Percy logo saiu de cima de Annabeth e os dois se sentaram direito no sofá. Enquanto isso os mesmo coravam mais que um tomate e tentavam não se encarar e muito menos virar a cabeça para encarar Sally Jackson.

—E-Eu... - Sally não sabia ao certo o que falar.

Depois de algum tempo, Poseidon explodiu de rir.

—Poseidon! Isso não tem graça nenhuma!- Sally deu um tapa no ombro de seu marido que gargalhava descontroladamente.

—Sua reação só aumenta a graça!- Exclamou Poseidon gargalhando, feliz. Ele estava amando tudo aquilo! Era tão engraçado!

—Minha reação!? Minha reação é a de menos! Você viu como eles estavam no sofá!?- perguntou Sally incrédula olhando pro seu marido que estava parando de rir aos poucos.

—Tinha como não ver!?- Exclamou Poseidon dando mais umas gargalhadas.

—Poseidon!- Sally deu outro tapa no ombro de seu marido.

Poseidon gargalhou por mais algum tempo e era tudo que se ouvia na sala e provavelmente na casa toda, já que, ele ria alto. Mas quando parou de rir ele respirou fundo e encarou sua esposa, que ainda o fitava incrédula.

—Querida. - Poseidon começou - Eu sei que você acha que seu filho é um santo. Mas ele também é um adolescente de 16 anos. Essas duas coisas são opostas. - Poseidon disse e depois começou a rir.

—Poseidon! Isso não tem graça!- Sally estava começando a ficar com raiva.

—Pra min tem!- Exclamou Poseidon gargalhando.

Sally cruzou os braços e encarou Poseidon seriamente. Notando isso, Poseidon logo parou de rir e deu um sorriso aberto para a sua esposa.

—Querida, só estou brincando. - Poseidon disse sorridente. - Nem tanto...- ele murmurou, mas felizmente Sally não ouviu.

—Eu sei, mas... Mas não tem graça! Isso é uma coisa séria! - Sally virou a cabeça e encarou as nucas cabeludas dos dois adolescentes que estavam sentados de costas pra eles no sofá. - Vocês... Vocês são muito novos!

—16 anos... Pra eles nem tanto. - Poseidon murmurou novamente.

—E se as coisas fica-sem mais sérias!? - perguntou Sally e não se ouve respostas dos adolescentes. - Hum!? Estou falando com vocês.

—Sally, não aconteceu nada. - Poseidon colocou as mãos nos ombros de Sally. - Eles são só adolescentes, e Annabeth é uma garota esperta.

—Mas...- Sally foi interrompida por Poseidon.

—Querida, já esqueceu sobre a sua festa de quinze anos?- Poseidon Apelou e Sally corou violentamente.

—Poseidon!- Sally sussurou alto.

Poseidon riu e sorriu abertamente para sua esposa.

—Vamos, vamos para o segundo andar. - Ele sorriu.

Sally queria dizer mais algumas coisas, mas com Poseidon empurrando ela para perto da escada e logo depois subindo as escadas com ela enquanto ria feliz, fez com que ela apenas bufa-se e concorda-se com seu marido, por mais que não gosta-se da ideia.

Os dois adolescentes ficaram na sala, e ao ouvir uma porta se fechando no segundo andar - provavelmente a porta do quarto dos pais de Percy - largaram o ar que estavam prendendo e tentaram ao máximo não ficarem mais envergonhados, mas estava difícil.

—Eles não voltavam só de noite?- Annabeth perguntou irônica virando a cabeça para fitar Percy, que sorria sem graça.

—Foi o que me disseram. - Ele riu sem graça.

—Hum. - Foi tudo que Annabeth disse.

Annabeth virou a cabeça pra frente e voltou a encarar o chão. Seu rosto ainda estava quente e ela ainda sentia o nervosismo correndo em suas veias, como se mais alguma coisa pudesse dar errado.

—Quer subir?- Percy perguntou. Ele não queria dizer no sentido de querer que alguma coisa quente rola-se no quarto dele, mas sim no fato de deixar a sala e, talvez, deixar o nervosismo naquele sofá.

Annabeth entende e desejava deixar o nervosismo naquele sofá assim como Perseus, então apenas assentiu e se levantou junto com ele.

Os dois deixaram a sala desviando da bolsa que estava no chão e logo foram para as escadas, aonde eles começaram a subir calmamente. Parece que o nervisismo se levantou do sofá também e seguiu eles.

