The Selection escrita por Ciba


Capítulo 2
Capítulo 2 - Habits


Notas iniciais do capítulo

OI OI GALERA. Vooltei ♥ Demorei? Um pouco né ahushsu.
Em primeiro lugar, quero agradecer a vocês que já comentaram no primeiro cap ♥ vocês já têm um lugar no meu coração hahah.
Enfim gente, acho que eu demorei mais pra achar uma música pro nome do cap do que pra escrever o cap. Eu particularmente não gostei muito desse cap mas eu falei que ia postar de quinze em quinze dias e por isso to aqui. O cap tá meio curto mas espero que vocês gostem ♥

Boa leitura :3 ♥

ME INDIQUEM MÚSICASSS



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Trying to forget you babe, I fall back down

Gotta stay high all my life to forget I'm missing you

— Habits, Tove Lo

 

Tudo o que aconteceu entre mim e Dino Thomas, Casta 6, foi incrivelmente rápido. Tudo mesmo. Desde a forma como começara do nada até forma como terminara… do nada, também.

Nosso lance começou no ano passado, no casamento de minha tia. Sim, onde eu tinha usado meu melhor vestido, que foi presente das horas extras de meu pai e minha mãe. Eu estava encantada. E quando eu vi Dino atrás do balcão naquela festa, nos servindo, não resisti e o chamei para dançar.

Foi assim. Simples. Um convite e pronto. Depois da festa, nos encontramos algumas vezes na rua até começarmos a marcar nossos encontros no quintal de trás da minha casa, onde ficava escuro o suficiente para que a gente se beijasse depois do toque de recolher.

Mas, mesmo que tenha começado rápido, foi intenso. Sei lá, foi uma coisa que eu não consigo explicar. Foram milhares de borboletas voando na minha barriga enquanto esperava todos dormirem para dar uma escapada no quintal. E foram aqueles sorrisinhos que eu dava do nada quando me lembrava das vezes em que quase fomos longe demais.

E, então, ele recebeu a convocação para ser soldado na mesma época que meu irmão. E Dino foi embora. Saiu de Dakota e se mudou para a base de soldados em Carolina. E nem sequer se deu o trabalho de me falar. Fiquei esperando nos fundos do quintal por quatro noites até achar um pretexto e ir até a casa dele, onde fui informada da “ótima promoção de Dino.”

Passei por vários estágios de emoções. Primeiro veio a raiva. Depois a tristeza e a saudade. A aceitação. E então, a raiva novamente e isso prevaleceu por muito tempo.

Apesar de todo o rancor guardado lá no fundo, foi nos momentos em que passei com Dino, o cobrindo de beijos e amasso, que eu me recordei quando uma funcionária do palácio veio fazer uma visita em minha casa e me perguntou se eu era virgem.

—O que a senhora está insinuando? -minha mãe perguntou, esganiçada. -Ginny só sai dessa casa pra ir e voltar da escola e dos trabalhos.

Me senti um pouco culpada por minha mãe pensar que eu nunca havia me enroscado com um garoto antes. Mas apesar de todos de todos os momentos quentes…

—Sim, senhora, eu sou virgem. -respondi solenemente e com uma voz fria.

Aquela mulher tinha cara de sapo, uma voz incrivelmente infantil e um lacinho rosa na cabeça que me irritava. Aliás, toda aquela roupa rosa dela já estava fazendo meus olhos lacrimejarem, incluindo o crachá em seu peito, onde estava escrito “Dolores Umbridge, subsecretária sênior de Hogwarts” Aquela primeira impressão do que me aguardava em Hogwarts já estava começando a fazer eu perder a ansiedade da sexta-feira passada.

—Ah, é só para preencher os requisitos, senhoras. -disse Dolores, soltando uma risadinha desagradável. -Quer dizer, essas castas são conhecidas pela, hm, a elevada quantidade filhos, não?

Cerrei os punhos e contei até dez. Além de precisar jurar me entregar para qualquer vontade do príncipe sem contrariar, tive que me comprometer a não brigar com ninguém no castelo. Porém eu não tinha nem saído de casa e já não sabia se iria cumprir essa parte do contrato. Isso porque, além de Umbridge, a repórter especial do castelo, Rita Skeeter, tinha visitado minha casa pois queria fazer um entrevista especial para o Profeta com todas as Selecionadas. E, pelas perguntas importunas de Rita, as duas estavam em uma acirrada disputa de quem era mais insuportável.

