Tell You A Story escrita por STatic


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oláa!
Gente, antes de falar o que eu tenho para falar, deixa eu agradecer pelos comentários, foram incríveis! E obrigada LahAlves, ProudCasketter, Jana, Pati, Bella Caskett e CuddyBeckett que favoritaram!!
Agora, nos falaram que o último capítulo ficou um pouquinho confuso, então vou aproveitar e tentar explicar: A partir de agora, nós estamos na mente do Castle, como um flashback (?), então ele está lembrando o que aconteceu anos antes... E quando colocarmos algo em itálico, é por que é o presente. Mas isso não acontece agora e não se preocupem, vocês vão entender quando acontecer.
Enfim, não sei se ajudou, mas ajslasdh
Nós falamos que era uma história fofa porém sofrência, então vamos lá!
Boa leitura, espero que gostem!



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Castle POV

—Então, você acha que foi ele? - perguntei enquanto Kate nos dirigia até nosso destino.

Esposito havia ligado realmente cedo hoje, surpreendentemente já tendo algo para fazermos. Era quase como se ele tivesse se tornado sua própria versão de Kate, com a capacidade de acordar horrivelmente cedo, e encontrar pistas com uma rapidez assustadora. Uma Kate, porém menos atraente. Muito menos atraente.

—Eu não sei, mas o que Espo disse faz sentido. O amor...

—Ou ciúmes. - a cortei.

—Não é um dos maiores motivos para assassinato? - ela continuou como seu eu não tivesse dito nada.

Eu não concordava tão completamente. - O amor não mata... Ou ao menos não dá um passe livre para assassinato.

Ela olhou para mim, erguendo as sobrancelhas e eu podia ver em sua expressão que ela estava em um humor provocativo.

—Eu não sei, Castle. Eu mataria por você.

—Isso é tão doce! - eu disse.

—Ou mataria você. - continuou, voltando sua atenção para a estrada. - Principalmente se continuasse no meu pé por passar um pouco mal!

Tudo bem, aquilo foi baixo demais até para Kate Beckett.

Ela havia acordado em um humor melhor hoje, sem ter saído se arrastando do banheiro ou acordado nauseada durante a madrugada, e toda minha preocupação parecia agora sem sentido, como se tudo o que havia acontecido nos últimos dias tivesse sido apenas fruto da minha imaginação fértil demais.

Mas não havia, eu precisava manter isso em mente. No entanto, por agora e enquanto ela estivesse bem e de bom humor, eu ficaria calmo e tentaria não ser assassinado. Preocupado e assassinado. Não era uma boa manchete.

—Eu estava sendo atencioso, você devia ficar agradecida. - parei - E você não me mataria... Onde encontraria um outro escritor bonito e que fosse um parceiro tão maravilhoso?

— Que não gosta de fazer relatórios. -ela lembrou.

—Você nunca vai deixar isso passar, não é?

—Vou! - ela sorriu. -Quando meu parceiro começar a fazer papelada.

—Totalmente injusto. -comentei e Kate riu.

—Aposto que Patterson não pensaria assim.

Me virei para ela, que aparentemente estava se divertindo um monte com minha cara. O jeito que seus lábios se pressionavam juntos em uma tentativa ridícula de conter o sorriso era uma prova mais que concreta disso.

—E o que foi que aconteceu com aquela coisa de “garota de um escritor só”? - perguntei, fazendo uma imitação fracassada da voz dela.

—Relaxe, Castle, isso continua de pé. E você é péssimo com imitações.

—Não sou, não! Você está má essa manhã, tem certeza que tomou café?

Ela riu. -Certeza. E eu só estou pegando no seu pé, na verdade eu acho muito... Doce, você todo preocupado. 

— É, eu tenho essa tendência.

—Tendência a ter um super ego... -ela sussurrou mais para si mesma do que para mim, e começou a estacionar o carro.

O carro pouco chamativo que Ryan e Espo usavam estava estacionado bem a nossa frente, e eu podia os ver parados do outro lado da rua, encostados em um prédio. Andamos na direção deles, que nos viram imediatamente.

—Isso mesmo, eu solucionei o caso. - Espo disse sem qualquer humildade antes de qualquer cumprimento.

—Então nossa vítima tinha um caso com uma mulher casada? - perguntei. -Não é exatamente a descoberta do Graal.