Quando os dois estavam no segundo andar, Annabeth deixou Percy andar a frente para que ela pudesse segui-lo e assim fez. Depois de alguns passos eles entraram em um quarto e logo, tudo que Annabeth viu, era a cor azul.

A roupa da cama era azul, as cortinas eram azuis, o tapete era azul, tudo era azul! Menos a porta, o que surpreendeu Annabeth.

—Azul...- Annabeth deixou escapar baixinho.

—O que?- Percy perguntou a fitando confuso.

—Nada. - Annabeth forçou um sorriso e adentrou o quarto.

   Percy fechou a porta e isso deixou Annabeth meio tensa, mas ela tentou ignorar que estavam em um quarto sozinhos com a porta fechada.

—Então... Como foi o seu dia?- Percy perguntou. Ele não sabia ao certo o que falar depois daquela cena totalmente envergonhosa.

—Foi legal. - Annabeth sorriu de verdade enquanto Percy se jogava no puff dele. Que também era azul. - Conversei bastante com Silena, Hazel e Píper. E o seu?

—Chato. Senhora Dodds me deu uma advertência por comer chiclete em sala de aula. - Ele revirou os olhos.

   Annabeth deu um pequeno riso. Pelo menos a senhora Dodds do sonho não era tão diferente da que existia na vida real.

   Percy sorriu e logo disse que Annabeth podia ficar a vontade no quarto dele.

   Depois que Annabeth se sentou na ponta da cama de Percy eles acabaram começando a conversa sobre a Senhora Dodds, o que fez os dois darem várias risadas.

   Para Annabeth estava sendo muito agradável a conversa, e ela achava que nunca tivera uma conversa tão longa com Percy na vira real. E para melhorar, depois eles conversaram mais ainda sobre diversas coisas.

   Todos os assuntos faziam ambos ficarem com sorrisos estampados no rosto. E era qualquer assunto mesmo! Podia ser sobre pessoas, aulas, dia a dia, comida, histórias antigas e até sobre a cena que tiveram ainda agora no sofá! Estava sento tudo muito engraçado e divertido de conversar.

   Mas enquanto Annabeth estava se divertindo bastante, Percy estava começando a ficar confuso. Annabeth parecia... Diferente. Mas claro, o cabeça de alga acabou esquecendo esse pensamento depois de algumas palavras que Annabeth disse sobre o Starbucks.

   Só depois de muito tempo - bota tempo nisso - Annabeth acabou se lembrando da existência de sua mãe no sonho. Podia estar apenas sonhando, mas ela aposta que mesmo em um sonho sua mãe jamais deixaria ela se atrasar para um jantar.

   Ela passou os olhos pelo quarto em busca de uma janela para confirmar se já tinha escurecido enquanto ouvia algumas risadas de Percy e logo viu a janela atrás do mesmo. Ela percebeu que realmente já estava escuro e suspirou, a conversa estava boa mas ela tinha que ir.

—Eu tenho que ir. - Annabeth anunciou se levantando.

—Ah... - Percy ficou um tanto decepcionado, mas sorriu. - Então tá. Nos vemos amanhã.

   Annabeth percebeu que Percy continuou no seu puff, ou seja, ela provavelmente não seria acompanhada até a porta da frente lá no primeiro andar, mas tudo bem.

—Até amanhã. - Annabeth sorriu e caminhou lentamente até a porta do quarto.

   Antes que Annabeth pudesse abrir a porta e sair do quarto azul de Percy, ela ouviu o dono do mesmo dizer algo um tanto distante.

—Eu te amo. - Percy disse com um sorriso bobo no rosto enquanto observava Annabeth com os olhos.

   Annabeth congelou. Sua mão congelou antes que ela pudesse girar a maçaneta. Ela não sabia se respondia ou não. Um frio na barriga surgiu e logo raios de nervosismo passeavam pelo corpo dela.

—E-Eu também te amo. - Annabeth assentiu girando a maçaneta e saindo logo em seguida do quarto enquanto fechava a porta atrás dela.

   Annabeth respirou fundo e passou as mãos pela cara. Será mesmo que era verdade? Será que Annabeth realmente gostava mais de Percy do que amigo? Será que...

—Annabeth!- Poseidon exclamou saindo de trás da porta que tinha em frente a porta do quarto de Percy.

—Poseidon. - Annabeth sorriu meio nervosa. - Tudo bem?

