The Selection escrita por Ciba


Capítulo 1
Capítulo 1 - Royals


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo ♥ Eu ainda estou um pouco enferrujada viu auhsuahs mas prometo melhorar com o decorrer dos capítulos.

Sempre vou colocar umas musiquinhas marotas pra vocês escutarem, okay? Às vezes elas podem ser meramente ilustrativas ou podem ter algo a ver com o capitulo mesmo hahahs

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678122/chapter/1

I've never seen a diamond in the flesh

I cut my teeth on wedding rings in the movies

— Royals, Lorde

 

A Seleção de Harry Potter

A população do Reino Unido ainda não conseguiu se estabilizar totalmente desde os ataques que devastaram não só nosso reino, mas também nossos coração.

Há apenas cinco anos, vivenciamos, considerada por muitos, a maior tragédia dos últimos dois séculos: o assassinato dos soberanos James e Lily Potter. Os reis mais amáveis e solidários que tivemos nos últimos tempos encontraram a morte nas mãos do denominado Voldemort, líder dos rebeldes do sul.

Era 31 de Outubro de 1981 quando Voldemort e seus aliados conseguiram invadir o palácio de Hogwarts, destroçando tudo pelo caminho até conseguir chegar aos Potter. Sem chance de defesa, James e Lily, após lutarem bravamente, não resistiram à crueldade dos rebeldes e, para nosso desespero, morreram. Mas o responsável pela morte deles não passou impune: Voldemort, que há muito levara o caos à nação, foi detido pelo filho dos reis, Harry Potter, que naquela época estava no auge dos seus 14 anos, conseguiu apunhalar Voldemort e levá-lo à pena de morte.

Mesmo que o assassino dos reis tenha encontrado o mesmo destino que suas vítimas, a população simplesmente não se via capaz de se livrar daquela dor arrasadora que veio junto com a notícia da queda de nossos soberanos. O luto em nossa nação percorreu por muito tempo. Até hoje há uma bandeira preta em frente aos portões de Hogwarts e os membros da nobreza usam lenços pretos em aparições públicas. É uma eterna homenagem à James e Lily, que tanto fizeram por nosso país.

Mas, apesar de toda essa tragédia, uma questão não podia ser deixada de lado: quem assumiria o trono? O próprio Harry Potter, o recém órfão, se dizia incapaz de se colocar no lugar do pai no momento: esperaria o momento certo, aos seus 19 anos.

Então o trono do rei foi assumido por Vernon Dursley, marido de Petunia Evans, a única parente viva da falecida rainha, já que James não possuía ninguém, além do filho, para assumir seu lugar.

E assim se seguiu os cinco anos após à tragédia: Vernon como rei e, apesar de ter um filho, Dudley, quem assumiria seu lugar seria o próprio Harry Potter. A nossa nação foi tentando se estruturar novamente depois do longo período de ataque rebeldes e tudo estava bem, na medida do possível.

Com toda essa história, ninguém esperaria que Harry Potter anunciaria a realização d’A Seleção no Jornal do Profeta de ontem à noite. Havia rumores que o rei Vernon desejava casar seu sobrinho com a princesa da França, mas não foi isso que o menino Potter quis.

Portanto, damas do Reino Unido, estejam preparados, pois Harry Potter irá realizar na próxima semana o anúncio d’As Selecionadas que irão disputar a coroa e, é claro, o coração do príncipe. Não percam as inscrições!

 

A notícia estava escrita no meio de duas fotos: na da esquerda, havia uma antiga foto dos falecidos James e Lily Potter, que posavam nas escadarias do castelo real, com Harry Potter entre os dois; na da direita Vernon e Petunia Dursley estavam sentados em seus tronos e não havia nem Harry Potter nem Dudley Dursley ao lado deles.