Esposito me lançou um olhar que seria capaz de queimar um homem. Eu recuei um pouco, parcialmente ficando atrás de Kate, que revirou os olhos.

—Tudo bem, você ganha uma medalha depois, Espo. Qual é o prédio? - Beckett perguntou e ele apontou para o outro lado da rua. O lado que nós tínhamos acabado de estar.

—Sério mesmo? – perguntei o encarando.

—O quê? Nós não íamos ficar parados bem em frente à casa do nosso principal suspeito!

Ele tinha um ponto. Não seria a coisa mais esperta para se fazer.

— Você podia ao menos ter nos avisado... Pouparia todo o tempo que gastamos andando até aqui. – apontei.

—Você só atravessou a rua! – Beckett disse, claramente me acusando de fazer drama. No entanto, eu estava apenas sendo prático. Nada preguiçoso.

—Além disso, você poderia aproveitar uma caminhada. – Espo concluiu, passando por mim, batendo levemente no meu ombro e parando na beirada da calçada.

— O quê? -perguntei, ligeiramente ofendido. O que ele queria dizer com aquilo?

Ele não respondeu, apenas deu de ombros sem sequer olhar em minha direção, e eu olhei para Kate, que balançou a cabeça negativamente enquanto descia o olhar pelo meu corpo, parecendo me analisar.

—Não, você está muito bem. -sussurrou para mim, logo depois mordendo os lábios e se virando, não me dando tempo para me recuperar.

Mas o que...

Ela passou por Esposito e todos nos apressamos em segui-la para o outro lado da rua, Kate sempre alguns passos à frente.

Tudo aconteceu rápido demais, e ao mesmo tempo, devagar demais.

Uma vez que tinha acabado, tive que repassar o ocorrido em minha mente, tentando entender o que de fato tinha acontecido.

Eu realmente não sabia de onde aquele carro havia saído. A única coisa que sabia era que estava assistindo àquela cena completamente estático; era como se tudo estivesse se movendo em câmera lenta, mas com guinadas estranhas que faziam minha cabeça girar, e, antes que eu pudesse avisá-la, o carro a atingiu em cheio.

O mundo inteiro girou e se acalmou em apenas instantes, enquanto observávamos impotentes o carro correndo em uma velocidade alta demais, os pneus fazendo um barulho horrível enquanto o motor era obrigado a acelerar ainda mais, e logo depois a junção ao som do corpo de Kate sendo arremessado contra o para-brisa com uma força avassaladora.

E então estava acabado, o som desaparecendo. De fato, todo o mundo parecia ter desaparecido agora. Eu havia percebido milhares de coisas durante aqueles segundos, e ainda assim, era como se sequer soubesse meu próprio nome.

—KATE! – Aquele grito fez minha garganta queimar, o meu desespero praticamente palpável. Corri com todas as forças até chegar a ela. Kate estava largada no chão completamente imóvel, o corpo em uma posição que não lhe era natural, o que começou a me deixar aflito. Me ajoelhei ao lado dela, checando seu pulso. – Kate! Kate, por favor, fala comigo.

Eu não percebia mais as coisas ao meu redor, e o fato de alguém estar se aproximando me sobressaltou por um minuto.

—Castle, se acalma. – Ryan chega e se abaixa ao meu lado, colocando uma mão no meu ombro. – O Espo já chamou uma ambulância, vai ficar tudo bem.

—Onde ele está?

—Ele quem? – Vi a confusão em seus olhos.

—Scott Sherman. – Olhei para ele rapidamente, voltando a olhar fixamente para Kate. Havia um pouco de sangue em sua testa, me fazendo perguntar mentalmente como diabos aquilo aconteceu. Eu tinha certeza de quem era o motorista daquele carro, e tinha certeza de que não fora um acidente completo. 

—Eu consegui anotar a placa do carro, já passei para Esposito emitir um alerta. – Ele me afasta assim que vê os paramédicos chegando. – Vamos, Castle, eles precisam ajudá-la.

—Eu vou com ela! –Me levanto rapidamente os seguindo em direção à ambulância.

—O Sr. não pode ir. – Um dos paramédicos me para. – Vá com os seus amigos, nós cuidamos dela daqui.

