Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 18
Um Encontro Com o Passado


Notas iniciais do capítulo

Gente queria avisar a todos que estamos entrando em uma parte total e completamente difereten, sei que muitos já perceberam o quanto a Ana mudou, e as mudanças vão continuar. Hoje ela é uma menina alegre, amorosa, bem diferente. E espero que estejam gostando , qualquer coisa me mandem mensagens ou falem por comentário mesmo.
Boa leitura ❤



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O sinal da última aula toca e eu me jogo para trás dando graças a Deus.

—Cansada Ana? —Kate pergunta.
—Não, é que eu estou com saudade da Pheobe. —Digo fazendo beicinho.
—Você e essa sua filha. —Mia fala.
—Quem vê pensa que vocês duas não ficam babando nela.
—Talvez um pouco. —Kate diz.
—Qual é? A menina é uma graça, ela consegue o que quer com aqueles olhinhos de gato. —Mia diz e nós rimos.
—Consegue mesmo. —Falo rindo.

Nós arrumamos nossas coisas e saímos da sala onde encontramos os garotos nos esperando.

—E ai, parque hoje? —Kate sugere.
—Não sei não. —Sussurro.
—Há Ana, qual é? —Mia diz. —Vamos, aposto que a Pheobe vai adoror.
—Vai mesmo. —Diz Christian. —Ô menina para gostar de um parque;
—Vamso Ana, vai ser legal. —Ethan diz.
—É Aninha, deixa de ser chata. —Elliot diz.
—Ok, me conveceram.
—Eba! —Mia e Kate comemoram com pulinhos.
—À noite nos vemos, então? —Diz Ethan.
—Sim.

Christian e eu nos despedimos dos nossos amigos e vamos embora para poder pegar Pheobe na creche. Quando chegamos vemos ela brincando no parque com alguns amiguinhos.

—Mamãe. —Pheobe diz assim que me vê e vem correndo para os meus braços.

Não sei o por quê, mas momentos como esses não custumam ter preço.
Toda vez é a mesma sensação, meu coração explodindo de alegria, seu abraço quente e esse amor gigante por essa coisa tão pequena.

—Oi. —Sussurro pegando-a em meus braços. —Como você está?
—Muito, muito bem! —Pheobe exclama sorrindo.
—Ei, e eu? Não ganho beijo? —Christian pergunta fazendo beicinho.

Pheobe sorri e vai para os seus braços dando um beijinho em seus lábios.
Nós nos despedimos da professora de Pheobe e vamos para nossa casa.

Assim que chegamos na nossa casa podemos ouvir os latidos de Floquinho e Fadinha, eles estão enormes e adoram Pheobe, e ela os adora.
Minha pequena desce correndo do carro e vai ver o bebês, ela se joga nos chão e os dois começam a brincar com Pheobe.

—Pheobe levante do chão, querida. —Christian fala enquanto abre a porta.
—Está bem papai. —Pheobe diz se levantando.

Nós entramos em casa e nossa pequena vai correndo para o seu quarto.
Sento-me sobre o sofá e Christian se senta ao meu lado.

—O que foi? —Ele pergunta.
—Nada. —Sorrio.
—Você não me engana, eu sei que tem algo. Você passou o dia todo pensativa.
—Eu sei, na verdade, eu só estou pensando em como as coisas estão se tornando diferente.
—Diferente?
—Sim, essa é a vida que eu escolhi, e eu não tenho dúvidas disso, mas eu me preocupo com você, sei lá, eu cheguei na sua vida do nada, e agora você abriu mão de todos os seus planos para vir morar comigo e cuidar da Pheobe.
—Ana, calma, essa também é a vida que eu escolhi, antes de te conhecer eu era apenas um adolescente mimado que queria ficar com várias garotas e pronto, eu não tinha planos, mas ao seu lado eu me sinto completo, eu vejo um sentindo na minha vida e penso em um futuro, algo que eu nunca fiz. Eu sou realizado ao seu lado e da Pheobe, essa é a vida que eu amo e sempre sonhei em ter.
—Eu te amo. —Digo chorando.
—Eu também te amo baby. —Christian se aproxima e me beija.
—Uh... —Sorrimos e nos viramos vendo Pheobe na escada.

Christian se leventa e faz um barulho de monstros, Pheobe grita e sai correndo, ele corre atrás dela enquanto eu fico feito boba babando neles.
Meus amores.
Levanto-me e vou colocar ração para meus outros amores. Fadinha e Floquinho começa a pular em cima de mim e brincar.
Ok... Essa sem dúvidas não é a vida que eu imaginei ter, mas é a que eu quero para sempre.
Pheobe entra correndo na cozinha e agarra minhas pernas.

