Rise escrita por Mrscaskett


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente.

Bom, desculpem pelo horário da postagem, mas minha inspiração chega nas horas mais estranhas possíveis. Então, aos madrugadores de plantão, mais um cap de Rise espera vocês., aos outros, espero deixa-los felizes com um cap novo quando acordarem hahaha

Cap totalmente dedicado a vocês, atendendo o desejo de vocês de #AceitaKate e deixar ela se permitir ser feliz. As vezes ela pensa demais, né?

Bom, espero que gostem do cap. Boa Leitura :)

OBS: Soraia, obrigada por favoritar a fic ♥



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Castle dorme tranquilo no sofá totalmente desconfortável. De costas pra mim e com seus braços encolhido em torno do seu corpo, ele respirava como se não existisse nenhum problema entre nós. E não existia mesmo, o fato dele estar chateado por eu não querer ir pra casa com ele não conta, mas isso não impedia ele de dormir com o mesmo bico emburrado de antes.

Era difícil aceitar e negar alguma coisa pra ele, mas pensando em todas as possibilidades talvez, talvez, eu possa mesmo aceitar sua proposta, mas ainda assim teria que pensar muito antes de aceitar de vez. Tinha a Alexis, que apesar dela estar em uma ótima fase comigo, ela ainda pode ser um problema para nós. Ela nunca quis nosso namoro por eu colocar o Rick em risco, e mesmo sem concordar com essa teoria, eu sei que ela está certa.

É um grande passo também. Eu e Rick praticamente morando juntos por um mês? Isso daria certo? Bom, eu espero que sim, porque eu amo ele com todas as minhas forças e eu penso sim em um futuro com ele, não hoje, não amanhã, mas lá na frente, quem sabe, a gente chegue a pensar nisso como um próximo passo para nosso relacionamento. Mas, caso não der certo essa experiência, eu já teria uma pequena ideia do que é ‘morar’ com o Rick, e mais pra frente, quando o “morar com Rick” fosse definitivo, nós já saberíamos o que concertar para vivermos bem. Dessa vez seria com um ensaio, pelo menos pra mim.

Eu sabia que o meu maior problema não seria conviver com o Rick, e sim o seu jeito super protetor. Ele não me deixaria fazer nada, me mimaria mais que o necessário, e por mais que isso seja lindo e, provavelmente, o sonho de qualquer mulher ter um homem como Richard Castle fazendo tudo por ela, eu não gosto muito que façam as coisas por mim, gosto de ser independente. Mas eu acho que poderia me acostumar com isso que ele também concordasse em não me paparicar tanto quanto eu acho que ele vai.

Outro ponto a ser considerado é: PORQUE EU NÃO ACEITO LOGO ISSO? Eu quero ficar com ele, eu quero qualquer desculpa para ficar mais perto dele. Eu já perdi tempo demais me negando isso, nós já perdemos tempo demais. Tudo o que eu queria quando saí do seu apartamento naquele dia era voltar pra ficar com ele, e agora que estou aqui, eu estou criando mil desculpas para não ficar com ele.

Sorrio com a bagunça que é minha cabeça. É sempre assim, eu quero, mas sempre arrumo desculpas, e quando eu quero e mas não posso fazer nada, só lamento. Mas dessa vez não seria assim, eu não lamentaria aceitar a proposta dele, nunca. Eu sei que ele quer cuidar de mim porque me ama e quer me agradecer por ter salvo a Alexis, e eu deixaria ele fazer exatamente isso, mesmo achando que isso não é necessário.

Tiro o lençol lentamente do meu corpo e me sento na cama, com cuidado para não machucar meu braço, e me levanto. Estava uma noite fria, e mesmo ele estando com o blazer dele, eu sei que está com frio. Pego o lençol que ele costumava se enrolar quando dormia aqui comigo no pequeno armário do quarto e, a passos lentos, eu vou até o sofá, passando o lençol em seus braços e pernas. Ele se meche um pouco e abre os olhos lentamente, virando na minha direção.

— Melhor? – pergunto num sussurro, rezando internamente para ele não ligar por eu ter descido da cama sem pedir sua ajuda.

— Que horas são? – sua voz rouca de quem acabou de acordar me faz sorrir.

