Linhas Cruzadas. escrita por MissDream


Capítulo 12
Mascaras.


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS!
BOA LEITURA.



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Oh I made myself a promise you would never see me cry...”

 

Felicity Smoak. 

 As palavras sádicas de Oliver pareciam dominar minha mente, seu tom sombrio deixava claro toda a dor que ele carregava. Senti todos os pelos do meu corpo arrepiar com aquele jogo psicótico que parecia saboroso ao paladar do homem. A escuridão dele estava em cada gesto, era palpável, assim como o medo do tal Marco. Eu sabia que Oliver podia matá-lo com facilidade se quisesse, já o tinha visto fazer isso antes, mas ele não queria, nunca esteve em seus planos matar o assassino de seus pais, muito pelo o contrário, quanto mais vivo ele estivesse, mais torturante seria respirar, a incerteza da segurança daqueles que ele mais amava seria a arma de          Oliver, ele viveria assombrado pela vingança e eu sentia todo meu corpo arrepiar só com a ideia de até aonde Oliver iria para torturá-lo.

̶  O que aconteceu hoje não é metade do que eu posso fazer. Espero que você não volte a me questionar ou duvidar de mim, e se não gosta da forma como eu trabalho, então melhor que procure outra equipe, Barbie.

Engoli em seco com o tom gélido de Oliver, todas essas semanas trabalhando juntos e nunca o tinha visto tão sombrio como agora. Voltei para o meu apartamento ainda sentindo um frio na espinha, a verdade é que Oliver me assustou hoje, em todos os meus anos de Argus, nunca tinha visto tortura tão... Eu nem ao menos tinha palavras para classificá-la.

Minha cabeça estava doendo e meu subconsciente apitando todo o momento para que eu mantivesse uma distância segura de Oliver e seus demônios. Foi com esse pensamento que me enfiei debaixo da ducha quente, nada como água morna para relaxar os músculos. 

Escorei-me na ilha da cozinha, a xícara com o líquido fumegante em minhas mãos as aquecendo. Eu só queria relaxar, mas minha cabeça dava voltas e mais voltas no momento de mais cedo na adega, as palavras de Oliver, o homem sufocando.

"Entenda, eu não preciso de motivos para matar ou torturar alguém."

"Você não me conhece, Felicity. Não deveria ter minhas palavras como um blefe."

"Se não gosta da forma como eu trabalho, então melhor que procure outra equipe, Barbie."

Foi como se um clarão iluminasse minha mente, de repente tudo fez sentido. Senti a raiva crescer dentro de mim conforme a ficha ia caindo, estava irritada comigo mesma por deixar Oliver entrar na minha cabeça, me amedrontar com sua escuridão e me deixar acuada. Eu estava sendo manipulada e nem ao menos tinha percebido, deixei minha fraqueza transparecer para a pessoa que menos devia.

 “Como você foi burra, Felicity”. – a voz da minha consciência gritava. – Isso não vai ficar assim, você não vai jogar comigo desse jeito, Oliver. – entornei o liquido, sentindo descer queimando minha garganta. O amargo estacionando em minha língua conforme o sabor se diluía. – Você não vai mais mostrar fraqueza, nunca mais.

Aquela manhã amanheceu estranhamente solar, o que era raro para uma cidade como Star City. Bebi minha dose de sarcasmo antes de sair de casa, eu estava disposta a apagar toda e qualquer imagem de garota frágil que Oliver tinha de mim.

̶  Bom dia Karen, como anda o relatório que eu pedi sobre os últimos gastos com fornecedores? - inquiri a funcionaria assim que atravessei o hall da recepção.

̶  Estará em sua mesa ainda hoje. – certificou de prontidão.

̶  Por favor, temos uma boa jogada e precisamos de verbas. – pisquei para em seguida encarar o homem parado em minha frente. – Deseja alguma coisa, sr. Queen?

̶  Bom dia para você também srt. Smoak. Venha até minha sala, por favor.

̶  Como queira. – o segui sem esboçar nenhum sinal de resistência, quando na verdade minha vontade era voar em seu pescoço.

Oliver Queen.

Observei o saguão do hotel com todas aquelas pessoas passando, o som de saltos batendo no chão, rodinhas de carregadores de malas, conversas diversas. Cotidiano. Eu realmente tinha aprendido a gostar de trabalhar ali, ter uma rotina conturbada e corrida que não envolvia a Argus. Respirei fundo quando a loira atravessou o hall cumprimentando a todos, ela estava diferente, nada lembrava a moça acuada de ontem.

Tinha algo diferente em Felicity, todo o sarcasmo de quando a conheci parecia ter voltado mil vezes pior, até mesmo na forma de me cumprimentar ela parecia despejar cinismo. Suspirei pesado empurrando a porta da minha sala e tendo em mente que a loira que me seguia seria meu inferno particular.

