Never Stop escrita por Ellen Freitas


Capítulo 6
“And that's the one thing that won't change” (I)


Notas iniciais do capítulo

Olá, Braseel!!! Como estão por aí?

Estou tão feliz com a recepção de vocês, está cada vez melhor e nem sei como agradecer direito!! Valeu mesmo, galera, vocês são os melhores!!! Meu agradecimento hoje vai em especial para a LarissaOliveira, que favoritou a fic!!

Sobre esse capítulo... Acabou crescendo demais e dividi ele em dois, mas não se preocupem, a segunda parte vai ser postada em breve!!! Gostei bastante desse porque meu lindinho Barry Allen tem um destaque. Vamos saber como ele e Felicity acabaram nessa condição de irmãos... Mas não se preocupem, Oliver ainda dá o ar de sua graça...

Boa leitura, nos vemos nas notas finais!! Bjs*



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Tudo muda. Pessoas mudam.

Eu e Laurel mudamos, já que nos últimos três meses aprendemos a conviver juntas na mesma sala reprimindo a vontade de jogar a outra pela janela. Ainda nos ofendíamos constantemente, mas nada comparado à nossa nada amigável convivência no ensino médio.

Minha mãe também mudou desde que conheceu Henry Allen, de uma garçonete de Vegas com um tantinho a mais de vulgaridade, para uma dona de casa mãe de dois filhos. Barry deixou de ser um magrelo nerd sem um pingo de coordenação motora para um lindinho cientista forense ainda sem coordenação motora.

Só quem não parecia disposto a mudar era Oliver Queen.

Ele não me estressou mais com a história do Ray. Era como se adivinhasse que eu não pretendia ligar mesmo. Minha vida estava em um momento complicado, com a mudança de emprego, meu passado de volta e todas as coisas envolvidas nisso, além do fato dele ser a concorrência da empresa que eu lutava diariamente para ajudar a levantar. Mas eu não precisava do meu chefe bombado me dizendo isso.

Como eu sabia que ele era bombado?

Simples. Tenho olhos e as paredes são de vidro. Cada vez que ele tinha encontro com alguns de seus milhares de flertes, ele trocava de roupa na própria sala antes de sair. E isso acontecia com uma frequência maior do que eu e a Sociedade Anônima das Paixões Secretas por Oliver Queen julgava saudável.

Naquela manhã, cheguei correndo ao escritório, minha saia mais torta que o normal, e minha cara com a maquiagem mais fodida por ter sido feita em cinco minutos.

— Oh, merda! — exclamei encarando o relógio da parede que indicava que, mais uma vez, eu tinha programado o despertador para uma hora mais cedo que o necessário. Se tinha uma pessoa me ferrava mais do Laurel, esse alguém era eu mesma.

E pra completar ainda tinha esquecido o celular em casa, não tido tempo de buscar meu café e ainda estava morrendo de sono por ter ficado ontem até alta madrugada vendo série com Barry. Será que Oliver se importaria se eu tirasse um cochilo no sofá da sala de reuniões?

Eu ainda estava armando planos diabólicos para meu despertador, quando ouvi as portas do elevador de abrirem na minha frente, revelando meu suado e ofegante irmão.

— Barry, o que faz aqui? — Fui ao seu encontro.

— Você é bem rápida para alguém tão pequeno.

— E você bem lento para alguém tão alto, mas me diz: o que faz aqui?

— Você esqueceu isso em casa. — Me estendeu o celular. — E pela pressa que passou por mim na sala, não deve ter tido tempo de pegar isso. — Me deu um copo de café.

Meu café preferido, da minha cafeteria preferida. Quase chorei de alegria ao sentir o cheiro doce do líquido quente misturado à baunilha e ao chocolate. Deus, como eu amo meu irmão! Engoli meu excesso de amor, o olhando desconfiada enquanto tomava o primeiro gole.

— Tem certeza que não veio aqui porque queria conhecer o departamento de ciência e tecnologia? — questionei com uma sobrancelha erguida. Barry colocou a mão no peito encenando uma cara de ofensa.

— Eu, Fel? Você acha que eu pegaria o metrô e correria por dois quarteirões por alguma motivação além do meu amor fraternal por você? — Balancei a cabeça em negação, o olhando com falsa crítica.

— Você é um falso. E péssimo ator.

— Um péssimo ator que vai conhecer o departamento de ciência de tecnologia das Consolidações Queen? — Barry testou e eu ri.