Não foram só elas que tinham aparecido em Dakota para me analisar. Porém os outros visitantes foram bem mais convidativos. O que eu mais gostei foi ter que falar ao telefone com uma mulher chamada Minerva, a secretária oficial, e ela tinha uma voz firme e severa, mas me passou um sensação boa ao perguntar várias vezes se eu ou minha família precisava de algo e dizer várias vezes que eu não tinha com o que me preocupar. Me senti confiante. E também teve a visita de um tal de Horace Slughorn, que veio ver minhas medidas e deixar um “vestido de dama” para o dia em que embarcaria. Ele me chamava de “querida” o tempo todo e isso acabou sendo divertido.

Ainda assim, quando Umbridge se levantou, anunciando sua saída, senti um grande alívio.

—Então é isso, srta. Weasley, nada de sair sozinha a não ser que seja dispensada, aceite de boa vontade a ajuda dos soldados que a levarão até o aeroporto, não seja inadequada… -Dolores ainda tagarelava as instruções como se eu fosse uma criança até a porta de entrada quando deu um saltinho. -Já ia me esquecendo. -ela tirou um papel de sua maleta. -Está aqui o primeiro cheque pela sua participação, é só assinar o recibo. -do jeito que ela falava, parecia suborno mas nem contrariei pela quantidade de zeros que vi no cheque. Senti minha mãe prender a respiração, olhando para o cheque.

“Obrigada, senhorita” Umbridge pegou o recibo e finalmente pôs os pézinhos gorduchos para fora de minha casa. “Creio que agora você só tenha contato com alguém do castelo no dia de se embarque. Aproveite seus dias em casa, mesmo que você possa voltar na primeira noite”.

Soltando mais uma risada detestável, ela se virou e caminhou até um portão, onde dois guardas e um carro a esperavam.

—Essa mulher é simplesmente horrenda! -minha mãe exclamou ao fechar a porta com força e colocando as mãos na cintura.

A escada rangeu com os passos apressados de Fred, George e Rony, que iam descendo, já que foram mandados para os seus quarto pois Umbridge dissera que viera tratar de “assunto de mulher”.

—Que mulherzinha mais mal amada. -disse George.

—Nós ouvimos tudo, mamãe. - admitiu Fred, fazendo Molly revirar os olhos. -Quem ela que pensa que é para falar assim com a senhora? Só porque aquele rosto parece um sapo e ela não deve ter achado ninguém que queria ela…

—Fred, chega! -ordenou mamãe, mas tinha uma sombra de sorriso em seu rosto.

—Aquele tal de Slughorn era legal. Ele e o rei Vernon devem formar uma turma da pesada, se é que me entendem.

Meus irmãos e eu explodimos em uma gargalhada e minha mãe murmurou alguma coisa sobre “ter respeito com Vossa Majestade” ao rumar para a cozinha.

~//~

—Vamos logo, Ginny, o carro já deve estar chegando. -minha mãe gritou pela quinta vez lá debaixo e eu finalmente tomei coragem para me levantar da cama.

A verdade é que eu estava encarando o vestido que Slughorn me mandara no dia anterior. Era branco demais e parecia que iria me cegar a qualquer momento se eu continuasse olhando para ele. Slughorn disse que todas as Selecionadas teriam de usar um vestido branco com um broche representando o castelo de Hogwarts. Mamãe adorou o vestido, mas eu ainda preferia meu traje florido.

Ao descer as escadas, a primeira coisa que vi foi Rony e Fred do lado da porta da frente, olhando pro chão de modo desconfortável. Franzi o cenho e já ia perguntar porque estavam daquele jeito quando ouvi um soluço e olhei pro lado. Minha mãe estava jogada nos braços de meu pai, chorando.

—Mãe, mas o que… -comecei a indagar, mas a Sra. Weasley levantou o olhar para mim, deu uma avaliada em como o vestido ficara em meu corpo e chorou mais ainda.

—Minha menina… -ela choramingou e afundou o rosto na camisa de meu pai, que apenas dava tapinhas desajeitados nas costas da esposa.

—Ela ‘tá um pouco, hm, sentimental com sua partida. -sussurrou Bill, aparecendo ao pé da escada junto a mim. - “A única menina da casa”, disse ela.

