U Smile escrita por nahinthesky, annab


Capítulo 33
Savannah


Notas iniciais do capítulo

Olá bonitinhas, como estão? Desculpem-me pela demora, de verdade, era para estar pronto a uma semana, para mais, só que não deu por 90475093482509 de motivos, e alem do que, escrever de poquinho como eu fiz, dá capitullos gigantescos.
Apos ler o Godzilla, leiam as notas finais ok?
Capa do Capitulo: http://bit.ly/kOjduo
Roupa Ana - http://www.polyvore.com/smile/set?id=33579008
Roupas Nah - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=28929947&.locale=pt-br (capitulo quase inteiro)
http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo/set?id=30278454 (pijaminha pro final do cap)



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CONTINUAÇÃO DO CAPITULO 32 - ATL

-Quer ver meu quarto agora? - Justin perguntei no meu ouvido.

Tive um arrepiu profundo e sorri balançando a cabeça afirmativamente. Ele me segurou pela mão e me puxou delicamente até a porta do seu quarto, abriu e entrou fechando atrás de nós.

Fui me sentar na cama encarando ele enquanto ele falava: -Confesso que antes eu tinha um poster da beyonce na parede, mais tirei antes de ir pro Canada...

-Porque? - perguntei rindo.

-Não queria que ficasse com ciumes - ele riu indo pra perto da cama onde eu estava.

-E o que mais tinha aqui? 

-Bom, antes a parede era azul bebe - ele disse rindo - mais acho que fiquei velho demais pra isso, entao mandei pintarem de branco... E ainda tem a guitarra autografada pendurada naquela parede, e tem as fotos de quando eu era criança junto com o Ryan, o Chaz...

-Justin - disse já explodindo com os meus hormonios -Cala a boca e me beija - puxei ele pela camisa pra cima de mim na cama me deitando.

Ele quebrou o beijo para dar um grande sorisso.

Abri botão por botão da camisa azul que ele usava, tirando ela dele logo em seguida. Passei a mão pela barriga dele e senti algo estranho.

Então tá, desde quando meu namorado tinha tanquinho? Quebrei o beijo pra ver melhor. 

Sorri e perguntei: -Ando malhando? 

Ele sorriu tambem e continuou a me beijar sem responder. Também né, nem precisava responder, o corpo dele falava por si só.

Percebi que pequenos arrepios passavam pelo corpo enquanto a ponta dos dedos frios por passavam pelo seu corpo quente.

Levei uma das minhas mãos pra nuca dele e puxei seu cabelo fazendo ele soltar um gemido baixo. Pensei se a gente tinha trancado a porta ou não, mas não pareceu importar muito na hora.

Ele passou a mão por cima pela minha barriga por cima do meu blusão e começo a puxar ele pra cima tendo um pouco de dificuldade. Ele continuou insistindo em tirar até bufar fraquinho ainda me beijando e desistir.

Quebrei o beijo, dei um risinho e tirei eu mesma.  Por baixo do meu moletom de esqueleto eu tava com outra blusa de caveira.  Ele encarou minha barriga por um tempo, já que a blusa era curta demais para cobrir ela, era por isso que eu usava o moletom por cima.

Ele colocou a mão na minha cintura e voltou a me beijar com mais ferocidade que antes. Já podia sentir um volume maior na calça dele.

Tentei lutar contra o meu impulso mais eles foram mais forços e eu levei a minha mãe pelo abdomen dele até o cós da sua calça. Justin perdeu o ar por um momento enquanto eu descia mais ainda a minha mão.

Eu sabia que um dia isso ia acontecer, já estava em um relacionamento com o Justin a muito tempo, e eu tinha 16 anos. Quer dizer, meu corpo pedia por isso. Meu corpo pedia por Justin. Mais e mais Justin. 

Criei coragem para abrir o botão da calça dele.  Já estavamos ofegantes quando eu abri o ziper bem devagar.  Ele estava usando uma cueca roxa, sorri ao ver isso. 

Ele colocou uma das mãos na minha barriga e foi subindo levando a blusa junto.  Logo em seguida ele puxou com as duas mãos ela pra cima e quebrou o beijo para terminar de tirar. 

Meu sutia era roxo, e foi a vez dele dar um sorriso. 

-Quer mesmo isso? - ele perguntou passando a mão pelo meu rosto e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. 

-Quero você, por completo - disse sorrindo e voltando o beijo.

Ele passou a mão pela minha barriga mais uma vez indo em direção do meu colo enquanto eu abria a minha calça e tirava. Aproveitei e peguei uma camisinha que tinha no meu bolso de trás da calça. 

Sou prevenida, e dai?

Entreguei pra ele que pegou e voltou o beijo.  Era tudo tão novo.  Com movimentos precisos perdemos as nossas roupas de baixo e nossas mãos tomaram rumos próprios. 

Ele me preencheu. Viramos um só. 

Me senti mais dele do que nunca. 

E ele era meu. 

Podia sentir o cheiro dele, impregrinado nele, impregrinado nas roupas dele, e agora em mim. Esperava que aquele cheiro permanecesse em mim pra sempre.

Uma felicidade enorme foi tomanco conta de mim, era como se eu nem estivesse na terra mais. 

Ele soltou um pouco do peso dele em cima de mim e eu sabia que tinha acabado. Doeu é claro, mais acho que não foi o suficiente para tirar essa alegria de mim.

-Eu te amo - ele sussurrou no meu ouvido.  Ele  se deitou do meu lado e eu virei deitando no seu peito, enquanto fazia carinho no meu cabelo e nos cobriu com um lençol fino. 

Sabia que dali a alguns momentos eu iria dormir. 

Foi quando eu falei uma coisa na qual não me lembraria na manhã seguinte.  -Eu também te amo, Logan. 

