Parte do seu Acampamento escrita por Chapeleiro


Capítulo 1
Prólogo (Uma espiada no futuro)


Notas iniciais do capítulo

Bom... Olá pessoas, aqui é o Chapeleiro (obviamente). Sejam bem-vindos à minha fic, espero que gostem do primeiro capítulo. Desejos à todos um ótimo dia (ou uma ótima noite, para os leitores da madrugada).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688886/chapter/1

POV Narrador

Olá, seja bem-vindo à "Parte do seu Acampamento". Como está você? Eu sou o narrador desta história. Meu nome? Não tenho um nome, porque não sou uma pessoa, e sim, um conceito. Você pode me imaginar como quiser, e assim eu me tornarei para você. Você pode me mudar enquanto converso com você, inclusive. Posso ser homem ou mulher ou agênero, alto ou baixo, gordo ou magro. Posso ser um deus ou uma deusa, um mago ou uma bruxa, um tritão ou uma sereia, um fae ou uma fada.

Posso ser alguém que você conheça. Posso ser sua mãe, seu pai, seu primo preferido ou mesmo seu gatinho ou cachorrinho de estimação. Posso ser até mesmo apenas uma voz, visível como uma bolinha de luz, ou invisível, dentro da sua mente. Tudo o que importe é que você me imagine, e aqui eu estarei.

Enfim, por enquanto, vamos nos dedicar ao lugar em que estamos. Podemos estar em qualquer lugar que você quiser. Podemos estar em uma praia, em uma biblioteca, em uma tenda indígena, em uma carroça cigana, na casa de um bondoso feiticeiro ou até mesmo no seu quarto. 

Isso não importa muito, contanto que, quando eu começar a contar a história, você se junte à mim, imagine-se nos lugares que eu lhe descrever, e imagine as pessoas sobre quem lhe contarei. Por que, ao fazer isso, você estará dando vida aos personagens, e assim essa história poderá existir.

Ok, acho que já falei demais, não é? Eu sei que você quer começar a história logo. Mas, bom, o que você acha de, em vez de a gente começar pelo começo, como é o padrão, a gente dar uma espiadinha no futuro? Não em um futuro muito distante e inesperado, mas em um futuro próximo, que sabemos que será real?

Parece bom, não? Ok, então venha comigo. Não se preocupe em ficar confuso, no próximo capítulo voltaremos para ver o começo. Pode segurar a minha mão ou olhar nas profundezas dos meus olhos, ou se afundar no brilho da minha voz. Mas entenda que, quando fizer isso, tudo aqui irá sumir, e nosso ponto de vista mudará para o de outra pessoa. Então, vamos lá? Um, dois, três...

—-------------------------------------------------------------------

 

POV Percy

—Você está desperdiçando meu tempo — A horrível criatura em minha frente me encara — Faça logo a sua escolha ou vá embora daqui. Eu sou muito ocupada, não tenho o dia inteiro. Eu te dei um preço, você pode pagá-lo ou sair da minha frente.

Olho para o chão da caverna, fitando minha cauda, e balanço a cabeça para tentar clarear meus pensamentos e entender se aquilo era aceitável. No entanto, Quíron me interrompe:

—Criança, não faça isso, pense no que seu pai diria…

— Não — Eu o interrompo asperamente — Eu já sei o que meu pai diria e é justamente por isso que estou aqui.

—Por favor, Percy — Ele me encara com seus olhos que parecem já ter vivido por mil anos — Seu pai já teve o coração partido com a morte de sua mãe. Pense no que a sua partida faria com ele.

—Você não entende, Quíron — Evito olhar nos olhos de meu sábio professor — Se eu ficar, terei o meu coração partido, e eu nunca poderia sobreviver à isso. Eu preciso dela, da Annabeth, para viver. Eu sei disso agora.

—Mas ela é uma humana, Percy — Quíron me contesta — Ela é uma humana, e você, um tritão. Ela é da terra e você é do mar. Não poderiam ser mais diferentes mesmo se quisessem. Isso é tudo culpa de Afrodite, ela não tem juízo nenhum quando se trata de formar casais...

—Não culpe Afrodite por isso, professor. Eu nunca fui do mar, meu desejo sempre foi ir para a terra, minha alma sempre pertenceu fora desses mares. Só que agora eu finalmente tenho um motivo para sair.

Parecia que Quíron ia me falar uma coisa, mas foi interrompido pela monstruosa criatura, que dessa vez oferecia uma caneta macabra, feita de espinha de peixe, para mim:

—E agora, pela primeira vez — Disse ela, com seus olhos vermelhos brilhando — Você tem uma chance. Só o que precisa fazer é assinar esse contrato. O amor de sua vida está à apenas uma assinatura de distância.

Isso realmente me faz pensar. Por um lado, se eu aceitar, perderei meu maior dom e nunca mais verei meu pai ou meus irmãos novamente. Por outro, se eu não o fizer, jamais serei feliz, pois sempre estarei longe de Annabeth.

Olho ao redor mais uma vez, para ganhar mais tempo, e diversas possibilidades passam por minha cabeça, até que percebo que não há outra opção além da mais óbvia...

—-------------------------------------------------------------------

POV Narrador

Opa, opa. Chega. Já deu por hoje, é muito spoiler por um dia só. Acho que você, conhecendo o Percy como eu, já sabe qual será a decisão dele, não sabe? Bom, mas mesmo que saiba, ninguém pode adivinhar quais serão as consequências dessa decisão, e essa é a graça.

Eu já te mostrei futuro demais por hoje, mas por favor sinta-se bem vindo para voltar quando quiser e ler os próximos capítulos, ou reler esse sempre que te der vontade. Tenha um ótimo dia, e até logo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uau, que rápido. Olhem, eu sei que esse capítulo ficou curto, isso foi proposital, o próximo vai sair logo logo, a não ser que alguém (oi, pai-que-me-manda-dormir-cedo-sendo-que-é-durante-a-noite-em-que-fico-mais-produtivo) me atrapalhe.

Por favor, sintam-se à vontade para comentar, críticas, sugestões, elogios são sempre bem-vindos. Beijos e abraços, obrigado por terem lido esse capítulo. Voltem sempre.