Linhas Cruzadas. escrita por MissDream


Capítulo 20
Turbulência.


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeei!

E aí todo mundo, vocês estão bem? Espero que sim. Desde já eu quero agradecer os comentários lindos que eu recebi, o apoio e paciência de vocês tem sindo essencial para o funcionamento dessa fic, e eu confesso que as vezes sou meio lerda com as atualizações e peço desculpas por isso. Mas não foi pra ficar me explicando e pedindo desculpas que eu vim, não é mesmo? Esse ep é um tiquinho mais tenso, mas eu PROMETO que o próximo será lindo. Gente, eu juro que estou fazendo o máximo para ser objetiva aqui e responder questões sobre a Felicity é algo que desencadeia o final da história (que já se aproxima), por isso eu quero fazer uma pergunta a vocês: vocês acham legal por um capítulo atípico a toda essa confusão? Um mais calmo, sem toda essa história de alfa e apenas eles sendo pessoas normais num dia de folga, ou preferem objetividade? Lembrando que Laurel is coming...
Me digam o que acham e deem suas opiniões que é muito importante.

CAPÍTULO TOTALMENTE DEDICADO A LINDA DA PAULA SC QUE ME PRESENTEOU COM UMA RECOMENDAÇÃO LINDA E MARAVILHOSA. FORAM PALAVRAS TOCANTES E ME DEIXOU TÃO ANIMADA E FELIZ, MUITO OBRIGADA VIU? ME FEZ CHORAR HAHAHA

Anyaway, boa leitura!!!



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"But there's a side to you that I never knew, never knew, all the things you'd say, they were never true..."

 

Ray Palmer.

Respirei fundo antes de atravessar a porta, as lembranças de dias atrás ainda perturbavam minha mente misturadas as lembranças de momentos atrás.

̶  Chegou tarde. – Sarah falou enquanto zapeava os canais, sentada no sofá.

̶  Amanda me prendeu na sede. – falei sem realmente encará-la enquanto retirava minha jaqueta e pendurava as chaves.

̶  E o que ela queria? – eu conhecia minha mulher, ela estava com os olhos fixos na TV, mas isso não emprega que ela esteja prestando atenção lá.

̶  Falar de um projeto novo para melhorar nossa comunicação em campo. – optei por meia verdade.

̶  Você realmente quer levar nosso casamento assim? Na mentira? – dessa vez eu a encarei com cautela, mas ela ainda mantinha o rosto preso ao aparelho, seu maxilar estava travado o que indicava raiva.

̶  Eu... Você está brava.

̶  O que está acontecendo, Ray? – ela finalmente me olhou e eu não sei definir o que encontrei em seus olhos. Uma mistura de mágoa e raiva por eu estar mentindo.

̶  Sarah, não é nada.

̶  Você esteve o procurando, não é? – levantou caminhando em minha direção. – Esteve procurando quem fez isso comigo. – apontou para si mesma e eu fechei meus olhos brevemente, numa tentativa inútil de manter a calma.

̶  Eu não posso encontrar o alfa sozinho. 

̶  Droga Raymond, eu não estou falando desse cretino, estou falando do homem que me bateu, me amarrou e me deixou para morrer. – ela tinha tocado na ferida. Cada palavra que ela dizia parecia provocar um choque em mim, despertando minha fúria só em lembrar que algum cretino tinha tocado nela para fazer mal. Sarah é meu calcanhar de Aquiles, e ver as marcas rasas em seu rosto me enchia de fúria. Eu só percebi a proporção desse sentimento quando soquei a parede, assustando-a. – Ray...

̶  Não Sarah. – suspirei tentando controlar a raiva. – Ele te machucou, ele bateu em você, ele quase... Te matou. – a ultima palavra saiu tremula por meus lábios. – Deus, ele quase te matou. – minhas mãos passaram nervosamente por meus cabelos na tentativa de sanar a raiva.

̶  Mas não matou. – ela tocou meu peito na tentativa de me acalmar. – Ray, eu estou aqui agora.

̶  Por muito pouco. Fico me perguntando o que teria acontecido se Oliver não estivesse por perto, e só a possibilidade... Sarah eu enlouqueceria.

̶  Amor, olha pra mim. – suas mãos agora espalmadas uma em cada lado do meu rosto. – Eu estou aqui, viva, bem.

