Never Stop escrita por Ellen Freitas


Capítulo 7
“And that's the one thing that won't change” (II)


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas da madrugada!!! (ou não!!!)
Como vocês estão nessa semana sem... Nessa semana sem...
Ah, não, não consigo! Ainda estou sofrendo com o último episódio... *chorinho*
vou comentá-lo nas notas finais, se tem alguém que estava em coma, ainda não viu e não curte spoilers, não leia tudo até o fim...

Queria agradecer agora à Bev Almeida, Lissy, Any Queen, Tunne Queen e Briina Smoak que favoritaram minha humilde fic. Valeu mesmo meninas!!!

Boa leitura e espero que gostem no capítulo!!! Bjs*



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Meus dedos trabalhavam ágeis no teclado e eu estava exausta. Mas minha raiva era o combustível que eu precisava para seguir adiante. O Queen nunca mais me acusaria de lerdeza ou falta de dedicação a um trabalho que valorizava tanto. Mas realmente estava complicado trabalhar com aquele par de olhos azuis me olhando.

— Posso te ajudar em alguma coisa, Tommy?

— Não, estou de boa. — Ele ainda manteve o queixo apoiado em minha mesa, e sobrancelha franzida parecendo tentar entender algo.

— Você não tem uma boate para cuidar ou coisa assim?

— Deu um probleminha com nossa licença pra venda de bebida. Oliver ainda está vendo isso, mas por enquanto, a Verdant está fechada.

— Ah. — Achei que ele fosse desistir, mas apenas apoiou as duas mãos abaixo da cabeça e continuou sua análise sobre mim. — Desculpa, mas não consigo continuar desse jeito, e se você não notou, seu amigo me atolou de trabalho. — Descansei minhas mãos ao lado do teclado.

— Finja que eu não estou aqui. — Impossível fingir que um homem daquele tamanho não estava na frente, e nós dois sozinhos naquele lugar enorme. No fim da história, Oliver chamou Laurel para acompanhá-lo ao almoço com Ray.

— Não dá! — reclamei. — O que você tanto olha?

— Apenas tentando entender o que Oliver viu em você.

Ouch! — exclamei ofendida.

— Não é isso, Felicity, você é incrível. — Tommy se corrigiu. — Mas Ollie já saiu com muitas mulheres incríveis. Já saiu com muitas mulheres bonitas, muitas inteligentes. — Franzi a testa tentando entender onde aquilo ia dar.

— O que diabos isso tem a ver comigo?

— Você não vê, não é?

— Vê o que, criatura? — questionei impaciente.

— Deixa pra lá. Não serei eu a pessoa a te dizer, loirinha, vamos mudar de assunto. Quer sair comigo um dia desses? — Tommy convidou brincalhão.

— E a vareta?

— Chega um ponto da sua vida que você apenas desiste, sabe? Não importa o quanto queira uma coisa. Estou quase nesse ponto.

— Tenho dez minutos, vamos tomar um café e você me conta como foi a história com a vareta. Melhor do que ter você aqui me olhando sem dizer nada a tarde toda. — Peguei meu celular e bolsa em cima da mesa.

— Então você aceita sair comigo? — Tommy me acompanhou animado. — Preciso mesmo ensinar umas lições para o filho da puta do Oliver.

— Cala a boca.

Finalmente pude ouvir a história toda de Tommy e Laurel. O cara parecia não ter problema nenhum em falar da vida pessoal, e me contou como ele e a loira ficaram várias vezes quando ela ainda namorava Oliver no colégio. Segundo ele, traição era uma coisa normal por aí, e nem o próprio Oliver chegava a sentir ciúmes, mesmo sabendo da maioria dos chifres que levou, já que o próprio colocou muitos pares nela. Mas disso eu já sabia.

As coisas se complicaram quando Oliver sumiu no mar com Sara, seis anos atrás. Laurel ficou tão puta na época que transou com Tommy. Foi a primeira vez dos dois dormiram juntos e então, o namorado/melhor amigo/traidor em rede nacional voltou uma semana depois de ser declarado morto. Eles teoricamente não tinham culpa, mas foi depois desse evento que Laurel deixou de ser (segundo Tommy) tão vadia como antes, e começou a afastá-lo. Mas já era tarde demais, ele já estava apaixonado, e ela só queria distância das lembranças daquele erro.

