra baixo.

— Ela é especial, não é? – minha mãe se aproxima e fica admirando a cena comigo.

— E eu sou o cara mais feliz do mundo por ter vocês. – passo meu braço pelos seus ombros e a trago para mais perto de mim.

Kate nos ver longe e sorrir, com o olhar eu peço para ela se aproximar, que ela parece entender, pois logo vem com a Alexis até mim. Meu braço logo se abre para acolhe-la num abraço gostoso, beijo seus cabelos e logo em seguida beijo os cabelos da minha outra ruiva ao meu lado, minha mãe. Alexis estava parada de frente a mim, sorrindo feito criança.

— Eu sou um homem de sorte. Cercado pelas três mulheres mais lindas do mundo.

— Quem sabe você possa ter um príncipe daqui a um tempo?  – minha mãe diz, olhando pra cima. – Katherine seria uma ótima mãe.

— Mãe! – repreendo ela quando sinto o corpo de Kate ficar tenso ao meu lado.

— Estou brincando. – ela rir. – mas pensem nisso, crianças. Pensem nisso. – ela sai de meus braços e começa a andar pela casa, cumprimentando nossos convidados.

— Sabe, seria bom ter um irmão. – Alexis diz pensativa.

— Okay, chega. – digo arrastando Kate pra qualquer outro lugar, menos perto de nenhuma das ruivas.

Já não basta minha mãe criar fantasias com um neto, Alexis ainda tem que dar corda? Enquanto guio ela até a mesa cheia de comidas, escuto uma pequena gargalhada dela. Paro na sua frente e a encaro.

— O que?

— Nada. É que eu pensei que o pior que eu poderia encarar era você tentando me controlar, mas eu estava errada. – o sorriso em seu rosto a deixa ainda mais linda.

— Vamos pensar nisso mais pra frente. – beijo sua testa. – e eu não te controlo! Eu cuido de você, é diferente.

— Claro que é. – ela diz rindo e me beija. – eu te amo.

— Também te amo.

Dessa vez nosso beijo é longo. Seus doces lábios junto aos meus era a melhor coisa do mundo, com minhas mãos envolta de sua cintura, me controlando para não abraça-la forte e machuca-la. Ela morde meu lábio inferior devagar, me provocando, me atiçando. Uma brincadeira perigosa para nós dois.

Quando nos separamos e eu abro meus olhos, ela está com um sorriso no rosto, um sorriso travesso que me faz ter vontade de agarra-la ainda mais. Mas eu me controlo. Nos juntamos a todos no sofá, enquanto conversávamos e comíamos o brunch que Alexis e minha mãe tinham preparado, esquecendo, por enquanto, aquele papo de ter filhos agora.

— Você tá bem? – pergunto assim que vejo ela sair do banheiro com uma camiseta minha, que mais parecia um vestido nela, e vir em direção a cama.

— Sim, porque? – nós começamos a tirar a coberta da cama e logo ela se deita no que ela já decretou ser o lado dela. Eu observo cada pequeno movimento dela, parece até um sonho ter ela aqui novamente, no meu quarto, na minha cama.

— Nenhuma dor? Sem cansaço? Nada? – ela sorrir pra mim. – o dia foi cheio hoje.

— Eu estou bem. Agora vem, quero me agarrar em você.

Não tinha como recusar um pedido desse, né? Eu tirei meus chinelos e subi na cama, assim que me ajeito ela coloca seu corpo sobre o meu, passando seu braço em minha cintura e se aconchegando cada vez mais, como se nunca tivesse perto o suficiente.

O cheiro dos cabelos recém lavados me deixava nas nuvens. Eu poderia me acostumar com isso mais rápido do que se possa imaginar. Eu deixei que ela tomasse conta de mim, da minha vida, e até do meu lado da cama. Eu não era acostumado a dormir do lado esquerdo, mas quando ela chegou e se acomodou do meu lado, eu não podia, e nem queria, dizer não. Tudo o que eu pudesse fazer para deixa-la feliz, eu faria. Então me acomodei do lado esquerdo sem reclamar.

Seus dedos fazem carinho na pele nua da minha cintura, já que eu estava sem camisa. Sua respiração quente em meu peito, fazendo meu corpo se arrepiar. Minhas mãos brincavam com a pele de seu braço, subindo e descendo lentamente. Eu sabia que ela não estava dormindo, do mesmo jeito que ela sabia que eu não estava dormindo, mas nós queríamos ficar assim, em silencio, apenas sentindo nossos corpos juntos.

O abajur ao meu lado tinha uma luz fraca, deixando o quarto parcialmente iluminado, mas que me permitia ver os dedos de Kate, que faziam caminho entre minhas costelas e barriga, num ritmo constante. Sua perna passa por cima das minhas, pressionando seu corpo contra o meu. Eu não falo nada, quero ver até onde ela vai.

Ela está com saudades de mim tanto quanto eu estou com saudades dela, mas sexo agora está fora de discursão. Mas isso não me impedia de tirar uma casquinha dela, certo? Me deito de lado num movimento rápido e ela ergue seu olhar pra mim, eu podia ver o desejo neles mesmo que estivéssemos no escuro. Controle-se Richard.

Kate dá o movimento seguinte, capturando meus lábios num beijo intenso. Nossos rosto não se mexiam, apenas nossos lábios se devoravam num beijo quase brutal, que foi interrompido por ela, e só então reparei que a segurava contra meu corpo com força. Eu a machuquei.

