How to fix a broken heart escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 7
Capítulo 6 | Dezembro de 2026




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676500/chapter/7

“Tuca, come on, nós estamos atrasados.” Megan já estava na sala, encarando os três filhos sentados no sofá. “Liam, baby, pare de desarrumar sua gravata.”

“Mas ela é desconfortável, mom.”

“Eu sei, mas hoje é um dia importante, aguente só um pouquinho.” Ela beijou o menininho de quatro anos, encarando os dois filhos mais velhos. “E vocês?”

“Nós temos mesmo que ir?”

“É Natal, Jack, é claro que vocês têm que ir.”

“Não o Natal, mom, esse lance do Regenera.” Reclamou Ally. As crianças, assim como Megan quando pequena, não tinham muita paciência para o Mistério e seus afins.

“São só algumas horas, Ally, logo voltamos para casa e abrimos os presentes do Papai Noel.” Tuca apareceu arrumando a gravata, e Megan sorriu. Caminhou até ele, o ajudando a ajeitar o colarinho. “Obrigado, pirralha.”

“Eu adoro quando você me chama assim, sabia?”

“Sim, por isso eu chamo.” Ele deu um selinho, ouvindo uma exclamação de nojo dos filhos. “Agora vão começar com isso toda vez que nos beijarmos?”

“É que é nojento, daddy.” Explicou Jack, e os pais riram.

“Imagina se ele soubesse o que aconteceu para ele poder nascer.” Murmurou Tuca, recebendo um beliscão de Megan. “To brincando.”

Os gêmeos contavam sete anos e meio, e desde o aniversário haviam começado a atormentar os pais com seus resmungos e reclamações sobre beijos e carinhos. Megan havia feito até um programa sobre isso, mas para tratar que era algo normal da idade. Jack e Ally estavam entrando naquela fase em que menino/a é nojento, e acabavam transferindo isso para os pais.

A dita festa no Regenera era mais uma das loucuras de Brian e Lara, agora com sua filha Luz. O filho, Sol, ainda era muito pequeno e havia ficado dormindo com uma babá. A festa era para comemorar o fechamento de um ciclo energético e o começo de outro, algo que Megan não havia entendido muito bem quando o padrinho lhe explicou.

Em resumo, as crianças ficaram entediadas, houve muitos momentos de reflexão e várias músicas cantadas pelo casal anfitrião. As crianças ficaram entediadas, não saíram da mesa de comida, e a meia-noite, já dormiam em sono alto.

Por volta da 1h, Brian anunciou a chegada de seu terceiro filho com Lara, que não importando se menino ou menina, chamaria Lua. Megan apenas trocou um olhar com Jonas, que ria baixinho, desacreditado nas loucuras do melhor amigo.

“Eles já têm a Luz, o Sol, agora a Lua. Qual o próximo? Estrela? Cometa? Plutão?” Comentou Tuca, enquanto guiava os filhos sonolentos até o sofá. Megan riu ao segui-lo, Liam desmaiado em seu colo.

“Brian really like do planeta Marte, talvez tenhamos algum com esse nome em breve. Or maybe Venus, o planeta do amor.”

“A único planeta que eu quero ver agora é o dos meus sonhos, pirralha, porque essa festa me deixou acabado. Isso, ou carregar esses dois.” Ele apontou os filhos adormecidos no sofá. “Eles não são mais pequenos, sabe?”

I know, nossos babys estão crescendo muito depressa. Eu não gosto disso.” Ela fez um biquinho, segurando Liam com mais força. “Eu vou colocar ele na cama.”

“Eu vou levar a Ally, depois venho pegar o Jack.” Tuca concordou, apanhando a filha no colo e seguindo a esposa pela escada. “Esse vestido deixa sua bunda linda, sabia?”

Shut up, Artur Nigri, por favor.” Megan revirou os olhos, pegando o corredor a direita, enquanto Tuca seguia para a esquerda. “Deixe ela na cama, eu já vou trocar esse vestido.”

Já no quarto do filho caçula, o deitou na cama e se pôs a despi-lo. Primeiro os sapatos desconfortáveis, depois a gravata já toda solta e torta. Por fim, tirou a camisa e a calça, deixando-o apenas de cueca. Era alto do verão, ele se sentiria mais fresco e confortável assim.

Quando saiu do quarto, cruzou com o marido, que vinha caminhando com o filho jogado no ombro como um saco de batatas.

What?” Ela perguntou aos risos, no que ele deu de ombros.

“Seu filho estava largado como um saco de batatas. Apenas estou carregando ele da mesma forma.” O homem abriu a porta do quarto, enquanto Megan o olhava com as sobrancelhas vincadas.

“Meu filho, hã? Fiz com o dedo?”

“Respondo isso mais tarde, loirinha.” Ele lhe deu uma piscadela sacana que a fez sorrir, enquanto voltava a andar pelo corredor.

Já no quarto com tema de princesa, Ally estava sentada na cama, coçando os olhinhos à espera da mãe.

Hey baby girl.”

“O papai falou que você vinha me trocar.” Ela bocejou, sonolenta.

“Vem aqui com a mommy.” Megan sentou na cama, começando a ajudá-la na troca de roupas.

Tirou o vestido cheio de rendas e adereços, colocando um shorts e blusinha leves, de algodão, cor de rosa. Tirou as fivelas de seu cabelo, o escovando suavemente com os dedos, e ao fim de tudo, ela já dormia novamente.

Good night, my little love.” Suspirou Megan, beijando seu rostinho.

Após deixar o aposento, seguiu para o quarto ao lado, o que dividia com o marido, e o achou largado na cama só de cueca, mexendo no controle do ar.

