D e s t i n y escrita por Yoko san


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui está o primeiro capítulo. Espero MUITO que gostem e deixem reviews tb :3
Sem mais delongas, vamos ao capítulo, boa leituraaa ♥



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Sinto a pele do meu rosto esquentar levemente quando os raios de sol ultrapassam a janela do quarto, desnuda de cortinas. Meus olhos se abrindo lentamente, se acostumando com a claridade, buscam, ainda meio sonolentos, os óculos no criado mudo. Minhas mãos tateiam até encontrá-lo e levá-los em direção ao meus rosto. Calço meus chinelos e vou em direção ao banheiro no meu quarto. Abro a portinha do gabinete, pegando a escova e a pasta de dente. Enquanto escovo, olho para a minha imagem no espelho: Olhos castanhos com olheiras, a pele do rosto ainda marcada com a textura dos lençóis, cabelos desgrenhados alguns dedos abaixo dos seios. Eu não usava o mesmo corte de quando era pequena, assim como meus dentes já não eram parecidos como de um certo coelho azul.

Após ter feito minha higiene matinal, pego um short jeans e uma camiseta branca meio folgada. Prendo meu cabelo enquanto desço as escadas para o café.

—Bom dia. -Digo olhando para meus pais e para a empregada. -Os dois aqui? Que surpresa. -Solto em um tom debochado, mas torcendo para que não notassem. Pego uma xícara e a sirvo de leite, enquanto olho para os meus pais. Vê-los aqui logo no café era como uma assombração, eles nunca estavam presentes, sempre ocupados com o consultório médico.

—Não diga assim, Mônica. Embora eu também esteja surpresa. Aconteceu algo? Vocês nunca tomam café aqui...-Esmeralda diz enquanto me serve um pedaço de bolo com uns biscoitos.- Aqui, querida.

—Estamos esperando algumas visitas, é sobre o hospital. Devemos atendê-los no escritório. Espero que esteja tudo em ordem lá em cima, Esmeralda .-Meu pai bebe uma xícara de café enquanto olha o celular.

—Eu limpei o escritório de vocês ontem, não se preocupem .-Meu pai sorri para a empregada, agradecendo.

—E por que a senhorita não está na escola, Mônica?-Minha mãe diz apoiando o queixo na palma da mão, enquanto olha fixamente para mim.

—Bom, eu acho que você deveria ao menos saber que eu estou de férias há uma semana...

—A-Ah, é mesmo, desculpa... -Olho para ela, que desvia o olhar um pouco constrangida.

Solto um suspiro e volto a minha atenção para o café da manhã, aproveitando, mesmo que secretamente, aquele momento com eles. Passado um tempo, a campainha toca.

—Pode deixar que eu atendo, Esmeralda. Acho que vou aproveitar para sair. -Vou até meus pais e me despeço com um beijo em seus rostos. Por mais que eu sentisse falta dos dois, sabia que tinham responsabilidades para cumprir, então nunca me atrevi a falar nada sobre. Saio da cozinha, passando pela sala pego minha bolsa tira colo em cima do sofá e vou abrir a porta.

—Bom dia. -Sorrio ao abrir a porta. Passo ligeiramente os olhos sobre eles: dois rapazes, vestidos com ternos perfeitamente passados. - Ahn... vocês podem esperar na sala, eles virão atendê-los. -Constrangida, tento parecer formal. Já participei de conferências e reuniões com meus pais, pois segundo eles, isso iria me inspirar a seguir a mesma profissão, mas nunca consigo me sentir á vontade.

Eles sorriem e entram, olhando a casa de cima a baixo. Suspiro e fecho a porta, indo em direção a rua. Ando por um tempo até chegar no estúdio de Ballet. Meus pais decidiram me colocar aqui aos 7 anos de idade, acho que para ajudar a controlar a brutalidade a cada passo que eu dava, impossível andar por aí sem quebrar nada ou ralar os joelhos. Entro no vestiário, visto o collant e a saia transpassada. Guardo as coisas no armário e vou para o salão me alongar.

—Bom dia Mônica. -Uma voz suave atrás de mim toca meus ombros levemente. Olho pelo espelho e sorrio.

—Bom dia, Isa. -A loira era melhor amiga de Maria Mello, o completo oposto uma da outra. Isa, apesar de seu físico, sempre estava metida no meio de qualquer esporte que tinha. Já Mello era quieta, dificilmente saia de casa, parece que depois que começou a sair com a loira sua condição tinha melhorado mais, já não colocava tudo o que comia para fora, e estava começando a criar uma cor mais rosada em suas bochechas, que costumavam ser tão pálidas. Maria estava no fundo do salão, arrumando as sapatilhas. Ela parece perceber que eu estava olhando para ela e sorri. -Então você conseguiu arrastá-la para isso? -Dou risada. Maria não era lá a garota mais ativa entre nós, mas ela se esforçava pela amiga.