̶  Ontem à noite...

̶  Não aconteceu. – me cortou antes mesmo que eu concluísse a sentença. – Assuntos de caráter pessoal não me diz respeito, eu estou aqui com um propósito e irei embora assim que o cumprir.

̶  Perfeito. – torci o nariz tentando não esboçar reação alguma. – Sobre o pendrive criptografado...

̶  Estou subindo para ver isso com o Ray, eu vim para ajudar com esse tipo de dificuldade e é o que vou fazer. – se adiantou indo até a porta, mas parando no caminho. – Deseja mais alguma coisa?

̶  Por agora é só. – afrouxei o nó da gravata a vendo sumir de minhas vistas.

O dia parecia se arrastar, Felicity estava presa no laboratório de Ray desde a manhã, Sarah tinha ido até a sede da Argus para resolver alguma coisa em seu cadastro, Diggle estava de folga e Roy estava vigiando Adam. O hotel parecia nos conformes, sem muitos contratempos.

̶  Olá sr. Queen. – ouvi a voz rouca de Helena invadir o espaço. – Já viu os jornais dessa semana?

̶  Não, o que tem eles? – perguntei pouco interessado no assunto.

̶ "Oliver Queen volta aos eventos sociais em grande estilo." – leu o titulo da manchete, jogando a folha sobre minha mesa. Observei a foto estampada na capa onde Felicity e eu mantínhamos os  braços entrelaçados e os rostos cobertos por mascaras.

̶  Helena... – meu tom foi de aviso, eu sabia onde aquilo ia parar.

̶  Não Oliver, eu soube no momento que ela cruzou essa porta que o que quer que tínhamos não seria mais algo exclusivo.

̶  Não fale como se fossemos namorados, porque não somos. Você sempre soube das regras.

̶  Sim, nunca na sua casa, nunca passar a noite, nunca fazer programas de casal, nunca aparecer em público.

̶  Não estou entendendo o porquê de toda essa cena, então.

̶  E se eu te disser que eu quero mais? - perguntou cruzando os braços. - Quero que você durma lá em casa, quero sair para jantar, quero um relacionamento normal.

̶  Então eu vou ter que acabar com isso. – apontei o dedo de mim para ela. – Com a vida que eu levo não é possível, além do que eu não posso estar num relacionamento com você nem com ninguém.

̶  Eu não entendo, você sempre fala que não pode, mas não consigo ver o real motivo. O que tanto você esconde Oliver? Que segredo é esse que te impede de se abrir comigo?

̶  Helena para, desse jeito não dá pra...

̶ Tudo bem, tudo bem. - se aproximou enlaçando seus braços em minha cintura. – Me desculpe, eu não vou mais fazer perguntas.

̶  É para sua segurança, eu prometo que um dia te conto. – segurei sua nuca. – Confie em mim.

̶  Só não esqueça que eu sou sua amiga, aquela pra quem você corre quando o dia está cheio.

̶  Não vou. – a beijei, mas antes mesmo que tentássemos avançar qualquer sinal, meu celular apitou. 

"Reunião após o expediente com toda a equipe, temos novas pistas. RP."

̶  De volta ao trabalho. – vi a feição de Helena cair frustrada.

̶  Tudo bem, me liga quando tiver afim de algo. – piscou saindo da minha sala.

(...)

̶  Descobrimos o porquê da negociação entre Marco e Slade. – Felicity falou assim que todos sentamos-nos à mesa de reuniões. – Supostamente Marco vendeu uma safra de vinho especial para Slade.

̶  Mas até aí normal, ele é enólogo, certo? – Sarah questionou indecisa.

̶  Errado. – Ray respondeu esticando uma ficha para cada um de nós. – De acordo com nossas pesquisas, Slade tem um vinhedo no sul da Austrália, onde negocia com vários restaurantes chiques de lá. Logo, se ele tem sua própria adega, por que comprar uma safra inteira?

̶  Interesse pessoal? – John arriscou. – Vai ver o cara gostou muito do vinho e resolveu comprar toda a safra. 

̶  Tem algo estranho aí, o Marco não é dono de vinhedo para ter uma safra inteira, ele é apenas um enólogo. – constatei o obvio. – Tem alguma peça que não encaixa nesse quebra-cabeça.

̶  Eu entrei no sistema de todas as empresas que constam na lista de envolvidos nesse caso, acabei descobrindo que a QC tem filiação com a Wilson's Global. – me surpreendi com a informação que Felicity soltou. 

̶  Como assim? Eu não sei nada sobre essa sociedade. Felicity, explique melhor.

