Dia 2 de agosto, terça-feira, 11h00

Konan estava no seu food truck com Sasuke e Itachi. A Akatsuki finalmente havia voltado de viagem e o guitarrista estava louco para reencontrar sua fã. Então obrigou o irmão a levá-lo com ele para o trabalho.

— Senti sua falta. – Admitiu Itachi para Konan.

— Falando assim até parece que você não me ligava todo dia. – Konan sorriu.

— É O AMOOOOOOOR ♪ - Sasuke cantou e recebeu um olhar mortal dos dois – Calma, gente!

— Sem insinuações ou eu te demito por justa causa! – Ameaçou Konan, então Sasuke voltou-se para o fogão.

— Obedeça sua chefe! – Mandou Itachi.

— Mudando de assunto, Konan, você tem notícias da Sakura? – Perguntou Sasuke.

— Quer saber se ela está viva depois do Sasori dormir na casa dela? Sim, ela está. Ele se comportou. – respondeu Konan.

— O Sasuke que me contou que ele tentou se matar. Fiquei assustado. Depois vou fazer uma visita. – Disse Itachi.

— Ele não queria morrer. É tudo joguinho. – Falou Konan.

— Como você sabe? – Disse Itachi.

— A Sakura conhece bem o Sasori. Ele só queria saber se ela ainda se importava com ele.

— E ela se importa? – Perugntou Itachi e Sasuke prestou atenção na conversa.

— Ele dormiu na casa dela, não? Isso quer dizer alguma coisa.

— Você acha que eles podem reatar? – Perguntou Sasuke.

— Se ela tiver juízo, acho que não. Mas não sei porque você quer tanto saber disso se foi você que deu o pé na bunda da minha amiga. Se ela quiser ficar com o Sasori tem esse direito. É SOLTEIRAAAA! – Falou Konan para provocar e Sasuke fechou a cara com raiva.

— Tá.

— Acho que ele não gostou da sua resposta, Konan. – Zoou Itachi.

— Se tá insatisfeito com o que eu falei que vá atrás dela! A Sakura não vai esperar a vida inteira!

[...]

Na casa de Sasori...

— Que cara é essa? – Perguntou Tsunade.

— De preocupação com que os outros vão dizer sobre meu “acidente”.

— Você não deve satisfação para os outros...

— Tem certeza que a imprensa não sabe de nada?

— Você sabe que a Sakura sempre esconde as merdas que você faz...

— No fundo ela me ama, Tsunade!

— Não se iluda, querido! Ela ama o Sasuke.

— Mas ele terminou com ela...

— Isso não muda o fato de que ela ainda o ama.

—Tudo bem. Você sabia que a gente se beijou ontem?

— Ela me contou. Minha sobrinha se importa com você e é normal porque vocês têm uma história juntos, mas ela não deixou de amar o Sasuke. Não quero que você tente se matar de novo se não conseguir o amor dela de volta.

— Ela me proibiu de fazer isso. Vou obedecê-la.

— Não está mentindo?

— Eu posso ter cometido muitos erros, mas prometo não errar mais com a Sakura. Não irei mentir.

— Torço por vocês, menino...

Para Tsunade, Sasori não passava de um menino apaixonado por sua sobrinha. Ela sabia desde o dia que ele bateu sua porta pela primeira vez que Sasori tinha ficado encantado com a mulher de cabelo cor de rosa que reclamava do barulho do som alto. Tsunade observou de perto todo o sofrimento de Sakura após o fim daquele relacionamento e sabia que o ruivo havia sofrido da mesma forma. Era triste observar um amor tão bonito queimar e virar cinzas. Tsunade gostava do que Sasuke representava para Sakura, mas, no fundo, era por Sasori que ela torcia. O produtor musical era como o filho que ela nunca teve.

[...]

Dia 2 de agosto, terça-feira, 13h27

No hospital...

— Como foi com o encosto? – Falou Ino assim que encontrou com Sakura na hora do almoço. Não pudera falar antes, porque passou a manhã toda no centro cirurgico.

— Se eu te disser que o perdoei, você me julgaria?