—Até agora sim. Eu nunca havia praticado ballet antes, então não queria vir sozinha. Mas confesso que fiquei surpresa quando vi você dançando, não sabia que gostava de ballet.

—Ah, é, eu gosto um pouco sim. -Nunca tive certeza se eu realmente gostava de dançar ou fazia pelos meus pais, mas quando eu fazia, era como se estivesse livre. Antes de qualquer pergunta, Catarina, nossa professora nos chamou a atenção com um pigarreio, começando assim a aula.

Assim que terminamos, vou para o vestiário enquanto converso com Maria. Após nos trocarmos, me despeço. Ao pisar o primeiro pé pra fora da academia sinto meu rosto ser atingido pela rajada de mormaço. Minha vontade era voltar e ficar lá dentro com o ar condicionado.

Devido ao calor, decido ir ao parque do Limoeiro, bem perto da academia, para tomar alguma coisa que pudesse me refrescar. O lugar estava cheio de crianças correndo e brincando. As sombras de todas aquelas árvores e a brisa fresca não deixava que elas se cansassem. Caminhei por uma estrada de pequenas pedrinhas até chegar em uma área com um pouco menos de árvores, cheia de barraquinhas e food trucks. Vou em uma e peço um açaí. Procuro um lugar para sentar, mas todas as mesas estavam ocupadas. O barulho dos skates batendo forte contra as rampas mais a frente chama a atenção. Caminho até lá e sento na borda de uma pista bowl. Enquanto como meu açaí, observo os garotos praticarem manobras, normalmente aqui não é tão cheio. Sinto uma mão tampar minha visão por baixo dos meus óculos. Minha pele é pega de surpresa e se arrepia com o toque. O perfume familiar misturado com um pouco de suor invade meu nariz e sorrio contra suas mãos.

—Oi, DC.

—Ah, como você sempre adivinha? -Ele cruza os braços, fingindo estar bravo. -Tudo bem com você?

—Tudo sim. E com você? -Dou uma breve olhada pelo meu melhor amigo. Estava com uma a camiseta preta e calça jeans, junto com um tênis um pouco surrado que ele só usava para andar de skate. 

—É, tô bem.-Ele coloca o skate no chão e se senta em cima, balançando para os lados. -O que tá fazendo aqui? -Do Contra pega a colher que eu estava prestes a levar a boca e toma pra si. 

—Acabei de sair do ballet. Como estava calor vim tomar alguma coisa pra refrescar, mas acho que já perdi ele. -Dou risada e tiro um pedaço de granola ao lado da sua boca. -Por que tem tanta gente aqui? Ainda mais nesse calor...

—Ah, por causa do campeonato daqui há uma semana. Tá todo mundo praticando feito louco.

—Você vai participar? -Tomo a colher de volta para comer uma ultima vez, depois entrego o pote para ele. -Toma. 

—Não tenho certeza, acho que sim. Se bem que não tenho chances contra aquilo. -Ele aponta com a cabeça para a pista. Sigo a direção dos seus olhos, que pousam em Cascão. Ele estava do outro lado da pista, fazendo um Hardflip, enquanto Cascuda o aplaudia e gritava. Achei a situação engraçada. Ela me vê e acena, junto com Cascão. Aceno de volta pra eles.

—É verdade, ele manda muito bem, mas você também é ótimo. Até hoje eu não sei como você me fez decorar o nome da maioria das manobras e subir em um skate.

—É por que você não resiste ao meu charme. -Do Contra pisca e finge jogar o cabelo para trás. 

—Deve ser sim. -Dou uma gargalhada e empurro ele para o lado, que acaba desequilibrando do skate que estava sentado. -Desculpa! -Não consigo me conter e caio na risada junto com ele. 

Passamos praticamente a tarde toda no parque, junto com Cascão e Cascuda. Quando o sol começou a se pôr, o casal foi embora.

—Vamos, eu te acompanho. -Ele se levanta e me ajuda a levantar também. 

Fomos conversando até em casa. Ele morava na rua detrás da minha, e Magali no final da minha, por isso eu gostava tanto de morar ali. Me despedi dele e o observei virar a esquina, logo em seguida entrei. A casa vazia, como sempre. Depois da morte de Monicão, eu não me atrevia a adotar ou comprar outro, já faziam alguns anos, mas a ausência dele ainda fazia muita diferença. Ajudei Esmeralda a fazer a comida e jantamos juntas. Me ofereci a lavar a louça, mas ela insistiu para que a mesma lavasse. Então subi para o quarto e tomei um banho. Joguei um jogo online qualquer no PC com Cascão e Magali por algumas horas. Cansada de morrer tantas vezes, me deitei e liguei a TV, assistindo até dormir. 


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Notas finais do capítulo

Olá! Este foi o primeiro capítulo reeditado, espero que gostem ♥



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