Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 39
Um futuro papai neurótico


Notas iniciais do capítulo

Enjoy :*



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Blair Waldorf

Já haviam passado duas semanas desde que Chuck havia voltado. Consequentemente, minhas noites de sono se foram. A pior parte é que eu sequer estou falando de sexo. Chuck se revelou o quase-pai mais careta do mundo. Eram 2 horas da manhã, e meu telefone estava tocando. Estiquei minha mão, quase dormindo, e o atendi.

- Alô. - Mumurei, esfregando meu olho.

- Eu estava pensando: nós ainda não pensamos em nomes. Imagino que, se for menina, você vai querer escolher. Mas se for garoto, eu gostaria de escolher, se você não se importa.

- Chuck.

- Eu tive alguma ideias, é claro. Ah, nós deveríamos pedir o sexo dele, ou dela... 

- Chuck. - Interrompi novamente, quase perdendo a paciência.

-  Afinal, não quero ter que arrumar o quarto e as roupas do bebê de última hora.

- Para! - Gritei, suspirando logo depois. - Eu fico feliz que você esteja empolgado com tudo isso, mas é madrugada, e eu preciso dormir. Você tem que parar com essas ligações, até porque eu não gravo uma palavra que você diz, de qualquer jeito. - Silêncio. 

- Mas sobre os nomes...

- Chuck, você pode escolher o nome que você quiser. Pode chamar nosso filho de Gleison que eu não me importo. Só me deixa dormir! - Gritei novamente,  cansada.

- Tudo bem. Passo te pegar amanhã as 8:30 para os exames? 

- Pra que? Nossa consulta é só as 10:30!

- Melhor nos adiiantarmos do que nos atrasarmos. Pensando bem, até as 8 horas. Durma bem. - Não registrei direito o fim da ligação. Suspirei, jogando o celular em qualquer canto da cama, e voltei a dormir.

Batidas na porta me acordaram. Encontrei Dorota, com a porta meio-aberta e a cabeça esticada para dentro do quarto. 

- Senhorita Blair, o Senhor Chuck está lhe esperando na sala. - Olhei para o relógio digital no criado-mudo, que marcava exatas 8 horas e 2 minutos. Bufei, levantando da cama.

- Chuck vai me enlouquecer. Mande ele ficar lá embaixo e ofereça um chá. Coloque sonífero se ele aceitar. - Minha empregada saiu correndo dali, e eu fui até meu closet. Agora, me vestir era algo extremamente irritante. Não apenas porque meus vestidos favoritos não me serviam, ou porque nada ficava bem. Porque era difícil me mover com aquela barriga anormalmente grande. No início, meu médico havia achado estranho que minha barriga estivesse tão grande em um período de gestação muito curto. Ainda assim, depois dos dois ultrassons que eu havia feito até agora, meu médico disse que minhas gestação estava perfeita, e que algumas vezes, a mulher engordava mais durante a grávidez do que o normal. Decidi pensar sobre a gordura da qual eu teria que me livrar depois do parto. Agora, o importante era que meu filho, ou filha, nascesse com saúde. 

No fim, coloquei um vestidinho florido, que era um pouco apertado abaixo do seios, de depois, descia solto até a metade da coxa. Bem coisa de grávida, pensei, enquanto arrumava os cachos com o dedo e passava uma maquiagem leve no rosto. Calcei um par de sapatilhas e desci as escadas. Chuck se levantou assim que eu coloquei o pé no primeiro degrau. Ele já havia dito que podria alugar uma casa para nós, sem escadas, pois achava muito perigoso que eu ficasse todos os dias subindo e descendo escadas. Não cedi, é claro. Havia mantido minha palavra de ir devagar, e morar juntos definitivamente não era a minha definição disso.

- Dona Eleonor, você não concorda que essas escadas são muito perigosas para uma mulher grávida? - Chuck perguntou, pegando minha mão enquanto eu descia. 

- Acho sim, Charles. Já disse a Blair que ficasse no quarto de baixo, mas ela se nega. - Minha mãe estava se divertindo com o Chuck preocupado. Mas eu não. Muito, é claro. Revirei os olhos.

- Vocês dois, se comportem. Eu estou grávida, não inválida, pelo amor de Deus! - Agarrei minha bolsa do sofá e saí. 

Entrei no carro de Chuck. Ele mandou a limousine para Nova York, e estava usando um Porsche preto. Era um carro mais discreto, como o que eu estava usando para ir a NY fazer meus examessem chamar atenção. Era divertido ver Chuck dirigindo. Ele passou a vida inteira no banco de trás, tendo um motorista para leva-lo onde ele quisesse enquanto ele transava com alguém. Agora, dirigia a negligentes 160km/h, o que eu achei estranho considerando sua preocupação com o bebê.

- Então, como vai ser o nome se for uma menina? - Chuck pediu, pegando a rodovia expressa.

- Você já deve saber. - Respondi sorridente, escutando "We Are Young" tocar no rádio.

- Sei. Audrey, certo? - Concordei com a cabeça.