CAPITULO 33 - SAVANNAH

- You look like an angel - sai do banheiro enrolada na toalha, sem lembrar com quem dividia quarto. - Walk like an angel...
Dei de cara com um Christian sentado na cama, as mãos bagunçando o cabelo para trás.
Maldita. Ana. Beatriz.
Fingi que não o vi e continuei meus passos ate a mala sentindo os olhos dele me seguindo.
- Talk like an angel... - Peguei um par qualquer de roupas e suspirei, pegando cremes e coisas assim que eu havia esquecido de levar.
Fiz a caminhada de volta, ainda sentido os olhos dele, e antes de chegar a porta cantei a penultima parte do verso: - But I got wise, you’re the devil in disguide. Oh yes, you are.
Fiquei me olhando no espelho imóvel, antes de me dar conta de que Ana me mataria se eu demorasse.
- The devil in disguide. - Murmurei, antes de chegar meus rosto mais perto do vidro do espelho, e comecei a puxar e repuxar meu rosto, tentando achar algum defeito nunca visto por mim, os cravos no nariz ainda estavam lá, e os da testa também.
Olhei meus olhos, eles haviam clareado e deixado de ser o azul gelo forte de sempre, pareciam mais calmos, mas ao mesmo tempo, tristes.
Era muito melhor pensar em coisas bobas como essa do que em Christian, ou em todas as outras merdas que já me aconteceram.
- Pequeno pónei? - Ouvi a voz tão conhecida de Hugo entrar em meus ouvidos abafada pela porta e um pequeno sorriso surgiu no canto da minha boca, eu fingi não o ver ao responder seu chamado.
-To indo coisa linda. - Respondi, enquanto passava pó na minha cara, pensei em passar blush para tentar parecer mais viva, mas desisti quando a porra da caixinha não quis abrir.
Passei o rimel e me distrai fazendo uma trança com meu cabelo, não tento saco para arrumar ele de outro jeito.
Era sábado de manhã, e hoje iríamos no Georgia Aquarius passar boa parte da manhã vendo peixes e seres marinhos, almoçaríamos em um restaurante natureba que a mãe do Justin indicou no Atlanta Botanic, faríamos uma breve visita ao panda do Grant Park e demais animais deveras fofinhos, e lá pelas duas horas o Hugo ia começar a dar xilique para irmos para Savannah, já que o Justin tinha entrevistas e umas coisas assim para fazer.
Se não o Hugo ia me arrastar para praia sozinha.
- Seu to indo é demorado demais. - Ele resmungou, puxando o demais, tipo demaaaaaaaaaaaaisss.
Se ele começasse com sotaque de novo, ia ter porrada.
Abri a porta na cara dele, que quase caiu para trás, pena que ele apenas cambaleou.
- Fala que eu demoro agora! - Fiz pose e sorri para ele, com cara de criança sapeca.
Ele tirou os cabelos pintados agora de castanho - cor que ele manteria por um tempo, ou pelo menos foi o que ele disse antes de me expulsar do quarto deles ontem - da frente dos olhos escuros e me deu um sorriso convencido.
Andei para pegar minha bolsa em cima da cama e fiquei conferindo se ela estava com tudo antes de levantar e olhar para a cara de Chris, que me observava apreensivo enquanto falava no telefone com alguém.
Mordi o lábio vendo meus momentos com aquele idiota passarem pelos meus olhos.
- BU! - Hugo surgiu do nada na minha frente.
- AH! - Gritei sem querer querendo, enquanto ele ria de mim. - Não vale, eu tava distraida.
- Azar seu.
Revirei os olhos, rindo pelo nariz.
Ri mais ainda quando ele roubou um selinho e fez cara de criança sapeca enquanto levava um tapa fraco no ombro.
Segurou minha mão com a sua que era consideravelmente maior e me puxou para a porta enquanto cantarolava qualquer música.
- Avisa que eu já vou descer? - Ouvi a voz do Christian, e voltei a pensar em formas de matar a Ana Beatriz.
- Aviso sim. - Sorri amarelo para ele.
Não sei por que me dou o trabalho.
Assim que fechamos a porta eu abreçei Hugo com força, tentando controlar um choro, não só de raiva, mas tambem, de magoa.
Não aguentava mais fingir que estava tudo bem, queria entrar no bolso da jaqueta de couro do Hugo e só sair quando estivessemos no apartamento com paredes foradas, música tocando e uma boa dose de qualquer coisa para beber.
Ele não se moveu, fazendo com que parte de mim chorasse pelo abraço não retribuido, mas as lágrimas por ele desceram acompanhadas das que vinham pelo que Chris havia feito comigo.
Desde quando eu havia me tornado tão dramatica? Acho que foi ao mesmo tempo em que minha vida se tornou essa bagunça que eu mesma fiz.
Queria que ele me abraçasse de volta, eu necessitava disso como nunca.
Aos poucos, sentia a mão dele tocando minhas costas em punho, me puxando mais para perto.
Não falou nada, apesar de que, qualquer palavra reconfortante seria bem vinda.
Passou os dedos pelo meu cabelo, continuando do mesmo jeito, me fazendo sentir protegida por um longo período de tempo.
Me distanciei e senti a mão dele segurando a minha mão enquanto descíamos as escadas  e meus olhos desinchavam.
Agradeci por minha pele não ser LOUCAMENTE branca, e eu não ter ficado com cara de choro por mais de 5 minutos.
Na sala Ana conversava com Ryan, rindo de qualquer besteira, e o Logan conversava animadamente com o Chaz, tipo, OI APOCALIPSE!
- NATÁLIA EU ACHEI QUE NUNCA MAIS IA TE VER! - Ana pulou em cima de mim quando me viu entrar na sala.
- ACHEI QUE NUNCA IA CONSEGUIR CRIAR CORAGEM PRA TE VER DE NOVO! - Eu ri e ela me deu um tapa, iniciando nossa briguinha cheia de risos.
Era ótimo me distrair de tudo o que passava pela minha cabeça, embaralhado, confuso, cheio e sem cor.
Quando paramos de brigar, Chris já tinha chegado na sala.
Ouvi Chaz gritar e virei a cabeça pra ele, quase deslocando o pescoço (sem exagero, quase desloquei mesmo).
- Me gusta. - Ele falou fazendo charme, com o bigode falso que havia colocado.
- Ui que sexy *-*  - Eu e a Ana falamos ao mesmo tempo.
- AH TRIX! - Eu gritei e pulei em cima do Ryan pra tocar algo verde - lê-se: o blusão dele.
A Ana só conseguiu se jogar no chão pra tentar tocar parte do tapete.
Aquela tapada, o Ryan tava mais perto pra nos duas.
- GANHEI, PERDEU SUA SORTE E FICA QUIETA! - Eu ri diabolicamente, como meu lindo Cérebro faria.
AINDA LEMBRO DE VOCÊ MEU LINDO!
- Mas... - Ela me olhou com cara de coitada e eu apontei o dedo pra cara dela.