— Agora eu que pergunto, o que você viu nela? — O moreno abriu um sorriso apaixonado.

— Você não a conhece direito, Felicity. Laurel não é transparente como você, que já mostra suas qualidades de cara. Ela tem muitas faces, várias camadas. Você conheceu a mandona, competitiva, abelha-rainha. Eu e Oliver a conhecemos desde criança, a menina super disposta a ajudar, muito esperta, destemida, corajosa. Eu me apaixonei por essa Laurel, mas sempre foi só Oliver para ela. Meu amigo não soube valorizar isso e fodeu essa chance de relacionamento para nós dois. — Ele lamentou e eu afaguei sua mão.

— Eu até diria sinto muito, se não a achasse uma vaca — afirmei rindo e ele riu também.

— Você é impagável.

— Mas sabe o mais interessante, uma coisa que não entendo na cabeça de vocês homens? Se vocês estão a fim de uma pessoa específica, por que ainda saem e dormem com meio mundo? Por que, queridinho, você não é conhecido por sua abstinência sexual e castidade...

— Ah. — Tommy riu safado. — A gente vai se virando como pode, não é?

— Cara de pau — acusei, dando um tapa em seu ombro. — E se quer mesmo alguma coisa séria com aquela criatura lá, não deve desistir. Como uma mulher, devo dizer que se ela fosse indiferente a você, seria pior, e pelo que entendi, ela ainda está disposta a brigar, então ainda há uma chance de você se ferrar com ela — aconselhei. Laurel feliz seria menos chata, e por mais babaca que Tommy parecesse ser, ele era no fundo um cara legal que merecia felicidade.

— É isso! Já sei o que ele viu em você! — O moreno deu um tapa na mesa, como se tivesse descoberto como se inventa um carro voador. Vai começar de novo...

— Quem? — Me fiz de desentendida.

— Não se finja de burra, Felicity, todo mundo sabe que você não é. — Tá bom então. Foda-se.

— Todo mundo precisa parar de insinuar essas coisas sobre mim e Oliver. Como bem disse sua amada Laurel, não existe e nunca vai existir nada ali. Ele sequer tem um coração! E se precisávamos de uma prova, a ceninha de hoje mais cedo foi uma.

— É, você não é tão inteligente quanto achei que fosse — Tommy afirmou levantando-se da mesa da cafeteria, deixando o assunto morrer ali. — Vou pagar a conta, você me espera para subirmos juntos?

— Claro, toma minha parte. — Peguei minha carteira na bolsa, mas Tommy pôs a mão sobre a minha.

— Eu convidei, eu pago.

— Teoricamente...

— Eu convidei, eu pago! — ele afirmou categórico.

— Tudo bem, então. E obrigada pela conversa, tirou parte do meu estresse.

— Sempre que precisar, loirinha.

Ele saiu dando olhadas nada discretas para todas as mulheres que passavam, e rolei olhos.

Homens...

Peguei minhas coisas em cima da mesa e resolvi esperá-lo no hall de entrada, quando senti uma mão tocar meu braço. Rebati o toque no instinto e já dei alguns passos para trás. Cuidado nunca é demais!

— Calma, mulher-gato! — Ray estava com as mãos ao alto.

— Ai meu Deus, quase pari aqui mesmo de susto — falei com a mão no peito. — Não que eu estivesse grávida, é só uma expressão! Por que, né, como eu ficaria grávida? Não fiz inseminação e do jeito natural é que não foi! Mas você não veio até aqui pra me ver balbuciar palavras sem nexo, ou veio?

— Eu viria.

— Sério? Pois você é pior que eu. — Ele mostrou todos aqueles dentes branquíssimos em que o tratamento deveria custar uma fortuna.

— Desculpe o susto, te vi parada aqui e resolvi cumprimentar.

— Oh, você está mesmo aqui! — comentei impressionada.

— Sim.

— Nas Consolidações Queen! Vem eu te ajudo a sair antes que Oliver te veja. — Comecei a empurrar suas costas em direção à saída. Estranhei ao receber resistência da parte de Ray, já que eu estava salvando a vida dele aqui.

— Devagar, Felicity, foi Oliver que me chamou. Ele subiu na frente com Laurel.

— O quê?!

— Começamos nossa conversa no almoço, e precisamos estender.

— Ah, isso é explica muita coisa. Sendo assim, seja bem-vindo às Consolidações Queen! — Abri os braços mostrando o local e meu melhor sorriso de boas vindas.