Eu já tinha lido e relido aquela reportagem d’O Pasquim várias vezes durante os últimos dois dias. Particularmente, achava meio ridículo a forma como aquilo foi escrito, inicialmente, como um tributo aos antigos reis e tenha acabado com o anúncio d’A Seleção, como se tudo isso fosse uma coisa banal. Depois de ter pensado nisso, uma coisa lá no fundo da minha cabeça falava que eu só achava aquela matéria ridícula porque achava A Seleção uma perca de tempo… Sinceramente, pra que assistir 25 garotas disputando de forma suja a mão do príncipe? Não era o tipo de coisa que eu desejava para mim mesma. Mas, infelizmente, era exatamente o que minha mãe desejava para mim mesma.

Como eu era a única menina entre sete filhos, minha mãe tinha cismado comigo de uma forma que chegava a ser sufocante desde que aquele anúncio do Potter havia saído.

“Vamos lá, Ginny, se inscreva. É uma oportunidade única” e “O príncipe Harry era o seu xodó quando você tinha 7 anos” eram as frases que eu mais ouvi nas últimas 48 horas. Okay, ambas as frases estão corretas. Sobre o xodó pelo príncipe, eu prefiro não comentar porque, qual é, acho que todas as garotinhas já tiveram uma queda por ele. Mas A Selação é realmente uma oportunidade única: além da chance de se tornar futura rainha, se você chegasse pelo menos até A Elite, subiria de casta e, para mim, isso bastava.

—Ginny! Café ‘tá na mesa! - minha mãe gritou do andar de baixo, fazendo eu jogar O Pasquim de lado e descer.

Ao chegar na cozinha, me deparei com todos na mesa: meu pai lia o Profeta Diário impresso na cadeira da ponta da mesa; Rony, o segundo caçula, estava com o cotovelo apoiado na mesa, pensativo; Fred e George, os gêmeos da família, faziam anotações num caderninho; Percy, esticando o pescoço, tentava ler as notícias do jornal de papai; e minha mãe terminava de colocar os ovos mexidos num prato.

Olhando para todas aqueles cabelos vermelhos iguais aos meus, aquelas sardas e aquelas vestes de segunda mão, eu me lembrei do porquê de ter concordado em mandar minha inscrição para A Seleçãa. Não sabia exatamente porque, mas sentia que eu devia fazer algo mais pela minha família além de cantar em bares do bairro ou, com um pouquinho de sorte, em festas do pessoal da Dois ou da Três. Mesmo com nove pessoas dentro de casa e todas empregadas, o dinheiro ainda curto.

—Bom dia. -bocejei ao me sentar do lado de Rony, que já atacava um pão com ovo. -Hmm, onde estão Charlie e Bill? -perguntei a ninguém em especial, encarando as novas correspondências que tinham acabado de cair no tapete da porta de entrada.

—Foram trabalhar cedo, querida. -respondeu meu pai, arrumando seus óculos sempre tortos e pousando o Profeta um canto da mesa.

Bill e Charlie tinham escapado de se voluntariar para guardas do Reino Unido e agora trabalhavam, respectivamente, como pintor e fotógrafo. Fred e George queriam mesmo era abrir uma grande loja para crianças, porém tinham que se contentar em tocar violões nas mesmas festas em que eu cantava. E Percy, o mais dedicado, não conseguia se encaixar em nenhuma profissão que nossa Casta permitia, por isso ajudava Bill no “ateliê” da família e, nas horas vagas, enfiava a cabeça nos livros sobre a história da arte.

Nenhum dos filhos de mamãe tinha sido convocado para o exercito até dois meses atrás quando Rony recebeu uma carta o convocando. Rony tinha treinado pra valer durante esse período, talvez feliz por tirar umas férias da arte, e, por conta de toda essa dedicação, o menino mais novo de nossa família iria embarcar daqui algumas semanas para o palácio real, onde exerceria o papel de guarda. Com essa notícia, mamãe entrou em êxtase, pois, mesmo que Rony tivesse que deixar-nos para viver no castelo, ele subiria de Casta e receberia mais dinheiro do que se ainda estivesse tocando piano em festas. Sob essa perspectiva, todos em casa se animaram e parabenizaram Rony, que jurou mandar mais da metade do seu salário para casa.