— Desculpa. – sussurrei ofegante soltando meus braços em volta dela. – desculpa, não queria ter te machucado.

— Me machucar? – ela solta um sorriso fraco e fixa seu olhar em minha boca. – Eu senti sua falta, Rick.

Ela avança em meus lábios de novo, mas dessa vez sou eu quem interrompe.

— Kate, a gente não pode.

— Eu sei... – ela abre os olhos e me encara. – eu só queria te sentir um pouquinho.

— Eu também. – me inclino e a beijo, mas dessa vez com ternura.

Kate aceita de bom grado, e nós fazemos esse beijo simples durar muito mais que o necessário, até nos deixar satisfeitos e voltar a nossa posição inicial com um sorriso no rosto. Dormi como a tempos não dormia. Sem preocupações, sem me acordar no meio da noite para ver como ela estava, sem pesadelos. Eu tinha minha Kate de volta nos meus braços.

— Bom dia, Castle. – Ryan entra na minha casa acompanhado de Espo.

— Bom dia. O que devo a honra dessa visita tão cedo. – são oito da manhã!!

— Queremos falar com a Kate. – Espo diz.

Eu sei bem o que eles querem falar, mas eu não acho que agora seja o momento certo, então só me resta tentar intervir.

— Gente, Kate acabou de chegar. Vamos deixar essa conversa pra depois, ok?

— Que conversa? – Kate surge na sala, quase interrompendo minha fala.

Ela anda até nós a passos lentos, assim como a médica tinha recomendado.

— Não é nada. Kate, você não deveria estar na cama? – digo tentando mudar de assunto.

— Você estava demorando. – ela diz, mas sua atenção está voltada para os rapazes. – o que fazem aqui tão cedo?

— Queremos conversar sobre o que aconteceu enquanto você estava raptada. – Ryan olha pra mim e depois pra baixo, e continua. – mas o Castle acha melhor não.

Jogo baixo! Ele sabia que ela queria resolver isso o mais de pressa possível, e eu ainda tenho que me passar como o vilão da história.

— Porque não? – ela me olha estranha.

— Kate você acabou de chegar. Vamos dar um tempo, ok?

— Já dei tempo demais. – sua voz brava e seu pior olhar faz meu coração tremer, mas logo ela se vira pra Ryan e tudo começa – Me conte o que descobriram na casa.

Eles se acomodam no sofá e os rapazes começam a contar tudo o que viram. Os corpos caídos no chão, as cadeiras jogadas, a luz de apoio que a Kate tinha falado, os quartos vazios, restos de comidas e só. Nada de papeis.

— Sem papeis. – Kate conclui baixinho.

— Que papeis? – Espo pergunta confuso.

— O homem que falava comigo tinha alguns papeis. Alguma coisa sobre o caso da minha mãe que ele disse que servia para me proteger.

— Como assim te proteger? – Ryan se manifesta. Eu não falo nada, apenas observo a interação dos detetives.

— Ele tinha papeis que o Roy enviou pra ele, papeis que protegiam quem matou a minha mãe.

— E porque o Roy protegeria alguém?

— Porque eram papeis de troca. Eu não mexeria no caso da minha mãe e ele me manteria viva. – Ryan e Espo se olham desconfiados.

— Kate, como você conseguiu sair de lá?

— A última coisa que me lembro é de uma fumaça tomar conta do local, depois alguns tiros e eu caio da cadeira. Depois só me lembro quando acordei no hospital.

— Alguém te tirou de lá. – eu me manifesto pela primeira vez, me aproximando deles.

— Seja lá quem te salvou, levou junto os papeis. – Espo conclui.

— E agora eu estou presa a um acordo que eu nem pude recusar. – ela lamenta, eu sei o quanto isso é difícil pra ela, mas talvez seja melhor assim.

— Kate, você ganhou uma nova oportunidade de viver. Viver sem medo.

— Eu não quero viver sem medo. Eu quero solucionar esse caso, e eu vou fazer isso com ou sem acordo! – ela diz decidida, e eu sei que nada do que eu disser vai fazê-la mudar de opinião.

Assim que os meninos saem da minha casa eu volto para o sofá, sentando de frente pra Kate.

— Kate porque você não deixa isso por enquanto? – pergunto numa voz suave.

Ela ergue seus olhos vermelhos, pronto para deixarem as lágrimas caírem, pra mim.

— Eu não posso simplesmente parar de investigar o caso da minha mãe, Castle! – sua voz embargada de um choro que ela não permite sair.

— Eu não estou te pedindo isso. Eu estou te pedindo pra esquecer esse assunto por enquanto. Quando você estiver bem nós, eu e você, vamos juntos descobrir quem pegou esses papeis. Mais que isso, vamos resolver o caso da sua mãe. – ela desvia seu olhar do meu mas eu seguro suas mãos, obrigando-a olha pra mim. – mas não hoje, não amanhã... Mas um dia.

— Um dia... – diz baixinho. – eu não vou esperar um dia, Castle.

Ela simplesmente se levanta e sai andando de volta ao quarto, onde eu sei que ela vai chorar e se lamentar pelo caso mais importante de sua vida. Kate era feita desse caso, mas eu não poderia deixar que ela simplesmente esquecesse que tem uma vida inteira pela frente, que não pode viver em função de um caso, por mais importante que seja, e deixar sua vida de lado. Mas eu sei que quando ela descobrir isso, será tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, tudo sempre se resolve. BUT, nada impede dá gente colocar um charminho né?

Até o próximo ;*