Voltei a olhar para meus pais e percebi que Charlie arrumava as coisas na cozinha devido ao estado sentimental de minha mãe.

Pigarreei alto.

—Vamos lá, mamãe. Não chore. -pedi, me aproximando dela, que literalmente pulou em meus braços.

Mamãe só se acalmou realmente quando a campainha tocou, indicando que os carros oficiais do castelo haviam chegado. Por um momento, enquanto Rony abria a porta, senti uma sensação se espalhando em meu peito. Olhei rapidamente para a sala em minha volta. Quando iria voltar a sentir o cheiro da comida de mamãe e aquela barulheira quando todos os sete Weasley se sentavam pra jantar? Antes que eu pensasse na possibilidade de implorar para que me deixassem ficar ali, encontrei com o olhar confiante de papai e, tão rápida quanto veio, a sensação de mal-estar sumiu e eu estufei meu peito ao passar pela porta, com o broche de Hogwarts brilhando à luz do sol no lado esquerdo do meu vestido.

Foram necessários três carros para levar toda a minha família até a praça principal de Dakota, onde haveria uma “cerimônia de despedia”. Percy e mamãe foram comigo no primeiro carro e desejei que qualquer outro irmão meu estivesse ali, desde que não fosse o Percy, pois, por incríveis e demorados vinte minutos, meu irmão tagarelou com o representante do castelo que estava nos acompanhando sobre a política do Reino Unido. Mamãe só apertava minha mão e, sabendo que ela poderia voltar a chorar, eu apenas retribui o aperto.

Graças a qualquer divindade que exista, o carro parou com um solavanco do lado da praça, que estava rodeada de pessoas, e Percy finalmente se calou e eu pulei pra fora do carro.

Pessoas que eu nem sequer conhecia gritavam o meu nome quando eu atravessei a praça em direção. Tinha uma espécia de palco no centro da praça e câmeras ali. Eu realmente desejei não precisar dizer nada.

Quando eu menos esperei, mamãe já estava chorando de novo em meu ombro enquanto eu dava palmadas desajeitadas nas costas dela. Após me soltar dos braços de minha mãe, me virei para meus irmãos e meu pai para abraçá-los.

—Nos vemos logo hein Ginny. Espero que a comida de lá seja boa. -disse Rony ao me abraçar.

Papai me abraçou e me desejou boa sorte, apertando com bastante força e depois se adiantou para abraçar minha mãe.

—Me arranje o contato de uma das candidatas, pode ser? Que tal aquela tal de Fleur? -Bill falou enquanto me abraçava depois que Charlie havia feito o mesmo. -Aliás, vou sentir sua falta.

—E para mim, pode me arranjar o contato de algum secretário do… -Percy começou o que seria um discurso sobre a política do castelo quando Fred e George o empurraram para o lado.

—Cale a boca um pouco, Percy. -pediu George e se virou para mim. -Mande lembranças para a gente, Ginny.

—Mande um privada de Hogwarts! -exclamou Fred.

—Meninos! Tenham modos. Estamos sendo filmados. -ralhou mamãe com a voz chorosa.

Então me toquei que as câmeras estavam viradas para mim, filmando cada reação que eu ousasse ter. Respirei fundo e abracei cada um da minha família antes de seguir um guarda até o carro. Dei uma espiada para trás a tempo de ver meus pais e irmãos sendo tirados do palco.

Entrei no carro em silêncio. Já havia outro guarda no banco do passageiro, ao lado do motorista. Antes que eu pudesse reconhecer aquele cabelo, que uma hora já fora cheio de cachos, o soldado se virou para mim.

—Bom dia, senhorita Weasley. -disse o guarda com a voz que ainda estava guardada em algum lugar na minha cabeça. Era a voz de Dean Thomas. Era o cabelo recém cortado de Dean Thomas. Eram os olhos de Dean Thomas. O guarda era Dean Thomas.


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Notas finais do capítulo

EAE? Sei que o cap não foi mt legal mas no próximo prometo melhorar.
Então galero, meus planos é entregar o próximo capítulo pra vocês daqui 15 dias, okay? Mas como eu já disse, eu faço curso e eu literalmente vendi minha alma pra escola e curso, não tenho tempo pra nada ahuashs mas eu vou tentar okay?

Beijinhosss até mais