A Escuridão Escarlate escrita por Tris Z


Capítulo 6
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos que estão lendo minha fic...Sério...eu não esperava que sequer tivesse uma visita.
Outro capitulo galera! espero que gostem!
beijos
Tris Z



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Eu não sabia por que seu rosto havia se fixado em minha mente. Por mais que eu a ocupasse, a toda hora sua face surgia em um pensamento como uma miragem. Um oásis no deserto, ou meu irmão finalmente confessar a humanidade, perto, porém, inalcançável.

Tentei me distrair pegando exemplares antigos de todos os tipos, no entanto, ainda assim, bastava me distrair da história, que meus devaneios vagavam para o vampiro de cabelos cor de bronze com um sorriso perfeito e aquela estranha conversa que havíamos tido.

Ainda não compreendia,como uma pessoa que eu não conhecia,pudesse me entender tanto.

 Com raiva, fechei o livro em que estava debruçada. Sai do meu quarto e corri as escadas.

Damon estava sentado em sua poltrona, segurando um copo de sangue com certa arrogância, mas seus olhos encaravam o fogo da lareira com intensidade.

Andei até a pequena mesa de mogno no canto da sala, virei um copo e o enchi com Bourbon. Não tinha o costume de beber. Geralmente, esse era um ato de nervosismo, mas talvez, Forks me tornasse uma alcoólatra.

 — Você está pegando o habito? — Zombou Damon, sem tirar os olhos das labaredas alaranjadas.

Talvez, pensei mal humorada.

— E se for? Qual o problema?

Ele me olhou. Seus olhos brilhavam com a idéia.

— Avise-me, assim terei tempo de abastecer. O dobro é claro. Eu posso aumentar o estoque de uísque. Mas você teria que dizer que vai beber muito.

Grunhi, em um gesto irritado. Joguei o liquido em minha boca, e olhei ao redor.

— Onde está Stefan?

Damon deu de ombros, e voltou a encarar o fogo.

— Não é curioso? — apontou para a lareira — Ele está perto, tão perto que posso sentir seu calor. E poderia me matar em minutos, mas não o faz.

— Do que você esta falando?

— Do fogo, oras.

Eu ri

— Ele não é algo vivo Damon.

— Mas então, porque se mexe tanto?

O ignorei

— Onde está Stefan? — repeti

— Não sou a babá dele.

Bufei

— Ele saiu?

— Sim, há horas. Não que eu me importe.

— Sim, você se importa. Agora diga: Onde ele está?

— Já disse que não sei.

O encarei, esperando.

Finalmente, depois de alguns segundos, ele suspirou e me olhou com raiva.

— No Forks Grill.

Sorri levemente e lhe beijei a face.

*******************

Forks Grill, não era um lugar muito bonito. Mas sem duvida, era atrativo. Estávamos numa cidade pequena, e provavelmente esse era o único bar “barra” lanchonete decente. Pessoas de todas as idades entravam e saiam dali. Por sorte, não havia nenhum vampiro ali. Meus pensamentos já estavam confusos de mais para ter que encontrá-lo agora.

 Abri a porta e dei de cara com um recinto iluminado e organizado. Havia mesas espalhadas para todo o lado, habitadas por adolescentes; em um canto, um comprido balcão se estendia, com pessoas bêbadas debruçadas, e no fundo, uma mesa de bilhar.

Caminhei pelo lugar, procurando meu irmão caçula. Senti alguns olhares em mim, mas fiz um bom trabalho em ignorá-los.

Uma garota magrela de cabelos castanhos passou por mim. Pelo seu uniforme, ela trabalhava ali. E pelo seu cheiro, já tinha pegado as bebidas dos clientes e se enfiado em algum canto para poder fumar sem ser pega.

Reprimi a vontade de franzir o nariz e lhe dar um sermão.

— Com licença, você viu um garoto chamado Stefan por aqui? — cerrei os olhos lendo o nome que pendia em seu uniforme: Vicky Donovan.

A garota não conseguiu dizer, porque antes, uma mão se levantou no ar e fez um gesto para ir até ele.

Assenti para a garota em agradecimento, e caminhei até meu irmão mais novo.

Em uma mesa ele, uma garota morena, uma loira e a copia de Katherine, conversavam com naturalidade.

— Ei, Bells!— Stefan sorriu — O que faz aqui?

Sorri também.

— Estava te procurando — virei-me para as garotas — Olá!

A morena esticou seu braço em minha direção em um cumprimento. Apertei sua mão, hesitante.

— Sou Bonnie Bennett, essas são Caroline Forbes e Elena Gilbert.

Balancei a cabeça em suas direções e abri meu sorriso estonteante.

— É um prazer conhecê-las.

Stefan pigarreou.

— Imagino que veio me buscar.

Fiz uma careta

— Eu odeio atrapalhar, mas sim. Vim te buscar.

Ele assentiu, e nos despedimos das garotas.

Já dentro do carro, ele franziu as grossas sobrancelhas.

— Quantas ele bebeu?

Fiz outra careta

— Não faço idéia. Mas se ajudar, ele acha que o fogo da lareira está vivo.

Stefan engasgou com uma risada, me fazendo revirar os olhos.

— O que você estava fazendo?— falei, com certa malícia.

Desta vez, ele revirou os olhos.

Escutei ele contar que acabara se encontrando com Elena no cemitério da cidade, e ela esquecera o diário em uma cripta, então, meu irmão resolveu devolve-lo e ela o convidou para ir junto com ela no Grill, e suas amigas convidaram-no para ir a uma festa que acontecia todo ano, no começo do ano letivo.

