Tua Ausência. escrita por Ginna Mills


Capítulo 6
Te marchaste sin aviso


Notas iniciais do capítulo

Oláa, Luana vai me matar pelo cap ser pequeno, mas ela sabe o imenso trabalho que estava escrevendo =/ era postar esse cap ou não postar nada...
Espero que gostem...



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Te marchaste sin aviso
           Te busqué y no estabas ya
        El destino así lo quiso

— Você vai embora?

— Ainda não sei, não gostaria de abandonar a empresa.

— Você pode ainda ser sócio e comandar pela internet. - deu um sorriso fraco - Skype está ai pra isso.

— Talvez eu vá e fique um tempo com o meu avô. - limpou as lágrimas.

—Você deve ficar com ele, ver sua família - concordou com cabeça.

— Acha que devo ficar morando lá? – olhou em seus olhos

— Eu não sou ninguém para falar o que você deve fazer da sua vida. - mordeu os lábios nervosa. - Não tem nada que te prenda aqui.

— Na verdade, Regina. - deu passo em direção a morena.

—Robin, meu amor, aqui está você. - disse Zelena sorrindo ao entrar na cozinha. - Atrapalho algo?

— Não! - Regina disse passando por Robin, mas ao chegar perto de Zelena o enjoou que sentiu de manhã retornou mais forte.

— Você está verde, Regina. -comentou Zelena

— Graças a esse teu perfume. - tentou respirar pela boca e saiu da cozinha correndo para o banheiro.

— Meu perfume é tão ruim assim? - se aproximou de Robin.- Você disse à ela?

Robin estava preocupado com a reação de Regina, queria saber se ela estava bem, ela realmente pareceu esverdeada.

— Terra chamando Robin!!! - Zelana estalou os dedos na frente do rosto do loiro.

— Desculpe. O que foi?

 - Você disse a ela que estamos juntos?

—Não estamos juntos. - olhou para ruiva

—Como não? E ontem? - se irritou.

— Foram apenas alguns beijos, Zelena. E eu estava bêbado - pegou o celular que estava na bancada e saiu.

Zelena pegou a xicara que estava ao seu alcance e jogou na parede a fazendo quebrar em vários pedaços.

Robin ao chegar novamente ao seu escritório levou as mãos ao rosto, sua vida estava um inferno, ele não poderia perder mais uma pessoa em sua vida. A morte de seu filho ainda estava ali o atormentando todos os dias, a dor do divórcio ainda o corroía... A ausência dela o fazia ficar noites acordado, como a noite que recebeu a pior ligação de sua vida.

Julho 2014..
 

—Alô, meu amor!! - disse animado - Estou fazendo o seu prato favorito, não demore a chegar.
 

—Alô? É o Robin? - a voz de uma estranha preencheu a linha.

—Sim! - aflito desligou o fogão - Quem está falando? Cadê minha esposa?

—Lamento muito senhor Robin! Teve um acidente na estrada, sua mulher colidiu com um caminhão.

Robin se desesperou, pegou seu casaco e as chaves do carro.

—Como ela está? - gritou - Qual foi a estrada?

— Ela está viva, mas seu estado é grave. Já foi retirada das ferragens, está no  Boston Medical Center.

— Meu Deus - Robin começou a chorar. - E o bebê?

Se seguiu um silencio do outro lado da linha, Robin apertou o celular mais forte contra o ouvido.

— É melhor o senhor vir, precisamos urgente de sangue do mesmo tipo de sua esposa.

— Eu estou indo. – desceu correndo as escadas do prédio em direção a garagem. - A mãe de Regina, Cora, ligue para ela, eu estarei ai em um minuto

Desligou o telefone e foi em direção ao hospital que se encontrava sua esposa e seu filho por nascer.

Tempos atuais

Após colocar pra fora todo sanduíche de seu pequeno almoço, Regina enxaguou a boca, pensando no que ocorreu na cozinha, ela entrou e o viu parado na bancada com movimentos automáticos.

Ela se aproximou, quebrando todas as regras de "não se aproximar, conversar, interagir com Robin, a não ser pelo trabalho", e o chamou, mas ele não respondeu. Quando chegou mais perto, Robin se virou batendo com o braço nela e virando café em sua camisa. Ela gritou com ele e foi quando o loiro acordou. Regina reparou q ele não estava realmente bem, até a chamou de "Apple".

Regina se olhou no espelho e suspirou, não podia acreditar que  um dos membros do Clã Of  Locksley estava morrendo. Ela adorava a família de Robin, era imensa... Diferente da sua que continham apenas ela e sua mãe, já que seu pai a abandonou quando era jovem. O vô de Robin a recebeu de braços abertos, assim como Stella, mãe de Robin. Já o senhor Henry torceu um pouco o nariz no começo, Regina não tinha uma linhagem digna. A irmã de Robin a adorou, Emma era apenas uma menina de 19 anos, sonhadora, casou-se muito nova, aos 18 anos, pois engravidou de Killian, sorte que eles estavam apaixonados e fariam tudo para ficarem juntos, tiveram um menino e o chamaram de Henry em homenagem ao pai de Emma. Ele é uma criança adorável, até hoje chama a Regina de tia, claro que ela não podia se esquecer do pequeno Roland, segundo filho de Emma, tem apenas 3 anos. Regina e Robin faziam de tudo para vê-los, Roland idolatrava o tio Robin. Todos os tios e tias de Robin eram incríveis.