—Socorro mamãe. —Ela diz e eu a pego no colo.
—Eu vou pegar vocês. —Christian se aproximando, mas ele acaba assustando Pheobe e ela começa a chorar.
—Calma babê, é só o papai. —Digo.
—O papai é um monstlo?
—Não, claro que! —Exclamo.

Christian pega Pheobe no colo e ela olha para ele e depois acaricia seu rosto.

—É verdade mamãe, ele é muito bonito para ser um monstlo.

Começamos a rir e Pheobe abraça Christian apertando-o.
Crianças e suas pérolas.

Às oito, eu estou terminando de arrumar Pheobe, digo tentando.

—Mamãe Ana, eu não quero essa roupa. —Ela diz fazendo beicinho.
—Por que não?
—Porque é rosa, e eu não gosto de rosa.
—Ok. —Digo rindo. —Qual você gosta?
—Deixa eu ver... —Ela diz batendo o dedo no queixo enquanto andando em frente ao guarda-roupa. Pheobe pega um macacão azul de bolinhas brancas. —Ele aqui.
—Ok, esse então.

Ajudo-a a colocar e depois ponho sua sapatilha.

—Estou linda? —Pheobe diz dando uma voltinha.
—Muito. —Christian diz parado à porta.

A campainha toca e Pheobe dá um grito.

—O Padinho chegou. —Ela fala batendo palmas e Christian faz uma careta.
—Vamos lá abrir.
—Vamos! —Pheobe grita e vai correndo na frente.

Aproximo-me de Christian e lhe dou um beijo, nós vamos abrir a porta e assim quem nossos amigos entram Pheobe pula nos braços de Elliot deixando Christian com ciúmes.
Ê lelê.

—Como você está linda Pheo. —Diz Kate babando.
—Obrigada Dindinha. —Pheobe diz.
—Ana, deixa eu levar ela para morar comigo? —Kate fala e Pheobe fica séria.
—Ela está brincando amor. —Digo para acalmá-la, mas ela chora mesmo assim.
—Esqueci que ela não fica longe de você. —Kate fala rindo.
—Eu não quelo ir com a Dinda. —Pheobe diz chorando.
—Você não vai querida. —Christian diz pegando-a no colo. —A Dinda estava brincando.
—Pheobe você está muito manhosa. —Diz Mia.
—Não fala assim Mia, você era igualzinha. —Christian diz.
—Ok, chega de enrolação, vamos logo. —Ethan fala.
—Nós vamos ao parque tio Ethan? —Pheobe fala indo no colo do tio.
—Vamos sim. —Ele diz sorrindo.

Meu Deus!
Essa menina conquistou todo mundo.
Nós saímos todos juntos e resolvemos levar Fadinha e Floquinho conosco. Pheobe vai toda animada sentada ao lado dos "irmãos", como ela mesma diz.

Chegamos ao parque e Pheobe fica doida, ela some com os tios e Christian e eu ficamos sentados no banquinho conversando, acho que esse é um dos poucos momentos que temos para ficar sozinhos.
Tudo porque eu inventei de adotar uma criança.
Não que eu não ame a Pheobe, mas eu não queria tomar a vida de Christian.

—Para. —Christian diz.
—O que?
—Nós já conversamos hoje, e eu já disse que isso não atrapalha minha vida. É o que eu quero.

Jogo a cabeça um pouco para o lado e sorrio.

—Eu te amo.
—Eu também baby.

Vejo um mini furacão de cabelos vir correndo em nossa direção e pular nos nossos braços.

—Mamãe, papai, nós podemos toma sovete?
—Claro que sim! —Christian exclama. —Hoje é dia de comer o que a Pheobe quiser.
—Eba! —Pheobe exclama e vai correndo para os braços de Elliot.
—Se ela tiver indgestão, amanhã será o dia o Papai cuidar da Pheobe.
—O-ou.

Vamos atrás de Phoebe e encontramos ela dando sorvete para Fadinha e Floquinho enquanto os tios se acabam de rir da cena.

—Que bonito. —Semicerro os olhos.
—Mamãe eles gostam de sovete. —Pheobe diz toda feliz.
—Estou vendo.

Pheobe termina seu sorvete e sai correndo, Fadinha e Floquinho vão atrás dela assim como os tios.
Nós vamos andando atrás deles e quando chegamos perto vemos Elliot tentando ganhar um urso para Pheobe (outro). Desde que chegamos ao parque acho que ela já ganhou uns vinte ursos dos tios.

Começamos a conversar e nós distraímos um pouco, algo que não deveriamos ter feito.
Sinto um aperto e ao olhar para o lado consto que nem Pheobe bem Fadinha estão aqui.