- TÁ FALANDO! - Pisquei com um dos olhos duas vezes, e ela riu sem som, sentando do lado do Jus10 de novo.
Olhei pro Hugo que me olhava com cara de “WTF” e fiz cara de desapontada.
- Não teve infancia não? - O Ryan muito querido me jogou no chão enquanto eu fingia ser diva jogando o cabelo de um lado pro outro. - Vadeo!
Olhei pro Logan e ele tambem tinha um bigode falso no rosto, tipo, MUITO MORDIVEL!
Ele fez cara de Danny Jones “rosnando” no DVD do McFLy Live at Wembley - que eu já assisti umas três vezes desde que briguei com a Ana -, e eu tive certeza que a Ana o agarraria se os tempos fossem outros.
Acho que era por isso que ela tava fingindo olhar pra janela que dava pra rua.
- AH EU QUERO UM BIGODE TAMBEM! - Gritei, pulando em cima do Ryan, que tinha um saco de bigodes falsos em mão.
- Não, você é femea, não pode ter bigode. - Ele falou, levantando a embalagem em uma altura onde eu não alcansaria.
- O QUE? E VOCÊ É FEMEA E PODE? COMO CONSEGUIU? FOI ATRAVES DA SUA RELAÇÃO SEXUAL COM O FORNECEDOR CHAZ? D:
Ele me olhou com cara de cú e mostrou o dedo do meio.
- Como você é chata cara U_U - Ele deu um bigode pro Hugo, que colocou e sorriu para mim de orelha a orelha.
Filho da puta, me devolve meu chapéu de Urso tambem.
Ta, não devolve não, porque ficou mordivel demais com ele.
O Chaz tirou o bigode dele e me deu, porque o Chaz me ama, ao contrario de todos os outros perdedores com quem eu convivo.
E em alguns minutos todos estavamos com bigodes, menos o Justin que estava com o pau no cu - como disse o Hugo - e estava mais quieto.
- NAH, EU SOU UMA LHAMA COM BIGODES! - Ana falou, enquanto eu brincava de ser Freddie Mercury com o Hugo e o Logan.
Claro que eu havia dado a permissão de falar para ela, afinal, eu sou uma alma caridosa.
- AH PARA, LHAMAS SÃO MAIS LINDAS DO QUE VOCÊ - Eu ri da cara dela de ofendida quando a mãe do Justin entrou na sala.
- Meu Deus, minha casa foi invadida por mexicanos! -  Ela riu, mas quando viu o Justin mais quieto ficou com aquela cara de "o que aconteceu para todo mundo ta se divertindo e ele ali?".
A que eu fazia quando conheci o Matt e ele ficava envergonhado de surtar comigo, com a Ana e com o Logan.
- Vim avisar que o carro chegou pra todos irem pro aquario. Tem certeza que não é melhor pegar carros comuns e ir dividindo em grupos por carro? Vai chamar muita atenção Justin. - Ela falou, tentando convencer o filho que iria em um carro fodão de qualquer jeito.
Quer dizer, o menino tinha um Land Rolver, SÓ PERDE PRO CARRO DO HUGO!
Tá, não perde pro carro do Hugo.
- Tanto faz. - Ele deu de ombros.
IIIH TEM TRETA!
- Certo, então Hugo e Justin dirigem? - Ela perguntou, com aquele sorriso muito fofo de mãe no rosto.
AH QUE SAUDADES DA MINHA!
- Tem algum carro de 1960 a 1970 ai? - Hugo foi correndo perguntar igual criança pergunta sabor de sorvete, enquanto arrancava o bigode e colava no pulso.
SER RYCO DEVE SER TÃO BOM!
- Hm... tem que ver com os motoristas. - Ela pegou o pulso dele e arrastou para algum lugar desconhecido.
- Então, vamos nos mesmos carros que fomos pro Aeroporto né? - Chris perguntou pro Justin, fingindo que o resto do mundo não existia.
Resto do Mundo - eu e o Logan.
E o Hugo tambem, só que ele não ta aqui agora.
Todo mundo foi saindo da sala e indo para garagem, tipo, oi, e o Hugo? D:
Ana se agarrou no meu braço enquanto colocava umas coisas da bolsa dela pra minha - por que provavelmente ela ia deixar a bolsa no carro, ou esquecer.
- Então Ana, ontem você não desceu para jantar. - Olhei sujestivamente para ela.
Depois daquele papo do carro e do sumiço dela e do Justin eu tinha certeza que algo faltava.
Ek.
- Eu perdi... com o Justin. - Ela falou ficando mais vermelha do que tomate.
- Mas... era para ser com o Logan, sua idiota - Eu pensei, porque se eu falasse eu morria.
- SERIO? - Minha cara devia estar um circulo perfeito.
- Uhun - Meu. Deus .
Não digo mais nada tambem, é claro que ela tinha perdido a virgindade com ele, é obiviu que ia acontecer, ela avisou no carro ué, mas mesmo assim, eu me senti mal pelo Logan, eu me senti mal por saber que ela estava tentando se livrar do que sentia por ele, quando ele não faria isso tão cedo.
Afinal, quem ama mais, se machuca mais e não se esquece tão facil.
Ok, você é a melhor amiga ainda, peça detalhes, pensei me obrigando a pedir isso.
- Foi lindo, eu me senti realmente especial. - Ela falou, com os olhos brilhando. - Ele é especial. - Murmurou para si mesma pouco antes de Hugo e Chaz aparecerem na porta da sala.
Hugo estava com aquele fucking sorriso torto no rosto enquanto Chaz se encostava na parede ouvindo o próprio iPod.
- Estão prontas madames? - A voz rouca entrou pelos meus ouvidos juntos dos paços do all star velho contra o assoalho de madeira.
- Sim senhor. - Sorri de volta, enquanto ele erguia a sobrancelha e a única coisa que eu pensava era que ele devia ser algum primo distante do Mr. Judd, sem mais.
- Abaixa essa sobrancelha antes que eu te morda. - Ana resmungou, indo abraçar o Chaz enquanto gritava “URSÃÃO!”, eu hein.
Chaz saiu correndo com medo, o pobre coitado.
- Ele diz que quer ir no nosso carro. TPM masculina, como diz você. - Segurei seu braço enquanto andavamos em direção a porta que dava para rua, todo mundo já estava por lá.
O Land Rover com vidros escuros estava estacionado na frente de um Camaro vermelho, que Hugo havia tagarelado ser um 1967 e mais algumas coisas que ao menos ouvi.
Tá, o carro era igual ao que ele tinha, quem liga?
Ryan e Chris faziam um Rap e Ana ajudava com os efeitos sonoros, eu ate iria lá me divertir um pouco, mas não fui...
PORQUE EU NÃO TENHOOO RITMOOOO!
O que? Deu saudades de Meu Amigo da Escola é um Macaco ok... E sim, eu sei que minha infância é linda.
- Vamo’ logo, se não a gente não chega a tempo de fazer tudo. - Hugo falou, jogando a chave para o alto e pegando quando ela estava na altura de seu rosto.
- Tudo o que? A gente nem tem planos para depois do almoço - Ryan resmungou com cara de interrogação, enquanto era empurrado para o carro por Chris.
Acho que o rato tem medo do Hugo depois daquele soco lindo.


