Tua Ausência. escrita por Ginna Mills


Capítulo 25
Me llora el Cielo


Notas iniciais do capítulo

Oi,e aí como que vocês estão? Espero que bem!
Lala obrigada pela música ♥
Tata, você é a melhor pessoa ao escutar as minhas loucuras.
Obrigada por guardarem segredo.
Dirvirtam-se...
Está sinalizado um gatilho de violência domestica.



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Veo mi ventana y el cielo esta gris
(Vejo da minha janela e o céu está cinza)
Pasan las horas y no estás aqui
(Passam as horas e você não está aqui)
Me llora el cielo
(Choro o céu)

2 meses depois

— Nós vamos nos atrasar – Regina parou perto da porta do quarto vendo Robin pulando na cama com Hope, agora com 9 meses, gargalhando em seu colo.

— Só mais um pouquinho, mamãe. – o loiro parou fazendo beicinho e se dirigiu a filha – Se você falar “mamãe”, acho que ela nos deixa brincar mais um pouco.

— Desiste, amor. – riu e foi em direção aos dois – Estamos nisso há dois meses. Ela é incrivelmente teimosa.

— Quem será que ela puxou? – levantou uma sobrancelha e colocou Hope na frente quando viu que a morena pegou um travesseiro para jogar nele. – Sua filha está aqui.

— Um homem desse tamanho se escondendo atrás de um bebê. – revirou os olhos e estendeu os braços para filha que se jogou em direção a ela. – Agora vamos.

— Estraga prazer.- Robin desceu da cama e a puxou pela cintura – Eu amo vocês duas.

— E nós te amamos – lhe deu um selinho e o empurrou – Vá tomar banho, vamos nos atrasar.

— Está bem. – roubo mais um beijo dela e beijou os cabelos da filha.

— Vamos tomar café da manhã – Regina disse a filha e saiu para cozinha do apartamento.

Nesses dois meses eles estavam à procura de uma casa, mas nada os agradava, enquanto isso Regina e Robin se dividiam entre os apartamentos. Henry e Roland já tinham voltado para Londres com a família e todos retornariam para o aniversário de Hope.

Mills colocou a filha no caldeirão e ligou o celular para colocar uma música, assim que os primeiros acordes de “Mamma Mia” começaram a morena foi  ao fogão para virar as massas das panquecas. Volta e meia Regina se virava em direção a Hope e cantava, a pequena com um sorriso sapeca mexia as mãos e olhava fascinada cada movimento da mãe.

— Just one look and I can hear a bell ring (Apenas um olhar e eu posso ouvir um sino tocar). - Regina pegou a uma colher para fazer de microfone e deu alguns passinhos de dança - One more look and I forget everything (Mais um olhar e eu esqueço tudo).

Seguiu dançando e fazendo graça para filha, até que a canção terminou e ouviu aplausos vindo de perto da porta, e lá estava Robin sorrindo para ela.

— Muito bom, Apple – aplaudiu mais forte fazendo Regina agradecer com gesto de cabeça e gargalhar.

Hope que observava os dois começou a imitar o pai batendo palmas do seu próprio jeito, fazendo os dois adultos se derreterem ainda mais.

— Obrigada, Joaninha. – beijou a testa da filha.

— Você não tem ideia de como eu adoro estas manhãs. – Robin se aproximou de Regina e a olhou profundamente. – Eu nunca estive tão feliz.

— Nem eu. – acariciou o peito do homem e lhe deu um selinho sorrindo.

— Sabe o que vai me deixar mais feliz? – segurou a mão dela que estava em seu peito.

— Não – sacudiu a cabeça o olhando atentamente, sabia quando ele estava aprontando algo, mas foi pega de surpresa quando ele começou a se ajoelhar. – Robin?

— Não era para o nosso casamento ter terminado daquele jeito. – apertou a mão dela.  – Você sempre foi e sempre será o grande amor da minha vida, Apple! Te prometi que nunca iria embora e quero continuar cumprindo essa promessa se você me permitir. – pegou a aliança que deu a ela na cabana anos atrás e ficou observando o pequeno objeto – Eu fiquei me perguntando se devia comprar outras alianças, mas percebi que elas nem deveriam ter sido retiradas em primeiro lugar, elas fazem parte da nossa história, é um pedaço nosso... - levantou a cabeça para encontrar o castanho que tanto o fascinava que agora estavam brilhantes com  lágrimas, respirou fundo – Com a nossa filha como testemunha, Regina, você quer se casar comigo? De novo?