— Obrigado. — Ray estalou os dedos parecendo que queria falar uma coisa e não sabia exatamente como. — Então, você não me ligou mais. — Ah, isso.

— Me desculpe, aquele foi um momento complicado — justifiquei vagamente.

— Não é mais?

— O quê?

— Não é mais complicado? O momento, quero dizer.

— Mais ou menos.

— Isso não é por causa de Oliver, é? Vocês dois tem alguma coisa?

Até o Ray? Eu precisava mesmo entender o que as pessoas viam em minha relação com meu chefe que já de cara sugeriam algum envolvimento além do profissional, porque do meu ponto de visão, mal éramos amigos.

— Não, que absurdo!

— Então, quer sair hoje comigo?

— Ray... — comecei já procurando um jeito gentil de negar.

— Eu prometo, não vou te pressionar a nada, não vou te pedir em casamento, não vou mandar um “eu te amo”. Mas não custa nada a gente se conhecer melhor. Precisamos nos divertir, Felicity, somos nerds, mas não precisamos ser do tipo que ficam apenas em casa vendo televisão, inventando coisas ou desenvolvendo novos sistemas e softwares. — De repente, senti uma identificação com ele, porque era exatamente isso que eu fazia quando não estava trabalhando ou com minha família. Mas ainda tinha o empecilho Oliver na história.

— Não sei...

— O que está te impedindo?

Realmente, o que estava? Quantos caras legais eu ainda teria que dispensar esperando que Oliver desse um mínimo sinal de interesse? Ele estava bem confortável saindo com metade da população feminina de Star City enquanto eu ficava em casa engordando com sorvete? Não mais! Essa paixonite adolescente tinha que morrer.

— Ok, eu aceito. Você passa aqui no fim do meu expediente, pode ser? Umas oito? Estou sem carro hoje.

— Perfeito. — Ray soou realmente animado e sorri em resposta. Finalmente parece que você deu uma bola dentro, Felicity.

— O que você está fazendo aqui conversando com ela? — Tommy chegou colocando a mão em meu ombro em um gesto de irmão protetor.

— Não é da sua conta, Tommy. — Tirei a mão dele de mim, já chamando o elevador. Aceitei Barry tão rápido em minha vida porque ele nunca foi do tipo protetor ou controlador demais, e não iria passar por isso justo com Tommy Merlyn, faça-me o favor...

— Nossa, loirinha, quanta agressividade. — Rolei olhos e entramos os três no elevador.

Quando Ray foi direto para a sala da presidência, onde Laurel já estava, voltei para minha mesa, evitando contato visual com Oliver.

— Ollie vai surtar — Tommy cochichou para mim e percebi que ele tinha ouvido mais da minha conversa com Ray do que pareceu mostrar de início.

— Os surtos do seu amigo não são da minha conta. E além do mais, você não vai contar a ele.

— Por que não? Talvez eu queira ver a cabeça dele voando pelos ares.

— Tommy, você mesmo disse que todo mundo chega em seu limite alguma hora. Me deixa seguir em frente e superar isso, por favor.

— Mas Oliver...

— Eu já entendi que você é Team Oliver, mas até o próprio Oliver ser Team Oliver também, não posso fazer nada. Se você está disposto a correr atrás da sua paixão de adolescência, eu até te incentivo a isso, mas não quero isso para minha vida, ok?

— Eu queria ser tão persuasivo quanto você — ele reclamou fazendo uma careta.

— Por que você não chama Laurel para sair?

— Porque se ela mal fala comigo, acho que jantar comigo não é uma opção.

— Ofereça carona, então. Até onde eu sei, o carro dela também está na oficina. E tente parar de flertar com todo mundo que usa saias, isso também ajudaria.

— Você acha que pode funcionar?

— Você é o maior cara de pau que conheço. Perguntar não custa.

— Tem razão. Valeu, loirinha. — Mais uma vez, ele beijou o dorso da minha mão. Olhei de relance para a sala ao lado e o que quer que Ray estivesse falando, não estava sendo ouvido, pois a atenção de Laurel e Oliver estavam em nós dois. Que ótimo, agora mais essa!

— Viu, é desse comportamento que eu estou falando. — Puxei minha mão de volta. — Agora vá procurar o que fazer em outro lugar que tenho que voltar ao trabalho.

