ANASTÁSIA STEELE                                  

UM MÊS DEPOIS...

Estou em frente ao espelho me arrumando para ir em um jantar com meu pai. E isso é ridículo, sem dúvidas!

Eu estou usando um vestido de seda azul com renda preta na cintura e na barra. Tudo bem que é azul, mas ainda sim é um vestido.

—Você está tão linda. —Mamãe diz entrando no quarto.

—Mãe! —Faço manha. —É sério que você não pode ir nesse jantar conosco?

—Não querida, hoje eu faço plantão lá no hospital.

—Por que você tinha que ser logo enfermeira?

Cruzo o braços e faço bico.

—Seu amigo está lá embaixo.

—O Christian? —Me animo de imediato.

—Sim, ele disse que veio trazer seu presente de aniversário.

Sorrio e passo correndo por mamãe, desço as escadas correndo e logo avisto Christian na sala.

—Chris! —Grito e pulo em seus braços.

Ele me segura e me roda tirando-me do chão.

—Ei baixinha. —Ele me olha de cima a baixo. —Seu cabelo está cacheado, e você está de vestido. O que houve?

—Meus pais estão me obrigando a usar isso. —Digo em alto e bom som.

Christian ri.

—Isso é para você. —Ele me entrega uma caixinha.

Sorrio e pego a caixinha, abro-a cuidadosamente e encontro um colar de ouro branco, ele tem um pingente em formato de um coração, na verdade, metade de um coração e está escrito "Friends".

Olho para Christian e ele puxa um cordão do pescoço com a outra metade do coração que tem um "Best" escrito.

Sorrio amplamente.

Ah, ele é tão fofo.

—Obrigada. —Sussurro. —É perfeito. Me ajuda a colocar?

—Claro.

Levanto o cabelo e Christian coloca o colar no meu pescoço.

—Obrigada.

—De nada. —Ele sorri. —Bem, eu tenho que ir agora, minha mãe está me obrigando a ir em uma festa de caridade. Depois nos falamos.

—Ok.

—Até mais baby. —Christian me dá um beijo e vai embora.

Sorrio e viro-me vendo papai e Mamãe entrarem na sala.

—Pronta querida? —Papai pergunta.

—Sim. —Sorrio.

—Parece que o humor de alguém melhorou. —Diz mamãe.

—Melhorou sim. —Sorrio.

—Então vamos. —Papai dá um beijo em mamãe e depois eu faço a mesma coisa.

—Tchau mamãe.

—Tchau querida.

Sigo com papai para o carro e logo nós vamos para o tal jantar, não que eu esteja animada com isso. Eu estou sendo obrigada a ir nesse maldito jantar. Eu odeio ficar perto de pessoas que não conheço principalmente adultos. Soa tão chato.

Quando chegamos em frente à casa papai segura minha mão e nós paramos em frente a porta, ele toca a campainha e logo a porta é aberta por uma mulher muito bonita com cabelos loiros e olhos verdes esmeralda, ao seu lado há uma menina mais ou menos da minha idade, ela tem a pele levemente bronzeada, cabelo loiro avermelhado e lindos olhos verdes como o da mulher.

—Sra. Kavanagh. —Diz papai apertando a mão da mulher.

—Sr. Steele. Entre, por favor. —A mulher diz sorrindo.

—Obrigada.

Entro com papai na casa ainda olhando para a menina, que me olha da mesma forma, porém, mais curiosa.

—Essa é minha filha Katherine. —Diz a Sra. Kavanagh.

—E essa é minha filha Anastásia. —Papai diz.

—Kate, por que você não leva a Ana para conhecer a casa?

Kate olha para sua mãe e depois para mim.

—Ta bom! —Ela exclama e segura minha mão me arrastando pela casa.

Céus! Ela é louca?!

Depois de vinte minutos tudo que eu consegui conhecer foi o quarto de Kate, ela é totalmente doidinha, e por incrível que pareça isso é o máximo.

Kate tem a minha idade e nós gostamos praticamente das mesmas coisas, só que ela consegue ser bem mais doida.

—É serio Ana! —Kate diz pela décima vez.

—Não. —Digo rindo.

—Meu irmão realmente gostou de você!

—Claro que não Kate!

—Claro que sim! Você viu como ele te olha?

—Eu tenho dez anos! Como que um garoto de 14 vai me olhar?

—É verdade, isso é um absurdo! —Kate diz parecendo estar indignada. —Eu vou denunciá-lo por pedofilia. Isso é crime.

Me jogo na cama de Kate e começo a rir.

—Você é sem duvidas a garota mais louca que eu já conheci.

—Quem bom! Assim ninguém vai me substituir na sua vida.

—É claro! —Exclamo rindo.

—Meninas hora do jantar. —Diz a Sra. Kavanagh entrando no quarto.

—Ok mamãe. —Kate diz rindo.

Nós vamos para a mesa do jantar e não paramos de falar por um segundo, o que deve estar impressionando meu pai, pois ele nunca me viu falar tanto.

Quando terminamos de jantar papai se despede da Sra. Kavanagh e nos preparamos para ir embora.

—Ana. —Kate segura minha mão antes que eu saia. —Me promete que vai voltar? —Ela levanta o mindinho e eu sorrio.

—Prometo. —Entrelaço nossos mindinhos e sorrio.

Seguro a mão de papai e saio com ele, mas não sem antes olhar Kate e acenar uma última vez.