Bem, já que ele entraria para a guarda real no mesmo período que a Seleção começasse, eu já estava um tantinho confortável em saber que teria alguém conhecido no castelo… Balancei a cabeça freneticamente quando isso surgiu na minha mente. Já estava imaginando ser selecionada? Será que toda aquela energia de minha mãe finalmente estava me afetando? Eu espero que não.

—Ginny, querida. -minha mãe me tirou de meus pensamentos enquanto pegava meu prato e levava para a pia. -Vá se trocar para que possamos ir entregar o seu formulário no Departamento.

Meu pai e todos meus irmãos presentes levantaram o olhar para mim, mas eu continuei olhando fixamente para minha mãe, como se houvesse só nós duas na cozinha.

—Ora, ora, nossa Ginazinha resolveu se inscrever? -disse Fred, com ar risonho.

—E por que eu não fui informado? -quis saber meu pai, franzindo o cenho mas dando uma risada logo depois. Sabia o que se passava na cabeça dele: mamãe não iria mais recorrer a ele para tentar me convencer e não teria mais essa discussão em casa.

—Espero que a educação que mamãe nos deu, faça de você uma dama de verdade. -murmurou Percy, meio sério meio brincalhão. Nunca consigo interpretar suas expressões. Mas o comentário de Percy passou despercebido pelo de George:

—Espero que tudo o que Fred e eu te ensinamos lhe sirva se alguma coisa para eliminar as outras garotas.

—Eu só vou me inscrever, gente, não é… -tentei falar ao mesmo tempo que mamãe lançava um olhar de repreensão para George.

—Eba! Vou poder torcer pessoalmente para Ginny no castelo. Não poderei continuar guarda se ela ganhar, vou? A gente viraria Um, não? Quer dizer, será que ela… -Rony começou a falar e todos começaram a falar juntos, sobre se eu conseguiria me tornar princesa, quanto tempo eu ficaria no castelo...

—Ah, mas será que ela consegue ao menos chegar na Elite? -meus pais falaram ao mesmo tempo e eu finalmente me irritei.

—Chega, gente! -falei me levantando abruptamente, fazendo meu pai erguer as sobrancelhas. -É só uma inscrição. Todas as garotas de 17 a 19 anos do Reino Unido vão se inscrever! Centenas de garotas! De castas maiores! Não cantem vitória para essa simples plebeia da Dakota.

Com essa pequena explosão, coloquei a cadeira no lugar, me espremi pela cozinha o mais rápido possível e subi as escadas rapidamente, antes que todos se recuperassem do choque.

Entrei no meu quarto e disparei em direção ao meu armário. Revirei um pouco até achar um vestido florido que havia usado no casamento de minha tia ano passado. Para mim, aquele era o vestido mais bonito e com mais valor sentimental do que as outras roupas que eu havia atirado no chão. Prometi a mim mesma que só usaria em ocasiões especiais. E, juntando o comentário irônico de Percy sobre minha postura de dama e a dúvida de meus pais, considerei que iria ao menos aparentar que realmente queria entrar para aquela competição de cabeça erguida sem resmungar.

Quando desci dez minutos depois, Fred e George já tinham saído, pois iriam tocar em um casamento naquele dia, e Percy e papai estavam se arrumando também para sair.

—Oh, Ginny, que bom que você resolveu se arrumar. Está linda! -minha mãe beijou minha bochecha, depois me soltou, deu uma arrumada no cabelo e abriu a porta. -Pegou tudo? Então, vamos!

—Espera, mãe. -Rony surgiu da porta dos fundos. -Vou com vocês. Sabe, segurança e tal. -Percy tossiu, disfarçando uma risada, o que fez Rony corar igual a cor de nossos cabelos.