Peguei a mão do Logan quando entravamos no tunel de vidro que passava por dentro do tanque gigante do aquario.
Tudo era tão lindo ali, era como mergulhar no fundo do oceano sem se molhar, era como se sentir em casa sem estar perto do mar.
Andavamos mais atrás do povo todo, eu estava distraída pelos peixes, águas-vivas rosas e azuis, anemonas, corais, algas, coisa e tal, Logan estava com medo de que o tanque caísse em cima da gente, apesar de todas as negações da guia, e Hugo estava com a mente longe, andando dois passos a frente.
Olhei os olhos verdes contornados por maquiagem preta forte, sabia-se que ele estava mais cansado do que o normal pelas olheiras fundas.
- Desculpa te trazer nisso. - Murmurei, vendo ele olhar para o meu rosto por pouco tempo, antes de voltar sua atenção para o tanque.
- Nisso? - Murmurrou de volta, enquanto paravamos junto ao grupo em frente a uma das placas sobre peixes.
- Na viagem.
- Pelo fato de que você foi ridiculamente egoísta me trazendo? Ah não, tudo bem. - O tom sarcástico dele bateu no fundo do meu estômago, fez tudo revirar, e voltou.
Eba, hora de se sentir mal por ter feito merda e assumir tudo o que vai acontecer.
- Eu sei que fui egoista Logan, mas...
- Você - me interrompeu - precisava de um apoio, algo pra te fazer melhor, já que havia a sua briga com a Ana Beatriz, e não iria aguentar nem os primeiro segundos sozinha com eles. E eu? Onde você estava quando eu precisava de apoio?
Olhei para o chão.
Onde eu estava?
Provavelmente cuidando da Ana.
- Eu tinha que ficar do lado da Ana, ao mesmo tempo em que ela tinha feito uma "coisa boa", ela tinha destruido com parte importante da vida dela. Você. E então, eu e Matt combinamos de que ele cuidaria de você e eu da Ana. - Murmurei, me sentindo terrivelmente culpada.
Ficamos em um silencio terrivel enquanto acabava a explicação e nos continuavamos indo pelo tunel, já estávamos perto do final, e eu sentia que Logan estava mais calmo e aliviado.
Mesmo ele estando ao lado do Hugo, murmurando sobre qualquer coisa que eu não tinha certeza se queria saber sobre o que.
Estavamos quase no final do tanque e paramos em outra placa quando Logan voltou ao meu lado.
- Desculpa, você estava lá quando eu te chamava, e as vezes quando eu não te chamava. Eu sei tambem que você largou tudo quando o Matt disse que eu tinha me cortado para ir ver se eu estava bem, para cuidar de mim. É só que, tudo isso me deixa confuso. Irritado. Instavel.
Lembrei de que larguei uma aula de circo sobre os malabares com facas pra ir cuidar dele.
Era realmente muito amor, mesmo com Cassie me ensinando quando a gente foi na casa dela  no dia seguinte não foi igual.
- Mas você tem razão Logan, eu estou te forçando a ver a Ana todos os dias, e isso não é facil para você. - Olhei para o chão, com uma vontade absurda de chorar. - Não importa se eu estava lá para você, o fato é que, você não merece isso.
- Eu ia ter de ver a realidade uma hora. - Murmurou cabisbaixo.
- Ele não é o amor verdadeiro da Ana. - Murmurei para mim mesma.
- Como sabe? - Ele riu pelo nariz, me fazendo piscar para ele.
- Só sei. - Ri diabolicamente e o Chaz aparotou do meu lado.
- NOIS VAI PRA ALA DAS ÁGUAS VIVAS QUE BRILHAM, DEVO SURTAR SIM OU CLARO? - Gritou para mim com os olhos brilhando.
ÁGUAS VIVAS DUDE!
- Já tá surtando mais... SÃO ÁGUA VIVAS FODONAS! - Logan já havia fugido dos nossos berros e andava com Hugo que cantoralava alguma música.
Pra variar.
- Eu tenho medo de águas vivas. - Ana falou, se enfiando na nossa conversa. - Elas não tem pinto.
Eu ri e revirei os olhos, e o Chaz ficou com uma cara de “estou perdendo todos os meus neurónios pensando em como elas reproduzem”.
- Parabens, vai deixar o menino sequelado Ana Beatriz. Tsk tsk. - Ela mostrou a lingua e fomos seguindo eles brincando de “nós andamos iguais” e cantando Playing God.
Nada como cantar Paramore para melhorar seu dia.
NA-DA!
- Vou ali animar o Justin, ta foda viu? Será que eu fiz algo de errado Nah? - Ela me perguntou, desesperada.
- Não seja ridicula Ana, o que você fez pro coitado? - continuamos atrás de todo mundo, brincando de nos andamos iguais sem cantar a músiquinha.
To com sede, caralho... Quero Guaraná, quer dizer, fez quase seis meses que a gente ta aqui, EU SÓ SINTO VONTADE DE BEBER GUARANÁ DUAS VEZES POR ANO!
Vou fazer o Hugo comprar para mim, é.
- Algo errado tipo ontem a noite? - Ela não olhou para minha cara mais eu vi que ela estava VERMELHA IGUAL MEU CABELO!
Não to exagerando, parei de exagerar, minha cota de exagero já fechou hoje.
Tá, não.
- Sem noias Ana. - Dei um tapinha no ombro dela. - Alias, sexta tem encontro de intercambistas e sepá tenha uma viagem dos mesmo, pra Montreal.
- Por que você sabe disso e eu não?
- Olhei meus e-mails ontem. - Dei de ombros.
- Ah... - Ela fez uma careta e saiu pipocando pro lado do Justin.
Peguei o iPad lindo e maravilhoso que o lindo do Matt tinha me dado e chequei para ver se ele estava online.
Estava com saudades do meu geek já.
O filho da puta não estava online, isso só pode significar duas coisas: o apocalipse esta proximo ou ele ta jogando video-game.
Senti alguma coisa fria - provavelmente uma mão - encostar no meu pescoço e quase voei de susto.
Sem brincadeira.
Hugo tinha sincopes de riso e eu me pergunto, por que inferno não ando mais com um canivete?
Ah é, porque se não eu enfiaria na barriga do Hugo umas 4908259038490238590 vezes.
- Filho da puta! - Coloquei minhas mãos na nuca pra evitar futuros ataques. - Se eu tivesse um canivete, você estaria morto.
- Duvido, Gnoma. - Ele falou cheio de sarcasmo com um sorriso atrevido no rosto.
- Sai daqui vai. - Desenrolei o cachecol da alça da minha bolsa - era a mesma que usava para a escola atualmente - e coloquei protegendo meu pescoço do frio e do Hugo.
Ele continou parado onde estava, por acaso do meu lado.
O ignorei enquanto ouvia a explicação da moça que se divertia falando sobre o por quê desse tipo de medusa brilhar na luz negra ou azulada ou quando estava tão fundo no oceano que o sol não as iluminava mais.
Senti os dedos gelados de ninguem mais do que Hugo se entrelaçarem nos meus, ou tentando antes de eu tirar minha mão de perto dele e cruzar o braço.
Estava ciente do sorriso filho da puta e convencido que ele deveria ter no rosto enquanto eu dava um passo para frente, tentando manter aquele ser desagradavel longe de mim.
Entramos pela porta preta na sala iluminada por luzes negras com aquário em quase todos os cantos, as águas vivas flutuavam uma silenciosa dança, brilhando em azul ou vermelho.
O legal era o aquário que haviam feito no teto, que dava a mesma impressão do tunel submarino.
É, EU GOSTO DE ÁGUA E VIDA MARINHA, POR QUE?
Fiquei assistindo elas se impulsionarem de um lado pro outro, igual a uma criança.
Ana me pediu a camera fodona dela e se distanciou para se divertir através das lentes da camera.
Senti braços gigantes - ou pelo menos para mim eram - abraçarem minha cintura por trás, fazendo com que eu sentisse um arrepio.
Olhei para as mãos que se cruzavam na minha barriga, vendo as tatuagens que eu já conhecia quase que perfeitamente.
Nos dedos, Warm na mão esquerda e Cold na direita, nas costas da mão esquerda, um Hamsá simples em preto, com apenas os dedos do Hamsá desenhados, o olho e na parte de baixo do Hamsá, usando a linha de contorno estava escrito “numquam”.
Na mão direita, um leme de barco com uma pequena ancora no meio e pathway escrito abaixo dela.
Mal lembrei que estava brigada com ele quando me ajeitei no peito dele e deixei uma das minhas mãos pousada sobre a dele.
Sabia que era um joguinho de provocações e ele ficava saltitante sempre que ganhava.
Mas teria volta.
Ah se teria. /insira aqui uma risada maliquina.
Distrai de novo com as águas vivas e Hugo teve quase que me levar no colo pra fora de lá, de tanto que eu fazia drama, e agora estava eu lá, me segurando na porta igual criança birrenta quando a Ana brotou na minha frente.
- Vamos Natália, você não é mais um bebê e seu pai que sabe te controlar não ta aqui, seja boazinha. - Ela me deu uma barra de chocolate e continuou falando - em portugues - sobre o papai lindo que me acalmaria cantando.
É, o Danny Jones e o menino que a Ana pediu para casar.
- É uma criança mesmo. - Hugo pegou a minha mão que não tava melecada de chocolate - que eu limpei na blusa dele, alias - e a Ana segurou a outra.
TENHO OUTRO PAI, QISO!
Outro pai que quase me estrupo - cof cof -, mas tudo bem, só tenho pai lindo mesmo.
- Nazu - Hugo me chamou com meu apelido que só umas quatro pessoas me chamavam, e eu fiz biquinho por tá com saudades de três delas. - vai me levar para Savannah?
- Vai me deixar dirigir? - É, eu sei dirigir porque meu pai de verdade me ensinou quando eu tinha uns 13 pra 14 anos.
É TÃO FODA DIRIGIR!
- Uhun - ele fez uma cara fofinha enquanto puxava a touca de urso para baixo pela parte que cobria as orelhas. (http://tinyurl.com/chapeudeurso conseguem imaginar?)
- MACACOS, ESTAMOS SEGUINDO PARA SAVANNAH DEPOIS DO ZOOLOGICO! - Gritei enquanto saiamos no  hall do áquario absurdamente vazio.
- Ok... por quê? - Ana fez uma cara curiosa, que Justin, Ryan, Chaz e Chris imitava com perfeição.
Pulei até eles, tirando o cachecol vermelho do meu pescoço e passando em volta da Ana.
- Saudades do mar, do cheiro de maresia! - Com um dos braços erguidos e uma mão no coração, eu os convenci.