A morena olhou para filha que sorria em sua direção, e voltou para o homem que ama, as lágrimas banhavam o seu rosto quando ela se ajoelhou ficam cara a cara com ele.

— Eu me caso com você quantas vezes for preciso, Robin. – fechou os olhos e encostou a testa na dele – E você está certo, essas alianças são parte de nós e eu me sinto incompleta sem elas, sem você.

Robin roçou o nariz no dela e sorriu – Isso quer dizer um “sim”, certo?

Regina se afastou o olhando e acariciou o rosto dele com as mãos. – Isso quer dizer para “sempre’, amor.

O loiro sorriu e a beijou profundamente antes de colocar a aliança na mão de Regina, esta sentiu que a última peça que faltava para reconstruir seu coração foi colada, então, ela se permitiu chorar nos braços do agora noivo.

— Estamos noivos pela segunda vez. – riu no cabelo da mulher.

— Espero que seja a última vez. – riu e o beijou no queixo e se levantou. – Vamos tomar café, já estamos suficientemente atrasados e temos uma reunião com o cliente

— Eu devia ter te pedido em casamento no final de semana. – fez beicinho e pegou a mão que lhe foi oferecida.

— Pense assim – jogou os braços em volta do pescoço dele e sorriu provocante- Quando voltarmos para casa, você terá sua recompensa.

— Você é muito má Regina Mills – sorriu a beijando novamente.

Eles se atrasaram ainda mais, pois Hope estava na fase de achar muito engraçado derrubar tudo no chão e acabou por ter que tomar mais um banho e Robin teve que limpar o chão da cozinha o melhor que pode, não era como ele imaginava terminar após pedir, novamente, a mão de Regina, mas não trocaria aqueles momentos por nada.

xxx

— Desculpe, estou atrasada – Regina entrou na sala de reunião sendo seguida pelo noivo que vinha a passos lentos.

— Bom dia. – disse Robin assim que entrou, mas seu sorriso morreu ao perceber quem estava os esperando.

— Tivemos um imprevisto – a morena ainda não tinha visto a única pessoa que estava na sala, sentada a poucos metros, pois estava procurando algo na bolsa. – Robin, meu celular está com você? – pediu desviando o rosto para o loiro que estava parado na porta tenso. – Robin?

— Aqui – disse rouco entregando o celular a ela sem desviar o olhar da pessoa a sua frente. – Você me entregou mais cedo.

— Obrigada- franziu o cenho – O que foi?

— Oi, filha. – a voz que não escutava a anos retumbou em seus ouvidos fazendo com que um ar gélido arrepia-se toda sua coluna.

— Cora? – se virou rapidamente para a mulher mais velha. – O que você faz aqui?

— Sou sua cliente. – sorriu levemente – Não fiquem aí parados.

— Isso só pode ser brincadeira. – Regina largou a bolsa com força na mesa – Você veio aqui para que? Cobrar o que fez? O sangue doado?

— Não fale assim, querida. – se levantou – Não faria isso.

— Certo. Sentiu saudades da filha e veio visitar. – disse sarcástica.

— Pode-se dizer isso!- andou até a mulher mais nova que desviou e foi para perto da janela.

— O seu projeto está pronto, podemos falar sobre isso. – respirou fundo e colocou a máscara de mulher de negócios.

Robin que observava toda a cena teve que se controlar para não ir até Regina e abraçá-la, ele conseguia ver por baixo daquela máscara o quanto a presença de Cora a machucava. Então, como apoio, ele pegou o pen drive e foi em direção ao notebook, para mostrar sogra o que eles planejaram.

— Eu confio em vocês. – suspirou Cora – Só preciso conversar com a minha filha!

— Se não for de negócios não temos nada para conversar. – Regina cruzou os braços.

— Regina. – Robin se aproximou da noiva e a tocou levemente no braço – Converse com ela. Resolva tudo, já passou do tempo, amor.

— Robin! – fez cara feia para o loiro que apenas acariciou o braço dela com mais força, mostrando que estava ali para ela. – Tudo bem! – suspirou por fim – Que seja breve.

— Obrigada. – Cora se sentou e esperou que Regina e Robin fizessem o mesmo.

— Comece. – disse a mulher mais nova sentindo a mão de Robin sobre a sua coxa e o olhou agradecida por ele estar ali.

— Bem. – respirou nervosa- Vim aqui para pedir perdão.