— Você é uma criança. Uma criança grande. Não é a toa que não consegue dar um passo pra frente com minha amiga. Ou com a sua. — Passei na cara dele a constante dúvida e indecisão de seus sentimentos por Caitlin e Iris.

— Você fala como se as duas não estivessem namorando no presente momento.

— Bar, meu lindo e querido irmão, você precisa se posicionar e falar pra elas o que sente. Na verdade, descobrir o que sente primeiro, depois falar — aconselhei.

— Me desculpe se prefiro não aceitar conselhos da pessoa que dispensou um cara legal, gentil, bilionário e muito bonito para ficar babando pelo chefe cafajeste e igualmente bonitão. Falando objetivamente, claro. — Isso é o lado ruim de ter uma pessoa para quem se conta quase tudo. As verdades são jogadas na cara dos dois lados.

Mas eu não conseguia ficar zangada com ele por aquilo. Ou por nada, para falar a completa verdade. Nossa relação era assim, falar tudo que pensa um para o outro sem precisar se policiar ou se preocupar em ofender. Por que acima de tudo, nos amávamos e nunca íamos dizer qualquer coisa que não seja para o bem mútuo. E funcionava desse modo desde o dia que nos tornamos irmãos.

*

Flashback ON

Ah, cara...

Um salto quebrado é até possivelmente aceitável, mas dois? Laurel só podia ter algum pacto com entidades malignas! Desisti dos meus sapatos os deixando jogados no meio fio da calçada minha casa.

Meus pés tinham acabado de tocar a grama recém cortada do jardim quando senti a água do sistema de irrigação sendo lançada em mim por todos dos lados. É isso, preciso de um pacto também, ou nunca sobreviverei a essa vida. Não com essa minha sorte fodida.

Uma figura então veio em minha direção. Era muito alto e magro, mas seu capuz cobria seu rosto. Oh, não, não! Cancela a história do pacto, eu estava brincando... Senhor, me proteja, não quero terminar minha noite sendo morta pelo Slender Man*!

— Você está bem, Felicity? — Respirei aliviada. Ah, é só Barry Allen, o filho do namorado da minha mãe. Eu estava prestes a responder, quando ele escorregou e caiu de cara na grama molhada.

Dado meu nível de estresse do momento e o horário, qualquer coisa ou me faria cair na gargalhada ou dar um tiro em alguém. Nesse caso, optei por rir, já que não mataria o menino.

— Você poderia parar de rir da minha cara, por favor? — Ele falar isso só me fez rir ainda mais enquanto procurava a alavanca que desligava os aspersores de água.

— Prontinho.

— Eu te ajudo. — Barry ofereceu o braço quando viu que eu estava tendo dificuldade com a barra (ou o que sobrou dela) do meu longo vestido roxo (agora colorido) de baile.

Ele sorria para mim, seu cabelo castanho caia molhado sobre a testa com resquícios da grama, e pela luz fraca da lua, eu pude ver seus olhos verdes brilharem atrás das armações de grau. Barry era bonito, por trás de toda aquela nerdice. Quase pude entender os motivos da preocupação da mamãe quando nos apresentou alguns meses atrás.

“Tudo que não queremos são dois adolescentes cheios de hormônios dormindo sobre o mesmo teto.”

Sob o mesmo teto.” A corrigimos juntos. Desde aquele dia, quase não nos vimos mais, com toda a coisa da escolha da faculdade e da formatura de ambos.

Aceitei sua gentileza e caminhamos até a varanda, onde parecia ser seu lugar inicial antes que eu chegasse.

— Donna tinha que sair com meu pai, aí pediram que eu ficasse por aqui e te esperasse, já que tinha esquecido a chave.

— Mas sua formatura não era hoje também? — questionei não deixando de notar seu terno por baixo do casaco. Ele fez uma careta.

— Nah. Achei melhor não ir.

— Essa devia ter sido minha decisão hoje mais cedo.

— Não foi tão divertido?

— Não pra mim. E por favor não finja que não está vendo que estou um desastre.

— Pensei que os pés descalços, a maquiagem borrada, o vestido rasgado e todo colorido era a última moda das garotas. — Barry brincou e dei de ombros, me sentando ao lado dele. — Vamos fazer assim, você me conta a sua história que eu te conto a minha.

Nos sentamos em um banco na varanda e eu contei.

Contei como aquela estava caminhando para ser a pior noite da minha vida.