- Audrey Holly Waldorf. - Chuck me encarou.- Bass. - Completei imediatamente, percebendo que mesmo com as ligações de madrugada, eu ainda não havia percebido que Chuck era o pai do meu filho. Acho que isso se devia aos meus devaneios de criança. Sempre imaginei que quando engravidasse, estaria casada, e meu marido acariciaria minha barriga numa varanda grande. Eu apreciaria o quintal grande, e juntos planejariamos um parquinho. Nada saiu como eu imaginava. - E se for um garoto?

- Erick. Erick Charles Waldorf Bass. - Assenti. Parecia um nome bonito e imponente. - Você prefere que seja o que? Menino ou menina? - Dei de ombros.

- Não acho que eu saberia lidar com uma menina. Minha mãe sempre colocou muita expectativa sobre mim, para que eu fosse perfeita. Tenho medo de tem uma garota e acabar fazendo o mesmo com ela. Logo, um menino parece uma opção mais... fácil. Mas se for menina, vou ama-la do mesmo jeito. E você?

- Prefiro uma menina. Mas um garoto também vai ser ótimo. Que venha o que tiver que vir. - Ficamos em silêncio, e eu suspirei.

- Você quer saber o sexo, não quer?

- Muito. - Ele disse, com tom de quem se desculpa. Mesmo assim, sua face parecia ter se iluminado. Eu não podia negar que ele estava se esforçando, e não parecia, nem de perto, com o Chuck que eu imaginei que ele seria ao descobrir que teria um filho. Parecia genuinamente feliz, e aquilo me animava muito também. Saciou cada uma das minhas vontades malucas, independente da distância que tivesse que percorrer. Ficou do meu lado o tempo todo, sem muitas piadas maliciosas. Minha decisão de não querer saber o sexo era, simplesmente, porque eu amaria aquela criança de qualquer jeito, como já a amava. Então sorri.

- Tudo bem. Nós podemos pedir ao médico hoje. - Nesse momento, ele parou em frente a clinica, e me beijou. Senti falta daquela agitação no meu estômago, por isso, não o afastei. Depois, saímos do carro, ambos com sorrisos radiantes, e entramos na clínica.

Eu já estava deitada na cama, com aquele vestido de hospital estranho. Chuck estava do meu lado. Meu médico apareceu, já com as luvas.

- Bom dia, senhorita Waldorf! - Sorri.

- Bom dia! 

- Então, esse é o pai. - Dr. Fellingy cumprimentou Chuck. Eu corei um pouco. - Vamos ver como está esse bebê. - Assim que olhou para a minha barriga, franziu o cenho. - Uau. Vai ser uma criança enorme! 

- Ele pode ter algum problema? - Chuck perguntou, se colocando mais ao meu lado, e meu coração palpitou um pouco mais forte.

- Nos últimos ultrassons, estava tudo normal. Mas vamos ver como está hoje. - Ele passou aquele gel frio e gosmento pela minha barriga, e Chuck apertou minha mão. Assim que eu senti o aparelho deslizando, olhei para a pequena tela. Não consegui ver, exatamente o bebê. Apenas quando o médico mostrava. Encarei o Dr. Ele estava com o cenho franzido. Meu coração acelerou.

- Algum problema? - Ele estendeu a mão, pedindo que eu ficasse em silêncio. A aflição foi crescendo dentro de mim. 

- Estou escutando algum coisa. Batidas de coração. - Foi a minha vez de franzir o cenho.

- E isso é bom, não é? Preocupante seria se o coração não estivesse batendo. - O médico fez o sinal para mim, novamente, e eu me calei. Encarei Chuck, que estava sério ao meu lado, encarando o doutor e a tela alternadamente.

- Onde você foi se esconder, ein. - Dr. Fellingy me encarou, sorrindo. - Parabéns Blair, você vai ser mamãe duas vezes. São gêmeos! - Chuck quase desmaiou do meu lado. Eu, por minha vez, arregalei os olhos.

- Como assim? Não é nosso primeiro exame! 

- Sim. Mas o segundo bebê estava atrás, e é menor. As batidas do coração deveriam ser muito baixas. Agora que ele cresceu e se moveu, consigo o ver. Está vendo aqui? - Ele apontou para um amontoado branco na tela. - É o primeiro bebê. E aqui, - ele apontou para outro amontoado no outro canto da tela, com o aparelho de ultrassom pressionado na lateral da minha barriga. - É o segundo bebê.

- O senhor consegue ver o sexo? - Chuck perguntou.

- Sim. Vocês querem saber? Blair tinha me dito...

- Tudo bem, eu quero saber agora. - Falei, sorrindo, e o médico retribuiu. Fez uma pequena pausa, colocando o ultrassom em alguns pontos específicos.

- São bivitelinos. Um menino e uma menina. - Chuck se inclinou e me beijou. Eu sorri assim que nos afastamos. - Parabéns. 

- Eu sou o homem mais sortudo do mundo. - Encarei o futuro pai de Audrey e Erick, e concluí que mesmo que aquilo não fosse como eu imaginei, já era mil vezes melhor, pelo simples fato de Chuck Bass estar segurando minha mão.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Vão amar Audrey e Erick tanto quanto eu vou?
Mereço minhas reviews?
XOXO. Neli :*