Passei a tarde com a cara enfiada nos computadores e mal vi quando Ray saiu da sala. Oliver também não levantou uma vez sequer da própria mesa e Laurel agora tinha que lidar com o chato e insistente Tommy Merlyn. Menos mal pra mim.

Quando ela finalmente se rendeu e aceitou a carona do moreno para voltar pra casa, por volta das sete e meia da noite, ele fez um sinal de positivo para mim pelas costas dela quando ambos foram embora juntos. Cada um com a cruz que merece, não é mesmo?

Quando terminei os relatórios de Oliver, minutos depois, peguei meu celular, minha bolsa e fui até meu armário na empresa, que tinha um vestido extra para caso eu molhasse o meu de café. Acredite, para uma pessoa desastrada como eu, esse detalhe era essencial. Troquei de roupa, soltei os cabelos e retoquei a maquiagem, enquanto usava o viva-voz para falar com um contato na companhia de seguros e com um dos seguranças da mansão Queen. Levei mais alguns minutos também falando com um colega de faculdade que agora trabalhava na vigilância sanitária e já voltei para minha sala aguardando minhas respostas.

— Isso! — comemorei sozinha checando a caixa de email. Encaminhei as mensagens, imprimi tudo que era preciso, ajustei nos braços e dei duas batidas na porta de Oliver.

O loiro tinha uma nada discreta ruga de preocupação entre os olhos, enquanto apenas encarava a tela do computador. Se ele achava que as coisas se resolveriam apenas olhando para elas, estava muito enganado. Ou muito iludido. Mas a vantagem, é que ele tinha a boboca aqui para fazer tudo para ele.

Quando seus olhos azuis encontraram os meus, sua boca abriu um pouco, e ainda levou alguns segundos para ele soltar o fôlego. Olhei para mim mesma, em busca de algo que poderia estar errado, mas fora meu cabelo solto, nada muito diferente tinha acontecido ali.

— Senhor Queen, os relatórios que solicitou. Eles também já estão no seu email. — Coloquei o bloco de papeis em sua mesa.

— Felicity, eu...

— E já falei com o pessoal do seguro, amanhã mesmo eles estarão ressarcindo o valor do seu carro, que já está a caminho de uma oficina de confiança, enquanto falamos.  E isso — coloquei mais uma folha em sua mesa. — É autorização que sua boate precisa para reabrir amanhã. — Seus olhos agora demonstravam surpresa, não apenas por eu saber de seus problemas como por estar dando um jeito de consertá-los.

— Felicity, eu nem sei o que dizer.

— Apenas não me trate mais sua empregada. Ok, eu sou sua empregada, mas não me trate mais como hoje de manhã. Eu não desconto meus problemas em você, então você não deveria fazer isso comigo, com Diggle, Tommy e Laurel, pois não é assim que uma relação profissional dever ser. Tenha uma boa noite.

Saí a passos firmes indo em direção à saída com minha bolsa no ombro e uma sensação não tão boa como achei que seria. Passar verdades na cara de Oliver Queen pareceu uma boa ideia para ensiná-lo uma lição, mas eu não era a mãe dele para ficar ensinando a viver, e ver seu rosto cansado e culpado fez doer meu coração.

Quando desci, já encontrei Ray Palmer me esperando do hall, com seu costumeiro sorriso no rosto e um buquê de margaridas na mão. Dei uma última olhada na direção do elevador que tinha descido, não sabendo bem o que esperar que saísse dali. É isso, Oliver era caso encerrado.

— Eu pensei em rosas, mas achei que seria muito clichê. Margaridas eram as flores preferidas da minha mãe, então... — Uau, sem sogra. Outro pró. — Que bom que alguém viu uma vantagem da minha mãe ter morrido. — Coloquei as mãos no rosto corando mais que um tomate.

— Me desculpe, essas coisas saem da minha boca sem controle.

— Está tudo bem, tenho esse problema às vezes. Sempre. Vamos? — Me estendeu o braço.

— Vamos.

— Ah, e não posso deixar de destacar como você está ainda mais linda.

— Felic... — A voz de Oliver me fez parar no lugar, já procurando uma saída estratégica. Seria muito pedir que ele não tivesse me visto e estivesse chamando outra Felicity? — Oh. — É o jeito encarar, vai logo garota, você consegue! Me virei para ele.

— Senhor Queen, esqueci alguma coisa?

