Redescobrindo o Amor escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 10
Um Pedido de Desculpas


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, sei que estão achando o Christian um pouco estúpido, bem, e ele está sendo, mas como sabemos o nosso Cinquenta Tons gosta de controle, e a nossa pequena Ana não é nada controlável. Então gera um desentendimento, mas tudo ficará bem. Boa Leitura...♥



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ANASTÁSIA STEELE

—Há meu Deus! Christian! —Ouço a voz de Grace, mas não consigo tirar meus olhos de Christian. —O que você fez?

—Ana, vem comigo.

Olho confusa e vejo Carrick se abaixar e me pegar em seus braços.

—Não! —Grito e começo a me desesperar. —Não me toque Carrick! Não!

—Ana calma. —Ele pede.

Tento me soltar de seus braços, mas acabo caindo no chão.

—Não encosta em mim! —Grito.

—Ana, por favor, se acalma. —Grace tenta se aproximar, mas eu coloco minhas mãos na frente.

—Não! —Grito. —Não encosta em mim! Eu não quero que vocês me toquem.

Eu preciso sair daqui, eles vão me machucar.

Eu tenho que sair.

Levanto-me e começo a soluçar alto.

—Ana, fica calma. —Grace pede.

Olho para Christian e ele tem um olhar perdido, talvez destruído. Mas que se dane! Ele nunca mais vai encostar em mim de novo.

Olho para as escadas e depois para Grace.

—Ana, não... —Grace diz e tenta se aproximar.

—Não! Não me toque! —Grito.

Não posso correr pois Carrick e Grace estão na frente da escada.

—Por favor, querida.

—Não Grace! Eu quero ir, me deixar ir, por favor.

—Eu não posso Ana, eu não vou te deixar sozinha.

—Eu quero a mamãe! Me leve para a mamãe, por favor.

—Tudo bem, você pode ver a mamãe, mas apenas segura a minha mão.

Grace estende sua mão e eu fecho os olhos sentindo a dor me dominar.

Ela não vai me machucar... Eu sei disso. Não vai. Não vai. Respiro fundo e dou um passo em sua direção segurando sua mão, de repente é como se o medo se fosse, Grace me puxa para os seus braços e nós sentamos no chão. Começo a chorar em seu colo e pouco a pouco vou me acalmando, até que tudo se apaga...

~♥~

Acordo sentindo uma imensa dor de cabeça, sento-me e olho confusa para os lados. Grace está sentada na poltrona que fica no canto da parede e está dormindo. Sorrio ao lembrar que ela ficou cuidando de mim a noite inteira.

Levanto-me e caminho até ela. Acaricio seu nariz e Grace acorda.

—Ana... —Ela diz rouca

—Oi. —Digo calmamente.

—Como você se sente?

—Bem... Obrigada Tia Grace.

Seguro sua mão e dou um beijo suave sobre a mesma.

—Você quer ir ver sua mãe? —Grace pergunta.

—Por favor. —Peço sorrindo.

—Se arrume, nós vamos para lá daqui a pouco.

—Ok...

Grace acaricia meu rosto e se levanta, ela sai do quarto e me deixa sozinha. Solto um suspiro e passo as mãos pelos cabelos. Eu não posso acreditar que Christian me bateu. Ele era meu melhor amigo. Ou eu pensei que era. Afasto os pensamentos e vou para o banheiro. Tomo um banho rápido, depois me troco e saio do quarto.

Meu coração para quando vejo Christian sair de seu quarto. Paraliso e minha respiração acelera.

Uma lágrima escorre pelo meu rosto e eu sinto o medo me dominar.

—Ana. —Ele dá um passo em minha direção.

Não consigo me mexer, apenas fechos os olhos e me encolho. Abro os olhos lentamente e vejo Christian me olhar, uma lágrima solitária escorre pelo seu rosto e ele recua encolhendo os ombros.

—Eu sinto muito. — Ele sussurra, mas continuo calada e sem me mexer. —Eu não vou te tocar... Eu sinto muito.

—Você me bateu. —Acuso amargamente. —Assim como ele fazia Christian. Eu acreditei que você se importasse comigo.

—Ana, eu me importo. Eu estava confuso.

—Não, você apenas preferiu descontar o que sente em mim. Eu fui um alvo fácil para você, mas isso nunca mais vai acontecer. Eu te odeio Christian! Com todas as minhas forças, você é o pior amigo do mundo.

Mais uma lágrimas escorro pelo seu rosto, mas eu a ignoro completamente e passo por Christian indo atrás de Grace.

Assim que chego à sala vejo Grace andando de um lado para o outro falando ao celular, ela me vê seu rosto empalidece.

—Ok, eu estou indo. —Ela diz e desliga o celular.

—O que houve? —Pergunto preocupada.

—Sua mãe, ela não está nada bem.

—O que aconteceu com ela?!

—Eu ainda não sei, mas nós vamos vê-la. Agora!

Corro com Grace até o carro e nós vamos para o hospital.

Vou o caminho inteiro fazendo um oração silenciosa para que ela esteja bem.

Por favor, não me deixe sem ela. Eu a amo tanto.

Grace estaciona o carro em frente ao hospital e nós duas descemos correndo. Chegamos ao quarto de mamãe vejo vários médicos lá dentro.

—Dra. Trevelyan. —Um médico diz ao se aproximar.

—Como ela está? —Grace pergunta.

—Mal... O tumor cresceu mais.

—O que? —Pergunto incrédula. —Como assim tumor?

—Ana... —Grace diz olhando.

—Minha mãe está com um tumor? É por isso que eu não posso ficar com ela? Ah meu Deus! Ela vai morrer?

—Não! Nós vamos cuidar dela. Mas você tem que ter fé.

—Nós precisamos levá-la para a sala de cirurgia, agora. —Diz o médico.

Grace me olha e apenas balança a cabeça, ela caminha até minha mãe e conversa com ela por alguns minutos enquanto eu aguardo na porta.

Eu não posso acreditar nisso. Minha mãe não pode estar doente. Não pode!

Mamãe me olha e pede que eu me aproxime.

—Olá querida. —Diz mamãe com a voz fraca. —Ainda está brava?

—Não... —Sussurro enxugando as lágrimas.

—Você sabe que eu te amo, não é mesmo?

—Nem começa com essa história de despedidas! —Exclamo brava. —Você está terminantemente proibida de me deixar. Eu não posso ficar sem você mamãe.

—Eu sei querida, tudo vai ficar bem, ok?

—Eu sei! E tudo tem que ficar bem.

—Eu preciso te contar algo.

—O que?

—Eu menti sobre seu pai, ele não te abandonou.

—É eu sei, eu o encontrei. —Digo envergonhada.

—Eu sabia que você faria isso. E eu sinto muito por ter mentido, eu só estava confusa.

—Eu sei mamãe, eu entendo, mas para com isso. Eu não quero que você se despeça de mim. Você tem que ficar bem. Eu não ligo para o que você fez, você sempre me amou e tudo foi para o meu bem. Você não pode me deixar mamãe! Eu te amo.

Abraço minha mãe e começo a chorar, ela acaricia meus cabelos e eu sinto seu cheirinho. Fico por ela apenas alguns minutos, até o medico dizer que a sala de cirurgias está pronta.

—Ana, a Grace vai te levar agora. —Diz mamãe segurando minha mão. —Eu te amo.

—E eu te amo.

Solto a mão de mamãe e vou saindo com Grace, mas paro e olho para minha mãe mais uma vez, mando um beijo para ele e sigo com Grace.

Por favor, não me deixe ficar em a mamãe, ela é tudo que tenho.


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Notas finais do capítulo