Quando recebeu a carta informando que iria fazer parte da guarda real, Rony recebera um “recesso” até o dia em que iria embarcar para o castelo. Portanto, nesse meio tempo em que ficaria disponível em tempo integral em casa, meu irmão soldado resolvera que era sua função acompanhar as “mulheres da casa” em qualquer lugar que fossem.

—Até mais tarde, queridas. -se despediu meu pai, dando uma beijo na minha testa e na de minha mãe e dando tapinhas nas costas de Rony antes de sair pelas ruas de Dakota com Percy.

Eu, Rony e mamãe seguimos na direção oposta, rumando para a sede governamental da cidade. Discutimos um meio tempo tentando decidir se iríamos de ônibus ou a pé.

—Ginny não pode chegar toda suada lá. Primeira impressão é a que fica! -tagarelava minha mãe, parada no meio da rua, ao lado do ponto de ônibus, tentando se decidir.

—Nem o rei nem o príncipe vão estar lá, mãe. -falei, trocando um olhar risonho com Rony.

—... mas eu também preciso comprar os ingredientes para a torta de frango que irei fazer para Ginny. -completou ela, com ar indeciso.

—O quê?! -exclamamos Rony e eu. Abri o maior sorriso, já pensando no gosto da torta de hoje à noite. Já Rony começou a argumentar: -Mas isso é injusto! Eu não posso me candidatar para ser princesa para conseguir ganhar minha comida preferida na janta. Dê chances justas para todos…

Ele se calou sob o olhar severo de minha mãe, que, depois de uns cinco minutos, decidiu ir a pé até o Departamento.

Não foi surpresa nenhuma chegar lá e ver o tamanho da fila para tirar foto e entregar os formulários. É claro que ninguém perderia essa chance, já que a próxima Seleção só ocorria, talvez, daqui uns quarenta anos e aqueles rostinhos cheios de maquiagens que preenchiam a fila atual não estariam mais aptos para o cargo. Aqui e ali eu realmente via garotas como eu: simples e hesitantes.

Rony já estava reclamando da demora na fila de fotos, apesar de faltar apenas umas seis garotas na minha frente, quando entreouvi um conversa de umas meninas ao meu lado:

—...teria de ser louca da cabeça para preencher o formulário, sendo que pertence à Seis ou Sete. -disse a garota loira com um vestido rosa e um grande decote. Ela estava na fila ao meu lado e não se esforçava muito para abaixar a voz. Percebi que ela olhava maliciosa para outra garota, que seria a próxima a entrar na cabine de fotos, e realmente pude notar que se tratava de uma Seis, pelas roupas, que, apesar de ter se embelezado o máximo, não conseguia ofuscar o cinza desbotado.

—Na verdade, eu acho já uma grande perda de tempo se candidatar quando se é uma Cinco. - quando a amiga da loira disse aquilo, levantei o olhar para ela e percebi que as duas estavam olhando de forma superior para mim.

Vi minha mãe se mexer desconfortável e meu irmão travar o maxilar. Eles também tinham escutado. Era o que nós - Cinco, Seis e Sete - éramos obrigados a ouvir vez ou outra. Quer dizer era realmente pior quando se tratava dos Seis, Sete e Oito, pelo menos ainda tentam agradar os Cinco para conseguir um bom trabalho em suas festas.

Quando chegou minha vez de tirar a foto para a inscrição, dei um sorriso confiante para minha mãe, afim de voltar a animá-la, e recebi em troca um sorriso dócil que só ela era capaz de dar.

Mas, ao me sentar na frente do fotógrafo, abri um sorriso maior que o anterior, totalmente espontâneo e irresistível - o tipo de sorriso que só dediquei à uma pessoa até aquele dia -, joguei meu cabelo para um lado e ergui um pouco o queixo. Até mesmo o cara atrás da câmera deu uma risada discreta e me mandou uma piscadela quando saí, desejando boa sorte.

Duas coisas que eu não tolero de forma nenhuma: duvidem da minha capacidade e esnobem minha família ou minha casta.