— Claro! Não me diga que... SAKURA PUTA QUE PARIU! VOCÊ É LOUCA? DOENTE? MAZOQUISTA? GOSTA DE SOFRER MULHER?

— Agradeceria se você parasse de gritar!

— Eu não entendo...

— Ele é tão vítima disso tudo quanto eu.

— Não vejo na posição de vítima um cara que te esbofeteou, tentou estrangular e perseguiu, mas tudo bem... – Disse irônica.

— Ele só é fraco, mas ele está se tratando, Ino! Todo mundo merece uma segunda chance.

— Você transou com ele?

— Não!

— Ainda bem! – Falou aliviada.

— Mas a gente se beijou!

— Caiu na lábia do pilantra! – Disse revoltada.

— Não, mas, depois de me encontrar com o Sasuke, eu percebi que tinha tratado o Sasori muito mal. Então, resolvi tratá-lo com carinho. Afinal, gentileza gera gentileza. Sasori era um cara amoroso antes de surtar.

— Você anda muito mal servida de homem!

— Acha que todos estão falando mal de mim porque acolhi Sasori depois do que ele fez comigo?

— Não vou mentir... muitos estão falando mal da sua atitude, inclusive eu.

— Não vou me importar com o que os outros dizem. Sasori precisa de mim.

— Quando ele te fuder de novo, não diz que eu não avisei está bem? – Ino disse e Sakura riu – O que foi?

— Fiquei pensando nele me fudendo. Foi uma imagem diverdida. – Sakura ria.

— Não foi nesse sentido que eu falei! – Rebateu.

— Desculpe, mas foi engraçado. Minha imaginação está fértil.

— Você acha que tem uma chance de vocês ficarem juntos?

— Acho que não. Mas não vou negar que ele é uma pessoa importante pra mim. O grito de desespero dele por atenção me fez querer trazê-lo para perto, cuidar dele, tratar seu desequlibrio emocional. Dar um pouco de paz pra tanto tormento.

 - Você é uma pessoa boa, Sakura. Torço para que Sasori não use sua bondade contra você.

[...]

— Fiquei surpresa quando você me convidou para ir ao cinema. – Sorriu Konan no fim do expediente no food truck.

— E eu me surpreendi que você aceitou. – Itachi sorriu de volta.

— Pessoal, eu to indo. Itachi, você volta pra casa hoje? – Perguntou Sasuke sem se dar conta que Konan escutaria aquilo. Itachi o fuzilou com o olhar.

— Pretendo, Sasuke! – Falou entre dentes e Konan corou. Ela havia entendido o Sasuke tinha dito com aquilo.

— Tchau! Não vou mais falar nada antes que um dos dois me mate! – Saiu correndo.

— Esse menino é uma figura! – falou Itachi e Konan riu.

— Ele acha que a gente vai...

— É ele acha! Quanta imaginação! – Ambos sorriram envergonhados.

No cinema, assistiram a um filme de terror. Konan achou muito divertido. Itachi parecia bem mais assustado com o longa do que ela. Após a sessão do cinema, jantaram num restaurante simples.

— É sério que você gostou?

— Adorei, Itachi. Faz tempo que eu não tenho um encontro assim.

— Eu também. Faz muito tempo que eu não saio com alguém assim. Ah, tenho uma novidade pra te contar!

— O que?

— Vou me mudar com o Sasuke!

— Sério? Vão pra onde?

— Não muito longe! Vamos para um apartamento maior no mesmo bairro. Agora teremos um apê legal com três quartos! Um vai ser meu, outro pro Sasuke e o terceiro para visitas e quem sabe guardar meus instrumentos.

— O Sasuke vive reclamando que não tem privacidade, então vai ser bom pra vocês.

— Quer ir lá? Eu já to com a chave! – Itachi então tirou a chave do bolso e mostrou.

— Acho que pode ser uma boa ideia.

Itachi abriu a porta do novo apartamento eufórico. Fora ele e Sasuke, Konan era a primeira pessoa que pisava lá. O apartamento era bem maior que a quitinete, amplo, com uma vista deliciosa da praia. Konan correu o olho pela sala vazia e seguiu para a varanda. Itachi a acompanhou.

