Sociopath escrita por Deadly Nightshade


Capítulo 4
Ato XX - Ato XXII


Notas iniciais do capítulo

Agradeço muito aos que comentaram, mas fala sério: 1 mil visualizações e 11 comentários? Próximo capítulo só quando houver mais, por favor, né?

Só tem mais um capítulo. E ele tá pronto. Comentários e recomendações = desfecho.
Strawberry, xoxo.



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Ato XX

2 dias antes

Três batidas na porta e, quando ela abre, um borrão loiro e alto quase a derruba. Ela levanta os braços, envolvendo-os em torno de Finnick automaticamente e ele se inclina a testa na dela, abraçando forte.

Ele não consegue realmenve vê-la porque eles são um pouco fora de foco com a forma como eles estão próximos. O verde nos olhos é intensificado pelas lágrimas rasas que tremulam sobre a borda rosada dos seus olhos inchados.

— Eu sinto muito, Finnic — ela sussurra, embalando sua cabeça, e ela pode ouvi-lo engolir de forma audível, e quando ele pisca as lágrimas transbordam e formam uma faixa em suas bochechas.

— Estamos perdidos, Katniss. Estamos perdidos.

Ela o orienta para o sofá, acomodando-o e ocupando-se com fazer chá. Finnick está olhando através da janela quando ela volta, e ela sabe que ele está olhando para algo que ela nunca seria capaz de ver.

Provavelmente não é atencioso com ela, mas ela precisa saber, e ela acha que, conversando, talvez o nervosismo dele acalme.

— O que ela te disse?

Ele balança a cabeça, apenas um movimento rápido antes de fechar os olhos e colocar a cabeça em suas mãos.

— Nada. Ela estava indo se encontrar com alguém na noite em que ela morreu. Ela disse que acreditava que isso iria traze a última peça de que precisava, e ela seria capaz de completar o enigma. Ela não disse absolutamente nada até então. Eu nem sei qual o sexo da pessoa era, embora eu esteja razoavelmente certo de que era o assassino.

— Sim, isso parece provável — murmura Katniss, tentando recordar cada detalhe daquela noite — Ela foi envenenada, certo?

— Sim — Finnick ri, falso e sem diversão alguma. — Em seu próprio apartamento. No jantar. E o assassino nem sequer deixou uma impressão digital. Nós só encontramos os de alguns dias atrás, quando você e eu fomos visitar, lembra? Mal sabíamos que iria tornar-se uma cena de crime mais tarde, obviamente.

Katniss pisca em estado de choque, acompanhando a expressão de Finnick. Há raiva lá, e ódio. Todos dirigida a si mesmo.

— Finn, você não pode se culpar. Você precisa... — Katniss fechou os olhos, sentindo-se quase leve com as informações. Dormente, na verdade.  — Ficar racional e calmo. Essas coisas acontecem. Você me avisou para ele o tempo todo também. Wiress não foi cuidadosa o suficiente, e é trágico, mas não há nada que você poderia ter feito para evitar. Ele teria pegado você também e nós dois sabemos disso. O que precisamos fazer agora é passar por cima de tudo o que ela já nos disse. Deve haver pistas, lá. Você já procurou seu apartamento?

Ele faz um som gutural, de cabeça baixa.

— Não há nada, Katniss. Nada — e ele soa como se estivesse prestas a chorar. — Eu olhei mil vezes, eu tenho ido lá...  Se eu pudesse eu mesmo tomar as memórias da minha cabeça para observar. Eu acho que o assassino vasculhou tudo, mas- ele é um fantasma. E ele vai matar de novo, e de novo, e de novo e não posso fazer nada para impedi-lo.

Desespero é feio. Katniss se sente uma estranha mistura de emoções enrolando em suas entranhas. Ela odeia ver seu melhor amigo assim, e sua cabeça parece que está estourando, como se os vasos sanguíneos estivessem em expansão e pressionando contra as paredes, mas deixando-a insensível ao mesmo tempo. Ela está tão pronta para que isso acabar, para ser capaz de respirar em paz, e não ficar no escuro, com medo e esperando por algo que inevitavelmente virá. E, no entanto, e ainda assim, quando ela solta um suspiro... É um suspiro de de alívio. Alívio, e ele enche os pulmões, dizendo-lhe que este não é o dia em que seu mundo termina, então ela pode continuar.