Então aquelas duas garotas pensavam que eu era incapaz de entrar na Seleção porque pertencia à Cinco?

Ah, faça-me o favor, não duvide de um Weasley.

 

~//~

 

Já era sexta-feira à noite. O Jornal do Profeta começaria dali quinze minutos. Faltava pouco tempo para o anúncio das Selecionadas e, acredite se quiser, eu estava sentada no maior sofá da sala, entre minha mãe e Bill, com o mesmo vestido do dia da foto. Sim, eu estava com meu melhor vestido para sentar em frente à nossa pequena Tv e assistir o jornal.

—Se você for selecionada, as câmeras podem aparacer a qualquer momento, Ginny. -minha mãe explicou depois que eu questionei o porquê dela querer que eu me produzisse toda. -E eu sou sua mãe, eu vou continuar mandando em você mesmo que o próprio rei entre por aquela porta dizendo que você vai se tornar rainha. Portanto, ande logo.

Então, ali estava eu. Pronta para as câmeras mesmo que elas não aparecessem.

Charlie entrou no exato momento em que o jornal começava e se acomodou rapidamente ao lado de meu pai, com um pedaço da torta de frango da janta.

Rúbeo Hagrid, o imenso apresentador, apareceu em nossa tela convocando a família real. Era a mesma cena toda semana, mas naquele dia em especial, eu senti meu estômago revirar. Eu não queria me sentir ansiosa, mas foi inevitável e eu me repreendi mentalmente por isso. Vimos o Rei Vernon, com sua enorme bigodeira e sua enorme barriga, se sentar em seu trono no fundo do cenário, seguido pela Rainha Petúnia, com os cabelos loiros amarrados em um coque alto, o que fazia seu grande pescoço ser mais notável ainda, mas, mesmo assim, se você olhasse para ela por um minuto seguido, podia enxergar alguma beleza; o príncipe Dudley se sentou numa cadeira semelhante a um trono em frente à sua mãe, gordo que nem o pai. Desculpe o comentário, Majestade. O príncipe Harry, apesar de ser o mais desejado naquela noite, entrou por último e se sentou na cadeia um degrau abaixo que seu primo. Sorri ao ver que Hagrid anunciara a chegada de Harry com mais entusiasmo que os outro. Ele parecia ser um sujeito legal mesmo por trás da câmeras.

—Por que será que não quiseram que Dudley assumisse o trono? Ele é mais velho que Harry, não? -indagou Charlie enquanto Hagrid realizava uns anúncios.

—Deve ser porque… -Percy começou, mas Hagrid começou a entrevistar a família real, e todos na sala fizeram um “xiu”.

—Ele tem cara de que não deve saber diferenciar nem um… -a tentativa de piada de Rony também foi abafada por nossos “xiu”.

Rei Vernon fez um breve comentário sem graça sobre como os castelo estaria nas melhores condições para as 25 garotas que estavam a caminho. Rainha Petúnia falou que esperava ansiosamente as Selecionadas para que pudesse conhecer a futura princesa. Notei um vestígio de rancor na voz dela. Dudley não disse nada, apenas observou Harry fazer um pequeno discurso sobre como aquela oportunidade era única não só para as Selecionadas, mas para ele também.

E então chegou a hora. Rúbeo chamou Harry para o centro do estúdio onde havia envelopes dispostos em uma mesa, com o formulário das selecionadas dentro. Harry tirou o primeiro e só naquele momento percebi que estava segurando a respiração. Me repreendi novamente por aquela ansiedade e olhei para o lado. Não era só eu que estava nervosa: todos tinham os olhos fixos na Tv, até mesmo Percy, que não parecera muito animado como os outros ao longo da última semana.

A primeira Selecionada foi uma tal de Lavender Brown, do Kent, Casta 3. A foto dela apareceu na tela: tinha cabelo longos, loiros e ondulados e um lacinho rosa no topo da cabeça.