̶  Eu não podia te perder... Eu não posso te perder, entende? Não sei se sou capaz de me manter são se alguma coisa te acontecer, e imaginar mãos imundas te maltratando me fez perder a cabeça, eu...

̶  Ray... O que você fez? – ela se afastou me encarando com receio. – Você não...

̶  Não. – neguei me sentindo sujo por seu olhar temeroso e acuado. – Por muito pouco eu não o matei.

Eu tinha encontrado o infeliz que fez isso com Sarah, graças às câmeras de segurança próximo ao nosso prédio. O idiota só esperou virar a esquina para arrancar a mascara de gás do rosto, me dando a chance de jogar sua face imunda no identificador. Jimmy Pipper era o nome dele. O encontrei próximo às docas, um marginalzinho de quinta que não precisou mais que uns socos para revelar ter recebido o serviço de dar um susto em Sarah Lance, ele não sabia de quem tinha partido, apenas que o alfa lhe mandou o dinheiro.

Senti as mãos de Sarah puxar as minhas cautelosamente, os nós dos meus dedos cobertos por sangue seco do infeliz que ela só pareceu notar agora.

̶  Eu quase fiz Sarah, quase matei o infeliz com minhas próprias mãos. – senti um tremor correr por meu corpo, a adrenalina indo embora finalmente. – Eu só conseguia pensar que aquele cara esteve te machucando, que ele teve o sangue frio de te deixar para morrer, então eu o soquei, chutei e soquei novamente.

̶  E o que te fez parar? – ela mergulhou tão fundo em meus olhos que eu cogitei a possibilidade dela estar lendo a minha alma. Ali eu soube que jamais poderia mentir para aquela mulher.

̶  Você. – devolvi a olhando com a mesma intensidade. – Sua voz em minha cabeça me pedindo para eu não me perder no desespero. – confessei vendo uma lágrima lhe escorrer pelo canto do olho esquerdo. Ela suspirou voltando a olhar para baixo.

̶  Então não se perca, Ray. – senti o aperto de suas mãos nas minhas. – Esse inferno parece estar longe de acabar e eu preciso de você ao meu lado, preciso que mantenha sua sanidade. – ela parecia tão cansada quanto eu. – Está machucado. – encarou as marcas. – Venha tomar um banho. – saiu me puxando em direção ao banheiro sem trocar mais nenhuma palavra. Eu me sentia cansado, como se estivesse a horas remando contra a correnteza, então apenas me deixei levar. Retirei as peças de roupas, sentindo seu olhar queimar nas minhas costas.

 – Está tudo bem agora. – seus braços magros me envolveram por trás num abraço apertado. Girei meu corpo para retribuir o gesto, eu precisava sentir o calor que ela emanava e só então eu realmente ficaria bem. Sarah era meu farol no meio dessa tempestade, ela me impedia de me perder.

 

Oliver Queen.

Respirei o ar gelado de Star enquanto observava os primeiros raios de sol quebrar a escuridão no céu, voltei para o quarto e me recostei na parede, observando a loira deitada em meus lençóis. Seu corpo cheio de curvas emanava sensualidade, o lençol branco jogado de forma despojada sob seus quadris enquanto a pele começava a se arrepiar em resposta ao vento que entrara pela janela. Felicity era linda em todas as suas nuances, e despertava em mim sentimentos desconhecidos, me fazia querer sempre saber mais dela, mergulhar dentro de seus olhos, me enterrar em seus cabelos e me perder em suas curvas. 

Suspirei sentindo a necessidade de aquecê-la, eu estava me sentindo dependente de seu cheiro e temia pelo o que vinha pela frente, mas era tão fácil estar com ela. Não tinha complicações, ela me entendia e respeitava meu tempo e espaço ao mesmo tempo em que sabia me ler como ninguém. Se as coisas não fossem tão desastrosas...

̶  Pare de me encarar dessa forma e volte para cá, ainda está cedo. – uma rápida surpresa passou por mim ao perceber que ela estava me encarando. 

̶  Felicity, eu...