— Seu telefone. Você saiu tão rápido que eu... — Oliver engoliu seco, olhou para o chão, depois para Ray, respirando fundo e estendendo a mão. — Olá de novo, senhor Palmer.

— Só Ray. — O moreno retribuiu o cumprimento.

— Obrigada por trazer isso aqui. — Peguei o aparelho de sua mão. — Boa noite.

— Felicity, espera. Posso falar com você um minuto? — E eu achando que ia escapar dessa sem nenhuma briga... Consultei Ray com o olhar, e ele apenas assentiu, soltando meu braço.

— Te espero no carro. — Caminhei até Oliver tentando não parecer nervosa ou zangada. A história era a prova de que quanto mais eu rebatia os estresses dele, pior a situação ficava.

— Pois não?

— Você tem certeza disso? — Oliver olhou para um ponto acima e atrás do meu ombro.

— Ray? Sim. Ele sabe o quer e vai atrás disso. Mais alguma dúvida sobre minha vida pessoal que não lhe diz respeito? — Ele mordeu o lábio inferior, negando com a cabeça. — Ótimo. Até amanhã.

— Mas...

— Mas o que, Oliver, você está nos atrasando! — falei impaciente.

— Eu só queria... — Respirou fundo mais uma vez. — O que eu fiz com você hoje não foi justo e não foi certo. A culpa não era minha, mas também não era sua, e como resposta você me ajudou a resolver meus problemas. Não tenho como te agradecer o suficiente. — Parte das minhas defesas foram quebradas e eu apenas balancei a cabeça.

— É o meu trabalho.

— Não é o seu trabalho cuidar de mim, ou dos problemas da minha família ou da Verdant, mas você faz mesmo assim. Felicity, às vezes eu sou meio babaca porque não sei lidar bem com pessoas que me ajudam sem nenhum interesse, não me ensinaram como fazer isso.

Quase senti pena dele naquele momento. Por mais louca que minha mãe seja, por maiores que tenham sido nossos problemas pela falta do meu pai, eu tinha sido amada. Eu era amada incondicionalmente por ela, Henry, Barry. Oliver e sua irmã cresceram em um meio disputado, competitivo, cercado de drogas, dinheiro, ostentação, onde os pais dedicavam horas ao trabalho e interesses próprios e raros minutos aos filhos. Era difícil saber quem eram os amigos de verdade e os que estavam ali por algum interesse oculto.

Essa vida deve ser uma droga!

— E passei o dia pensando em como você, mais do que ninguém, merece um pedido de desculpas. — Oliver continuou a falar, engolindo seu constrangimento e fixando seus olhos nos meus. — Me perdoa, Felicity?

— Si... Sim. — Foi a única coisa que consegui gaguejar diante daquilo tudo que eu estava ouvindo. Oliver ainda soltou um sorriso triste antes de apertar o botão do elevador para voltar a sua sala e trabalhar até Deus sabe que horas.

E eu? Estava congelada no lugar analisando o que significavam aqueles gestos.

Oh, meu Deus, ele estava mudando!


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Notas finais do capítulo

É isso mesmo, produção, ele acabou de pedir desculpas? Olha as coisas melhorando por aqui... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Espero que tenham gostado do capítulo, deixem suas opiniões nos reviews, amo lê-los e respondê-los... E não hesite em favoritar ou recomendar a fic!!! Quem sabe vocês conseguem até inspirar essa autora para postagens mais regulares!!
Bjs*

SPOILER!!!

VOU COMENTAR O ÚLTIMO EPISÓDIO AGORA!!

SPOILER!!!

O que foi esse episódio, galera? Pra mim, foi daqueles que você fica pensando por horas depois, não consegue dormir pensando e quando dorme, sonha com ele. Fiquei sabendo que seria Laurel que partiria dessa pra uma melhor poucas horas antes da transmissão na quarta passada, mas ainda fiquei em negação, porque, convenhamos, eles não teriam coragem de matar a Canário Negro. É a Canário Negro, vamos respeitar!!!
Como alguém que foi uma Lauriver convicta durante toda a primeira temporada, sofri com Oliver, chorei com Oliver. E ainda não me conformei, ela vai voltar. Todo mundo volta nessa série, ela também vai, me deixa acreditar!!!
Enfim, surtarei mais com quem quiser falar disso comigo nos reviews... Bjs*