Entramos pelo portão de ferro alto e largo, no alto possuia um arco com uma trepadeira resistente ao inverno, algumas flores pequeninas rosadas estavam abertas, complementado a placa floreada em preto onde estava escrito “Atlanta Botanic” com um silencioso bem vindo.
- Bem vindos ao mato. - Hugo falou se espreguiçando levando junto o chápeu de urso e colocando novamente.
Ele deve ter problemas com ter um “urso” em cima dos cabelos.
- Assim eu fico com saudades da escola do mato. - Murmurei para Ana que pouco ligava.
Grande amiga que fui arrumar.
Diminui o passo, olhando os grandes carvalhos que beiravam o caminho asfaltado por onde passávamos.
Sentia falta de andar em parques, porque eu realmente gostava disso.
Era como o Horto Florestal de São Paulo, onde eu havia passado grande parte da minha infância, só faltavam os macacos que viviam no inicio do parque e minha família fazendo graça.
Sorri, lembrando de quando era menor e gostava de ir beber agua na fonte, quando meu avô ainda era vivo e nos íamos ao mini shopping do bairro tomar café e comprar tintas.
Lembrei dos meus primos, das viagens ate o terreno baldio do final da rua, onde tinhamos o nosso quartel secreto, e quando cansava de brincar com eles, me mudava para a casa da amiga da minha prima, onde elas e minha amiga brincavam de qualquer coisa mais calma.
Ah que nostalgico isso aqui *-*
Me distrai antes que começasse a chorar de saudades, Hugo, Logan e Chaz conversavam mais a frente, e era bom saber que eles se davam bem pelo menos.
Ana e Justin andavam de mão dada mais atrás ainda de mim, Ryan estava no telefone com a Sam linda da minha vida e Chris estava em algum lugar.
Algum lugar é ótimo né? É bom o suficiente para mim.
Olhei para os lados, tinha um lago e um chorão (é uma árvore ok?) plantado sobre uma ilha ligada ao resto do caminho por onde andava por uma ponte branca, o banco tambem branco descansava em baixo do sol que aparecia só ali.
Quase podia ouvir o banco me chamando, e avisei quando passei correndo para o ir para lá.
Hugo riu de mim quando me avisou que eles ja estariam no restaurante.
- Eu perco o sono e choro, sei que quase desespero - Murmurei a música do Leoni, porque né, nada mais lindo do que as musicas dele. - Mas não sei por que, a noite é muito longa, eu sou capaz de certas coisas que eu não quis fazer...
Me sentei no banco e fiquei sentindo sol bater no meu rosto, fiquei feliz por lembrar que iriamos para Savannah.
Fiquei instantaneamente feliz por saber que iria ver o mar novamente, nunca seria capaz de admitir a falta que o barulho do mar bravo quebrando na praia fazia falta nos segundos antes de dormir.
Lembrei de quem não queria, da dor que já aparecerá hoje e não deveria voltar tão cedo.
Talvez eu seja mesmo idiota, talvez eu tenha fodido tudo, talvez, agora, eu estivesse sentada nessa porra de banco com ele ao meu lado, cantando uma música infantil ou competindo pra ver quem falava “BABUINOS BABACAS BABUCIANDO EM BANDO” mais rápido.
Ok, ele não gosta de Harry Potter a esse ponto, então não pra ultima hipotese.
- Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido? A vida é sempre um risco, tenho medo do perigo.
Medo de tudo, medo de sentir, medo de ver, medo de me deixar levar na dor que eu jurei nunca mais me deixar levar.
Tinha culpa se amava fácil? Sabia sim que meu coração seria pisado por muitas vezes ainda.
- Lágrimas e chuva molham o vidro da janela, mas ninguem me vê.
Eu preferia que não me vissem, as lágrimas da chuva esconderiam as minhas, não gostava de mostrar o quão frágil era, e todo mundo já vira.
- O mundo é muito injusto e eu dou plantão dos meus problemas que eu quero esquecer - Sempre disse que meus problemas eu tinha a causa e a saida, mas a saida nunca aparecia tão facil.
Chris era como um irmão perdido, me enchia o saco tanto quanto meus primos fariam, e eu era capaz de pular de um precipício para salvar a vida dele, assim como faria com toda a minha familia, com a Ana, Logan e Matt, que praticamente eram familia já.
Então ele era um amigo? Era isso caro coração?
Uma vozinha dentro de mim respondeu que eramos como Dougie e o Harry, tinhamos um bromance. Uma amizade tão forte que parecia paixão.
- Será que existe alguem ou algum motivo importante que justifique a vida ou pelo menos esse instante?
Balancei meus pés, observando o coturno marrom com xadrez. Meu bebêzinho lindo cuti-cuti.
- Deveria comentar como sua voz é muito fofa? - Ouvi a voz do Chris e ri pelo nariz, iria fazer algo certo dessa vez.
- Já comentou algumas vezes antes. - Dei de ombros, dando espaço para que ele senta-se. - Como as coisas tão indo?
- Normal, jogos terrivelmente chatos pelo fato de serem só simulação, e a escola ficando pior do que podia se imaginar, quimica e fisica tão um lixo. - Ele resmungou.
- Faço quimica e física um nivel a mais que você e tá facil. - Dei um sorriso brincalhão.
Era meio mentira, já que o Matt e o Logan me explicavam TUDO, Logan com sua apologia as drogas e o Matt cheio de termos tecnicos que eu incrivelmente conhecia.
Acho que meus filhos tambem vão ter medo dos meus amigos, igual eu tenho dos da minha mãe.
- Você tem o nerd maximo do seu lado e dois drogados, sendo que um deles a unica materia que tirava A era quimica. - Revirou os olhos.
- Sempre soube que o Hugo tinha vocação pra ser traficante. - Ele riu, meio sem graça por estar do meu lado.
Nada como meus dons artísticos apurados.
Me distrai com dois cervos brincando em uma das margens do lago congelado, apesar do céu não estar tão fechado.
Devia ter me acustumado com eles, já que em Ontário eles estavam por todos os cantos, pastos, florestas, estradas, ruas, sorveteria da Mrs. Lovely.
É eu sei, foi o Hugo que colocou o cervo lá como supresa de um més de trabalho do Logan, mas enfim.
O que me despertou dos meus pensamentos com cervos foram três belas silabas, com um gosto de começo de uma liberdade da minha dor.
- Desculpa. - Palavra bonita saída pela boca de quem eu precisava ouvir.
Olhei para ele, dando uma chance de prosseguir sozinho. Pelo menos isso ele entendeu.
- Pelo meu ciúmes bobo, pelo jeito como falei com você, e inferno, aquele soco foi tão bem merecido. Merecia muitos outros.
Ri da bobagem dele.
- Qual é, o Hugo ia te matar se socasse mais quatro vezes. - Fiz uma piada fora de hora, um dom passado de pai pra filha.
- Eu sei. - Ele fez uma carinha triste e eu ri de verdade.
Minha mão encontrou a dele, e cara, eu precisava dele na minha vida.
- E por um acaso eu te desculpo, só que não sei ainda o que sinto por você. - Doeu muito mais dizer isso em voz alta, porque eu vi uma ponta de dor no sorriso que surgiu no rosto dele. - Te amo, mas não sei se o suficiente para querer te namorar.
- Livres da dor então? Posso olhar, falar e tocar em você sem achar que vou ser morto pelo Hugo? - Realmente ele pegou um bom trauma com o Hugo.
- Livres, finalmente. - Tirei o pequeno anel com um laço cravejado com brilhantes - Chris tinha pouco dinheiro COF COF - e segurei apertado, mudando-o pro dedo do meio logo depois -. Avisarei pra ele não tentar te matar mais.
- Serei eternamente grato. - Ele sorriu.
- Um brinde a liberdade da dor? - Enfiei a mão na bolsa e tirei o cantil que Hugo tinha contra bandeado para mim até Atlanta.
- O que tem ai?  
- Sei lá, coisa do Hugo. - Dei de ombros, tomando um gole e depois passando pra ele.
Descobri ser wisky quando minha garganta queimou com a agressividade do alcool.
Levantamos do banco, tomando cuidado extra para não cair na lama andamos até o restaurante, onde eles faziam uma guerra de canudinhos.
- Que vergonha, estamos em um restaurante natureba, querem respeitar meu passado? - Fiz meu bico de criança e fui me servir.
É, EU ESTRAGO A GRAÇA ALHEIA AGORA, POR QUE?
Voltei para mesa e Chaz estava sentado na minha frente comendo nachos com um molho nojento.
- Molho nojento. - Fiz careta e ele começou a lamber o nacho cheio de molho e eca eca! - Posso ter minha chance de vencer tal ato nojento?
- Mas é claro mademoiselle. - Peguei os brotos de bambu estranhos que e coloquei no prato por um motivo desconhecido, ja que normalmente eu não comia eles.
Fiquei mastigando de boca aberta, apenas.
Eu sei, é triste o fato de que não consigo ganhar do Chaz nas nojeiras, afinal eu sou Poynter e isso é realmente triste.
Tambem enfiei um canudinho em cada narina, fiquei muito linda e a Ana tirou uma foto e fez um video para mandar pro povo do Brasil.
Quer dizer, continuou com o video.
Nada de mais aconteceu no restaurante, só o Hugo cantando a garçonete que tinha dreatds e uma porção de tatuagens, pegando o telefone dela e partilhando como Logan, já que ela tinha demonstrado claro interesse nele, o que deixou a Ana com uma cara de cú quase que hilaria, ainda mais quando ele foi falar com ela enquanto pagavamos a conta.
- Acha que eles vão sair? - Perguntei para o Hugo, que modestamente me abraçava antes que eu congelase.
O abraço dele era gostoso, eu me sentia uma criança e por isso devia de ser tão bom.
- Espero. O britanco não tem saido muito com garotas desde que ele e Ana tiveram algo. - Deu de ombros, me soltando e tirando o próprio casaco, que ele colocou em mim, nada melhor do que um casaco quentinho. - Pronto, não vai mais morrer de frio.
- Brigada Mr. Gray. - Coloquei as mãos nos bolsos enquanto saiamos do restaurante e andavamos pelo parque ate a entrada do zoológico, AMO ARVORES, AMO PARQUES, QUE SAUDADES DESSAS PORRAS QUE EU ME NEGAVA A AMAR VIU!
Logan andava ao nosso lado enquanto ouvia musica no próprio iPhone, desde que esvaziara o iPod Clasic dele para esconder drogas e etecetera.
- Então Logan, vai sair com ela? - Hugo bateu o ombro esquerdo com o ombro direito do Logan.
- Acho que sim. - Que sorriso mais decadente senhor Logan, já vi mais brancos vindo do mendigo da St. Avon.
- Acha? - Questionei, eu queria sim que ele saisse com ela, a Ana ficava se comendo com o Justin por ai, ele tinha direitos afinal.
- Tá, eu vou. - Ele revirou os olhos, bufando e se escondendo na touca preta dele.
- MEU BEBÊ CRESCEU! - Hugo pulou em cima dele, abraçando e beijando as bochechas, enquanto eu tinha uma sincope de risos.