— Depois de todos esses anos? – revirou os olhos.

— Eu quero que você me entenda, Regina! – colocou as mãos na mesa. – Eu fiz o que fiz, porque estava tentando protege-la!

— Me proteger? – levantou as sobrancelhas sacudindo a cabeça – Do que exatamente? De você?

— Do seu pai! – sussurrou.

— Do meu pai? – disse confusa. – Cora, por favor, não minta mais.

— Você não se lembra de como era o seu pai? – disse exacerbada.

— Eu lembro muito pouco. – olhou para Robin pedindo forças. – Mesmo ele indo embora quando já era quase adolescente, a imagem dele é borrada. O que tem isso?

— Você sabe o porquê disso? – mordeu os lábios.

— Traumas do abandono? – deu de ombros.

— Espere, o que George fez para você querer proteger Regina dele? – Robin se intrometeu encarando a sogra.

— George era um homem muito violento. – mexeu nervosamente no cabelo – Principalmente quando bebia.

— Você está mentindo! – exclamou Regina.

— Não estou. - sacudiu a cabeça sentindo os olhos queimarem. - Se lembra como conseguiu essa cicatriz perto da boca?

Instintivamente Regina levou uma das mãos a boca e a outra foi ao encontro da mão de Robin que ainda estava sem sua perna.

— Como ela conseguiu? – o loiro pergunto já que a mulher ao seu lado estava abalada o suficiente para conseguir formar alguma frase coerente.

— Ela tinha nove anos. – começou cora.

Aviso: Gatilhos de violência doméstica

Tempos Atrás.

— Onde você estava? – Regina ouviu a sua mãe gritar da cozinha após a porta dos fundos ser aberta violentamente. -  Você estava naquele bar novamente não é George? Você é uma vergonha para sua família.

— Fique quieta! – foi a vez de ouvir a voz de seu pai, se enrolando nas palavras, mas alta o bastante.

Um som alto e um grito fizeram a menina abraçar a boneca de porcelana que ganhou de aniversário e correr em direção a mãe, que estava no chão com o rosto vermelho e encarava o marido com medo.

— Mamãe? – sussurrou.

— Regina, vá para o seu quarto. – pediu em desespero.

George olhou para mulher no chão e para filha, tropeçando em seus próprios pés conseguiu alcançar Regina que estava assustada demais para correr.

— Deixe ela! -Cora se levantou e tentou se colocar entre o marido e a filha, mas ele a jogou longe.

— Não machuque a mamãe. – a pequena largou a boneca e avançou no pai que apenas sorriu levantando a mão e batendo fortemente no rosto da filha que caiu no chão desmaiada.

— Regina! – sua mãe gritou e conseguiu correr até ela. – Vá embora, George.

— Não me diga o que fazer, vadia. – ele gritou e saiu pela mesma porta que entrou.

— Mamãe? – choramingou no colo da mais velha. – Está doendo.

— Não se preocupe, querida. – embalou a filha em seus braços. – Prometo que ele não voltará a colocar mais nenhum dedo em você!

Cora levou 3 anos para se livrar do marido, pois a violência doméstica é um ciclo com três fases, a violência psicológica com as reclamações, as reprimidas e as ameaças. É nessa fase onde há negação por parte da mulher que sofre o abuso. A segunda é a violência física, que aumenta com o passar do tempo. E a última fase é a da “Lua de mel”, onde o homem pede desculpas, dá carinho e atenção até que as ameaças retornam. Nesses três anos vivendo nesse inferno, Cora fez de tudo para que Regina ficasse a salvo, mudou o quarto dela para uma peça mais afastada, e a trancava todas as noites quando George chegava em casa.

Sofria calada cada violência que sofria do marido, deu graças a Deus quando Regina lhe disse que não recordava de como tinha feito aquela cicatriz. Em uma tarde George deixou um bilhete onde dizia que encontrou uma mulher melhor, uma com dinheiro, e que estava as deixando. Cora ouviu a filha reclamar dia e noite, e a culpar pela ausência do pai, enquanto isso a mais velha procurava uma nova casa, com medo que o ex marido voltasse, foi quando descobriu o colégio, tinha que deixar Regina a salvo, ele poderia regressar, nenhum dinheiro dura para sempre e George era muito ganancioso.

Tempo Atual.

— Foi por isso que te deixei lá, filha. – enxugou as lágrimas com um lenço.