“O que está fazendo?”

“Homem tem menopausa? Porque, se tem, eu acho que estou nela.” Ele resmungou, jogando o controle longe.

“Isso é fogo, sr. Nigri.” Megan provocou, indo até o closet e começando a tirar o vestido de festa.

“Pode ser, pirralha, mas não negue que está calor. Tive que caçar os lugares com melhor circulação de ar no Regenera, minha roupa já estava ficando manchada.”

“Que exagero.” A loira saiu e caminhou até a cama, se deitando. “Os presentes?”

“Já na árvore, desde que saímos de casa. Amanhã seremos acordados por gritaria e alvoroço.”

“Do jeitinho que eu gosto.” Sorriu Megan, sentindo o marido a abraçar mais forte. “Hum, want your present?

“Claro que sim, meu amor. Principalmente porque eu sei qual presente é.”

“Seu pervertido.” Ela riu, antes que ele selasse seus lábios e desse início as comemorações da noite.

~*~

Quando a manhã de Natal chegou, Davi foi acordado por pulinhos ansiosos. Encarou Maya, brilhando às vésperas de seu oitavo aniversário, e Larissa, ainda animada pela comemoração do seu sexto. O Natal ficava exatamente entre os dois, e elas se divertiam com isso: era mais brinquedos que ganhavam de uma vez.

“O Papai Noel veio!” Exclamaram juntas, fazendo Davi rir. Ele bocejou, coçando os olhos, e inesperadamente as puxou para um abraço de urso, que fez ambas rirem.

“Feliz Natal, minhas monstrinhas.”

“Feliz Natal, papai.” Responderam, lhe beijando o rosto barbudo. Ele sorriu, sentando na cama e olhando ao redor. Ainda não estava acostumado a dormir no quarto das meninas, apesar de já fazer alguns meses.

“A mãe de vocês já acordou?” Não havia mais porque mentir, afinal, as meninas sabiam que o casamento dos pais havia ido para o brejo há muito tempo. A decisão agora seria se continuariam morando juntos ou separados, porque essa questão ainda pegava um pouco em Larissa.

“Ouvimos barulhos no quarto de vocês, então acho que sim.” Maya respondeu, levantando. Logo, o pai e a irmã a acompanhavam, e os três juntos desciam as escadas, em meio a risos e brincadeiras.

Qual não foi a surpresa dos três ao se depararem com um desconhecido no meio da sala, cercado por três malas, os olhando de cima a baixo.

“Quem é você?” Davi passou as filhas para trás de seu corpo e o sujeito riu baixo, afundando as mãos no bolso. “Eu fiz uma pergunta. Eu vou chamar a polícia.”

“Samuel, vai levando minhas malas para o carro, por favor.” Eles ouviram a voz de Manuela atrás de si, observando-a sair do quarto com um sobretudo e uma mala de mão pequena. O rapaz na sala se abaixou, pegando as malas e saindo em silêncio.

Assim que ele saiu pela porta da frente, Manuela passou por Davi e as filhas, deixando a mala de mão sobre a mesa e indo até a escrivaninha no canto do aposento. Começou a revirar as gavetas, colocando uma série de coisas em uma bolsa de notebook, para por último colocar o aparelho nela também.

“Manuela, o que está acontecendo?” Davi ainda estava imóvel, enquanto as filhas agarravam suas pernas.

Ela não respondeu, obviamente. Apenas continuou apanhando as coisas em silêncio, sem encarar nenhum dos três.

“Mamãe?” Larissa chamou baixinho, soltando Davi e começando a descer as escadas. “Mamãe, você está indo viajar?”

“Mãe, responde.” Maya desceu atrás da irmã, parando ao seu lado e abraçando seus ombros.

Ignorando as duas, Manuela apanhou uma pasta sobre a escrivaninha e rumou até Davi, lhe estendendo. Ele apanhou em silêncio, a abrindo e começando a ler.

“Divórcio? Divórcio, Manuela?”

“Você sabia que era questão de tempo, Davi. Eu já assinei, você só precisa assinar nos lugares indicados e entregar para o meu advogado. Aí também tem um papel da guarda das meninas, ela é sua.”

“Divórcio? Guarda? O quê? Que história é essa? Não é assim que resolvemos nossos problemas!” Rosnou o programador, irritado. Ele olhou por cima do ombro dela, vendo as duas meninas abraçadas, aos prantos. “Manuela, pelo amor de Deus, é Natal. Eu sei que você não dá a mínima para mim, mas você liga para as meninas, não liga? Não faça isso com elas.”

Ela sequer piscou, apenas deixou a pasta no chão e se virou, descendo as escadas e indo até a mesa. Apanhou a mala e a pasta do notebook, começando a caminhar para a porta.

“Mãe, mãe!” Larissa tentou agarrar Manuela, mas Maya a impediu. Davi pulou os degraus da escada, abraçando as duas filhas e segurando com força. “Mamãe, não vai embora. Fica, por favor. Eu vou ser boazinha, prometo.”

“Shiu, shiu, papai está aqui, princesa, calma.” Davi a abraçou com força, segurando a mão de Maya com força.

E, sem olhar para trás, Manuela deixou o apartamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Prometi que não ia demorar, e cumpri HAHAHAHAHAHA Adeus, Manuela, não sentiremos saudades. Você é uma vaca, aliás.
Enfim, estão gostando? Quero agradecer a iLost My Mind pelo adorável review, muito carinhoso, e que fez meu dia e me inspirou a escrever mais rápido. Isso vale ouro, sério!
E espero voltar em breve. Beijos e queijos, da tia Waal