— É lindo.

— Que bom que gostou!

— Vem! Vou te mostrar os outros cômodos! – Itachi puxou Konan pela mão e a levou para a cozinha, onde ela já planejava dar um jantar quando eles se mudassem. Depois a apresentou ao banheiro, ao quarto de hóspede, ao de Sasuke e por último o seu próprio quarto.

— Espertinho! Seu quarto é o maior! – Falou observando a grande cama de casal que tinha lá. O único móvel que tinha lá.

— O apartamento é meu, sou eu que vou pagar o aluguel, então acho que mereço! – Sorriu de canto.

— E essa cama?

— Comprei ontem. – Ele sussurrou no ouvido dela e Konan se arrepiou.

— Já testou? – Falou com um sorriso malicioso no rosto. Ela sequer tinha beijado Itachi alguma vez na vida, mas já se imaginava naquela cama com ele.

— Vou testar hoje!

Itachi então virou Konan para ele e a beijou com paixão. Ela correspondeu imediatamente e afoita com a situação já foi tratando de desabotoar os botões da camisa jeans que ele vestia. Entre um beijo e outro, eles foram se livrando de cada peça até que ficasse nus em cima da cama. Eles fizeram sexo uma, duas, três vezes. Não conseguiam parar. A mesma Konan que falara uma vez para Itachi que ele era café com leite, estava ali tendo orgasmos com o músico. Ali, Itachi entendeu que Konan temia o tesão que sentia por ele. Talvez fosse uma medida de proteção já que Pain a usara e jogara fora com tanta facilidade. Quando terminaram de fazer sexo, ela apoiou a cabeça no peitoral do moreno.

— Nem nos meus sonhos era tão bom. – Confessou corada. Sentia seu coração aos pulos.

— Então você sonhava comigo? – Itachi sorriu.

— Sim. Odiava, mas sonhava.

— Eu também sonhava com você. – Itachi disse e Konan levou um susto.

— O que?

— Eu gosto de você, Konan. Só não tentei nada antes por causa do Pain.

— Não estraga nossa noite, por favor! Não fale daquele idiota!

— Ignora essa parte e foca na que eu falei que gosto de você!

— Ok. Eu também gosto de você!

— Podemos tentar?

— Tentar o que? – Se fez de sonsa e Itachi riu.

— Namorar ué! Quer namorar comigo?

— Quero! – Sorriu e o moreno roubou um beijo dela.

— Até que não foi tão difícil assim te conquistar...

— Convencido! Acho que o tempo que você ficou viajando me fez perceber que eu não queria você longe.

— E minhas ligações diárias ajudaram também, né?

— Ajudaram, confesso!

— E meu irmão também deve ter ficado buzinando no seu ouvido o quanto eu sou incrível.

— Sasuke te admira muito! E que saber? Eu também! Você saiu da casa dos seus pais para correr atrás do seu sonho, além disso você foi fundamental para que o Sasuke fosse um cara legal também. Você é uma boa influência.

— Fico feliz que você tenha desfeito a sua má impressão de mim.

— Faz quase três anos que eu te conheço, mas parece que só agora eu te enxerguei de verdade.

— Eu fui muito burro de não ter reparado em você antes também.

— Agora que estamos juntos, nossa missão de unir o Sasuke e Sakura tem que ser cumprida com maior empenho pra ter aquele encontro de casais que a gente nunca combinou.

— Verdade! Seremos ótimos cupidos, amor!

— Eiiii do que você me chamou?

— Amor, meu amor! – Falou com um sorrisão e ganhou um beijo.

— Adorei ouvir isso, amor!

 - Só temo a reação do Pain sobre nosso relacionamento...

— Ele não pode falar nada! Ele me largou e está com a Temari. Nós temos o direito de sermos felizes também!

— Eu sei. Concordo com você, mas ele tinha me pedido pra ficar longe de você.

— Onde já se viu... você já ficou longe por tempo demais. Ele vai ter que entender e deixar de ser egoísta.