—Pheobe. —Digo e todos ficam em alerta.
—Ela estava aqui agora. —Kate diz olhando para ao lado.
—Ah meu Deus. —Digo começando a chorar.
—Ana, calma. —Pede Christian. —A Fadinha também sumiu, se ela estiverem juntas é algo bom.
—Nós vamos procurá-la. —Diz Ethan.
—Vamos nos separar. —Sugere Elliot. —Quem achar manda uma mensagem.
—Ok. —Diz Mia e nós nos separamos.

Floquinho segue Elliot pois ele está com um ursinho da Pheobe.
Começo a ficar nervosa e com o coraçã angustiado.
Céus, se algo acontecer à essa menina meu mundo acaba.

—Ana, eu vou chamar os guarda do parque, você fica bem sozinha? —Christian pergunta.
—Fico. —Digo.

Nos separamos e continuo procurando, chego perto da saída e avisto Pheobe, ela está com Fadinha, e um homem está conversando com ele. Aproximo-me e ao ver o homem meu coração para.
Vejo Ella se aproximar de Josh e ajoelhar na frente de Pheobe.
Fico paralisada, mas eu tenho que fazer algo, eu não vou deixar eles machucarem minha menina. Nunca.
Corro até eles e puxo Pheobe.

—Fiquem longe dela! —Grito e nisso Fadinha começa a latir para eles.
—Ana. —Ella diz e tenta se aproximar, mas Fadinha não deixa.

Todos no parquem começam a nos olhar.

—Ana? —Josh diz incrédulo. —Essa é a pirralha que destruíu nossa vida?
—Mamãe o que está acontecendo? —Pheobe pergunta.
—Ela é sua filha? —Ella pergunta.
—Não interessa. —Digo. —Minha vida não diz respeito à vocês, e eu só vou avisar uma vez, não voltem a se aproximar de mim, ou dela.
—Você acha que temos medo de você? —Josh.
—Deveriam. Foi por minha causa que você ficaram presos, e eu era só uma criança, imagina do que eu não sou capaz agora.
—Você não nos intimida vadia. —Josh.
—Eu não quero intimidá-los, eu não sou como vocês, só estou alertando vocês.
—Eu devia ter te matado quando tive chance. —Diz Josh olhando-me profundamente.
—Deveria mesmo. —Digo secamente. —Mas nem disso você era capaz, você sempre foi um covarde, um desgraçado que nem tinha prazer nem na própria vida. Nada mudou, você continua sendo um nada, e isso nunca vai mudar. Eu só espero que você sofra muito.
—Você não deveria falar assim comigo garota.
—Eu não sou mais aquela menina Josh, aquela que vocês maltratavam, batiam até perder a consciência. Eu não tenho medo de vocês. Hoje eu sou muito mais que aquilo, e eu não vou deixar pessoas como vocês estragarem isso. Nunca.
—Você acha mesmo que tem algo de bom? Que se tornou alguém importante?
—Mais do que você pensa. —Digo com os olhos merejados. —Hoje eu tenho um vida de verdade, tem pessoas que me amam e se importam comigo, e mais, tenho algo que vocês não saberão o que é ter, eu tenho amor. Isso vocês nunca terão.
—Ana? —Viro para o lado e vejo Christian, meus amigos e meu pai parados me olhando, ambos com expressões pasmas.
—Papai. —Pheobe fala e Christian se aproxima.

Meu pai se aproxima e entra na minha frente.

—Eu já avisei uma vez, e vou falar outra, não voltem a se aproximar da minha filha, ou eu mesmo acabo com vocês. —Papai diz e os dois vão embora.

Papai se vira e me olha, ele me abraça e pela primeira vez eu me sinto livre.

—Eu estou muito orgulhoso de você. —Ele diz.
—Obrigada. —Sorrio.

Christian se aproxima e pega Pheobe.

—É melhor irmos para casa.
—Ok. —Digo encolhendo os ombros.

Papai vem conosco até o carro e se despede, coloco Pheobe na cadeirinha e depois Fadinha e Floquinho sobem no banco, fecho a porta e noto Christian e os outros me olhando.

—O que foi? —Pergunto.
—Nada. —Eles dizem juntos.

Reviro os olhos e cruzo os braços.

—Vocês podem me abraçar se quiserem.

Todos dão risada e praticamente pulam em cima de mim e me abraçam.
Como são bobos.
Eles me soltam e Christian me puxa para os seus braços.

—Eu estou muito orgulhoso de você.
—Obrigada.
—Eu te amo mais que tudo baby, e esse amor só aumenta a cada dia.
—Eu também te amo, sempre e pra sempre. —Sorrio e lhe beijando recebendo aplausos dos nossos amigos.

O amor ralmente não tem preço.


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Notas finais do capítulo

Gente comentem.


Como algumas pessoas estavam pedindo no PV, vou deixar meu Face , está como *Bianca Zaccharo* e tem a mesma foto que uso aqui.
Beijos ❤

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