Fúria da Nerd escrita por Corujinha Maria
Nico di Ângelo POV
- Foi o seguinte... - tentei começar a explicar para Percy e Annabeth. - Vamos desde o começo.
Flashback ON
Segunda-feira, o Leo me encontrou na porta do colégio e me passou o telefone de uma menina que dizia me conhecer e estava me procurando na festa.
Chegando em casa, fui falar com Thalia.
Quando eu...
Flashback OFF
- Só uma dúvida. - disse Annabeth. - O que você foi falar com Thalia?
- Qual é! - reclama Thalia.
- Ué! Todos os fatos podem ser importantes neste tribunal. - diz Annabeth parecendo uma juíza/advogada.
- Eu fui chamar ela pra sair. - responde sentindo meu rosto corar um pouco.
- E... ? - pergunta Annabeth querendo que continuássemos.
- E eu disse sim. - fala Thalia sem paciência. - Posso ir agora? Nem sei porque estamos aqui.
- Continua, Nico! - diz Annabeth agora mais animada.
Flashback ON - novamente.
Quando voltei para casa, decidi ligar para o número que Leo me passou.
E quando liguei, reconheci a voz rapidamente.
- Calipso? - pergunto na ligação.
- Sim, quem é? - questiona pelo telefone.
- Nico. - respondo.
- Meu Deus! Nico, eu estava te procurando. - fala com o ar um pouco desesperado.
- Aconteceu alguma coisa? - pergunto preocupado.
- Algumas, onde posso te encontrar? - indaga.
Eu falo o endereço e deixo avisado para o porteiro que ela viria ainda hoje. Alguns minutos depois escuto a campainha tocar e apenas grito: "Entra!"
Fico surpreso ao ver Thalia.
- Estava esperando outra pessoa? - pergunta escorada na porta. - Okay. Eu já vou.
- Não! Fica. O que aconteceu? - pergunto, nunca que ela viria aqui assim, sem mais nem menos. Tinha que haver um motivo.
- Bem, eu queria saber para onde a gente iria. - diz.
- Surpresa! - falo a fazendo fechar a cara, imediatamente.
- Detesto surpresas, fala logo. - diz ríspida.
- Noop! - finjo fechar um zíper sobre os meus lábios, trancar o cadeado e jogar a chave fora.
- Se você não vai falar, eu não vou mais. - fala cruzando os braços.
- Calma! - peço, agora que eu a tinha feito aceitar não poderia perder a oportunidade. - Deixe-me fazer esta surpresa, só essa, pelo menos.
- Só essa! - responde ao meu pedido autoritária. Acho que se fizesse outra ela me bateria.
Então ela vai embora sem ao menos dar um "Tchau", batendo a porta. Quando abro a porta para alfinetá-la, perguntando se era sua geladeira, dou de cara com Calipso saindo do elevador sorrindo e correndo para me abraçar.
Agora que eu estou morto, ela apenas me mandou o seu pior olhar, que faria qualquer um ter calafrios. Uma vez que a porta do elevador se fechou, achei melhor nem pensar no quão brava ela ficaria, ou melhor, na quantidade de Nutella que eu teria que dar à ela.
- Então? - pergunto a Calipso, para ela começar a falar.
Nos sentamos no sofá e ela começa a me contar o que aconteceu:
- Como você sabe, meus pais morreram quando eu era bem jovem, e minha vó me levou para a França consigo e me criou. Semana passada ela começou a ficar muito mal, um dos vizinhos me ajudou com tudo que precisava.
"Até que ela faleceu. No jardim de nossa casa, por sua escolha, queria morrer olhando o pôr do Sol e as flores que cultivava a vida toda."
Vi que logo ela não conseguiria mais segurar o choro e apertei levemente a sua mão, dando sinal de apoio. Ela respirou fundo e continuou:
- Este vizinho me ajudou com o enterro e bem, não tenho mais parentes acima da terra. Eu herdei tudo, consequentemente. A casa estou pensando em colocar para alugar, é muito grande e tem muitas despesas. Mas preciso de ajuda e um lugar para ficar até então. - pede.
Penso um pouco em uma solução e respondo:
- Bom, você pode ficar um tempo aqui, eu falo com meu pai. E a casa, seu vizinho pode ajudar a colocá-la para alugar, mas você vai precisar de outra, um colégio e mais futuramente uma faculdade. Você precisa escolher onde morar.
- Já escolhi. - diz decidida e eu arqueio as sobrancelhas. - Aqui em Nova Iorque.
- Mas, tem certeza? - pergunto.
- Sim. Estou sozinha agora e quero recomeçar. - diz.
- Sabe que pode contar com os amigos. - falo tentando dar um apoio.
- Eu sei. E sou muito grata a isso. - disse me abraçando.