Contei como Laurel manipulou a votação para que Oliver fosse escolhido o rei, mesmo que ele já estivesse formado desde o ano passado, e como eu fui chamada como vencedora de rainha do baile, apenas para minha caminhada ser interrompida pelo anúncio de “erro na contagem”, tornando ela a rainha. Falei também de como meus supostos amigos do Clube Tech fizeram um vídeo da turma em que ganhei destaque nos momentos mais humilhantes de todo o colegial.

Então teve o primeiro salto quebrado quando saí do ginásio, que me derrubou no meio das tintas da reforma da escola. O vestido preso e rasgado na porta do carro, o segundo salto quebrado quando desci na frente da minha casa, então os aspersores de água.

Teve Oliver apenas parado sem fazer nada enquanto a namoradinha aproveitava os últimos instantes do colégio para acabar com minha vida, mas escolhi deixar o casal perfeição pra lá e me focar apenas em minha tragédia pessoal.

— E eu achando que minha vida era ferrada apenas porque meu amor da vida inteira, que por acaso também é minha melhor amiga, foi ao baile com outro cara. — Nossa, obrigada por atestar o óbvio, Barry! — Foi mal, não quis ofender. — Eu tinha falado meus pensamentos de novo. Dane-se.

— Tudo bem, sinto muito por sua amiga. Ou quase amiga. Pelo menos agora esse inferno de ensino médio acabou e podemos seguir em frente.

— Finalmente, não é, Fel?

— Fel? — Engoli um soluço que brotou em minha garganta.

— Não gosta do apelido?

— Gosto. É que só meu pai me chamava assim.

— Desculpe, eu posso...

— Não, tudo bem. Fica bom na sua voz. E parece que terei que ouvi-la muito daqui para a frente.

— Parece que sim.

— Você acha que eles vão casar mesmo?

— Meu pai voltou a sorrir quando conheceu sua mãe. E considerando que semana passada achei um anel de noivado no jaleco dele e os dois saíram bem arrumados daqui mais cedo, o pedido deve estar acontecendo nesse exato momento.

— Que bom para eles — comentei sincera. — Ficarei feliz em ser sua irmã, senhor Barry Allen.

— E eu também, senhorita Felicity Smoak. Quer dizer, não ser meu irmão, ser o seu. — Rimos de sua tagarelice e quase não sentia mais a dor causada por Oliver, Laurel e todos os babacas do meu colégio.

Barry passou o braço por meus ombros me trazendo para junto dele. Eu nunca fui uma pessoa de muitos toques, mas ele parecia do tipo afetuoso, e eu não podia negar que estava confortável ali, e mesmo com nossas roupas molhadas, era um carinho quentinho e aconchegante naquela noite fria.

Ainda conversamos muito ali na varanda sobre como tinham sido nossos primeiros dezoito anos. Ele era muito parecido comigo, tanto no aspecto intelectual, na falta de tato em assuntos românticos, como também no constante desastre e falta de filtro entre a mente e a boca. Como gêmeos separados ao nascer que finalmente se encontraram.

Dormi em seu ombro e na manhã seguinte, acordei no sofá da sala, enquanto ele dormia no estofado ao lado, ambos embrulhados em cobertores da mamãe e com o maior resfriado duplo da história.

Com ele, até a doença não foi de todo ruim, pois por causa dela, Barry e o pai resolveram se mudar logo para nossa casa, para Henry, que era médico, cuidar de nós dois ao mesmo tempo. E mesmo com a dor de garganta, corpo e cabeça, a febre e o nariz congestionado, eu finalmente via minha vida melhorar. Deixando tudo que fazia mal para trás para começar uma nova vida com minha nova família.

Flashback OFF

*

— Qual é, Fel? De que adianta sua irmã ser o braço direito do presidente do lugar, se eu não ganho nada com isso?

— Eu não arrumei esse emprego pra você ganhar um parque de diversões nerd — pontuei rindo de sua cara contrariada.

— Você não vai mesmo autorizar minha entrada lá?

— Claro que não!

— Não te amo mais. E devolva o café cheio de amor que te trouxe. — Barry pegou o copo e escondeu em suas costas.

— Me dá isso aqui! Você não pode retirar um gesto de amor.

— Acabei de retirar, Felzinha.

— Me devolve! — Passei minhas mãos ao lado do tronco dele, tentando pegar o maldito copo, mas o bastardo tinha os braços compridos e eu não conseguia alcançar, mesmo quase pulando em cima dele e formando um abraço engraçado.