- Hugo me dá um panda? - Perguntei com a cara colada no vidro de protetor de ladrãos como eu, Chaz e Ryan.
- Não, você vai traumatizá-lo.
Bufei e pulei pro lado do Chaz, que planejava junto de Ryan, roubar o panda.
- Não é melhor fazer isso de noite? - Ryan sujerio enquanto colocava um punhado de pipoca na boca e continuava falando. - E arrumar uma daquelas vendas de ladrão dos desenhos animados?
Chaz tirou três pedaços de pano preto do bolso, com um sorriso maligno.
- Vamos logo, temos de ir pra Savannah! - Hugo começou a encher o saco. Já.
Colocamos cada um sua venda e mais um punhado de pipoca doce na boca, antes de falar: - Nos encontraremos novamente mr. Panda.
É eu sei, SOMOS NORMAIS!
No caminho da casa do Justin passamos em uma sorveteria, sim eu sei, onde se viu tomar sorvete com esse frio!
Cai na tentação que o Hugo é, afinal ele abusa de seus poderes de ser lindo e fodalhão, e acabei ficando com ele, me senti mal por fazer isso na frente do Chris, de verdade, ele não merecia.
Ana me OBRIGOU a tomar um sorvete de nuvem e um de papaya, o primeiro ela disse que parecia que tava comendo nuvem com magia de unicórnio, e o segundo porque parecia o cabelo da Hayley, e cara... ERA DELICIOSO!
Então nos voltamos a casa dos Biebers, finalmente, para pegar: um violão; colchas para sentar na areia; lampiões; dinheiro; toalhas para caso alguem resolvesse se arriscar a morrer congelado no mar; e só.
Dai a gente foi pra Savannah, E CARA EU JUREI QUE IA MORRER COM O HUGO DIRIGINDO, CARALHO!
Não que ele dirija mal nem nada, é só que ele dirige RÁPIDO DEMAIS!
Dirigir uma hora foi o suficiente para saciar minha fome por dirigir, quer dizer, essa merda cansa.
- Qual é Natália, não seja uma bicha louca atacada! - Hugo resmungou enquanto eu ficava agarrada na Ana, falando que a gente não ia passar dessas 4 horas (que ele fez em 3, alias) de viagem.
- Sabia, estatísticamente, que gente que dirige rápido demais e tem carro grande tem pinto pequeno? - Respondi, usando as culturas inúteis da minha mãe.
- O carro é pequeno, logo a sua estatística não se aplica a mim. - Deu um sorriso convencido que eu vi pelo retrovisor.
Fiquei quieta, com a cara escondida no Chaz que me abraçou e “acalentou” em vão, já que eu tava praticamente em panico.
- Relaxa, só mais 15 minutinhos e a gente chega na praia.- Ana Beatriz falou enquanto mexia no MEU IPAD e ria, provavelmente com o aplicativo de bigodes.
- Estatísticamente ocorrem mais acidentes quando se está perto do destino final! - Eu quase gritei, me agarrando mais ainda ao Chaz.
- OK, QUEM TE ENSINOU ESSAS ESTATÍSTICAS? - Hugo gritou, virando o carro em direção ao acostamento, puxando o freio.
- Reid e minha mãe. - Abri a porta e pulei pra fora do carro. - ASFALTO SEU LINDO!
É meio dificil de abraçar o chão, mas eu tentei, ah como tentei.
- Ana, quer dirigir? - Hugo perguntou, me olhando com pena.
- Não quero sua pena. - Bufei, brincando com uma graminha que crescia perdida no acostamento.
- Pode ser. - Ambos me ignoraram enquanto Hugo saia pela porta do motorista e a Ana pulava pro banco dele, Chaz pulou para o banco do passageiro ao lado da banana.
Vi o moço tatuado pular sobre o capô do carro até onde eu estava, e sentar do meu lado.
- Minha ruiva... volta para o carro? - Fiz não com a cabeça, sem olhar para ele, que passou a mão no meu rosto. - Vem logo, ruiva!
Ele me pegou no colo, e eu tava prestes a dar xilique quando ele começou a cantar uma música em francês, dai eu só fiquei com cara de cú mesmo.
- Tem uma versão dessa música em portugues, quer dizer, metade dela é. - Eu olhei pros olhos escuros, cantando junto. Quer dizer, essa música era tão fofa, pra variar lembrava minha mãe.
Me ajeitou no seu colo, e cara, eu realmente me sinto uma criança.
- Eu sei, mas não me arrisco a cantar perto de vocês duas, pra me corrigirem. - Ele bufou e eu fiquei só olhando para janela, alguns pastos cobertos de neve me encaravam de volta.
Definitivamente sol e neve ao mesmo tempo deve ser a coisa mais linda em toda a humanidade que meus olhos já viram.
Em quinze minutos, entramos na cidade, que quanto mais nos aproximavamos da praia, mais se transformava em casas e quiosques de madeira.
Ana estacionou na frente de um quiosque aberto, onde Hugo parou para comprar bebida. Cadê a novidade?
Esperamos o resto do povo, que logo apareceram no humilde carro de Justin, muito humilde.
Fomos para a praia, onde os meninos fizeram uma foqueira e as damas (eu, Ana. Chaz e Ryan) faziamos o resto do video.
- Olha que boniteza o Hugo pegando gravetos. - Eu apontei pro magrelo tatuado que apesar de conseguir me carregar no colo - e outras pessoas tambem, mas isso são detalhes - mas não conseguia carregar um tronco de arvore com o Logan ajudando.
Ficamos assistindo eles se matando para arrumar nosso “banco” e no final, fomos ajudar a colocar as coisas comíveis e toalhas.