As seguintes Selecionadas passaram como um borrão pelos meus olhos. Conseguia captar apenas alguns nomes, como Chang, Bell, Lovegood, mas fui capaz de captar todas as castas delas e, para meu enjoo, eram quase todas das castas Três pra cima, com exceção de umas duas ou três. Mas, então, minha família começou a se animar um pouco quando três garotas da Cinco foram anunciadas seguidamente.

—Ainda bem, já estava começando a pensar que só teríamos narizes em pé nessa edição. -comentou Charlie, se encostando no sofá.

—Como será que o sotaque de Hagrid pronuncia Dakota? -disse Fred, me fazendo soltar uma risada nervosa.

Faltavam apenas cinco garotas para serem anunciadas e minha mãe já estava com a boca curvada pra baixo, encarando Hagrid anunciar Fleur Delacour, da Casta 2 de Belcourt, uma modelo que eu conhecia só de vista das revistas que eram expostas nas bancas de jornais do meu bairro e que eu nunca tive interesse de comprar. Bill comentou como Fleur era bonita e Fred sugeriu que ele virasse guarda real e seduzisse ela nas horas vagas e depois George propôs que Rony fizesse essa preza pelos irmãos.

Depois que o cabelo loiro e perfeito de Fleur parou de piscar na tela, Percy se levantou do sofá e rumou para as escadas. Eu o segui com o olhar, sentindo o sangue corar minhas bochechas. Eu não podia culpá-lo: faltavam apenas três e parecia que as castas maiores estavam levando a melhor.

Astoria Greengrass.

Pavarti Patil.

Com os olhos cravados na Tv e segurando a respiração, os Weasley que tinham ficado na sala, continuaram a prender a respiração quando Hermione Granger foi selecionada… uma Seis, daqui de Dakota. Minha boca se entreabriu quando a foto dela começou a piscar na tela.

—Uau. Dessa vez vai ser bem interessante. -disse Rony, ofegando e observando, assim como eu, a foto de Hermione. Então, eu franzi o cenho.

—Eu acho que já vi essa…

Mas eu não pude terminar minha frase porque Rony foi do sofá para o chão, Fred e George, ao mesmo tempo, começaram a pular no sofá, Bill deixou sua boca cair levemente, Charlie pareceu meio desorientado, meu pai exibiu um sorriso e minha mãe apertou minha mão com tanta força que eu podia sentir meus dedos latejando em menos de cinco segundos.

Tinham anunciado a última Selecionada.

E agora era a vez da minha foto piscar na tela ao som da voz com sotaque de Hagrid dizendo:

“Ginny Weasley. Casta 5. ‘Dekora*’ ”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*esse "Dekora" é sob o efeito do sotaque de Hagrid, okay? ahushaus

EAAAAE? O que acharam? Tá um "miga, sua loca, para de escrever e volta a só ler" ou um "miga, sua loca, posta logo o próximo"? Eu quero ver como vai ser a recepção dessa fanfic. Não me decepcionem porque eu sou de câncer e vou fazer drama se ninguém comentar hahah

Brincadeira, gente. Quem já me viu lá na fic Another Hogwarts sabe que eu tenho um unicórnio chamado Rodolfo e o alimento dele é o review de vocês. Senão ele morre e a culpa é de você. ZOERA, EU NÃO SOU UMA MENDIGA DE REVIEWS AUHSHASU mas só quero saber o que vocês estão achando.

Enfim, esse cap é mais uma apresentação da família Weasley vivendo em uma cidade qualquer do Reino Unido e tals e o segundo ainda vai ter nesse passos, mas é só esperar a trama desenrolar.

Então galera, reforçando o aviso que eu dei nas notas da história: eu vou postando de quinze em quinze dias, pois eu tenho escola e faço curso à tarde, então não tenho muito tempo pra escrever, mas juro que não vou desaparecer.

Daqui quinze dias eu posto o próximo. Beijosss