Redescobrindo o Amor escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 9
Descobertas e Decepções


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura...♥



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ANASTÁSIA STEELE

O senhor Steele me olha e sorri.

—Sim... A menina que eu quase atropelei.

—Eu mesma. —Sorrio. —Você teria um minuto? Prometo que vai ser rápido.

—Claro, eu só vim para esfriar a cabeça mesmo.

Caminho com o Sr. Steele até um banco e nós nos sentamos.

Olho para ele por alguns segundos.

—O seu nome é Raymond Steele? —Pergunto.

—Sim. Como você sabe?

—Não importa. Só responde uma coisa.

—Que coisa?

—Você foi casado, com uma mulher chamada Carla? Não foi?

—Sim... —Ele diz confuso.

Levanto-me e coloco a mão sobre a testa andando de um lado para o outro.

—De onde você conhece a Carla? —Raymond pergunta.

—É verdade que você a abandonou quando descobriu que ela estava grávida? —Pergunto segurando as lágrimas.

—A Carla grávida?

—Sim! Você não sabia?

—Claro que não! Ela fugiu de mim, foi um desentendimento.

—Ela realmente mentiu para mim... —Digo baixinho apenas para que eu posso ouvir.

—Mas quem é você? —Ele pergunta.

—Eu tenho que ir.

Saio correndo sentindo as lágrimas molharem meu rosto. O Sr. Steele me segue, mas acabo despistando-o.

Avisto Elliot beijando Kéfera e corro até ele empurrando-o.

—Eu quero ir embora! —Grito.

—Ana, o que houve? —Elliot pergunta preocupado.

—Agora Elliot! Eu quero ir embora. —Bato o pé no chão.

—Agora? Ana... —Elliot diz olhando a menina.

—Você é um babaca Elliot Grey! —Empurro-o e saio correndo.

—Ana, espera!

Elliot me alcança e puxa meu braço.

—O que houve?

—Eu quero ir embora!

—O que houve? Pelo amor de Deus, fala alguma coisa menina!

Encaro Elliot e envolvo meus braços ao redor do meu corpo. Começo a caminhar pelas ruas sentindo meu coração se quebrar em pedacinhos. A minha mãe não podia ter feito isso comigo, ela mentiu. Eu nunca mais vou perdoá-la.

—Não vai falar comigo?

Mantenho o silêncio e continuo andando.

—Ok... Acho que isso foi um não. Mas eu vou continuar aqui até você falar alguma coisa.

Olho para Elliot confusa, mas mantenho o silêncio.

Minutos se passam e o silêncio está inundando toda a rua, chega a ser palpável.

—Você já pode falar agora? —Ele pergunta, mas eu mantenho o silêncio. —Acho que isso foi um não... De novo.

Os minutos continuam a passar e eu apenas continuando andando.

—E agora? —Ele pede. —Já pode falar?

Para e semicerro os olhos para ele e sinto uma imensa vontade de rir. Ou talvez de soca-lo, mas acho que ele não vai me deixar em paz.

Como ele consegue ser tão bobo e fofo ao mesmo tempo?

—Anastásia! —Elliot exclama tirando-me de meu devaneio. —Se você não falar algo em três segundos eu vou usar minhas táticas de tortura contra você!

Olho para ele confusa.

Táticas de tortura?

O que ele quis dizer?

—Um... —Ele começa, mas continuo a ignorá-lo. —Dois... Três!

Elliot me agarra e começa a fazer cócegas em mim.

—Não! —Grito em meio aos risos. —Elliot sai.

—Mais? Claro.

Ele continua sua tortura enquanto tento inutilmente me soltar.

Depois de muitas tentativas consigo me libertar.

—Lelliot, você é um babaca!

—Me chamou de quê?

—De... Babaca... —Dou um passo para trás.

—Há, é melhor você fugir mesmo! Por que se eu te pegar a tortura vai ser maior!

Mordo o lábio e dou mais um passo para trás, viro-me e começo a correr enquanto Elliot me persegue, e assim é nosso caminho até a casa. Elliot fazendo-me cócegas e eu tentando me libertar.

Entro correndo na casa e esbarro em Grace.

—Ana? —Ela sorri confusa. —O que houve?

—Ana. —Elliot entra rindo. —Oi mamãe!

—O que vocês estavam aprontando?

—Nada. —Dizemos juntos.

—Sei... Andem, vão para a cama.

—Ok, boa noite mamãe! —Elliot dá um beijo em Grace e sobe as escadas.

—E você Ana? Não vai para a cama?

Olho para Grace por alguns segundos e penso em contar o que descobri sobre meu pai, mas não tenho coragem e deixo para lá.

—Boa noite tia Grace. —Sorrio e lhe dou um beijo.

Subo as escadas e sigo para o meu quarto. Deito-me e começo a pensar em tudo que aconteceu. Será mesmo que o Sr. Steele é meu pai? Mas se ele for significa que a mamãe mentiu, e isso eu não posso perdoar. Nunca!

Por mais que eu a ame eu tinha o direito de saber quem é meu pai, e ela não pode me privar disso. Não é certo.

Fecho meus olhos e pego no sono rapidamente.

Um estrondo me acorda e eu levanto assustada. Caminho até a porta e abro-a vendo um Christian totalmente bêbado tentando ficar de pé.

—Christian? —Chamo.

Christian me olha e cambaleia. Ele me olha e dá um sorriso torto e começa a se aproximar, mas para.

—O que você fez? Você bebeu? —Acuso.

—Acertou Sherlock! —Christian exclama com a voz embargada.

—Ah céus! A Grace vai te matar.

—N-não importa! —Ele gagueja.

Aproximo-me com um pouco de receio.

—Você não devia beber. —Alerto.

—E você não devia ficar cuidando da minha vida, garota.

—Para de ser estúpido!

—E você para de meter seu nariz onde não é chamada!

—Não me trate assim! Eu me importo com você.

—Cala a boca pirralha!

—Não me chame de pirralha! —Rosno.

—Mas é isso que você é. Uma pirralha intromentida que sempre estraga tudo.

Sinto meu coração se partir mais um pouco.

—Não sou eu quem faz burradas. —Acuso olhando-o com amargura. —O completo idiota é você! Você é um marrento que não aguentar ouvir a verdade. Você é um babaca Grey, e sempre vai ser! Você não merece o amor da Grace nem de nenhuma pessoa nessa casa. Você é um egoísta que só pensa no próprio nariz!

—Cala a boca! —Christian grita e dá um tapa no meu rosto fazendo-me cair no chão.

Olho-o assustada e as lágrimas escorrem pelo meu rosto.


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Notas finais do capítulo