P.O.V. Sansa.

Eu consegui fugir de King's Landing e voltar a Winterfell, mas fui forçada a casar com Ramsley Bolton e eu realmente não quero dormir com ele.

—Lady Sansa?

—Sim?

—Eu vou te ajudar. Vamos até o quarto.

—Me ajudar? Quem é você?

—Digamos que sou seu anjo da guarda.

Ela me levou até o quarto e deitou na cama.

—O que vai fazer?

—Te ajudar. Vem cá.

Eu fui até ela.

—Mais perto.

Me aproximei dela e ela disse:

—Não se preocupe. É temporário.

—O que é temporário?

Ela agarrou a minha cabeça e falou:

—Inje ga da sen, daie atsa.

E tudo se apagou. Mas, logo acordei.

—Ai minha cabeça.

—Vai se olhar no espelho.

Eu me olhei no espelho e eu era ela. 

—O que é isso?

—Trocamos de corpo. É um feitiço muito antigo e poderoso.

—E funcionou?

—Claro que funcionou. Eu sou Renesmee Cullen, eu sobrevivo. Vejo você em breve Milady. 

Ela se colocou diante do espelho e falou docemente.

—Olá, eu sou Lady Sansa Stark.

—Você é boa nisso.

—Eu sei. Eu faça isso á um bom tempo. Vem comigo.

Entramos no quarto que imaginei ser o dela. Ouvi a voz dela, bom a minha voz na minha cabeça.

Mande a criada sair.

—Saia.

—Sim Milady.

Ela trancou a porta e começou a pegar adagas, espadas e a escondê-las sob as vestes.

—Fique aqui até eu voltar pra gente destrocar. Tente ignorar as vozes nas cabeças deles.

P.O.V. Ramsley.

Quando cheguei ao quarto ela estava me esperando.

—Eu o estava esperando meu marido. 

—Você é tão bela. Eu mal posso esperar para ter você.

—Serei sua ruína meu senhor.

—Minha ruína?

Eu estava beijando ela, seu pescoço pálido.

—Eu fui arruinada por um Rei como você uma vez. Á muito tempo, eu tomei o lugar de sua Rainha e todas as mulheres belas e jovens que foram violadas contra sua vontade encontraram consolo em mim. Os homens usam as mulheres, pensando que não haverá consequências. Vocês nos arruínam e quando acabam conosco 

Comecei a me sentir mal.

—O que você me deu?

—Quando uma mulher permanece jovem e bela para sempre o mundo é dela.

Ela subiu encima de mim.

Uma outra dama entrou no quarto e ela pronunciou palavras desconhecidas.

—Inje ga da sen dali atsa.

Vi o rosto dela mudar. Aquela não era Sansa. Então, ela disse:

—Primeiro tirarei sua vida meu senhor, beberei seu sangue e então usurparei o seu trono.

Ela tirou a adaga da bainha e a enfiou no meu peito.

—O que você fez?

—Matei ele. O Trono agora é seu.

—Obrigado. Estou em dívida com você.

—Eu sei. E eu pretendo cobrar agora mesmo. Minha filha Isabel, ela desapareceu e preciso de ajuda para encontrá-la.

—Eu a ajudarei. Prometo.

—Eu sou a Rainha Renesmee Cullen de Eldor.

—Você é a lendária Rainha de Eldor?

—Sou.

—Você é mesmo tão bela quanto dizem.

—Obrigado.

—Quando estava no seu corpo eu... senti seu poder.

—Imagino que sim. A última vez que Isabel foi vista ela estava fugindo do Castelo de um Rei chamado Menon e entrou dentro da floresta negra.

—Vou mandar reunir um grupo de busca. 

—Boa sorte. O povo mortal teme a Floresta Negra e com razão.

—Porque?

—Porque as bruxas das trevas usam a floresta para seus sabah. Muitos morreram lá, tem almas penadas vagando por aquele lugar, bandidos, armadilhas. Se você não sabe pra onde está indo então está ferrado. O lugar é cheio de plantas venenosas, cogumelos que soltam um pó alucinógeno. Não é o lugar para se brincar.

—E você sabe tudo isso como?

—Eu já estive lá. Eu morei lá.

—Porque?

—Porque ninguém se aventura naquele lugar sem estar desesperado.

Eu mandei legiões acompanharem a Rainha até a floresta.

—Façam o que eu fizer, quando eu fizer e onde eu fizer. Pisem só onde eu pisar ou morrem.