O por do sol começava e eu tava convencendo Hugo a ir andar comigo na praia, porque o gordo alegava estar muito bem enrolado em uma das mantas, já que eu ainda estava com o casaco dele.
O convenci quando o por do sol começou,  colorindo o céu com laranja, amarelo e rosa.
- Fico em duvida, o por do sol ou sol da meia noite. - Segurou minha mão, me fazendo dar um girinho.
- Onde que você viu seu sol da meia noite? - Perguntei, enquanto continuava dançando.

- Finlândia. – Respondeu, com um carinho infiltrado, os olhos negros se tornaram então distantes por breves segundos, logo se obrigando a voltar a realidade. – Eu era pequeno, lembro que minha mãe ainda estava bem e toda minha família harmoniosa.

Sua mãe, pelo que sabia, era uma senhora que vivia com um casal simpático de gatos e com o filho mais novo, Vicent – o irmão que Hugo menos conviveu, mas que, por um acaso, sentia mais carinho do que pelo próprio pai –, em Vancouver.

Sabia que o resto da família se dividia entre  a Finlândia, Canadá e Estados Unidos, e apenas isso.

Senti vontade em saber de toda a vida dele, mas o olhar distante com um fundo inegável de tristeza me fez parar.

Me puxou, parando em minha frente e segurando minhas mãos como se fossemos dançar, sua voz rouca começou a cantar In The Colours, com um sorriso bonito nos lábios ele me conduziu em quanto dançávamos sobe as cores do por do sol.

O som das ondas quebrando se misturava a voz de Hugo, juntas formaram uma combinação gostosa, que eu jurei nunca me esquecer.

Passou dois dedos sobe a lateral do meu rosto, os lábios entreabertos, por onde eu sentia o ar quente bafejar minha cara.

- Você não pode ser real. – Ele comentou rindo, me girando com a outra mão enquanto eu cantarolava o refrão.

- Por que não posso? – Me segurou de novo, dançando comigo como se fosse a última vez que iríamos nos ver e precisa-se de belas lembranças.

- Olhe para você, tão delicada, depois olhe para mim. – Revirei os olhos, o achando extremamente idiota.

- Hugo, quando eu digo que não é para misturar maconha e as suas bebidas malucas, eu falo sério. – Ele riu de mim.

- Já te disse que não faz diferença nenhuma! – Beijou minha testa, me pegando no colo e correndo de onde estávamos até a beira do mar, onde nos respigamos de água salgada e então, ainda no colo dele, chutando e reclamando enquanto ele ria, voltamos a areia, onde havíamos estendido nossa mantinha anti-areia.

Com Hugo rindo de tudo, aproveitando sua trip – que demorou um tempo considerável para começar, convenhamos -, e eu aproveitando o lado divertido dele, achando formas nas ultimas nuvens que se destacavam no céu que se tornava escuro de pouco em pouco.

Quando vimos, a lua já estava alta em seu sorriso psicodélico do gato de Alice no Pais das Maravilhas.

- Vemos outra coisa bonita, a lua. – Hugo comentou, puxando nossas mãos dadas ao céu, apontando a lua.

Alguem ganharia uma verruga na ponta do dedo, tsc tsc.

- A lua parece tanto com emoções. – Comentei, sentindo frio e me encolhendo mais contra o corpo gigante dele.

Sim, eu vou chamar ele de gigante para sempre.

- Ela é inconstante, como todo humano é. – Me olhou, com os olhos escuros lendo minha alma, como eu sempre sentia quando ele me olhava nos olhos por muito tempo.

- Infelizmente somos. – A fitei por mais um tempo, depois olhando as estrelas, achando uma constelação e a ligando com o dedo. – Um dia eu quero tatuar as fases da lua.

- Só eu posso te tatuar. – Ele reclamou, agora ligava uma constelação com o dedo indicador.

- Disse que não seria você? – Ri, o achando bobo.

- Irrelevante. – Me abraçou para não mais soltar. – A lua é de verdade a coisa mais linda do mundo, não preciso do sol da meia noite, nem nada assim se todos os dias puder abrir minha janela e ter certeza que ela  estará lá.

