O coração de Isabela. escrita por Laris


Capítulo 15
Capítulo 15 - Ciúmes.




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No dia seguinte fui para a aula e o Omar veio me cumprimentar, eu sentei do lado dele na sala, o Téo estava sentado do meu outro lado.

O Omar ficou conversando comigo contando sobre uma viagem que ele fez, mas a professora chamou a atenção dele três vezes e eu pedi para ele me contar depois para não estressar a professora.

No meio da aula ele não resistiu e falou de novo comigo.

— Manuela?

— Que foi Omar? – Eu disse virando para ele, ele parecia nervoso.

— Vamos ir no cinema hoje à tarde? Meu pai vai na cidade e eu pensei em levar você, tem um filme legal em cartaz.

— Claro! – Ia ser ótimo ir um pouco na cidade, tem tanto tempo que eu não faço nada normal. Escutei o Téo mexer na carteira do meu outro lado, eu acho que ele tinha ouvido o Omar me chamar, será que ele ia pensar algo errado? Mas eu e o Omar éramos amigos, qual o problema de ir no cinema com um amigo?

No final da primeira aula a professora passou a matéria que vai cair na prova de matemática que será no final da semana que vem, ia ser fácil para mim, aprendi aquela matéria no ano passado na minha escola e era um assunto que eu gostava.

No intervalo também fiquei sentada com o Omar, e observando o pessoal de longe, agora a Sabrina estava andando com eles o tempo todo. Que ódio dessa menina.

Combinei o horário de encontrar com o Omar e o pai dele e fui para casa.

 

Chegando em casa eu pedi permissão para a Rebeca para poder ir na cidade e no cinema com o Omar.

— Não sei minha filha, não conheço o Omar nem o pai dele direito.

— Por favor mãe, queria muito ir na cidade, e o Omar é legal.

Ela pensou por um tempo e enfim disse:

— Não Manuela. É melhor não.

— Não acredito, você não pode fazer isso! Que droga!

Cruzei meus braços e fiquei com muita raiva.

— Você é muito nova para sair com pessoas que eu não conheço bem, só estou tentando te proteger!

Entrei para o quarto irritada e bati a porta. Que injustiça!

Um tempo depois a Rebeca entrou no quarto, eu estava deitada e ela sentou na cama e começou a falar.

— Eu vou deixar você ir... – Antes dela terminar de falar eu levantei animada.

— Sério?! Obrigada! – E dei um abraço nela.

— Mas, sua tia Helena vai com vocês.

Eu fechei a cara na hora. Não precisava de uma babá!

— Nossa que vergonha! Levar minha tia?

— É  o único jeito de eu deixar você ir.

Acabei concordando, só porque queria muito ir na cidade.

 

Depois do almoço fui para o quarto procurar o que vestir, não tinha roupa nenhuma nesse lugar digna de ir à cidade, que raiva! Eles gostam muito de estampas de flores nesse vilarejo! Joguei todas as roupas do guarda roupa pelo quarto procurando alguma roupa melhor. A Helena entrou no quarto.

— Já está pronta? – Ela então viu a bagunça e ficou assustada.

— Ainda não! Eu estou procurando uma roupa, mas não tenho nenhuma!

Eu disse jogando mais uma roupa que não gostei.

— Mas você tem várias roupas lindas Manuela. - Eu não respondi e continuei procurando. – Para que você quer uma roupa diferente?

— Porque eu vou a cidade, precisava de uma roupa melhor, todas as roupas são muito coloridas e tem muitas estampas!

Ela começou a rir e olhou para mim.

— Tem certeza que é só porque você vai à cidade?

Não entendi.

— Claro, tem outra razão?

— Eu acho que você está gostando desse menino.

Ah, só me faltava essa!

— Não estou gostando do Omar.

— Tem certeza? – Eu afirmei, mas ela não pareceu acreditar em mim. – Ok, deixa eu tentar te ajudar.

Acabou que ela não me ajudou muito, mas foi o melhor que conseguimos fazer com o que tinha lá. Achei uma blusa mais simples sem estampa e uma saia que tinha umas flores, mas como era branca não ficou exagerada.