O caminho até o hospital parecia a pior das torturas. Senti meus olhos começarem a arder, e isso definitivamente não era um bom sinal. A imagem dela desacordada na rua fez meu coração acelerar mais do que deveria, me levando para a lembrança dela caída no gramado do cemitério, há alguns anos atrás. Fui tirado de meus pensamentos quando Esposito toca o meu ombro avisando que havíamos - finalmente - chegado ao hospital.

Adentrei o hospital praticamente voando até a recepção, quase implorando por alguma informação sobre ela.

—Ela acabou de entrar pela ala de pronto-socorro, senhor Castle. – A recepcionista disse tranquilamente. –Ainda não tenho mais informações, o senhor terá que esperar notícias do médico.

.

.

Após um tempo excessivamente longo, uma enfermeira apareceu e me deixou entrar para vê-la, e eu fui capaz de me acalmar um pouco mais. Não que houvessem me dado muitos detalhes... Eles queriam falar quando ela estivesse acordada. Certo, eu podia esperar mais um pouco, mesmo que a curiosidade e o medo estivessem próximos de me devorar vivo.

Entrei no quarto e imediatamente me posicionei ao seu lado, agarrando sua mão e observando enquanto ela dormia – e parecia tranquila, como se não houvesse qualquer preocupação.

Depois de algum tempo, Kate abriu lentamente os olhos, apenas para fechá-los novamente, certamente se adaptando com a claridade. Havia um pequeno curativo em sua testa e um arranhão perto da bochecha esquerda. Ela parecia cansada agora, mas fiquei aliviado ao vê-la acordada, era como um grande peso sendo tirado dos meus ombros.

—Hey. – A voz baixinha me fez sorrir. – O que aconteceu?

—Você foi atropelada e ficou desacordada por bastante tempo. – Respondi afagando seus cabelos.

Observei enquanto seus olhos adquiriam um tom de reconhecimento, e podia ver que ela estava se lembrando, mas antes que ela pudesse dizer alguma coisa, a porta se abre e uma mulher alta entra no quarto.

—Olá Sra. Castle, eu sou a Dra. Sullivan. – Ela sorriu gentilmente, mas seus olhos eram sérios – Pode me contar o que você lembra?

—Estávamos atravessando a rua quando aquele carro apareceu do nada, e talvez eu tenha batido a cabeça mas quem dirigia era uma pessoa com a descrição exata do nosso cara, aquele contato visual de milésimos de segundo o fez acelerar o carro e me acertar. – Kate fechou os olhos levando a mão na cabeça. – Essa é a última coisa que eu me lembro.

—Certo. – Ela sorri para mim e depois para ela. –Você está sentindo alguma dor?

—Minha cabeça dói... bastante.

—Bom, isso é normal. Com o impacto você caiu e bateu a cabeça com um pouco de força, mas nada grave. – Ela fez uma pausa, e aquilo me fez gelar. Eu senti que aquela não era a única notícia que viria dela. – Talvez uma concussão leve. Você teve sorte, considerando...

—Tudo bem. –Kate disse mais para ela do que respondendo a doutora. Ela parecia ignorar a tensão aparente da médica.

—Felizmente você está bem. - Eu esperei o mas. Por que sabia que tinha um mas, apenas olhando sua expressão. - Mas a caminho daqui, os paramédicos perceberam um sangramento. Assim que você chegou levaram você para o pronto-socorro, quando descobrimos a causa do sangramento era tarde demais.

Aquilo não era uma boa coisa, eu sabia que não era. Olhei para Kate e apertei sua mão, mesmo estando de pé. Os dedos gelados me confirmaram que ela estava tão nervosa quanto eu agora, finalmente percebendo o estado de espírito da médica, e aquilo só me fez ter mais vontade de acabar logo com aquela ansiedade. Ou de pegá-la no colo e correr, correr para longe, onde nada mais nesse mundo pudesse machucá-la, onde eu pudesse protegê-la de tudo. Rapidamente a voz da doutora voltou a ecoar pelo quarto.

—Devido ao trauma sofrido pelo acidente você sofreu um aborto. Eu sinto muito.


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Notas finais do capítulo

~postando e correndo, postando e correndo~~
E então?? Digam o que acharam!! Vale xingar? Vale, um pouquinho só e com carinho! Jjasoçjhaa
Então, nos contem o que acharam e até o próximo!!
Beejo