- Já percebeu que, mesmo sendo mutável a lua sempre está lá? Ela e todas as estrelas, são as únicas que nunca nos deixarão. Em momento algum, em nenhum segundo. – Me peguei com uma lágrima tentando fugir de meus olhos.

- Não chore por isso, eu também estou aqui, Matt, Ana e Logan também, para sempre, mesmo que daqui a alguns meses você esteja no Brasil. - Me abraçou e assim ficamos parte da noite, em que dormimos, conversamos e cantamos até voltarmos para onde eles estavam mantendo a fogueira.

Hugo era, sem duvida alguma, uma das melhores pessoas que eu já conhecerá. Não era o melhor por ter hábitos bons, ou ser uma boa influencia, era exatamente o contrario, mas sua mente era tão secretamente rica.

- Acho bom a gente ir voltando. – Ryan comentou, enquanto observávamos Chaz e Chris brincando na beira d’água, como dois adolescentes bêbados que eram.

- Ninguém bebeu demais? Sem coma alcoólico ou merdas assim? – Hugo perguntou, com uma cara triste só pelo fato de estar todo mundo bem.  – Ok então, chamem os dois e vamos.

Eu estava deitada entre as pernas magrelas do Logan, mas foi Hugo que me levantou, porque eu estava sonolenta demais.

DEMAIS É DEMAIS MESMO! Tipo, olhos quase grudados.

Daí o moçoilo me levou no colo até o carro, e então me aconchegou no colo da Ana, que se apoiou em mim e dormiu antes que eu fecha-se os olhos direito.

- Hugo? – Perguntei com o resto de minutos acordada que possuía.

- Oi ruiva. – Me olhou pelo retrovisor.

- Promete não bater o carro? – Já disse que tenho medo de que batam o carro poxa.

- Nunca bati o carro, bestinha. – Logan riu alto e nem liguei, pois eu já tinha dormido.

- Fiz uns rascunhos da sua tatuagem. – Hugo entrou no banheiro com um caderno de desenhos em mãos.

Estava imergida na banheira, depois de tomar dois comprimidos pra dor de cabeça, ainda era de madrugada e fazia umas duas horas que a gente já tinha chego.

Logan trocará de quarto comigo, mesmo porque não queria dormir do lado do Hugo de novo, não por boa ação a minha pessoa.

Claro que eu ainda tava com sono, mas alguem não me deixava dormir, para variar.

- Aé? Posso ver? – Levantei a cabeça, esticando a mão e a secando na toalha enquanto via o desenho do Hugo no caderno.

Era bonito, gosto do jeito como ele desenha, por diversão. Hugo era todo assim, por diversão, fazia as coisas que queria, tatuagens, piercings, músicas, fotografias. Era todo “ser quem quisesse”.

- Faz um favor para mim? – Perguntei, ouvindo um sim em resposta. – Arranca essa página do seu caderno e guarda na minha mala?

Ele riu, tirando o caderno de minhas mãos e voltando a desenhar, levei isso como um não, e voltei a lavar o cabelo com o xampo cheiroso de amora.

- It's more than a habit I'm more than an addict I'm parked here outside of you door (É mais do que um habito, é mais do que um vicio, eu estou estacionado aqui na porta da sua casa) – Cantarolei, levantando uma concha de água com a mão e jogando a água de volta na banheira. Saudades de Son of Dork.

- Know you never lock it got your keys in my pocket lights all out but I know for sure I am ten steps away from you from you and him. Redemption, it that a sin? (Sei que você nunca tranca, tenho suas chaves no meu bolso, luzes apagadas, mas eu tenho certeza que estou a dez passos de você, de você e dele. Redenção, isso é um pecado?)

Comecei a tirar o xampo, e Hugo continuou cantando Sick para mim.

-I'd never run him over I wouldn't wanna dent my car I'd never rip your throat out ‘cos that could leave a nasty scar so I'm gonna go out get drunk with my friends try to get myself outta this funk I'd never screw my life up because of how sick you are! – Acabei de tirar o xampo e peguei o pente, tirando todos os nos e grãos de areia.

Hugo tirou as roupas, o censurei a ficar com a Box preta e estranhamente, ele obedeceu antes de entrar na banheira.

- Lava meu cabelo? – Eu ri, pensando que deveria de ser o contrario.

Joguei um punhado de xampo de hortelã sobre a cabeça dele, era o xampo que tinha ali alem do meu, que ele dizia ser muito de mulher para ele usar.

- Agora você espalha e tira. – Apontei para ele e peguei a toalha, saindo da banheira e indo colocar o pijama.

Volte, me sentando no vaso sanitário, com o caderno de couro do Hugo no colo e com a caneta preta de ponta média eu desenhei letras, que juntas formavam palavras e frases, saídas de um lugar de minha mente desconhecida.

Senti os olhos leitores de almas e livros de Hugo sobre mim, mas não liguei, pela primeira vez.

-  Você muda de mundo quando escreve. – Ele comentou, saindo da banheira e se enrolando na própria toalha.

- Levo isso como um elogio? – Ri, fechando o caderno e colocando de volta em cima do mármore da pia.

- Claro que leva. – O deixei no banheiro, enquanto me jogava na cama, enfiando-me em baixo dos cobertores, o ar quentinho deixava tudo mais quentinho no frio gigantesco que fazia.

Cinco minutos em que eu Clariceava – encarnava a Clarice Lispector dentro de mim – Hugo apareceu e me puxou pros seus braços mais ou menos fortes, pouco antes de que seu celular tocar. Estiquei a mão para pegar o iPhone que tocava mostrando a foto da capita das Lideres de Torcidas do colégio.

- Eca Hugo, Charz é demais para mim agüentar dormir do seu lado mais de metade de um dia. – É ISSO AI, SE VOCÊ APOSTOU QUE ERA A VACA LOUCA DA CHARLIE, VOCÊ GANHA UMA MECHA DE CABELO RUIVO!

- Ah Natália, nem é para tanto, é parte do meu passado tenso.

- É para tanto sim, encontrei a vadia em cima do meu primeiro “namoradinho” daqui. – Bufei, me livrando dele, que desligou o celular e me abraçou de novo.

- Qual é, faz uns cinco anos que ela não me ligava, desde que eu apareci aquele dia na escola pra encontrar você e o Logan na escola, ela tem me ligado.

- Foda-se. – O abracei, só porque eu precisava roubar calor de alguém, eu juro.

Senti ele me apertando mais ainda e suspirei, sentindo os vários cheiros dele entrando pelas minhas narinas, estiquei o dedo e tracei o contorno da caveira no pescoço dele, coisa que fiz até dormir.

Acordamos umas duas horas e fomos ao aeroporto as três, e então, o final de semana em ATL (eternamente isso seria All Time Low e não Atlanta, desculpa ai sociedade) estava acabado. 


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Notas finais do capítulo

Reviews? Sim, esse capitulo é para vocês conhecerem mais do Hugo, não sei, gosto de escrever sobre ele e sobre o Matt tambem. Desculpinhas pela demora, sei que foi muito tempo sem capitulo, minha vida ficou uma bela duma merda nas ultimas duas semanas, por causa de uma unica pessoa, e a da Ana tambem não esta lá muito bonita. Mas, sobre os capitulos, pelo menos eles tão grandes /GODZILLA COF COF/, para compensar. E os erros são muitos, eu sei. Amo vocês doces, comentem ok?