P.O.V. Murdo.

Ela é incrível. Nós conversamos e passamos momentos significativos juntos.

Silvânia Cullen Mikaelson é a garota mais maravilhosa do mundo. Ela é carinhosa, receptiva, criativa, sorridente, linda, saltitante e terrivelmente talentosa.

—Silvânia?

—Murdo?

—Sim. Sou eu.

—O que está fazendo aqui na escola?

—Eu vim por você.

—Por mim? Porque?

—Porque eu...

Estalei os dedos e os meus empregados vieram com vários buques de rosas vermelhas.

—Porque eu estou perdidamente apaixonado por você Silvânia Cullen.

Ela ficou de queixo caído.

—O seu cabelo é tão bonito. Posso tocar nele?

—Tá.

A pobrezinha estava em choque. Ela estava com aquele uniforme de internato que a fazia ficar ainda mais sexy.

As meias três quartos, a saia de prega, blazer com o emblema da escola e blusa social por baixo. Os seus longos cabelos ruivos estavam presos num penteado estilo medieval. Um prendedor segurava-os para trás.

—O que foi?

—Você tá linda nesse uniforme.

—Obrigado.

Ela abaixou a cabeça e suas bochechas ficaram levemente rosadas.

—Me desculpe, não queria constrangê-la.

—Tudo bem.

Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

—Lindo colar.

—Obrigado. Presente da minha mãe.

—Tem verbena dentro não é?

—É. Impede que me controlem e eu bebo se quer saber. Se tentar alguma coisa meu pai mata você.

—Relaxe, não sou burro de enfrentar um original.

—Isso quer dizer que se eu não fosse filha de um original iria tentar me forçar?!

—Não! Porque as mulheres sempre entendem tudo errado?

—Como assim?

—Vocês falam mais palavras por minuto do que nós falamos durante toda a nossa vida!

—Isso é ligado ao gênero. Em compensação se derem um carro na minha mão e me mandarem ir pro centro da cidade eu saio do carro e vou de ônibus.

—Porque?

—Porque eu não sei chegar em lugar nenhum. Á propósito obrigado pelas rosas. Eu adoro rosas, mas prefiro as brancas.

—É bom saber disso.

—E na próxima traga apenas um buquê, porque elas morrem longe da terra.

Ela olhou para as rosas com pena. 

Uma outra garota vem correndo, bom correndo de salto até nós.

—Oi Ella!

—Como é que você faz isso?

—É tipo um sexto sentido.

—Legal. E você quem é?

—Murdo Dako.

—Prazer. Esse ai é o seu nome mesmo?

—É sim.

—Cara, to morrendo de pena de você agora.

Ella me deu as costas e se voltou para Silvânia.

—Adivinha?!

—O que?

—Se você não tentar adivinhar não tem graça!

—Hum, descobriram a cura por câncer?!

—Não! Eu sou igual a você! Sou uma dividida!

—O que? Fale minha língua por favor.

—Também sou metade aquela palavra com V.

—Brincou né?

—Não. Sou adotada e tenho visões, visões do futuro.

—Legal. A minha mãe e a tia dela tem isso também.

—Mas, nós vamos sair no sábado?

—Não. Pelo menos não á tarde, eu chantageei a minha irmã e ela vai ter que ir fazer compras comigo.

Ela fez uma dancinha da vitória.

—O que usou contra ela?

—Se eu fosse com ela no show da banda dele...

Silvânia apontou pra mim.

—Ela teria que ir fazer compras comigo.

—Onde vai levar ela?

—Naquele shopping que tem a cascata de chocolate gigante.

—Eu adoro aquela cascata!

—Eu não.

—Porque não Sil?

—Porque me da vontade de fazer xixi.

Sussurrou ela fazendo uma careta logo em seguida.

Tive que rir.

—Mas, fala ai a roseira da sua mãe vomitou na escola?

—Não. Só que tem um carinha que tá afim de mim e foi muito fofo fazendo isso.

—Foi você?

—Sim porque?

—Porque você não me parece o tipo de cara que faz uma coisa dessas.

—Nunca julgue um livro pela capa.

—Vamos sair sábado á noite então?

—Claro.

—Posso levar vocês a minha boate favorita.

—É melhor não.

—Porque não?

—Primeiro: Temos os corações pulsantes e segundo: queremos dançar.

—Acha que não dançam onde eu vou?

—Você canta heavy Metal querido. Os seus amigos ouvem esse tipo de música correto?

—Sim, mas...

—Olha, melhor não discutir gosto musical comigo Murdo. Somos diferentes demais nesse quesito.

—Você acha?

—Com certeza. Eu gosto de Britney Spears, Christina Grimmie, Christina Aguilera e você faz mais o tipo Metálica e System Of A Down. Eu toco piano e arpa francesa, você toca guitarra elétrica. 

—Sei que a diferença é gritante, mas acho que é isso que me faz te amar mais.

—Opa! Espera ai, meus pais me ensinaram que falar eu te amo pra alguém é algo muito sério. Amor e paixão são coisas diferentes, Murdo Dako.

—Eu estou muito apaixonado por cada pedacinho de você. Foi amor á primeira vista, eu juro.

Puxei-a pela mão e a abracei. Nós ficamos colados um no outro até o sinal bater e romper a nossa bolha de amor.

—Temos que ir.

—Pelo menos podemos tentar. Experimentar coisas novas é bom.

—Tudo bem, mas se não gostarmos você nos leva embora feito?

—Feito.

Uniforme da Silvânia.