O elevador apitou nas minhas costas. Claro que, com minha já conhecida completa falta de sorte, alguém ia chegar e me ver em uma posição bem comprometedora com meu irmão. Uma coisa era me encontrar com ele na minha casa, à noite, não era da conta de ninguém o que fazia em casa. Outra bem diferente era esse “flagra” ser na minha sala, em pleno horário de serviço.

Barry ainda me atormentava para que eu lhe explicasse o porquê de não ter contado a Oliver e Diggle que ele era meu irmão adotivo, e eu não tinha parado para pensar até aquele momento. Esconder isso não foi um ato planejado, mas depois fui ver que meu inconsciente estava mandando uma mensagem para Oliver. Estava dizendo que eu não era tão sozinha como ele podia achar. O problema foi que o lerdo em questão nem chegou a notar esse detalhe.

— Por favor, só me diz que não foi meu chefe que chegou.

— Foi ele. E não está sozinho.

— Droga! — Me virei em direção às pessoas com o sorriso mais cínico e minha melhor cara de inocente.

Para minha completa surpresa, Tommy e Diggle estavam com Oliver, ainda dentro da caixa metálica. O loiro tinha uma cara de quem chupou limão, me encarando duramente, Dig parecia segurar um comentário na ponta de língua e Tommy nos olhava malicioso, um sorriso desenhando-se no canto de sua boca.

— Oi. Hey. Olá. Bom dia, senhor Queen.

— Depois de todos esses meses, ela ainda usa o senhor Queen com você, cara? — Tommy questionou brincalhão segurando no ombro do amigo.

— Não esperava o senhor tão cedo por aqui, senhor Queen. Quer dizer, não estou dizendo que você costuma se atrasar, nem nada disso. Não que pontualidade seja uma de suas qualidades em destaque, na verdade sua beleza é o que mais destaca. Oh meu Deus, falei isso alto? — Cala a boca, moça! — Enfim, eu não estou reclamando nem nada, é que perdi um pouco a noção de tempo, meu despertador foi programado para mais cedo, ninguém sabe como isso aconteceu. Se tiver sido você, Barry, eu te mato, mas talvez tenha sido eu mesma. Não seria a primeira vez que isso acontece. Alguém, por favor, diz alguma coisa, para me fazer parar de falar?

— Ela esqueceu o celular em casa e eu trouxe café — Barry justificou-se sem necessidade, piorando ainda mais o mal-entendido.

— Você continua calado, Bar — alertei. Tommy riu da coisa toda, dando um passo para fora do elevador quando as portas já iam fechar-se novamente.

— Você não muda, garota. — O moreno tomou minhas mãos entre as suas e a beijou, ainda fazendo as vezes de cafajeste educado. — É um prazer vê-la de novo, Felicity.

— Oi, eu sou o Barry. — Meu irmão acenou para o Merlyn.

— Olá, Barry.

— O que te trouxe aqui, Tommy?

— Olha, Ollie, ela me chama pelo primeiro nome! Já estou um passo à sua frente. — Tommy se gabou e rolei olhos. Péssima hora para estar só com os quatro homens nessa sala. — Por falar em passo, você vai ficar aí dentro com Diggle o dia todo ou...

— Me acompanhe, senhorita Smoak. — Oliver passou por nós a toda velocidade quase me fazendo correr atrás dele em direção à sala da presidência.

— Deseja alguma coisa?

— Onde estão os relatórios de balanço financeiro, de provisão e previsão de materiais e máquinas do novo laboratório de pesquisas farmacêuticas? Já falei com você sobre isso há dois dias! — Franzi o cenho com a cobrança. Eu nunca era cobrada, até porque não era preciso.

— Sim, no final do expediente de sexta. Hoje é segunda — justifiquei.

— Como eu disse, dois dias!

— Primeiro, dois dias é um prazo impossível para terminar aquilo tudo. E você nunca me pediu para trabalhar no fim de semana, Sr. Queen. É nossa única folga.

— Tente justificar isso para as crianças com Esclerose Lateral Amiotrófica que aguardam esse laboratório de pesquisas avançadas ficar pronto, sendo atrasado apenas por seu trabalho lerdo.

— O que deu em você? — perguntei sentindo uma pontada de raiva misturada à mágoa crescendo em mim. Ele nunca tinha falado comigo daquele jeito, e doeu.

— Ah, ok. Então talvez você e seu amigo acham mais eficiente jogar baldes de gelo na cabeça** do que realmente fazer algo útil.

— O que está insinuando sobre mim e Barry?

— Quero meus relatórios — finalizou com dureza.

