Fúria da Nerd escrita por Corujinha Maria


Capítulo 9
Nico di Ângelo POV


Notas iniciais do capítulo

Demorei para postar porque esperava que tivesse mais comentários. Por favor, depois de lerem me digam o que precisa ser melhorado, quais os dois dias da semana que querem que eu poste.
Obg a quem leu o aviso e lerá o capítulo.
Beijos doces.
~corujinha-maria.



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Nico di Ângelo POV

         Sai do apartamento com Thalia, teria que ir àquele jantar, ao entrarmos no elevador sem trocar nenhuma palavra ele começa a subir. São doze andares, mas cada andar é Bem alto, os apartamentos tem até escada, ou seja, o prédio é alto e o elevador decide apagar.

         Thalia com seu medo de altura começou a se desesperar, ela nunca gostou de elevadores também e juntar os dois medos...

         Vejo que não terá como acalmá-la, penso em tudo, mas vê-la daquele jeito me dá um aperto no coração, ela estava tento um ataque de pânico, nem respira direito, fui até ela tentar acalmá-la.

         Ela olhou pra mim com os olhos azuis eletrizantes naquele cubículo onde mal havia iluminação, apenas uma da lâmpada de emergência que não fazia tanta diferença. Ficamos nos encarando até que um pouco involuntariamente e um pouco voluntariamente vou me aproximando dela, sentindo sua fria respiração ofegante cada vez mais perto e então sentados no chão do elevador nossos lábios se unem.

         Noto que precisava disso e muito, toda aquela saudade voltava a tona. Sinto que ela não tremia mais, estávamos juntos novamente mesmo que apenas por um instante.

         Beijávamos de modo desesperado, se pudesse nunca teria viajado, nunca teria saído de seu lado. Quando o ar acaba nos separamos.

         - Eu... - tento dizer algo com a respiração ofegante mas não tenho o que dizer, nossas testas estavam coladas e enquanto pensava em algo ela me surpreendeu. Ela me beijou novamente.

         A prensei na parede do elevador, ela enlaçou suas pernas em minha cintura e sentei com ela em meu colo.

         Ficamos lá nos beijando até o fôlego faltar.

         - Estava com saudade. - digo meio receoso, não sabia qual seria sua reação já que é meio impossível prever isso nela.

         - Foi você que foi embora. - diz olhando para o outro lado.

         - Ei! - chamo acariciando seu cabelo - Eu não vou embora novamente, nunca quis ir.

         - Mas foi. - diz ela com a voz embargada e se levantando.

         - Mas eu não queria, nunca quis. - digo prevendo uma briga.

         - Mas foi. - grita ela. - Foi e nos deixou aqui, não se importava mais com ninguém daqui, só de lá.

         - Eu me importava sim, e ainda me importo. mas vocês se esqueceram de mim, fizeram outras amizades. - digo me defendendo, estávamos cada um em uma parede do elevador.

         - Não estava aqui no 50 Ano, eu fiquei sozinha.

         - Mas não está agora. Já passou da hora de perdoar Percy... - digo me aproximando - ...ela é o mesmo de antes.

         - O mesmo? Ele jogou suco na Annabeth porque esbarraram, e ela ainda se desculpou. - diz.

         - Ele só está com medo de ficar sozinho. - digo.

         - Igual vocês me deixaram? - pergunta para me calar.

         - Nunca mais deixarei, acredite em mim. - digo acariciando seu rosto.

         - Não! - fala tentando sair, porém eu seguro seu braço.

         - Já cansei de discutir. - digo a beijando.

         No começo ela tenta resistir mas depois acaba cedendo, a prenso novamente na parede do elevador para que ela não possa fugir, até que do nada o elevador acende e volta a funcionar.

         Paramos de nos beijar e Thalia sorri:

         - O elevador voltou!

         - E nós? - pergunto.

         - Que nós? Não existe "nós", Nico. Ainda não entendeu isso? - diz e sai quando a porta do elevador se abre.

         - Argh! - bato na porta do elevador e o aguardo descer. - Ainda vai ter nós, Thalia, você verá.

         Entro no apartamento que agora voltarei a chamar de lar e encontro uma Bianca desesperada.

         - Onde você se meteu? - grita. - Temos que desfazer as caixas.

         Quando eu me mudei, eles também. Só que eles mudaram de prédio e eu fui um pouco além. Agora todos voltamos e a mudança veio junto.

         - Vá se arrumar, quando voltarmos não quero desculpas, você vai desfazer todas as suas caixas. - disse Bianca brava, brava de verdade.

         - Okay, mamãe!

         - Não teste minha paciência, mocinho! - disse batendo os pés com as mãos na cintura.

         Deu risada e subi correndo antes que ela me batesse. Me arrumei e quase na hora de ir desci novamente.

         - Vamos. - disse ela já saindo.

         Apaguei todas as luzes, sai, tranquei a porta e entrei no elevador que ela segurava impacientemente.