̶  Apenas venha, Oliver, deixe o resto pra depois. – como eu disse, ela tinha esse poder de simplificar tudo, deixar a correnteza levar, e isso me encantava. Deitei novamente ao seu lado a puxando para mais perto, fazendo com que ela ficasse de frente para mim, beijei seus cabelos inalando o máximo de seu cheio e em seguida beijei seus lábios. Ficamos ali, apenas namorando até que o sono se fizesse presente outra vez, fingindo que o mundo não estava desabando sob nossas cabeças.

(...)

Despertei com o barulho de celulares insistentes, Felicity estava deitada de bruços com a cabeça em meu braço.

̶  Merda. – resmunguei sentindo a dormência pinicar. Retirei sua cabeça com cuidado para não acordá-la, mas foi em vão, o barulho já a tinha despertado.

̶  O que aconteceu? – virou me encarando com o rosto amassado e confuso. Linda.

̶  Não sei. – pesquei o aparelho no criado mudo encontrando uma mensagem de Waller. – Precisamos ir.

Ela me olhou confusa antes de olhar seu telefone, parecia reconhecer as palavras e uma estranha feição se formou em seu rosto.

̶  A sede da Argus foi atacada?

̶  Parece que sim, só não entendo como isso foi acontecer. – ela me olhou sugestiva e logo entendi a nuvem de pavor ali. – Noah.

Sem mais palavras nós nos arrumamos em silêncio e corremos para o escritório de Amanda. O caminho foi rápido não deixando margem para conversas ou esclarecimentos. Enquanto eu dirigia, Felicity contatava o resto do team para nos encontrarmos lá.

̶  Amanda o que aconteceu? – perguntei assim que cruzamos o espaço. O resto da equipe já se encontrava lá assim como outros agentes.

̶  Noah está decodificando todo o sistema da Argus, estou tentando mantê-lo afastado, mas não sei se consigo por mais tempo.

̶  Por que ele está fazendo isso? – Felicity correu para o lado da mulher que tinha os olhos grudados ao monitor, enquanto os dedos batiam incessantemente no teclado.

̶  Não faço a menor ideia, mas se isso acontecer as celas da ala leste estariam desprotegidas facilitando a fuga dos presos.

̶  Mas a ala leste foi reservada para os bandidos do alfa. – Diggle processava tudo. – Lyla está lá, é muito arriscado que ela seja a única responsável por aquele distrito.

̶  E você acha que eu não sei, John? Mas sua esposa é a agente mais competente que eu tenho aqui, sem ofensas. – olhou rapidamente para nós.

̶  Dê-me o lugar, Amanda. – Felicity pediu num tom duro. – O problema dele é comigo.

̶  Por que diz isso? – Sarah sibilou a curiosidade que todos pareciam ter ali, menos eu e Waller.

̶  O que mais um pai pode querer com sua filha se não perturbá-la no trabalho? – mesmo não encarando um por um naquela sala, eu não precisava ser um gênio pra saber que estavam surpresos com essa informação.

̶  "Olá sweetheart." – a voz de Kuttler soou pelos comunicadores da sala. – “Eu sabia que apenas você conseguiria se comunicar comigo.”

̶  O que você quer, Noah? – Felicity respondeu enquanto seus dedos trabalhavam freneticamente nos teclados.

̶  "Que grosseria querida, não foi essa a educação que eu lhe dei. Nem mesmo um 'olá papai' eu receberei?" 

̶  Desculpe se não fui educada, estive muito tempo tentando fugir de suas pendências. – me surpreendi com o tom usado por ela.

̶  "Oh... Devo dizer que fiquei bastante surpreso quando soube que minha filhinha estava trabalhando com o homem que vem me caçando a algum tempo." – sua risada sarcástica fez meus punhos cerrarem de ódio. – “Olá Oliver."

̶  O que quer, Noah? – perguntei impaciente, fazendo gestos para Sarah e John irem dar cobertura para Lyla na ala leste, enquanto Ray se juntava a Felicity nos computadores e Roy recrutava outro agente para dar cobertura a ala oeste.

̶  "Informações."

̶  Você acha mesmo que vai ter alguma coisa de mim depois de ter sumido e me deixado para trás? Depois de ter me deixado para morrer por algo que você criou?

̶  "Mas eu não sumi, sweetheart, eu sempre estive te vigiando de perto." – Felicity lançou um rápido olhar para mim. – "Não se lembra do nosso encontro dias atrás?"