Sua cabeça ergue-se para cima, como se automaticamente e seus olhos ficam arregalados e seu coração na garganta. Ao lado dela, Finnick olha para cima e murmura uma saudação desorientada. Ela- ela vira e sorri para Peeta, repreendendo-se e tentando colocar o olhar em seu rosto.

Ele parece divertido, e debochado com o modo que ela está: ali, na sala, consolando Finnick.

Eles têm uma briga, mais tarde, Katniss brava com ele porque ele estava escutando a uma conversa privada, assistindo a um momento privado. Peeta é irrisório, desagradável.

— Pobre Wiress — diz ele, e ele soa zombador — e que tragédia é que ela não deixar qualquer informação por trás, certo, Katniss?

— Eu não sei o que você está insinuando — ela grita, sua voz estridente — mas alguém morreu, mais pessoas morreram, e você só parece preocupado com as minhas reações. Você realmente não sente um pouco de empatia que seja? Wiress morta foi uma tragédia e Hijack precisa ser parado!

— Oh, sim — ele ri, dando um passo em direção a ela — ele definitivamente deve ser parado. Parece estar ficando mais ousado e agressivo, não é? Parece estar sempre um passo à frente da polícia. Eu me pergunto como isso pode acontecer.

Ela estreita os olhos para ele, afastando-se, e ele avança um, olhando nos olhos dela.

—Pergunto-me também — ela diz baixinho: — Pergunto-me muito. Ele parece ter relações estreitas e pessoais para as pessoas mais envolvidas no caso, não tem?

— Sim, ele tem — Peeta parece que ele está falando com uma criança pequena, encorajando como ele leva o último passo — uma relação muito próxima. Íntima, eu diria.

Suas costas estão quase contra a parede e agora eles estão quase peito a peito, apenas polegadas entre eles, ambos respirando com dificuldade, mas nenhum recua. Katniss sente que há algo que ela deve começar, sente que está insinuando um monte de coisas, mas ela não consegue colocar o dedo para apontar porque o que Peeta insinua não é sólido.

— Qual é o problema, Katniss? Você parece confusa. — Ele soa piedoso, mas a o tom sarcástico de sua boca trai sua diversão.

Ela levanta a mão e sente o vento da sua palma cortando o ar, com o objetivo de deixar os cinco dedos no rosto dela, mas ele pega seu braço com destreza, e bate na parede.

— Não tão rápido, menina — ele resmunga contra seus lábios, — Eu ainda não acabei com você — E, em seguida, sua boca está reivindicando dela, mordendo seus lábios, suas mãos tocando cada parte do seu corpo que podem atingir, apertando e beliscando e punindo, e quando ele puxa as coxas para cima e Katniss o segue, envolvendo seu corpo com força, com ódio. Com medo.

Ato XXI

1 Dia antes

— O que você está fazendo aqui?

—  Oh — ele sorri — eu estava procurando minha meia. Esqueci-me, no outro dia.

— Sua... meia.

— Sim. Me desculpe, eu deveria ter esperado até que você chegase em casa.

— Sim, você deveria. — Ela retruca. — Eu vou tomar banho agora, então...

Ele lhe olha dos pés a cabeça, então inclina para o lado e dá um meio sorriso.

— Nada que eu não tenha visto antes, não é? Na verdade, se você gostar de alguma companhia...

— Saia do meu quarto, Peeta.

Há uma protuberância suspeito no bolso do casaco de, e ela continua olhando para a porta muito depois de ter fechado.

Katniss deixa cair suas chaves sobre a cômoda, levantando a mão para esfregar os olhos cansados e-

Deus, se você existe- Por favor-

Não.

Ela atravessa a sala em três passos, pegando aquele objeto e puxando-o contra o peito. Sua respiração é cortada, e seu coração está batendo duas vezes mais rápido do que deveria.

É o preto, é o preto, é apenas o preto.

— Você chegou cedo! — Ele exclama. Parando para analisar o rosto, e acrescenta:  — Algo errado?

— Na verdade, sim. Importa explicar isso para mim?

— Oh, sim, eu pensei que era meu diário, mas quando notei que era seu, eu deixei sobre a mesa.

Ela bufa.