—Sim, sim. - Poseidon sorriu, feliz. - E com você? Aliais, desculpe Sally mais cedo. Ela acha que vocês são santos. - Poseidon gargalhou feliz e Annabeth corou levemente.

—Es-Estou bem.

—Que bom! - Poseidon sorriu.

   Os dois ficaram se encarando meio sem o que dizer por um certo tempo, e aquilo estava incomodando.

—Então... Eu vou indo. - Annabeth sorriu.

—Claro! Bem, espero que você venha aqui mais vezes Annabeth. - Poseidon sorriu. - Acompanho você até a saída. - Ele afirmou e Annabeth assentiu.

   Eles caminharam até as escadas e logo depois desceram as mesmas em completo silêncio. Quando chegaram no primeiro andar os dois foram direto para a porta, a onde Poseidon abriu ela pra Annabeth e a ex-loira saiu da casa dos Jackson se virando para se despedir de Poseidon.

—Bom, espero não ter... ahn... Espero que vocês não me odeiem. - Annabeth corou. Ela não sabia se deveria se desculpar ou algo do tipo, mas deveria ser o mínimo depois da reação de Sally. Poseidon riu.

—Eu que peço desculpas em nome da minha esposa. - Poseidon riu. - Mas não se preocupe, ela vai ignorar isso quando você e Percy tiverem nossos netinhos. - Poseidon riu e Annabeth ficou sem reação enquanto corava mais que um tomate corado que tinha sido pego beijando ele mesmo no espelho.

—Er... Tchau. - Annabeth forçou um sorriso e se virou, a caminho de casa.

—Mande um abraço a sua mãe por min!- exclamou Poseidon enquanto Annabeth se afastava.

   Annabeth apenas assentiu e Poseidon viu a cabeleleira dela se mexendo, então, ela enviaria a mensagem.

   A ex-loira andou pelas ruas por um longo tempo. Parece que nem nos sonhos o caminho da casa de Percy até a casa dela era curta. Mas depois de quase meia hora, ela finalmente chegou na sua casa. Ela teria chegado mais cedo se tivesse vindo andando normalmente, mas ela estava andando que nem um múmia.

—Annabeth!- exclamou seu pai, assim que a ex-loira abriu a porta.

—Pai...- Annabeth fechou a porta e encarou seu pai.

   O pai de Annabeth no sonho realmente estava uma coisa totalmente diferente. Invés dele ter o cabelo loiro tinha os cabelos castanhos, assim como os da Annabeth naquele momento. Este possuía olhos azuis escuros e profundos. E ainda tinha o corpo dele, ele avia ficado mais fino, e Annabeth estava quase jurando que debaixo daquela camiseta começava a se forma um peitoral.

—Como foi o seu dia? - Frederick perguntou fechando o seu livro sobre aviões de guerra e colocando ao seu lado no sofá.

—Foi legal.

—Sério? Sua cara não condiz com suas palavras. - Frederick ergueu uma de suas sobrancelhas.

—Ah... - Annabeth forçou um sorriso. - ... E que estou cansada, só isso, mas foi legal o meu dia.

—Hum...- O moreno disse não acreditando na verdade. - ... A onde você estava?

—Na casa de Percy.

—Hum... Aconteceu alguma coisa?

—Não, pai. - Annabeth disse.

—De verdade? - Perguntou Frederick a fitando sério.

—Sim pai, é verdade. Não aconteceu nada demais. - Annabeth sorriu e foi em direção ao corredor que ela se lembrava de mais cedo ficar seu quarto.

   Annabeth entrou no corredor e foi direto pro seu quarto, o qual ela se lembrava muito bem do tapete felpudo - que ela tanto odiava.

   Annabeth fechou a porta atrás dela e olhou para o gancho do seu lado. Teve vontade de dar um tapa na sua testa ao ver que a mochila não estava lá.

—Ótimo Annabeth, você esqueceu a mochila no colégio. - Annabeth resmungou consigo mesma.

   Ela bufou e andou até a sua cama, aonde ela se jogou logo em seguida.

   Ela já estava com sono, mas ela ainda não podia dormi. Ainda tinha que tomar banho e comer, mas a preguiça já estava a chamando, o sono á estava a deitando e o peso de seus olhos já estavam a puxando pra baixo.

   A ex-loira acabou se rendendo e deitou na cama enquanto tirava os sapatos com os próprios pés. Logo, ela abraçou o travesseiro e fechou os olhos ignorando totalmente o fato dela estar com calça jeans.