Trust My Heart escrita por Ledd McKinnon


Capítulo 4
Broken Heart


Notas iniciais do capítulo

Mil e quinhentos anos depois, estou eu aqui postando.
Precisava fazer um flashback para explicar a tristeza de um pé na bunda sofrida pelo Alex e a problemática FRIENDZONE.
Lena, por que você faz isso meninaaa!!

Boa leitura, meus amores!



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Saí da casa de Lena assim que os primeiros raios solares ousaram invadir o quarto. Não que eu não estivesse gostando de estar ao lado dela, de vê-la resmungar dormindo (sendo até mesmo engraçado) e ao mesmo tempo se aconchegar em meus braços. Mas como eu havia dito anteriormente, é bem difícil para mim estar em uma situação dessas. Em alguns momentos, eu gostaria que Lena percebesse que este tipo de situação traz minhas esperanças ao mais alto dos céus, porém ao mesmo tempo, consegue me derrubar.

Assim que me levantei, coloquei um travesseiro em meu lugar, onde a menina logo o agarrou e continuou a dormir. Desci as escadas e caminhei em direção à cafeteira, onde preparei uma xícara de café forte e a tomei enquanto verificava as notificações de meu celular.

[Samantha – 10:15 p.m.]
“Quando vamos nos encontrar novamente? Não consigo me esquecer do seu toque. Você mexeu comigo e seu cheiro ainda está em meus lençóis.”

As lembranças daquela noite estavam frescas em minha memória. Há três dias, estava eu por horas a fio junto dessa mulher que, honestamente a pouco conhecia. Sam era incrível. Tinha um sorriso perfeito. Era ligeiramente baixinha, cabelos compridos e bem loiros, olhos azuis encantadores.  Além de tudo, conseguíamos conversar de quase tudo. Ela é inteligente e simpática, um amor.

Agora estamos todos pensando: Como você está caído de amores pela Lena dessa forma tendo outra pessoa? E eu lhes respondo:  Pelo simples fato de que Lena se tornou, desde o momento que a conheci, meu vício. Eu procuro um pouco dela em todas as mulheres com as quais estou e é complicado viver dessa forma, certo?

Finalizei meu café e fui em busca da chave de meu carro. Era cedo, então provavelmente daria tempo de passar em casa, tomar um banho e descansar um pouco antes de passar na gravadora. Enquanto isso, aproveitei para responder a mensagem de Sam.

[Alex – 06:57 a.m.]
“Acredite garota, você me deixou da mesma forma. Podemos sair para uma cerveja e talvez relembrar estes momentos, para que nunca se esqueça deles ;)”

Após pegar meu carro, saí devagar em direção ao meu apartamento. As ruas se encontravam vazias e cheguei ao destino final em 10 minutos.  Deixei o carro do lado de fora e me arrastei até o elevador. Mesmo tendo o prazer da companhia de Lena a noite toda, não havia dormido direito. Não pelo melhor modo (que seria não ter dormido por ter transado loucamente a noite toda), mas sim porque Lena é muito espaçosa, e se revirava na cama a noite toda.

Ao entrar em meu apartamento, me joguei no sofá e quase instantaneamente me deixei levar pela sonolência.

*Flashback on*

SORRY I CAN’T BE PEEEEEERFECT” – Risos abafados

— Eu odeio você, Lena. Você sabe que eu sou péssimo em cantar! – Ainda segurava o microfone em mãos, mas já não acompanhava mais a letra que passava na pequena televisão de 14 polegadas do karaokê.

— Alex, mas você é ganha dinheiro com música. Não entendo como consegue ser tão ruim. – Ela ria, enquanto tomava um gole de sua caipirinha.

Lena basicamente me obrigou a ir à este karaokê junto a um grupo de amigos nossos. Não sei se ela se recordava, mas por uma coincidência nesta data estávamos fazendo 3 anos de amizade.  Nunca consegui tirar de minha cabeça a noite em que a conheci naquele bar. Ela parecia durona, séria. Se eu ao menos soubesse a encrenca em que estava me metendo, provavelmente perderia o dinheiro da aposta. Não estou reclamando, mas posso dizer que a minha vida ficou bem complicada após aquele dia.

Me apaixonei por Lena, este foi o problema.  Mas durante este período em que nos conhecemos, investi em nossa amizade, pois gostávamos das mesmas coisas e sempre tivemos uma relação maravilhosa. Porém, essa tensão sexual que eu sinto parece não afetar ela por nem um segundo. De qualquer forma, eu tinha de tentar algo. Não conseguiria passar nem mais uma noite pensando nas mil possibilidades. E se ela disser sim e me der um beijo apaixonado? Ou se ela me achar um escroto e nunca mais olhar para mim?

Era bem difícil lidar com isso. E essa noite decidi colocar fim na situação. Estávamos com o nível de álcool consideravelmente  alto e Lena se encostou em mim para se apoiar em pé.
— Vamos embora juntos, não vou deixar que vá sozinha nesse estado. – A menina assentiu com um sorrisinho e envolveu os braços em meu pescoço, jogando o peso de seu corpo sobre o meu. Pousei minha mão na cintura dela, dando sustentação à ela. Peguei o celular e chamei um taxi para nos levar em casa.

Ao entrarmos no carro Lena se jogou no banco de trás e abriu a janela, sentindo o vento gelado da madrugada invadir suas narinas.  Acredito que esse ar fresco tenha trazido à garota um pouco mais de sobriedade, e ela se ajeitou no banco.

— Chegamos, Le – Estiquei o braço e acariciei o rosto da menina, despertando-a do transe que a mesma se encontrava enquanto fitava a janela com um olhar desatento. Desci do carro e abri a porta, acompanhando-a até a porta da casa da garota.

Vamos lá, Alex. Coragem!

Fiquei de frente à Lena enquanto levei minhas mãos às dela.

— Lena, preciso lhe dizer algo – As palavras nunca foram tão difíceis de serem ditas. Eu precisava colocar tudo para fora, mas sentia que a qualquer deslize poderia colocar tudo a perder.  Seja direto e objetivo,  essa era a maneira, não havia muito o que fazer . – Você sabe que eu te amo, não é mesmo?

A garota sorriu, mas deixou um ar de confusão no olhar. – Claro que sei, Alex. Eu sou tudo pra você.

— Exatamente, Le. Você é tudo pra mim. Literalmente. Amo você não somente como minha amiga, gostaria de tê-la ao meu lado como companheira. – Ri nervoso, fitando a garota esperando qualquer tipo de reação.

Nada.

— Você quer dizer que você é... er... apaixonado por mim?

— Sim.  Desde o momento que te conheci.

— Mas Alex, você sabe que nós somos amigos né? Não quero estragar o que temos com um relacionamento que pode não dar certo. Você é muito importante para mim.

Engoli todos os tipos de reações controvérsias, todas as frustrações e tristezas que essas palavras me causaram. Mordi o lábio, nervosamente. Sou um idiota. Eu não deveria ter feito isso... De maneira nenhuma.

Elena me abraçou carinhosamente  e depositou um beijo em meu rosto. - Está tarde. Acho melhor você ir para casa. Além disso, o taxi está lhe esperando.

Ela tinha acabado de jogar por um penhasco todas as minhas esperanças. O que menos me preocuparia no momento era a tarifa do taxi. Mas aquilo era uma deixa para que eu fosse para casa.

— É. Tem razão... Cuide-se.

*Flashback off*

 


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