Regina engoliu a seco e se jogou nos braços de Robin, que a apertou mais forte junto ao seu corpo, sussurrando que estava ali com ela e a deixou chorar em seu ombro.

— Não era para você saber. – sacudiu a cabeça – Não queria que voltasse a sofrer por aquele monstro. Eu só fiz isso porque sei que vocês vão proteger a minha neta.

— Como você sabe da Hope? – a morena tremia, era muita coisa para processar, conseguiu se lembrar dos gritos dos pais, e tudo aquilo explicava os pesadelos que teve durante anos, mas nunca nem sequer cogitou essa situação.

— Eu fui uma espectadora distante da sua vida. – deu um sorriso triste – Acompanhei toda sua trajetória, tudo o que você passou. O acidente, não tenho ideia de como o seu marido me encontrou. – Cora começou a chorar – Foi terrível ver o meu bebê naquela situação, não pude nem te dar colo quando recebeu a notícia da morte do seu filho.

Robin ajeitou a noiva nos braços, beijando os cabelos dela, enquanto lágrimas caiam pela mulher que amava. Só de pensar naqueles dias, seu corpo tremia em desespero e seu coração se apertava.

— Porque não me contou tudo isso antes? – soluçou – E porque temos que proteger a Hope?

— Eu tive medo. Quando tentei me aproximar, George voltou. – fechou os olhos – Queria saber onde você estava, então, me afastei mais. Foi quando Robin me encontrou e falou o que tinha acontecido, eu precisava salvá-la. – encarou a filha e o genro. – Eu me casei novamente, ele é um investigador, sempre me ajudou. Dois meses atrás descobrimos que George tinha retornado ao país. Mas, somente ontem soubemos que ele está aqui em Boston.

— Você acha que ele pode vir atrás da Regina e da nossa filha? – o loiro perguntou aflito.

— Não duvido nada daquele homem. – respirou fundo – Queria ter vindo antes, mas é difícil quando se sabe que sua filha te odeia.

— Não odeio. – sussurrou Regina ainda chorando. – Não odeio você, mãe.

Cora não conseguia acreditar. – Não?

— Não! – sacudiu a cabeça olhando para Robin, ele sacudiu a cabeça, beijou a testa e se levantou, mas permaneceu na sala.

Regina com receio chegou perto da mãe e pegou em sua mão.

— Estou confusa com tudo isso. – mordeu os lábios – Magoada, mas consigo compreender. Faria de tudo para proteger Hope.

— Você me perdoa? – apertou as mãos da filha.

— Está perdoada, mãe. – deu um sorriso singelo.

— Posso te dar um abraço? – pediu timidamente.

— Sim! – sorriu em meio as lágrimas.

— Senti tanto a sua falta. – Cora a abraçou com força. – Minha linda menina.

— Eu também senti a sua. – fechou os olhos aproveitando o abraço que tanto lhe fez falta.

Os três ainda ficaram um bom tempo conversando, Regina pediu para que tudo fosse com calma, queria mais tempo para processar tudo. Sua vida deu um giro de 360 em apenas algumas horas. Quando Cora foi embora, o casal avisou ao Mrs Gold que iriam mais cedo para casa, já que o trabalho tinha sido concluído.

— Que dia. – suspirou Regina dentro do elevador. – Sinto muito por tudo isso acontecer bem no dia do nosso segundo noivado.

Robin colocou as mãos na cintura dela e colou o corpo no dela sorrindo. – Não seria nós se tudo fosse um mar de rosas. Mas, veja pelo lado bom, estamos noivos e você tem a sua mãe novamente em sua vida.

— E descobri que meu pai é um monstro. – baixou a cabeça.

— Olhe para mim, Apple. – colocou a mão no queixo dela para que ela o olhasse. – Não se preocupe, não deixarei que nada aconteça com você e com a nossa filha.

— Eu sei.- lhe deu um selinho.

A porta do elevador se abriu e eles entraram de mãos dadas na creche de Granny para pegar Hope e poderem ir para casa.

— O que ela está fazendo aqui? – Regina parou no meio do caminho e sentiu o seu sangue ferver ao caminhar até a mulher – Tire as mãos da minha filha!

O grito retumbou no andar fazendo todos pararem o que estavam fazendo, Hope que estava no colo da mulher olhou para mãe e jogou os braços em direção a ela.

— Regina, eu... – entregou a bebê a morena que estava prestes a pular em seu pescoço.