— Quase onze.

— Nossa. Eu dormi demais. – Rick se senta no sofá, esfregando os olhos para me olhar melhor.

Aproveito um segundo da sua distração e me sento ao seu lado, com uma certa dificuldade, já que o sofá era baixo, mas não sinto nenhuma dor, então me acomodo no sofá duro onde ele dormiu todos esses dias que estive internada.

— Como você aguenta? É como estar dormindo no chão.

— Já me acostumei. – ele dar os ombros. – E você, porque está sentada aqui e não na cama dormindo?

— Te ver dormir é mais interessante. – digo sorrindo e ele sorrir também.

— Pensei que eu era o único a fazer isso.

— Você fica me vendo dormir? – ele me olha com uma cara de culpado que o entrega. – isso é assustador, você sabe, ne?

— Diz a mulher que estava me vendo dormir! – sua cara quase enrugada me faz soltar uma gargalhada, que logo ganha a companhia da sua.

Era bom poder estar assim com ele novamente. Era como se nada tivesse acontecido e nós estivéssemos no sofá da sala da cabana do meu pai, como dias atrás.

— O que você faz aqui? – ele pergunta depois de um tempo apenas me olhando em silencio.

— Aqui é meu quarto. Pelo menos até amanhã de manhã. – digo e ele revira os olhos, assim como eu faço quando ele diz alguma coisa idiota.

— O que você faz aqui, sentada no sofá, quando deveria estar na cama, deitada. – demorou, mas ele tinha que tocar no assunto.

— Você estava com frio, vim te cobrir. – e eu estava certa, ele está sentado ao meu lado com o lençol sobre seus ombros, aquecendo todo o corpo forte dele.

Eu sinto falto do corpo dele sobre o meu, dos nossos toques íntimos, dos nossos corpos se esquentando debaixo dos lençóis. Parecia uma eternidade desde a última vez que fizemos amor e agora, com ele próximo a mim desse jeito, eu sinto meu corpo querer ele cada vez mais perto, até me completar por inteiro.

— Você sabe que não deve descer da cama sozinha, Kate. – ihh, lá vem bronca!

— Poxa... eu pensei que me levantar para vir te cobrir me livraria de uma bronca. – faço minha melhor cara triste. – mas nem quando eu te agrado você me livra dessa.

— Não estou te dando bronca. – sua voz é tão suave que eu até estranho. Seus dedos quase gelados tocam o meu rosto, acariciando-me devagar. – eu não falo isso pra te irritar, Kate. Eu falo porque eu quero o seu melhor, quero que você se recupere logo.

— Eu sei. – digo baixinho, mas sei que ele escuta. – e é por isso que eu aceito.

— O que? – seus olhos direcionados para os meus, me mostram a inocência que existe naquele homem. Não existe nenhum tipo de surpresa em sua voz, na verdade ela continua suave, o que me faz pensar que ele não entendeu o que eu quis dizer.

Passo a língua em meus lábios quase ressecados e sorrio. Junto minha mão boa a dele, que ainda estava em meu rosto, e entrelaçando nossos dedos, mas sem tirar elas do lugar onde estava, era bom sentir sua mão se esquentando contra minha pele.

— Eu aceito ir pra sua casa com você.

Ele continua me olhando do mesmo jeito, mas aos poucos, um lindo sorriso surge em seus lábios.

— Você tem certeza? – isso me faz rir.

— Achei que você fosse sair pulando pelo hospital de alegria, não me perguntar se tinha certeza.

— Bom, eu vou sair correndo, pode acreditar. – ele rir um pouco, mas logo me olha sério. – eu não que você faça nada que se arrependa depois.

Movo minha mão para seu rosto, quase o obrigando a ficar olhando pra mim.

— Tudo o que eu mais quero é ficar com você. E eu nunca vou me arrepender disso. – ele sorrir e vem para me beijar, mas eu afasto um pouco o rosto pra trás. – só me promete que não vai brigar muito comigo. – minha cara de cachorro pidão faz ele rir.

— Eu prometo. – ele diz e volta a se aproximar, mas dessa vez eu não fujo. – eu prometo tudo o que você quiser.