Tudo que a morena mais queria agora era poder abraçar Robin e estar ao seu lado, mas ela odiava ver aquele olhar de dor em seus olhos, a última vez que ela tinha visto esse olhar foi quando acordou três dias depois do acidente, em uma cama de hospital e sem o seu filho.

Julho 2014.

Podia escutar um tipo de som vindo de um de seus lados, mas não conseguia distingui-lo, parecia  ser... bipes?. Queria abrir os olhos para poder ver a sua volta, mas suas pálpebras estavam pesadas demais e tinha algo estranho em sua boca. Se esforçou e abriu os olhos devagar, a luz foi cortante para seus olhos, os fechou novamente.

— Regina?

“Robin” queria gritar, mas algo não a deixava, gostaria de poder abrir os olhos, nem respirar estava conseguindo.

— Apple? Fique calma, eu vou chamar a enfermeira.

“Enfermeira?” ela estava em um hospital?

Foi quando ela se lembrou, o caminhão vindo em sua direção atingindo em cheio seu carro, era tudo que lembrava, além da dor na barriga que teve antes da colisão. Meu Deus. Meu bebê.

Abriu os olhos sem se preocupar se iria feri-los, ela só queria saber como estava seu filho. Com esforço levou a mão na barriga... nada, apenas silêncio. Ela queria gritar, mas estava entubada. Quando levou a mão a boca Robin entrou com a enfermeira.

— Estou, aqui meu amor – sussurrou e segurou suas mãos.

Regina o olhava com desespero em seus olhos, onde estava o seu filho? Ele estava bem? Diga que ele está bem.

— Se acalme, senhora Locksley! Vamos retirar o tubo. – delicadamente retirou o tubo do respirador de Regina que tossiu várias vezes. – Muito bem, respire devagar.

A morena olhou mais atentamente para o marido, e o que encontrou em seus olhos foi devastador, fez seu coração ser partido em pequenos fragmentos.

— Eu sinto muito. – Robin sussurrou e apertou a mão da mulher.

“Nãooo” fechou os olhos e deixou lágrimas escorrerem pelo seu rosto. O silêncio de seu ventre, agora, era o mesmo de sua alma.

Tempos Atuais

As lágrimas transbordavam do rosto da morena, respirou fundo e as limpou assim que ouviu o som da porta do banheiro se abrindo.

— Regina? Você está bem?

— Belle. –sorriu – Estou sim.

Belle parou ao lado de Regina e a olhou através do espelho.

—Você me parece, meio...

— Verde? -  levantou uma sobrancelha.

— Bem, já que você disse. – deu de ombros.

— Eu acho que o sanduíche de bacon não me fez muito bem. – olhou para Belle e deu um sorriso tranquilizador.

— Você odeia bacon. – apontou

— Me deu vontade. O que foi? – cruzou os braços.

— Você anda esquisita, ontem mesmo você se sentiu mal com cheiro de panquecas quando fomos almoçar. – citou – Além do quase desmaio... Regina?

— Eu devo estar ficando doente só isso. – se virou para o espelho arrumando o cabelo.

— Regina, você e Robin fizeram sexo na minha casa há duas semanas atrás – lembrou Belle – A propósito tive que trocar o sofá, Gold não faz a mínima ideia do porquê.

— Você trocou o sofá? – Regina gargalhou.

— Claro! Toda vez que eu entrava naquela biblioteca lembrava do que você me contou. – fez cara de nojo.

— Se nós fóssemos amigas desde que eu e Robin começamos a namorar, você não iria querer entrar na minha sala e nem na dele. – sorriu maliciosa.

— Regina!!! Esse não é ponto! – exclamou – O ponto é, você e Robin transaram e agora você está aí com enjoos, tonturas e vômitos. Eu acho que você está...

— Nem ouse completar essa frase – se virou para amiga. –Eu não estou, e nem posso estar! Você sabe muito bem disso, Belle! O médico deixou claro que não tenho chances alguma de ser mãe, ela se foi quando meu filho morreu.

— Não foi bem isso que ele falou, o médico disse que será difícil, mas não impossível.

— Não importa! Tem 99% de chances de não conseguir segurar. – limpou uma lágrima, ela já tinha aceitado isso, nunca poderá ser mãe novamente.

— 1%, Regina! – Belle se aproximou da amiga.

— O que? – disse atordoada.

— Você tem 1% de chance que dê tudo certo! – colocou a mão no braço da Regina. – Se estiver esperando um bebê se agarre nessa porcentagem. Em 1% há infinitas chances. Se agarre a esperança, Regina!

 


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Notas finais do capítulo

Sorry os erros!! Me contem o que vocês estão achando?
Bjjjs



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