         - Quem foi? - pergunto.

         - Quem foi, o quê? - pergunta confusa.

         - Que te deixou assim, você não ficaria tão mal humorada apenas pelas caixas, alguém fez alguma coisa. - digo.

         - Não foi nada, apenas estou cansada. - diz com a voz mais "triste", mais cansada.

         - Vou fingir que acredito hoje, apenas por conta do jantar. - digo me lembrando que terei que ficar com Zeus durante a refeição.

         - E o que aconteceu com você? - pergunta.

         As portas do elevador se abre e saímos:

         - Não aconteceu nada. - digo tocando a campainha.

         - Finjo que acredito hoje. - diz.

         - Essa fala é minha. - digo mostrando a língua para ela, que devolve meu gesto infantil.

         E então a porta é aberta por Thalia.

         - Bi! - dá um abraço na amiga e a puxa para dentro me ignorando completamente.

         - Cadê o Jason? - pergunto.

         - Já chega. - responde ela fechando a cara, mas logo volta a sorrir e a conversar com Bianca.

         Quando éramos pequenos Bianca estudava em outra escola em outro horário, então acabava não sendo tão próxima assim de nós.

         Sento no sofá da sala, ligo a TV e fico lá, as meninas subiram para o quarto e eu estou sozinho, até ouvir a mesa começar a ser posta e um breve cheiro de queimado.

         - Não! - diz a empregada se dirigindo a cozinha rapidamente, vou atrás para ver se está tudo bem e a encontro dando bronca em outra empregada por ter deixado o jantar queimar.

         - Está tudo bem? - pergunto.

         - Desculpe me, senhor. O jantar será servido pontualmente como previsto.

         - Não me chame de "senhor". - peço. - vejo que a comida queimou.

         - Não se preocupe, está tudo sob controle. - diz nervosa, deveria ter medo de que eu relatasse a Zeus.

         - Eu só quero ajudar, sei cozinhar e a sala está um tédio. - digo.

         Ela suspira e depois de tentar convencê-la mais um pouco ela se rende e me deixa ajudar. A empregada que queimou a comida se chama Patrícia, ela foi lavar a louça e jogar o queimado fora.

         Arregaço as mangas da blusa social que estava usando com os dois primeiros botões abertos e começo a cozinhar. Não sairia uma coisa muito magnífica, mas já era algo comestível. No fim optei por um arroz à grega, salada e frango grelhado.

         Tereza, a empregada mais velha põe a mesa e pontualmente conseguimos salvar o jantar, sim "conseguimos" pois eu ajudei pra caramba.

         - Nossa! - diz Thalia entrando na cozinha, junto com Bianca e nossos pais. - Nunca comi algo assim mais simples. Gostei!

         Mal sabia ela que eu havia cozinhado.

         - Me parece ótimo. - disse meu pai. Zeus fuzilava as empregadas com os olhos, se meu pai não gostasse ele as matava.

         Sentamos para comer, começaram a me perguntar sobre a França e como tinha história para contar acabei não me importando. Jason que chegou em cima da hora ouvia atentamente e fazia comentários. Lá eu estava feliz tirando algumas coisas, jogava com os meninos nas ruas, passeava, ia a Veneza e ajudava os barqueiros, cada semana fazia uma coisa diferente.

         Até que comecei a contar de uma menina que conheci lá, Thalia e Bianca param de conversar e Bianca me dá um pisão no pé. Para vocês entenderem, estava eu e Bianca ao meu lado de frente para Jason e Thalia, nas pontas meu pai e Zeus. Era não se juntos a nós e que é excelente.

         - Nós acabamos não nos envolvendo, sabia que voltaria pra cá este ano e seria melhor assim. - digo concluindo a história.

         - Mas você voltaria por ela? Ficaria lá? - pergunta Zeus.

         Vejo Thalia prestando atenção redobrada no momento e me encarando como todos da mesa.

         - Acho que não. - digo e a vejo com um sorrisinho no canto dos lábios. - No fundo éramos apenas amigos mesmo, não sei se duraríamos e alguém se machucaria. Foi até bom que não.

         Assim o assunto França se é encerrado. Começo a falar com Jason coisas aleatórias e Bianca com Thalia. Nossos pais falam sobre negócios porém é complicado com nossas conversas paralelas.

         - O jantar estava excelente, Zeus. - elogia meu pai. - Mas acho que já deu a hora de ir.

         - A Bianca bem que podia dormir aqui. - diz Thalia.

         Zeus olha para Hades que olha para Bianca que olha para o chão e assente. Eu vou embora com ele pois não ficaria com as garotas e Jason aproveita e vem comigo, elas tagalerariam a noite toda.

         - Vejo que voltou como era antes. - diz Hades observando a troca de casas.

         - Concordo. - diz Zeus.

         Nos despedimos e entramos no elevador.

         Mal chegamos e Jason já começa a me encher de perguntas, acho que a nossa noite será mais longa que a das meninas.


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