Flashback OFF
Enquanto falava algumas coisas eu via Thalia ficar vermelha de raiva, mas resolvi continuar antes que o Percy dormisse de vez e começasse a babar em tudo.
Flashback ON
Calipso estava passando a semana aqui, eu estava tentando ajudá-la a achar um lugar e meu pai a ajudava com o colégio, explicava o que aconteceria daqui para a frente. Ela é mais velha e fará 18 este ano, então terá que assumir muitas responsabilidades de uma vez só.
Ela está aguentando como pode.
Acordo com a droga do meu despertador e decido ir tomar banho, estava tudo bem.
Vou à escola, continuava tudo "Ben10".
Porém quando voltei para casa as coisas começaram a mudar. Eu havia combinado com Thalia de que amanhã, na sexta, nos encontraríamos na competição de Percy e depois sairíamos.
Eu queria fazer uma surpresa, mas acabei surpreendido.
Cheguei da escola e fui tomar banho para relaxar, ouço a campainha tocar, mas nem me preocupo, Calipso atenderia, e outra, deveria ser apenas Bianca que havia esquecido a chave como de costume.
Eu ouvi apenas dois gritos, terminei o banho rapidamente, coloquei apenas a cueca e uma calça, e desci correndo.
Acontece que não era Bianca, e sim Thalia. E para piorar a situação, Calipso estava de pijama, que era digamos, uma camisola.
Confesso que até gostei de Thalia com ciúmes, mas quando vi a marca vermelha na cara de Calipso que tentava esconder, fui ir tirar satisfações com Thalia, mas recebi um tapa também antes que pudesse dizer algo.
- Nunca mais fale comigo! - grita furiosa e sai do apartamento batendo a porta.
Decido deixá-la se acalmar um minuto e ver como Calipso estava.
- Não foi nada, apesar dela ser bem forte. - diz passando a mão no rosto. - Ela achou que eu tinha dormido com você, eu tentei explicar, desculpa.
- Tudo bem, ela sempre foi explosiva. - respondo me lembrando de quantas vezes ela já não havia me batido.
- Foi por causa dela? - pergunta.
Franzo o cenho:
- Dela o quê?
- Que você não quis ficar comigo. - diz abaixando a cabeça.
- Não seria justo, eu gostava um pouquinho dela, e iria embora em algumas semanas, não poderia fazer isso com você. - digo.
- Você sempre foi um fofo! E eu estragando o romance. Deus! Sou uma pessoa horrível. - diz com a cabeça entre as mãos.
- Fica calma, eu vou descer e ver como ela está. Sugiro que se troque. - falo.
- Posso ir com você? Queria pedir desculpas por alguma coisa. - diz.
- Estarei no apartamento do último andar. Se você não ouvir nada, chama o Percy do andar debaixo e diz que ela me matou. - dito isso, saio e a deixo rindo.
Não, eu não vesti a camisa se é o que quer saber.
Chegando lá, foi vaso voando, ela gritando que estavam a traindo novamente.
Eu nunca pensei que ela ficaria magoada com certas coisas, mas os melhores amigos a deixando na infância, a traumatizou.
Depois de conseguir segurá-la, Calipso chega. E aí que piorou, ela queria voar pra cima dela. Eu me arrependi de não ter posto a camisa, o tanto que ela me arranhou, nem sabia que ela deixava a unha crescer.
Até que ela se cansou e desceu, fui atrás e acabamos discutindo, Calipso era nossa platéia.
Discutimos, nos beijamos, e isso acarretou mais discussões ainda, até descermos e darmos de cara com Percy e Annabeth.
Flashback OFF
- Que por um acaso são vocês. - termino de falar.
- Thalia. - chama Percy. - Ele não teve nada a ver com aquilo, e não foi sua escolha ir embora, se soubesse o que eu sabia aquela época sobre que aconteceria. Se pudesse escolher ele teria ficado. Eu cometi a burrada, me julgue, não aos outros.
Parece que por uma vez na eternidade ele disse algo... bom.
- Não te culpo, até entendo um pouco certas coisas, mas aquilo não acontecerá novamente. - ela se levanta mas antes deixa um aviso. - Está declarado.
Agora que ferrou. Annabeth se levanta e a acompanha.
- O que está declarado? - pergunta Calipso.
- Guerra. Trollagens, tudo. - respondo.
- E ela levou a melhor estrategista junto, desculpa cara, mas você morrerá. - diz Percy.
- Nós. Você vai comigo nem que a vaca tussa. - falo.
- Na verdade, eu tenho que treinar. Competição amanhã. - diz se jogando na piscina.
Okay, acho que já é hora de ficar apavorado. E pedir ajuda à Silena, para tentar acalmar a Fera e reconquistá-la. E farei isso, nem que seja a última coisa que eu faça.
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