̶  Do que está falando?

̶  "O carro que te seguia, lembra?" – ela foi seguida? Como ela não me contou isso? – "Não se preocupe, eu só queria ter certeza de que você estava bem, segura e de boca fechada, ou esqueceu que temos um segredinho?"

̶  Cala a boca. – ela esbravejou assustando todos ali. – Cala essa sua maldita boca.

̶  "Aliás, eu vi que você acessou o banco de dados do papai, achou o que queria?" – eu estava chocado com a facilidade que ele tinha em desestruturá-la, mais ainda por ela estar escondendo coisas de mim. – "Sweetheart, não diga que você quer volta a participar dos negócios da família?”.

̶  Do que ele está falando Felicity? – perguntei inquieto.

̶  "Você não contou? Então deixa comigo; nossa linda Felicity já esteve envolvida co a..." – antes que ele completasse a frase a comunicação caiu, fazendo a loira respirar fundo.

̶  Do que ele estava falando? Em que você esteve envolvida? – perguntei a tempo de ver os outros voltarem.

̶  Consegui bloqueá-lo do sistema, aproveitei e reforcei a segurança, mas precisamos de um vírus para pará-lo. Infectar o sistema de Noah nos dará tempo.

̶  Você vai mesmo fingir que não está me ouvindo? – eu estava irado, Felicity estava fugindo de me contar a verdade e eu odeio que joguem sujo comigo.

̶  Eu não estou fingindo nada, Oliver. – ela continuava digitando, mas seus ombros estavam tensos. 

̶  Ao menos tenha a decência de olha para mim enquanto mente. – senti olhos curiosos queimar sobre nós. – Quem diabo é você, Felicity Smoak?

̶  Ollie... – Sarah tocou meu ombro. – Venha, vamos sair daqui, quando ela estiver pronta falará.

Resolvi escutar minha amiga, se eu ficasse mais um segundo naquela sala acabaria descontando minha raiva em quem não tinha nada haver, ou por, diria coisas da qual me arrependeria depois.

̶  Esperem. – Amanda falou antes que cruzássemos a porta. – Tenho uma nova missão para vocês.

̶  Eu não trabalho mais com ela. – apontei vendo Felicity encolher os ombros.

̶  Mas você vai. – a voz firme de Waller me fez sentir uma criança birrenta sendo repreendida pela mãe. – Eu não sei o que aconteceu entre vocês dois, nem me interessa o que meus agentes fazem em suas vidas particulares, mas aqui vocês tem um trabalho a fazer e ordens a cumprir. – me encarou friamente. – Então se eu digo que vão trabalhar juntos, é porque vão.

̶  Qual o caso? – Diggle perguntou antes que eu rebatesse as palavras da mulher e transformasse aquela sala num campo minado.

̶  Um cassino. – olhou rapidamente em seu tablet. – Adam voltou a dar as caras e dessa vez de forma mais ousada. Fonte seguras me mandaram imagens dele em diversos lugares e negociações.

̶  E o que teremos que fazer? – Ray girou em sua cadeira.

̶  Adam está em posse de um drive, esse ship contem informações confidencias sobre o alfa e todo o seu plano, seja ele qual for. Se minha fonte estiver certa, Adam estará na noite de amanhã neste cassino para negociar esse ship, a missão de vocês é resgatá-lo antes que seja tarde e as informações caiam em mãos erradas.

̶  Espera, mas Adam trabalhava para o alfa, certo? – perguntou Sarah com o cenho franzido.

̶  Não. – a mulher sorriu sugestiva. – Adam trabalhava para mim.

̶  Como é que é? – nada mais parecia fazer sentido. – Amanda, nós mesmo vimos às imagens da câmera de segurança do prédio dele, elas estavam editadas. Sem falar em sua conversa estranha no teatro com um homem misterioso.

̶  Adam era meu plano B para desmascarar toda essa quadrilha. Eu o infiltrei no esquema do Slade para fazê-lo chegar até o alfa e descobrir o porquê dessa perseguição pessoal contra você. Mas ele foi descoberto, então precisei o exilar fora do país, mas seu tempo na Suíça o fez mudar de lado e agora ele está vendendo o maldito ship com toda a informação colhida para quem pagar mais.