Tão atencioso da sua parte. Apenas um pequeno problema, Peeta. Não me lembro de alguma vez de retirá-lo meu quarto.

Ele dá de ombros.

—  Ele estava rolando por aí, Katniss. Eu não li isso, eu juro.

Ela não se incomoda em responder, se vira para o seu quarto, porque a dúvida tem vindo a crescer mais e mais forte nos últimos meses, constantemente incomodando seu cérebro.

Ela se dirige diretamente ao seu armário e, então, cai de joelhos no chão laminado.

As coisas dela estão desaparecidas.

Todas as suas notas, seus detalhes dos assassinatos, dos relatórios, desde as análises das cenas de crime até suas observações.

Ela tinha mantido tudo ordenadamente em um caderno verde e ele não está ali. stá faltando agora. Qualquer um que colocar as mãos sobre ele saberá tudo. E ela tem um palpite muito bom sobre quem poderia ser.

Katniss cai, sentada. Respira rápido demais a ponto do seu nariz doer. Seu cérebro que nunca a traía lembra do artigo. Mais jovem Sherlock. Certo. Não importa de qualquer maneira, não importa, porque Katniss sabe o que ela tem que fazer e ela vai fazer.

Ela é Katniss Everdeen, e ela nunca falhou antes.

Agora, a única coisa que resta a fazer é esperar até que a oportunidade se apresenta.

E atacar.

 Ato XXII

0 dias antes

Seu coração está batendo descontroladamente agora, com as mãos revestida com suor e elas ficam desse jeito, não importa quantas vezes ela limpe nos seus jeans. Ela sabe que é ele, simplesmente sabe. Desde o primeiro momento em que se conheceram, ela tinha percebido que algo estava estranho. Ela só precisa de prova.

Abrindo a segunda gaveta da esquerda ela começa a vasculhar as coisas. É a sua gaveta de roupas íntimas, e suas mãos uma pausa muito mais do que deveriam.

A imagem dele nesta peça, e, em seguida, sem ele...

Parar de pensar nele dessa forma, Katniss! Ela grita consigo mesma. Ela sabe o que é, ela sabe o que ele fez... Traição e assassinato e sangue e tudo gira em torno de sua cabeça. Ela sabe que ele tem, ela sabe-

Suas mãos começam a tremer. Seu lábio inferior começa a tremer e ela não consegue ver mais nada a sua frente porque seus olhos ardiam como o inferno e as lágrimas borravam a visão, deixando-a cega. Sem pensar, Katniss agarrou toda a gaveta e jogou com todas as forças até o outro lado do quarto, gritando.

Deus. Como ela odiava Peeta Mellark.

E quão irônico era pensar em Deus, agora?

Por que foi tão estúpida? Quanto tempo tem ela viveu com ele, quase seis meses? Discutindo política e livros e de matemática e ciências, admirando seu intelecto, avaliando-o, percebendo o quão parecido ele chegou a ser, adorando seu brilho e mesmo assim-

E mesmo assim-

Ela não tinha conseguido imaginar isso.

A porta range, em seguida, e pára de repente. O silêncio assustador fica em seu lugar, mas já era tarde demais, ele já revelou a presença de outra pessoa. E seu corpo trai. Ela permanece, ajoelhado no chão de madeira, com a mão ainda está em seus joelhos, o pulmão ainda exigindo ar por ter gritado enquanto os passos ecoavam no flat.

Um pensamento doentio passou neste exato momento: ela imagina o sorriso, as mãos pálidas, mantendo os ombros curvados para baixo e imergindo de novo e de novo e de novo e de novo e de novo, com o rosto salpicado carmesim, os dentes revestidos vermelho vivo...

É isso! Ela tem o que ela necessita para a bem em suas mãos, sua mente já perfurando e elaborando o uma estratégia em conjunto, planos e execuções perfeitas, recordando todas as anomalias, cada peça de quebra-cabeça e, finalmente, se encaixando e ela sabia disso e ela também sabe o que fazer, sabe exatamente como ela pode fazer parecer, ela é Katniss Everdeen e ela sabe.

Ela pula para cima, olhando em torno de à procura de algo para defender-se, algo para atacar, sua mente catalogando todos os itens no quarto rapidamente, como ele foi treinado para fazer. A cadeira (muito pesado) - nada sobre a cama- nada no desk – a janela era do sétimo andar e uma a lâmpada.