— Esta ficando popular — zombei

Ele abriu um fraco sorriso.

— Sou “carne fresca” — Stefan fez aspas no ar — Pelo menos foi o que Elena disse.

Eu gargalhei e logo em seguida fiquei séria.

— Você decidiu parar de evitá-la?

Ele suspirou.

— Elena Gilbert não é Katherine. Além da semelhança física, não há nada de parecido entre as duas. Decidi que não há problema algum conhecê-la, nunca amei Katherine, não há porque ficar hesitante.

Assenti, sabendo que ele estava fazendo a coisa certa e torcendo para que Elena não fosse igual Katherine.

*******************

Entrei na casa correndo com Stefan em meu encalço. De longe, mesmo não sendo vampiro, podia se ouvir a voz elevada de uma discussão.

Lá estava Damon, de frente para Zack, que falava abertamente. Encolhida em um canto, vestindo roupas mínimas, estava uma garota. Ela olhava confusa para a cena a sua frente,obviamente não sabendo o que acontecia,fazendo com que eu entendesse imediatamente a sua situação. Ela estava hipnotizada.

— Você não pode sair matando as pessoas assim. — gritou Zack

Damon desdenhou.

— Não estou matando ninguém.

— Usá-las é tão pior quanto!

Damon revirou os olhos.

— Eu tentei! — falou Zack, levantando os braços — Mas não dá. Quero você fora da minha casa agora!

Damon rosnou

— Essa casa é minha muito antes de ser sua. — ele se aproximou, encarando Zack com seu olhar sádico e mortal — Não grite comigo. Eu não gosto.

Ele se virou e pegou sua garrafa de uísque. Antes que se virasse, eu vi Zack jogando algo em direção a suas costas. Mas já era tarde demais.

— Zack, não! — gritei

A granada de verbena estourou no ar, e Stefan e eu nos encolhemos para longe. Graças a meu grito, Damon saiu a tempo e encarou Zack.

Corri em sua direção sabendo o que ele faria. Pra minha surpresa, Damon me deteu, enfiando a perna de uma cadeira em meu estômago.

Gritei de dor. Arranquei a estaca e me dobrei dolorida.

Assim como eu, Stefan viu o que nosso irmão faria, e agiu rapidamente. Mas, Damon foi mais rápido golpeando-o para longe e quebrando o corrimão centenário. Usando os pedaços de madeiras que caíram do corrimão, Damon estaqueou Stefan nas costas.

 E antes que eu pudesse me recuperar e Zack fugir para longe, Damon foi até suas costas e em um simples movimento, ele quebrou sua espinha.

Olhei horrorizada, enquanto o corpo do meu parente distante caia no tapete da sala, sem vida.

Levantei-me cambaleante, e corri até o corpo que jazia no centro da sala. Verifiquei seu pulso inexistente.

Suspirei e fui ajudar Stefan a se levantar, logo, olhei feio para Damon.

— O que você fez? — rosnei

— Ele estava me irritando.

— Isso justifica! Você não pode sair matando todos que te irritarem! — vociferei

— Claro que posso. Mas não todos obviamente.

— Eles são pessoas Damon,não seu brinquedinho pessoal. — falou Stefan

Ele bufou.

 — Pouco importa.

Eu rosnei, imitando seu gesto.

— Pois deveria se importar. Você não é um monstro. Você mesmo cria esta imagem. São coisas como essas que o fazem ser assim.

— Eu sou vilão. É melhor se contentar com isso. — Damon zombou.

— E quanto ao trato com os Cullens? — lembrou Stefan.

— O trato se referia que eu não bebesse de alguém e o matassem. Mas eu não bebi dele.

— E por isso você acha que matar Zack não tem problema algum?— perguntei incrédula.

— Exatamente.

Balancei a cabeça inconformada.

— E quanto a ela? — Stefan balançou a cabeça em direção da garota que agora, se encolhia e chorava silenciosamente.

Damon deu de ombros.

— Pouco importa. Não preciso mais dela. — e simplesmente foi embora.

Suspirei

—Esconda o corpo. — ordenei.

Stefan me olhou, a tristeza e aflição emolduravam seu rosto.

— Sinto muito — sua voz carregava as mesmas emoções de seu rosto.

A dor em meu peito se intensificou. Ver alguém morto, a tristeza no rosto de meu irmão, e o monstro que Damon insistia ser, me dilacerou por dentro. Mas eu escondi todos estes sentimentos. Eu sofria mais do que eu aparentava. E surpreendi-me ao ver, que Edward estava certo outra vez.

Assenti, permitindo que um pouco da dor se revelasse em minha face.

— E quanto aos Cullens? E essa garota? — voltou a questionar.

— Os Cullens não precisam saber disso, por ora. Eu cuido da garota.

Com um simples gesto de cabeça, concordou e pegou as pernas de seu “sobrinho” para enterrá-lo no velho mausoléu dos Salvatore.

Aproximei-me da jovem loira. Olhei em seus olhos, repetindo um gesto que eu detestava. Suas pupilas se dilataram e seu rosto ficou sem expressão.

— Você não vai lembrar-se de nada que aconteceu hoje. E não ficara curiosa para descobrir. Vai ir até sua casa, sem nem ao menos se recordar de onde saiu.

Ainda inexpressiva, a garota acenou em concordância e saiu da velha casa.

Sozinha, finalmente mostrei um momento de fraqueza, caindo de joelhos e enterrando a cabeça nas mãos.


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Notas finais do capítulo

E agora? Damon vai continuar agindo assim? Será que Bella tomou a decisão certa sobre não contar nada aos Cullens? . Até semana que vem!



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