— Obrigada tia! – Eu agradeci e sorri para ela.

O pai do Omar buscou a gente e fomos para a cidade.

No cinema o pai do Omar acabou indo com a gente e eu desconfiei que era por causa da Helena.

Na entrada compramos pipoca e fomos para dentro da sala estava um pouco cheia então eu e o Omar sentamos na frente e a Helena e o pai do Omar duas fileiras atrás.

O filme era legal, era de ficção. No meio do filme eu estava com a mão no encosto do banco e o Omar colocou a mão em cima da minha, acho que ele queria pegar na minha mão, fiquei sem saber o que fazer e depois de um tempo fingi que ia pegar pipoca e tirei, depois disso não coloquei minha mão no encosto mais. Isso me fez pensar se o Omar achava que aquela ida no cinema era um encontro... porque para mim não era nada disso.

Depois do filme voltamos para casa e nos despedimos.

 

 

No dia seguinte na aula eu conversei normal com o Omar, espero que ele tenha entendido que quando eu tirei minha mão do encosto e não coloquei mais era porque não queria pegar na mão dele.

No intervalo eu estava sentada com o Omar e quando fui olhar o que o pessoal estava fazendo eu vi a Sabrina virando e dando um beijo no rosto do Téo, senti uma dor no estômago e fui para dentro da escola.

— Omar já volto, vou no banheiro. – Eu disse antes de ir para poder disfarçar.

Fui até o banheiro e encostei na parede para ver se meu coração parava de doer. Aquela menina idiota, que ódio! Não queria admitir, mas estava com muito ciúmes dela esses dias, ela não parava de andar com eles e agora isso? Será que o Téo estava gostando dela?

Demorei um tempo no banheiro e quando saí dei de cara com a Sabrina.

— Tadinha da Manuela, ficou com ciúmes?  - Disse ela me desafiando.

— Nem fiquei. – Eu respondi tentando disfarçar. – Não importo, você pode fazer o que quiser.

— Duvido Manuela. – Ela disse. – Mas tudo bem então, eu não sei o que aconteceu entre vocês, mas obrigada queridinha, logo o Téo vai ficar comigo. – Ela riu.

— Nem vou dar papo para você Sabrina, você e o Téo podem fazer o que quiserem. – Eu disse saindo para ela não perceber que eu estava morrendo de raiva.

Quando virei o corredor parei para respirar o Omar chegou.

— Eu percebi porque você saiu correndo. – Ele me disse.

— Então você percebeu que eu queria ir no banheiro. – Disse tentando continuar com o disfarce.

— Eu ouvi você e a Sabrina ali agora.

— Ela só faz pra me provocar, é uma idiota. Que bom que eu não importo.

— Eu acho que você importa sim. – Ele me disse, e eu percebi uma pontada de ciúmes na voz dele.  – Acho que devíamos dar uma lição nela e nos seus ex-amiguinhos.

— Nos meus amigos, nem pensar! – Eu disse cruzando meu braço.

— Tudo bem, pelo menos só na Sabrina. – Ele disse fazendo um sorrisinho malicioso.

— Não sei Omar, já disse que não sou de fazer brincadeiras.

— Não vai ser nada perigoso, só uma brincadeirinha para ela não ficar se achando.

Eu pensei um pouco e acabei concordando com ele, estava com tanta raiva dela que eu acreditei que ela merecia uma punição pelas provocações.

A tarde eu fui até a casa dele e nos combinamos o que iriamos fazer com ela, e ia ser amanhã na escola.

 

—---------> No próximo capítulo <---------

 

Nessa hora eu fiquei sem saber o que fazer, o Mateus, a Dóris e o Téo chegaram e estavam presenciando o que estava acontecendo.

 

 

Acabei me sujando toda de novo, parecia que toda a tinta que estava no chão estava em mim e no Omar. Ele estava com o rosto azul e eu ri quando olhei para ele.

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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem!!

Obrigada por ler!
Beijos!!



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