Ele cola nossos lábios e logo em seguida sua outra mão está em meu rosto, me imobilizando para que ele possa me beijar profundamente, minha mão desce de seu rosto sobre seu peito, sentindo-o subir e descer cada vez mais ofegante. Meus lábios se abrem mais e sua boca suga minha língua para dentro dela, acariciando-a. Meu corpo fica totalmente desarmado com a sensação do corpo dele quase debruçado sobre o meu, como eu senti falta disso.

Esse era talvez o nosso beijo favorito, outros mais quentes e intensos viriam, e eu amaria cada um deles, mas esse era diferente. Diferente do que ele me deu hoje mais cedo, diferente do nosso primeiro beijo, diferente do beijo que daríamos amanhã. Esse era único, e nós nunca daríamos outro beijo tão bom, então eu faço ele durar o máximo que posso.

Diferente do que eu pensei, ele não quis me colocar na cama. Rick apenas se acomodou no sofá e puxou meu corpo pra perto do dele, com todo o cuidado do mundo para não me machucar. Com seu braço em volta do meu ombro, posso sentir seus dedos fazerem círculos na tipoia onde meu braço machucado estava, e quase posso sentir seu toque. Nós passamos horas conversando sobre as coisas mais bobas do mundo, sobre os filmes que ele mais gostava de assistir quando estava doente, sobre sua referência masculina quando ele era pequeno e morava sozinho com a mãe, sobre a minha série favorita em que ele insiste em dizer que não prestava, sobre minhas manias quando era garota, sobre tudo, nós estávamos apenas nos conhecendo ainda mais.

Eu gostaria que esse momento durasse mais, mas meu sono chegou e eu adormeci enquanto ele me contava uma história de seu tempo no colegial. Algo relacionado a uma vaca, não lembro bem. Mas eu dormi em seus braços novamente, e foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, pude matar um pouco da saudade que eu estava de sentir seu cheiro misturado ao meu, num lugar só nosso. Quando eu acordei eu já estava na cama, ele deve ter me colocado aqui, e mesmo vendo ele dormir naquele sofá duro que mal cabia ele eu sorri, sairia daqui hoje e mais tarde eu estaria dormindo em seus braços novamente.

— Então quer dizer que você vai pra casa com o escritor. – ele diz enquanto me ajuda a terminar de me vestir.

Seu sorriso e seu olhar maliciosos diziam tudo. Ela já estava pensando besteira! Mas eu não ligava, eu pretendia curtir o Castle o máximo que pudesse.

— É só por um mês, talvez menos. Eu quero voltar pra minha casa logo. – digo me olhando no espelho.

Lanie me ajudou a me arrumar. Ontem eu estava pálida e meu cabelo estava um lixo, hoje eu estou com minha maquiagem favorita e meu cabelos até parece o mesmo de antes.

— Isso se ele te deixar sair. – eu a encaro pelo espelho. – é isso mesmo que você ouviu! Não vai demorar muito para ele te pedir para ficar de vez na casa dele.

— Qual é Lanie! – me viro pra ela. – Estamos apenas começando um relacionamento, e um começo muito conturbado por sinal. Ele não vai sair me pedindo para morar com ele e nem eu sou louca de aceitar. Não tão rápido.

A ideia de tudo acontecer rápido demais e acabar tão rápido quanto começou me assusta.

— Garota, esse homem é louco por você.

— E eu por ele, mas nem por isso eu vou morar com ele!

— Claro que vai, você está indo pra lá agora mesmo. – ela aponta a pequena mala no sofá.

Eu queria argumentar tudo isso, mas Castle chega, abrindo a porta com um sorriso de ponta a ponta. Seus braços envolvem minha cintura e beija meu pescoço.

— Pronta? – eu viro meu rosto de lado para olha-lo.

— Pronta.

Estava na hora de começar uma nova experiência. Ele me solta, apenas para pegar minha mala com uma mão, e com a outra segura a minha. Nós saímos do quarto seguida por Lanie, que falava algo que eu não escutava direito, minha atenção estava toda voltada para o brilho dos olhos de Castle ao me guiar para casa dele.


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Notas finais do capítulo

O PRÓXIMO CAP JÁ O 30 :OOOO

passa tão rápido, e eu prometo escrever um cap lindo pra vocês!! Até o próximo.