̶  Mas que droga, Amanda, você precisa parar de criar jogadas sem nos comunicar. – ralhei exasperado com a nova informação. – Você tem noção de que poderíamos ter estragado tudo? 

̶  Se eu te contasse, deixaria de ser meu plano B. – bufou irritada. – Ele estava colhendo informações, eu não podia deixar que ligassem ele a você ou tudo estaria arruinado. O alfa quer a tua cabeça, então eu precisava te envolver no caso enquanto Adam fazia o serviço pesado.

̶  Você é inacreditável. – eu estava puto. – Olhe para nós, não somos suas marionetes para brincar conosco quando bem entender. Se não confia no trabalho da minha equipe, então por que nos chamou?

̶  Não se trata de confiança, Queen, mas vocês chamam muito mais atenção para esse tipo de trabalho, vocês são rostos conhecidos na cidade.

̶  E por que não Felicity? – apontei para a loira que se mantinha calada. 

̶  Porque ela já estava encarregada de ficar de olho em você. – puxei uma lufada de ar enquanto processava a informação. – Felicity não foi enviada apenas para ajudar no caso, mas sim para ficar de olho em você e na sua equipe. Ela foi meus olhos e ouvidos.

̶  Eu não acredito que você escalou uma babá para cuidar de mim em tempo integral.

̶  Do que está reclamando? Pelo visto ela cuidou muito bem. – olhei o rosto da loira que parecia tão surpresa quanto eu. – Você é conhecido por ser impulsivo em suas ações e já estragou esse caso uma vez, eu não podia deixar que o estragasse de novo.

̶  E por que o deu para mim? – gritei enfurecido.

̶  Porque eu precisava de uma isca, e quem melhor que a presa do alfa.

̶  Chega Amanda. – Felicity finalmente se fez presente. – Já entendemos que você age com frieza e é incapaz de se colocar no lugar de alguém, mas o que você fez com Oliver é desumano.

̶  Eu não preciso que me defenda, Smoak.

̶  Cala a boca todo mundo. – Sarah gritou impaciente. – Vocês não percebem? Estamos nos atacando ao invés de buscar uma real solução. Amanda fez uma jogada arriscada que deu errado e agora precisamos concertar a burrada. – Waller fez menção de rebater, mas Sarah foi mais rápida. – Não negue os fatos, você deu um tiro no próprio pé escalando Donner como infiltrado e agora precisa de nós, a isca, para reverter a situação. E eu juro que minha vontade é deixar que você se foda no seu próprio plano, mas é do alfa que estamos falando e ele quer atingir a Oliver, então eu vou lutar por ele. – ela me lançou um olhar cúmplice. – Mas assim que estivermos em posse desse maldito ship, ele ficará conosco e nós guiaremos a missão daqui por diante. É pegar ou largar.

̶  Vocês não tem o material necessário para descriptografar os códigos e acessar as informações. – argumentou uma Waller visivelmente irritada.

̶  Nós temos Ray, esqueceu que ele é a mente por trás dessas maquinas? – me senti orgulhoso por minha amiga.

̶  Façam como quiser, só tragam Donner até mim, ainda preciso interrogá-lo e fazer um relatório. – me encaminhei para sair dali antes que me sentisse sufocado com todo o ar tóxico, mas mais uma vez parei dessa vez com as palavras de Sarah.

̶  Por que está parada aí Felicity? Precisamos de você no team. – mas que merda ela estava fazendo?

̶  Eu achei que...

̶  Achou errado. Eu não sei o que você esconde, mas somos uma equipe e não costumamos abandonar um membro mesmo que ele mantenha segredos. – nesse momento eu senti seu olhar queimar minhas costas. – Venha, vamos nos organizar para essa maldita missão.

̶  Não quero causar mal estar na equipe. – eu sabia que ela falava de mim.

̶  Oliver faz questão das suas habilidades, não é mesmo Ollie?

̶  Que seja. – ralhei saindo antes que ela tentasse me fazer abraçar e dar dois beijinhos como no colégio.


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Notas finais do capítulo

E então? Muitas revelações bombasticas, mas apesar de tudo, eu adianto que Olicity seguirá firme e forte, só... Confiem em mim ;)
Aguardo vocês no feedback

PS: já vou correr pra responder os comentários anteriores.
Beijo!



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