— Zelena o que faz aqui? – Robin interveio se colocando no meio das duas mulheres.

— Eu só vim visitar a Granny. Eu não queria. – mordeu o lado da bochecha.

— Não se aproxime mais da nossa família. – o loiro disse firmemente. – Nos deixe em paz.

— Eu... – cruzou os braços olhando para os três.

— Você o ouviu – Regina praticamente rosnou – Dê o fora daqui.

A ruiva não retrucou, deu as costas e saiu de perto deles.

— Granny! – gritou a morena entregando a filha ao noivo.

A senhora de cabelos brancos apareceu sem saber o porquê de tanta gritaria.  – O que aconteceu?

— Se na próxima vez eu chegar aqui e aquela mulherzinha estiver perto da minha filha. – fechou o punho – Essa maldita creche será fechada, e todos pagaram caro por isso. Você está me entendendo?

— Sim, senhorita Mills. – Granny engoliu em seco. – Sinto muito.

— Que não se repita! – Regina pegou as coisas da filha e puxou Robin que apenas deu de ombros para a mulher mais velha.

— Hope parece não ter medo de você. – o loiro olhou para Hope que brincava tranquilamente com os botões de sua camisa.

— Ela é igual a você. – revirou os olhos.

— Você só ataca quando é atacada. – mordeu as bochechas da filha que ria.

XXX

— O que mais falta acontecer nesse dia? – fechou os olhos batendo a cabeça no encosto do sofá enquanto o noivo levava Hope dormindo para o quarto.

— Que tal um banho relaxante? – sugeriu ao voltar e se sentar no sofá no lado dela.

— Seria maravilhoso. – Nem ao menos abriu os olhos.

— Vou fazer. – beijo a testa dela e saiu.

Quinze minutos depois ele retornou para busca-la.

— Seu banho está pronto, Vossa Majestade. – brincou estendendo a mão.

— Obrigada, servo. – riu pegando a mão dele.

— Tudo pela minha rainha. – a olhando nos olhos beijou a mão dela.

— Isso quer dizer que tomará um banho comigo? – levantou a sobrancelha sugestiva – Me deixaria mais relaxada.

— Como eu disse. – a puxou para si – Tudo por você.

Regina mordeu o queixo do homem subindo para beijá-lo com paixão. A roupas foram tiradas rapidamente enquanto eles andavam para suíte sem romper o contato de seus corpos. Ao chegarem próximo a banheira, a morena se afastou sorrindo e entrou o chamando logo em seguida.

Água estava quente e convidativa e Robin não esperou muito para se juntar a ela, após um beijo profundo ele a virou de costas, uma das mãos em volta da cintura, pressionando o corpo nu, o membro ereto, contra as nádegas dela.

Mills estremeceu, erguendo a mão e tocando o rosto dele. Ele beijou o pescoço macio, mordendo de leve, lambendo. Um gemido de prazer saiu da garganta dela, quando Robin tocou um dos seios, acariciando o mamilo contra a palma de sua mão.

— Robin. – gemeu de olhos fechados quando a outra mão dele desceu, deslizando entre as coxas. – Por favor.

Ele a virou, Regina o beijou, o guiando para dentro de si, os dois prenderam a respiração e gemeram ao mesmo tempo, toda a movimentação fez água transbordar e inundar o banheiro, eles não podiam se importar menos.

Os dentes de Robin mordiam a pele macia do pescoço dela, enquanto ela arranhava as costas dele e definia o ritmo, o corpo dela enrijeceu contra ele, gritou o seu nome quando atingiu o êxtase. Com um gemido baixo e rouco Robin atingiu o clímax, gritando o nome dela.

— Agora... – disse sem folego- Estou relaxada.

O loiro riu e a puxou para um beijo lento e apaixonado.

XXX

Uma semana depois os três estavam trajados para irem à festa de aniversário de Belle na casa do Mr Gold.

— Onde está a mamãe? – Regina estava no banco de trás do carro com a filha brincando de esconder o rosto atrás de um pequeno cobertor – Está aqui.

Hope gargalhava todas as vezes que a mãe fazia aquela brincadeira. A pequena pegou o coberto das mãos de Regina e tentou esconder o rosto.

— Onde está a Hope? – pediu a morena rindo e fazia festa quando ela tirava o objeto da frente. – Aqui está ela.

— Chegamos. – anunciou Robin ao estacionar o carro. – A primeira festa de Hope.