— Estarão em sua mesa até o fim do dia. — Saí de sua sala pisando firme, mas parei na metade do caminho me voltando para ele. — E não se preocupe, meu irmão já estava de saída. — Uma centelha de surpresa cruzou seu olhar e ele abriu a boca para falar algo, mas já bati sua porta com força, indo sentar em minha mesa, mesmo ciente que Dig, Tommy e Barry viram e ouviram a coisa toda. Oliver não se preocupou em ser discreto ao me dar bronca.

— Acho que já vou, Fel. Despois de te ligo. — Barry se inclinou para beijar meu rosto. — Desculpe — sussurrou em meu ouvido e apenas balancei a cabeça em afirmativa.

— Tão babaca quando fica com ciúmes. — Tommy soltou a piadinha na sala antes de entrar para falar algo baixinho com o amigo. Bufei. Ciúmes? De mim? Nunca!

— Você tem mais algum comentário a fazer ou vai ficar só me olhando? — perguntei mal humorada para Diggle, que me analisava com uma sobrancelha erguida.

— Não, o Sr. Merlyn disse tudo.

— Tanto dinheiro, bebida e mulheres também deixaram Tommy louco.

— Eu entendo seu ceticismo, ninguém nunca imaginou ver ciúmes em Oliver Queen. — Rolei olhos. — Mas não é um momento bom para ele, Felicity.

— Por quê? Bateu a Lamborghini nova? A boate está lucrando meio milhão a menos? Não comprou nenhum iate nesse fim de semana? — Diggle riu.

— Ele trabalhou o sábado e o domingo todo, praticamente sozinho por aqui. Os acionistas estão colocando pressão pelo aumento dos lucros e praticamente o forçando a fazer uma sociedade com Ray Palmer. Eles vão se encontrar hoje para um almoço de negócios, onde Oliver estava abominando a ideia de ser obrigado a te levar, pois tem medo de te perder para ele. Então ontem a família Queen passou a noite em claro quando a irmã dele, Thea, bateu a Lamborghini dele e atingiu uma pessoa, que por sorte, não teve nada grave. — Abri um pouco a boca surpresa com a história toda. E ele tinha mesmo um carro desses! — Acredite, ele não está bravo com você, apenas também te encontrou na linha de frente abraçando uma pessoa que ele não sabia ser seu irmão. Eu e Tommy também tivemos que ouvir coisas nada gentis essa manhã.

— Nada disso foi minha culpa — comentei baixinho, mesmo sentindo sim uma pontada de culpa por tê-lo julgado mal. Oliver nunca foi de ostentar a riqueza.

— Eu sei, e ele sabe. Só não espere um pedido de desculpas, Oliver não mudou tanto. — Dig piscou para mim, antes de voltar ao seu posto.

.

.

.

* Slender Man: é descrito como muito alto e magro, com braços anormalmente longos, que podem se estender para intimidar ou capturar presas. Tem uma cabeça branca, não tem rosto, não tem cabelo e usa um terno preto. Sucesso em jogos e em lendas da internet.

**Referência ao Ice Bucket Challenge, onde a renda obtida também é destinada para pessoas portadoras de Esclerose Lateral Amiotrófica.


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Notas finais do capítulo

"Tão babaca com ciúmes..." Tommy sempre fala o que eu queria falar... hahahahahahahahaha
Ollie vacilou. Tinha motivos? Tinha. Mas podia ter se controlado, não é mesmo?! Sobrou pra Fel...

Respondendo à uma pergunta dos reviews que por motivos de: sou retardada, acabei esquecendo de falar por lá...
"Ellen, vai ter POV do Oliver?"
"Bom, o plano é que toda a história seja narrada do ponto de vista de Felicity, pra deixar os pensamentos de Oliver um pouco misteriosos por enquanto, mas no futuro planejo sim uma visão do que ele pensa. Descobriremos se a cabeça dele é tão vazia como parece..." Risos risos risos.

Vejo vocês nos reviews... E se está gostando da história não deixe de favoritar, escrever uma recomendaçãozinha ou indicar para algum amigo que curte Arrow!!! Me ajuda muito e a Ellen agradece!!!
Até... Bjs*

p.s.: Como estão os coraçõeszinhos diante do episódio de quarta? Quem será a pessoa que teremos que nos despedir? Não quero dizer tchau pra ninguém... *chorinho*
Me digam nos comentários quem vocês acham que parte dessa pra uma melhor que eu também direi minhas teorias. ;)