Os Dez Mandamentos: E Se? escrita por JonFanfics


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente. Esta e minha primeira fanfic na categoria. Sou um garoto que mora na Europa e acompanha Os Dez Mandamentos pela Record Internacional, que começou a exibir a novela apenas em janeiro deste ano. A novela tá apenas no começo mas estou amando, e estive pensando em como seria se Moisés tivesse ficado com Joquebede, e me veio essa ideia de fanfic na cabeça.
Como disse antes, não tenho a intenção de ofender a história da Bíblia, isto será apenas ficção, então quem achar que vai se sentir incomodado não leia.
Safira e uma personagem que eu criei, representada pela atriz Mayte Piragibe da Record.
Espero que gostem.
Boa Leitura.



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O caos e o desespero eram mais que evidentes na vila dos hebreus. O faraó Seti havia dado instruções de que todos os bebês hebreus de sexo masculino fossem executados, e os oficiais egípcios estavam naquele momento invadindo todas as casas e arrancando covardemente bebês dos braços de suas mães. Claro que era uma injustiça, mas ordens do Deus-Rei não poderiam ser descumpridas. Quando os oficiais chegaram na casa de Amália, uma jovem hebreia, ela se assustou e achou melhor ir avisar a amiga Joquebede do que estava acontecendo. A garota correu o mais rápido possível e logo chegou ofegante na casa da amiga.

— Que foi Amália? Aconteceu alguma coisa? - Perguntou Joquebede, ao ver o estado em que a moça se encontrava.

Amália se sentou, e depois de tomar fôlego, preparou se para dar a noticia para a família.

— Moisés, o filho recém-nascido de vocês corre perigo. Os oficiais egípcios estão invadindo a vila e arrancando todos os bebês masculinos dos braços de suas mães para cumprir a ordem do faraó e executa-los. - Amália, explicou penalizada.

Joquebede e o marido olharam pro filho, Moisés, que dormia tranquilamente no cestinho. O garoto tinha apenas dois dias de vida, mas já era muito amado pelos dois e corria perigo de vida. Que Deus não permitisse que nada de ruim acontecesse com ele. Joquebede faria tudo que pudesse para salvar seu filho caçula.

Arão, o filho do meio começou a chorar e agarrar a perna da mãe.

— Os egípcios vão matar meu irmão? - Perguntou ele, choroso.

— Não quero perder Moisés. - Falou Miriã, a mais velha, também chorando.

Joquebede se abaixou e abraçou os filhos.

— Nada de mal vai acontecer com o irmão de vocês, Deus não vai permitir. - Falou ela, pra consolar os filhos. Ela era uma mulher de extrema fé e acreditava que Deus não lhe daria a benção de ter mais um filho para tira-lo dela logo depois.

Até que Amália, que estava até o momento calada apenas observando a cena, teve uma ideia.

— Ouçam, tive uma ideia. Os oficiais já revistaram a minha casa, e não creio que o irão fazer novamente, então porque eu não escondo Moisés lá até que os oficiais vão embora? - Sugeriu a jovem, sorridente.

Ao ouvir a ideia da amiga, uma esperança se firmou no coração daquela mãe guerreira.

— Você faria isso por nós Amália? - Perguntou Joquebede.

— Claro que faria, amigos são pra essas coisas, não é mesmo? - Retrucou ela.

— Obrigada Amália, muito obrigada mesmo, eu nem sei como te agradecer. - Falou ela, emocionada.

— Não agradeça a mim, agradeça a Deus por me colocar no vosso caminho. - Disse Amália, antes de pegar Moisés no colo, que ainda dormia.

— Vou indo. Fiquem com Deus. Shalon. - Desejou a moça, antes de sair porta a fora rumo a sua casa.

— Shalon. Que Deus proteja Amália e meu filho. - Pediu Joquebede, fazendo uma oração para o Senhor.

E o pedido dela foi aceito, pois poucos minutos depois os oficiais do Rei invadiram a casa da família, mas obviamente não encontraram nada, e algumas horas depois Amália pode finalmente trazer Moisés de volta são e salvo.

No palácio, mais precisamente na Sala do Trono, Seti estava esperando que seus oficiais voltassem com alguma noticia da missão que lhes fora designada: Exterminar os bebês meninos hebreus.

— Espero que a missão tenha sido bem-sucedida, e que não tenha havido problemas. - Falou ele, para a esposa Tuya.