Sua mão já estava chegando no abajur quando seu corpo é arremessado para o lado, sua cabeça batendo no chão e seu dedo mínimo saindo em um ângulo antinatural, fazendo-a arfar de dor. Ela rola, e ele está pairando acima dela. Pânico a domina totalmente, por isso, mesmo sem considerar suas ações, seu joelho empurra-se rapidamente quando sua mão se move para o pescoço dela e ela bate nele com força na virilha.

Ele grunhe e ela salta para cima de novo, adrenalina batendo através dela e apenas um objetivo em sua mente: a lâmpada, a lâmpada.

Ela dá dois passos e então ela está caindo para a frente com um peso que é jogado em torno de suas pernas, seu cabelo está ficando em seus olhos e boca e ela grita enquanto suas mãos batmr no chão pouco antes de seu rosto porque seu mindinho se recusa a fechar. Ela grita enquanto seu cabelo é puxado e ela é virada com os braços agora apanhado nas costas e preso pelo peso de Peeta seu peso corporal sobre a dela.

Sem pensar, ela bate a cabeça contra seu. Forte.

Ele solta ela, brevemente, mas não deixa livre. No entanto, quando ele traz a mão ao nariz, cautelosamente avaliando os danos, ela aproveita a oportunidade.

Em um flash, ele está pairando sobre ela novamente, com as pernas pressionando as dela, seus quadris um pouco acima dela. A fivela do cinto está pressionando dolorosamente em seu ponto fraco. Seus olhos se alargam, em pânico, quando ela percebe algo mais pressionando também.

Ele parece um deus monstruoso, os dentes revestido vermelho com o sangue que flui de seu nariz, alguns de ele cair sobre ela e deixa um gosto de cobre em sua boca, e uma trilha pegajosa em suas bochechas.

Ela faz uma última tentativa, mas desta vez ele a vê com antecedência. Antes que ela possa bater-lhe novamente, as suas mãos já estão presas em torno de sua garganta. Ela arranha o chão, mexe as pernas, tenta levantar-se, como se o precioso oxigênio que ela precisa estará disponível só se ela só consegue subir, tenta desesperadamente pensar, lembrar as aulas que ela teve sobre auto-defesa.

Altima coisa que ela vê é vermelho.

Sabe aquela sensação, aque estado de mal-estar, que lhe diz, grita com você: algo está errado?

Você tenta ignorá-lo, é claro. Você diz-se que está apenas sendo ridículo. Você resisti ao impulso de olhar para trás mais uma vez, e forçar-se a continuar a caminhar, querendo ir mais rápido, mais rápido, mais rápido.

É lá, então, estendendo a mão, quase tocando você, mas você ainda não olha para trás. Você não é capaz de fazer isso. Há um monstro lá, você sabe, mas você tentar ignorá-lo, segurando-se uma esperança infantil, inocente de “se você o ignorar, ele vai embora”.

Não era isso que a sua mãe lhe disse quando aquele menino estava brincando com você? Quando essas meninas eram ruins para você? "Basta ignorá-los", ela sussurrava, "tudo vai dar certo".

Simplesmente ignore. Mas devia ter lutado.

Mas agora. Pare. Imagine isso em vez disso: você não está em um beco escuro ou algum tipo. Você não está sozinho. Não há nada sobre o seu entorno remotamente assustador. Na verdade, é um dia de sol, flores em torno de você estão florescendo, e você está comendo sorvete com seus amigos.

Eles estão levando você para conhecer alguém e você está falando, relaxado.

Isso é quando você sente isso.

O feeling.

Ele faz com que seus cabelos se arrepiem, faz você desconfortável, diz-lhe, grita com você mesmo: algo está errado.

Você olha ao redor um pouco, sente os olhos em você. Quando você encontrar o cara que possui esses olhos, ele sorri para você. Você sorri de volta, reflexivamente, educadamente, e quando seus amigos lhe perguntar o que está errado, você desvia o olhar, nega que há algo errado, minimiza a situação.

Minimiza.

Ignora isto.

Errado.

Você nunca deve ignorar seus instintos.

Pode custar-lhe sua vida.


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Notas finais do capítulo

Até.



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