C A P I T U L O 13

Dor.

Tudo o que eu sentia se resumia a dor.

Minha cabeça parece que iria explodir a qualquer momento. E saber que eu teria que me levantar da cama já me da um cansaço enorme.

— Bella, sua louca, acorda logo.

Ouvia a porta do meu quarto ser esmurrada pela minha doce irmãzinha.

— Rose, me deixa. – disse quase em um sussurro.

— Será que ela está bem, Rose?

Ué, o que o Emmett está fazendo aqui há essa hora? Será que eles não se tocavam que eu estava morrendo de dor de cabeça?

— Arromba essa porta, Emm.

Tirei rapidamente o travesseiro da minha cara e corri pra porta, ignorando totalmente minha dor.

— Vocês poderiam, por favor, parar de escândalo? – disse abrindo a porta.

— Nossa, ela está viva. – Emmett disse com o maior sorriso do mundo.

— Claro que estou. Agora será que podem me deixar aqui pelos próximos vinte anos? Obrigada. – disse já fechando a porta.

— Nem pensar.

Rose simplesmente invadiu meu quarto, sem nem me pedir.

— Trouxe remédio pra você. – ela me entregou um comprimido e um pouco de água.

— Obrigada. - gradeci já enfiando o remédio goela abaixo.

Me sentei em minha cama e logo em seguida a Rose e o Emm.

— Certo, estou encrencada?

Os dois se olharam e de volta pra mim.

— O que aconteceu? – perguntou finalmente minha irmã.

Franzi o cenho. Não me lembrava muito do que tinha acontecido ontem. Na verdade tudo estava uma verdadeira bagunça. Me lembro de ter ido com a Ângela, o Jake e o Edward... AI MEU DEUS.

Arregalei meus olhos e levantei da cama andando de um lado para o outro.

— Ai meu Deus. Ai meu Deus.

— O que foi, criatura? – Rose estava com uma expressão confusa.

— Rose, eu fiz merda. Uma merda enorme. Mas tão grande que eu acho que entupiria trinta privadas.

Só ouvi risada da parte dos dois.

— Emmett, o que ainda está fazendo aqui?

Ele ergueu as mãos em rendição.

— Hei, eu vim ver como você estava, não precisa ser grossa.

Suspirei.

— Desculpe, Emm...

— Mas que merda foi essa que você fez? – ele está mesmo me perguntando isso?

Fiquei olhando pro Emmett.

— Fala, Bellita.

— Emm, não querendo ser mais grossa com você do que eu já fui, mas... Dá pra sair? É um assunto particular entre eu e a Rose.

Ele se levantou e deu um beijo na testa da minha irmã.

— Não se preocupe, tampinha. Se você está se referindo ao fato de que você se declarou para o Edward, já estou sabendo de tudo.

Fiquei perplexa com isso.

— COMO É QUE É? – Rose deu um pulo. – Como você não me conta uma coisa dessas? E aí como foi? Ele retribuiu a declaração?

Eram muitas perguntas na minha cabeça e o fato de saber que o Emm ficou sabendo me deixou muito, mas muito brava.

— Ele te contou?

— Bella, ele é meu primo e melhor amigo. Acha mesmo que não me contaria as coisas que acontecem com ele? Ainda mais uma coisa dessas. Eu que acompanhei de perto todas as vezes que ele chorava por sua causa. – ele cruzou os braços. – Eu te adoro, Bells, de verdade, mas só eu sei pelo que ele passou por sua causa. Eu que estava lá tentando colocá-lo pra cima, tentando animá-lo. Ele sofreu muito. – quando eu ia falar alguma coisa ele me cortou. – Eu sei que você deve ter sofrido também e eu sei pelo que você passou. Fiz a mesma merda que você, mas ontem me redimi e me declarei pra Rose, minha sorte foi que ela não estava namorando ninguém, senão eu estaria completamente ferrado. – ele sorriu pra ela e veio me dar um abraço. – Vou estar sempre do seu lado, mas se você não tem certeza do que sente, deixe do jeito que está, deixe ele com a Ângela. Só que se você ama ele mesmo... Vai nessa. – beijou meus cabelos. – Se quiser te ajudo nessa.

Só percebi que estava chorando quando ele limpou minhas lágrimas.

— Eu o amo mesmo, Emm... Sempre amei.

— Então lute pelo que é seu.

— Mas se ele está com ela é porque sente algo.

Ele riu de lado e foi até Rose, que estava com um sorriso de lado.

— Acredite, tampinha... – abraçou minha irmã por trás. – Ele te ama. Vai fundo.

Eu sorri de lado e assenti.

— Não vou desistir. Não dessa vez. Não de novo.