Tuya não concordava com a ordem de extermínio, achava crueldade demais, mas conhecia bem o marido e resolveu não contrariá-lo

De repente, os dois avistaram Henutmire, a jovem filha deles entrando no aposento, para a surpresa de ambos.

— Henutmire, o que faz aqui minha filha, não devia estar no harém com todas as outras mulheres? - Perguntou Tuya, surpresa.

Henutmire apenas ignorou a fala da mãe e se dirigiu ao pai.

— O SENHOR É UM MONSTRO! - A Princesa esbravejou, com raiva. - Como pôde mandar matar milhares de bebês indefesos, destruir famílias sem mais nem menos? Você não tem coração meu pai, não vê como podem sofrer? Isso é uma completa injustiça. - Disse Henutmire, completamente indignada com a situação. Apesar de ser egípcia, Henutmire tinha um bom coração e, apesar de achar que eles eram um povo inferior ao seu, achava injusta a forma como os hebreus eram tratados.

— NUNCA MAIS OUSE GRITAR COMIGO HENUTMIRE. - Seti bradou, levantando-se do trono, furioso. - Sou seu pai, e acima de tudo seu soberano. Tudo que eu digo é lei aqui no Egito. Tudo o que faço é para o bem do equilíbrio cósmico. Além do mais os hebreus são uns inúteis, desprezíveis, merecem sofrer muito mais do que estão sofrendo. - Discursou ele, de maneira fria.

Mas Henutmire era rebelde, e não se deixou levar pela reprimenda do pai.

— Pois eu não acho nada correto o que o senhor esta fazendo meu pai. Imagina a dor de perder um filho, um neto. Ponha-se no lugar dos hebreus um só instante. E tem mais, se o soberano insistir com essa loucura de exterminar os bebês masculinos hebreus faço qualquer coisa, mas esta filha que carrego no meu ventre não nascerá. - Ameaçou Henut, decidida, antes de sair do aposento sem nem sequer olhar para trás.

A ameaça da Princesa pareceu surtir efeito no Rei, pois alguns dias depois ele avisou que a ordem de extermínio estava revogada. O que não adiantava muito, já que o estrago já havia sido feito e milhares de vidas recém começadas haviam sido ceifadas. Alguns dias depois, todo o Palácio se concentrou na Princesa Henutmire, que havia entrado em trabalho de parto, e todos queriam saber quem seria a mais nova princesa ou o mais novo príncipe do Egito. De fato, nasceu uma linda menina, a qual Henutmire e seu marido, o general Disebek apelidaram de Safira. Todos os nobres estavam encantados pela recém-nascida. A única que não estava feliz mas fingia estar era Yunet, a dama de companhia da Princesa. Ela não conseguia acreditar que seu plano de envenenar a princesa e faze-la abortar não havia dado certo. Malditos Deuses que favoreciam Henutmire, ao invés de favorecer a ela. Yunet odiava a princesa desde que seu grande amor Disebek a havia abandonado para ficar com ela. Yunet estava ate grávida de Disebek, mas se dependesse dela ele nunca saberia que tinha uma filha. Para todos os efeitos a criança que ela esperava era de Paser, seu marido. Olhando para Safira, Yunet bufou. Ela ainda teria sua tão sonhada vingança.

Muitos anos depois...

Muitos anos haviam se passado, e agora Safira havia se tornado numa bela jovem, invejada por todas as mulheres do Palácio, e desejada por todos os homens. Mas a moça também era rebelde, decidida, e não se continha. Falava sempre tudo o que pensava. Safira e Nefertari, filha de Yunet eram inimigas declaradas, e estavam sempre trocando farpas. Henutmire continuava casada com Disebek, e não fazia ideia de que o marido a traía com Yunet, sua dama de companhia quem ela achava ser sua melhor amiga. Yunet sempre tentava fazer mal para a Princesa, mas quem sempre acabava se dando mal era ela.

Nefertari e sua dama de companhia Karoma estavam conversando no harém. A filha de Yunet reclamava da lentidão do seu namorado, o Príncipe Ramsés, em lhe pedir em casamento. Os dois sempre foram apaixonados desde a infância, e agora estavam namorando faziam alguns meses, mas parecia que Ramsés não tinha intenção nenhuma de dar mais um passo na relação.

— Não sei Karoma, às vezes sinto que Ramsés não me ama, e esta apenas brincando com meus sentimentos. - Confidenciou Nefertari, meio desiludida.