— Quem vai dançar levanta a mão –Mills levantou a mão fazendo a menina a imitar. – Coisa linda da mamãe! – a tirou da cadeirinha a enchendo de beijos.

— Eu poderia ficar vendo essa cena pelo resto da minha vida. – o loiro sorriu.

— Nem pense nisso, quero dançar a noite toda. – gargalhou e se curvou para frente para dar um selinho nele.

— Então, vamos lá. – riu e saiu do carro pegando Hope no colo que segurava um coelhinho de pelúcia no qual não desgrudava mais desde que ganhou dos avôs.

Ao entrarem na casa do Mr Gold não repararam na pessoa os observando, se prestassem mais atenção teriam visto o ser misterioso que sorriu e se esquivou entre os carros para a se aproximar da mansão.

— Vocês chegaram. – Belle disse sorrindo e abraçando cada um.

— Feliz aniversário, Belle. – a morena sorriu.

— Obrigada. – sorriu e apontou para o salão – Divirtam-se.

Após o jantar, Regina e Robin dançaram durante meia hora com Hope, que logo se entregou ao sono dormindo no ombro do pai. Quando começou a tocar uma das músicas favoritas da morena a fazendo bater palmas.

—  In My Dreams da Ruth B, eu adoro essa música. – Regina sorriu como uma criança ganhando um presente na manhã de Natal.

— Sorte de vocês que tive a grande ideia de pedir para Granny para praticamente montar a creche dela na sala de jogos. – Belle riu se aproximando deles.

— Você fez isso? – Regina riu.

— Claro, convidei pais e filhos. – piscou – Agora me dê essa bonequinha aqui e vão dançar.

Robin entregou a filha para amiga e puxou Mills para seus braços, a conduzindo no ritmo da música.

— Essa música me faz pensar na gente. – Regina depositou a cabeça no peito dele e fechou os olhos.

— Maybe we'll meet in a different dimension (Talvez nos encontremos em uma dimensão diferente)— ele cantarolou respirando o perfume dela.

 Os dois estavam no mundo deles até a canção acabar e Regina se afastar com uma mão no peito, enquanto uma tempestade se formar do lado de fora, como se o mundo estivesse caindo.

— Apple, o que foi? – Robin pediu preocupado, ela estava ficando pálida.

— Há algo errado. – o olhou assustada e um pouco tonta. – Eu sinto.

O loiro viu quando uma das ajudantes de Granny foi em direção à Belle, ela parecia aflita, após cochichar algo com a ruiva, as duas o olharam em pânico.

— Hope.- ele sussurrou e segurou fortemente a mão de Regina a puxando e desviando das pessoas que dançavam.

— O que? – a morena acompanhou o homem até chegarem à Belle que estava com os olhos cheio de lágrimas. – O que aconteceu?

— Hope... – fungou – Eu...

— Cadê a Hope? – Regina não esperou respostas saiu em direção a sala de jogos com Robin atrás dela e encontrou Granny aos prantos. – Onde está minha filha?

— Ela estava aqui... – apontou para um dos berços improvisados que estava vazio.

— Como assim estava? - Robin exigiu enquanto a morena chegava perto do berço.

— A senhora Belle nos entregou Hope e a colocamos no berço. – disse em soluços – Precisei levar uma das crianças ao banheiro, Cindy teve que ajudar uma criança que caiu, foram apenas alguns instantes.

— Você está me dizendo que a minha filha sumiu? – o loiro gritou passando a mão pelos cabelos.

— Já mandei fazerem uma varredura por toda a casa – disse Mr Gold chegando com a esposa. – Nós vamos encontrá-la.

Robin sacudiu a cabeça, pegando o celular, a família dele era muito influente, faria o impossível para encontrar Hope. O loiro engoliu o medo e se aproximou de Regina que ainda estava parada perto do berço sem falar nada.

— Apple. – sussurrou com a voz tremula.

Com lágrimas banhando o seu rosto, a boca tremula, e segurando o bichinho favorito de Hope nas mãos, Regina se deixou desmoronar no chão seguida por Robin que a abraçou chorando.

— Eu quero a minha filha. – ela juntou todas as forças para gritar o mais alto que podia enquanto o pranto se intensificou.

— Nós vamos achá-la. – ele a abraçou mais desesperado e com medo pela sua pequena.


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Notas finais do capítulo

Sorry os erros... E já podem me contar as teorias e o que acharam.
Obrigada por estarem aqui... s2



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