̶  A QC acabou de fechar um acordo bilionário com a empresa de Slade Wilson, a empresa vai fornecer maquinas radioativas para o projeto da rede de clinicas que Wilson pretende abrir pelo país.

̶  Até agora não entendi o que tudo isso tem a ver com a safra de vinhos. – Roy soou confuso.

̶  Tudo e nada.

̶  Seja mais objetiva, Felicity.

̶  A questão não é o que a QC em a ver com a Wilson's Global, e sim o que Slade e Sebastian tem em comum.

̶  Ambos estão na lista de envolvidos. – entendi o que ela dizia, Slade e Sebastian tinham algo em mente, só nos restava saber o que. – Eu... – antes que eu pudesse falar, meu celular tocou, mostrando a foto de Tommy no identificador. – Oi Tommy.

̶  "O que acha de jantarmos hoje, eu, você, Sarah e Ray?"

̶  Não sei, estou muito cansado Tommy, o dia foi puxado. – falei me levantando da mesa e me afastando dos outros. – Por que não marcamos amanhã?

̶  "Você é um bundão, Oliver Queen." — ri pelo nariz com seu tom indignado. — "Tudo bem, então, te vejo amanhã?"

̶  Sem falta. – prometi encerrando a ligação.

̶  O que ele queria? – Sarah se aproximou, curiosa.

̶  Jantar conosco, mas depois dessa reunião e de saber que Sebastian fecha negócios sem meu aval, eu acabei pedindo para ele deixar para amanhã, estou com a cabeça cheia.

̶  Vá para casa, Oliver, você está precisando descansar. – ela sorriu gentil. – Desde quando você não dorme?

̶  Muitas noites desde que eu me lembro. – lhe ofereci um sorriso ensaiado. – Mas não se preocupe comigo, se preocupe com aquelas mulheres que precisamos salvar.

̶  Você não me perdoou, não é? – suspirou cruzando os braços.

̶  Não é questão de perdoar Sarah, é que eu penso nelas e se Laurel estiver numa dessas situações, ou pior, e se ela tiver... Eu não quero nem imaginar o que pode ter acontecido com ela.

̶  Oliver, você precisa parar de se martirizar, Laurel se foi, deixe-a ir Ollie. – antes que eu pudesse rebater suas palavras, a voz de Felicity ecoou no local.

̶  Pessoal acho que vocês vão querer ver isso. – as imagens das câmeras mostravam Slade e Sebastian no que parecia ser uma discussão, eles estavam alterados e pareciam discordar de algo. – Uma pena não termos áudio.

̶  Não temos áudio, mas temos algo que pode ajudar. – ela me olhou confusa. – Vou enviar esse vídeo para Amanda, ela com certeza têm alguém que resolva esse problema.

Fiz como dito, e logo Waller me mandou uma mensagem informando que estaria trabalhando nas imagens e que assim que tivesse algo, entraria em contato conosco. Não tinha mais o que ser feito até a análise ser concluída só nos restava esperar, então liberei todos.

(...)

A água quente relaxava meus músculos enquanto minha cabeça dava voltas em torno dos arquivos de mais cedo. Slade poderia não ser quem aparentava e a empresa da minha família estava nas mãos de um suposto chefe do tráfico humano. Senti como se a qualquer momento eu fosse sufocar com a enxurrada de informações descobertas, era quase certo que por fim tínhamos pegado esse alfa e eu me sentia estranhamente tenso com essa hipótese. Despertei dos meus pensamentos com o som da campainha tocando, sem delongas corri para ver quem era.

̶  O que você está fazendo aqui? – encarei a figura em pé a minha frente.

̶  Se Maomé não vai até a montanha...

̶  Tommy, nós não tínhamos combinado de jantar amanhã?

̶  Mas eu estou precisando do meu amigo hoje. – falou entrando no apartamento.

̶  Entra Tommy, fique à vontade. – rolei os olhos, impaciente. – Por que você precisa tanto de mim, afinal?

̶  Você tem pratos aqui, certo? – falou erguendo as sacolas em minha direção.

̶  No armário. – apontei a bancada que separa a sala da cozinha. 

̶  Você tem taças, ótimo. – falou enquanto retirava a louça do armário. – Eu trouxe um bom vinho tinto.

̶  Vai me dizer do que você precisa ou vou ter que esperar até que você esteja bêbado e babando no meu sofá?

̶  Tudo bem. – suspirou soltando as coisas e encostando-se ao balcão da pia. – Você sabe que desde a morte do meu pai, eu tenho assumido os negócios da família. 

̶  Thomas não enrola.

̶  Certo. Eu levei uma proposta que pode render milhões de dólares tanto para a Global Merlyn quanto para QC

̶  Agora comece a fazer sentido.