— Ah, senhora, tenho certeza absoluta que o príncipe a ama, às vezes ainda não a pediu em casamento apenas por causa do Rei Seti, pois a senhora sabe que ele não vai muito com a sua cara. - Notou Karoma, expondo seus pensamentos.

— É, talvez você tenha razão Karoma. - Suspirou Nefertari.

Na vila dos hebreus, mais precisamente na casa de Joquebede, Arão pegou uma jarra de água, e jogou em cima do irmão Moisés, que ainda estava dormindo.

Moisés se debateu assustado, e se enfureceu ao ver a cara risonha do irmão.

— Bom dia irmãozinho, hora de irmos pra obra. - Falou Arão, sarcasticamente.

Moisés bufou, levantou da cama e começou a correr atrás de Arão, que fugia.

— Eu vou te pegar. - Gritava o caçula.

— Parecem duas crianças. - Falou Eliseba, a esposa de Arão, achando graça da situação.

— É, Arão e Moisés sempre se deram muito bem, agora adultos a cumplicidade melhorou ainda mais, chego até a ficar com ciúmes. - Disse Miriã.

— É tão bom ver meus dois filhos tão felizes e unidos. Eu só tenho a agradecer a Deus por ter salvo Moisés daqueles oficiais, apesar de Anrão ter morrido, nossa família não poderia estar mais feliz. - Disse Joquebede, emocionada.

Depois de alguns minutos, Arão e Moisés já estavam prontos pra ir pra mais um dia de trabalho na obra, e deram o usual beijo em Joquebede, como sempre.

— Shalon, Deus abençoe a todos vocês. - Falou Moisés, e puxou Arão ao ver que ele não parava de beijar Eliseba. - Vamos Arão, sua esposa estará aqui quando voltarmos. - Falou ele, irritado.

— O que você precisa é encontrar um amor, meu irmão. Quando se apaixonar perdidamente por uma mulher como eu quero ver você reclamar. - Arão falou.

Moisés fez uma careta, que as mulheres da casa acharam graça e riram.

— Shalon. - Elas falaram.

Moisés e Arão chegaram na obra e encontraram Num, o melhor amigo da família. Eles começaram a trabalhar sobre o olhar severo do feitor Apuki, que parecia odiar os hebreus, e qualquer motivo, por menor que fosse, já lhes dava chibatadas. Mas a surpresa do dia foi a visita do Príncipe Ramsés. Não era dia de supervisionar a obra ainda, mas então o que o Príncipe estaria fazendo ali?

Ele se aproximou de onde estava Moisés, Arão e Num, juntamente com Apuki e se dirigiu a Moisés.

— Soubemos que você é um dos melhores arquitetos do Egito, por isso o faraó Seti ordena que me acompanhe até o Palácio. Temos um trabalho muito importante para você. - Falou Ramsés, olhando para Moisés com desprezo.

Moisés olhou para Arão e Num, abismado. Que trabalho importante seria esse?

Vendo a hesitação de Moisés, Ramsés se irritou.

— Vamos hebreu, não tenho o dia todo. - Esbravejou.

Moisés deu uma ultima olhada para Arão, se comunicando com o olhar antes de seguir Ramsés. Que fosse o que Deus quisesse.

— NÃO MÃE, DE JEITO NENHUM VOU ME CASAR COM UM ESTRANHO. - Gritou Safira, irritada ao saber que seu avô aparentemente tinha arrumado um noivo para ela.

— Mas ele é um bom moço, vem de uma família nobre. O casamento de vocês trará muitos benefícios para o Reino. Tenho certeza que vai amar a companhia dele. - Falou Henutmire, tentando convencer a filha.

— De jeito nenhum, se for pra me casar que seja por amor e não por interesse. - Falou Safira, antes de sair porta afora.

— Safira, volte aqui. - Henutmire correu atrás da filha.

Safira começou a correr, mas parou ao ver Ramsés chegar com Moisés logo atrás. Os dois se olharam, e meio que encantados um com o outro sorriram. Henutmire e Ramsés perceberam o que estava acontecendo, mas ficaram quietos.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Gostaram? Odiaram? Mereço comentários? Será que desse olhar poderá nascer um amor proibido entre Safira e Moisés? Como será a estadia dele no Palácio? Muitas emoções os aguardam nos próximos capítulos..
COMENTEM!!