̶  Sebastian se negou a fechar negócio alegando não confiar na minha capacidade de gestão. Acontece que para o projeto andar, eu preciso trabalhar com as relações aplicadas da QC.

̶  Ou seja, você quer que eu ligue para o Bloode e ordene que ele dê carta branca para o projeto? – ergui uma sobrancelha em sua direção.

̶  Mais ou menos isso. – sorriu matreiro.

̶  Tommy, eu sinto muito, mas não é assim que as coisas funcionam. – tentei explicar. – Eu dei carta branca para Sebastian dirigir a empresa da forma que achasse melhor, apenas me informando os contratos e associações que foram ou não feitos. Eu assinei um documento onde deixava isso claro, ele só precisa me mandar um relatório mensal financeiro e administrativo.

̶  Isso significa que você não pode fazer muito por mim. – lamentou chateado.

̶  Olha, se serve, eu posso analisar o relatório que ele me enviar e questionar o porquê dele ter ignorado sua proposta.

̶  Já é alguma coisa. – sorriu amigável. – Vamos comer?

Tommy e eu passamos a comer uma massa que ele trouxe, enquanto conversávamos amenidades. Passar esse tempo com ele estava sendo realmente bom, me lembrava do antigo Oliver adormecido em mim.

̶  Será que meu pai sempre vai ser uma fraqueza para mim? – comentou remotamente.

̶  Como?

̶  Ele sempre foi o grande Malcon Merlyn, empresário de sucesso, inspirador, temível. Sabe essa questão com o Sebastian só me mostra o quanto à sombra dele ainda me atormenta.

̶  Por que você diz isso, Tommy?

̶  Porque sempre vai haver uma comparação, sempre vão julgar se eu estou apto para substituí-lo.

̶  E desde quando você liga pra isso?

̶  Não ligo. É só que... – ele parecia perdido em seus próprios pensamentos.

̶  Que?... – insisti na conversa.

̶  Se olhar atentamente vai ver que tudo tem um ponto fraco que pode se quebrar cedo ou tarde.

̶  E o seu é seu pai. – ele afirmou me olhando atentamente. – E agora você está tentando achar o meu. – deduzi divertido para Tommy que bebericou o vinho.

̶  Eu já encontrei o seu. – deu de ombros.

̶  E qual é? – expandi um sorriso mais interessado para o meu amigo. 

̶  Você é um vencedor, Ollie. – concluiu levando o ultimo gole da bebida. 

̶  Isso é uma piada?

̶  Não, mas não deixa de ser irônico. – pensei em responder com alguma resposta sarcástica, mas meu celular foi mais rápido.

̶  Alô?

̶  "Queen, esteja aqui com sua equipe pela manhã. Parece que pegamos os caras." — a voz de Waller saiu pela linha.

̶  O que?

̶  "Sebastian e Slad, nós os pegamos. Parabéns Queen, te vejo amanhã." — ela desligou me deixando ainda confuso pela forma como me abordou.

̶  Tommy. – ele me olhava curioso, talvez pela forma como minha expressão caiu em total surpresa.  ̶  Parece que teremos uma chance para o seu projeto.

̶  Tá falando sério, Ollie? – ele esboçou um sorriso esperançoso.

̶  Mais do que eu gostaria.


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Notas finais do capítulo

Não, eu não respondi os comentários anteriores, sim, eu estou atrasada e sim eu sou desorganizada. Eu não posso prometer a vocês que não vou mais atrasar com os capítulos pq estaria quebrando a promessa no momento seguinte, mas posso prometer trazer sempre surpresas para a história. Fica aqui mais uma vez minhas desculpas sinceras.

Dito isso, queria esclarecer algumas coisas: não sei se perceberam, mas agora todo capítulo começa com uma frase em inglês, essas frases são retiradas de músicas, e cada uma corresponde ao capítulo como trilha sonora. Então pra quem gosta de ler ouvindo alguma coisa, pode jogar e estrofe no google e é só apertar o play. Não deixo a lista com as músicas porque elas são escolhidas de acordo com o que vou escrevendo, logo é surpresa pra mim também.

O capítulo de hoje é dedicado a minha parceira de escrita/maratona de série/maratona de vôlei/confidente da madrugada e jurada de banca Karly. Ela que deixou uma recomendação linda, que sempre me ajuda nos momentos de dúvidas e tudo mais, obrigada mana, você sabe que o carinho é reciproco ;) ♥

Por fim, desculpem qualquer coisa, prometo ir respondendo os comentários aos poucos, mas não deixem de comentar, favoritar e acompanhar, é muito importante pra mim. Um grande xero e espero o retorno ;) ♥



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