A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 57
Capítulo 56


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por o capítulo sair atrasado, foi impossível postá-lo ontem :)
Boa leitura :)



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Londres encontrava-se completamente branca, naquela manhã. As estradas da cidade estavam completamente cheias de carros com pessoas que queriam chegar aos seus destinos o mais depressa possível.

Ron e Hermione não eram diferentes das restantes pessoas. Aquele dia assinalava o regresso de Hugo e Rose a Hogwarts.

Por incrível que pudesse parecer, eles conseguiram sair mais cedo de casa. Mas isso não impediu que apanhassem trânsito e que, mais uma vez estivessem a chegar em cima da hora a Kings Cross.

—Rápido Hugo, a passagem deve estar prestes a fechar. – disse Hermione enquanto corria pela estação. O relógio marcava dez horas e cinquenta e oito minutos.

Hermione mandou Hugo e Rose passarem primeiro para não haver riscos que ficarem presos deste lado. Logo de seguida entrou com Ron.

Quase nenhum aluno se encontrava na estação, já estavam praticamente todos no interior do comboio. Rose e Hugo despediram-se rapidamente dos pais e dos tios e James que encontraram no caminho e entraram no interior do expresso.

—Vamos procurá-los. – disse Hugo mal entrou.

Rose concordou e começaram a procurar no interior de cada cabine os restantes Weasley.

—Estão aqui. – gritou Rose para o irmão – Olá pessoas. – disse ao entrar para se sentar ao lado de Scorpius.

—Estava a ver que não vinhas. – comentou Scorpius para a namorada.

—Os exames são daqui a seis meses. Eu ainda tenho muito que estudar. – respondeu cumprimentando-o com um beijo.

—Tanto mel para estes lados. Agora que tiveram a bênção do tio Ron já não querem outra coisa. – brincou Albus.

—Está calado, Al. – retorquiu Scorpius – Eu corri sérios riscos de vida naquela noite.

Depois de Ron ter saído, Scorpius correu para junto de Rose para lhe contar a novidade. Como ele já tinha referido, ainda faltava muito para conseguir conquistar Ron, mas aquilo já tinha sido uma vitória. Estar com Rose com medo do que Ron lhe pudesse fazer era horrível.

Claro que Rose sorriu com aquelas novidades e estava prestes a beijar Scorpius quando viu o seu pai ao longe. Era verdade que o seu pai tinha aceitado o namoro, mas ela não queria que ele mudasse de ideias. Por isso, simplesmente o abraçou e ficaram de mãos dadas a noite inteira.

—Scorpius, recebi uma carta. – contava Rose a Scorpius. O resto da família estava distraída entre jogos, livros e abracinhos – Da Wikilson.

Durante as férias, Scorpius conseguira convencer Rose a mandar uma carta a Wikilson por causa da sua carreira no futuro. Rose estava completamente relutante a esse assunto. Ela achava que de nada valia mandar uma carta. Ela seria apenas uma rapariga de dezoito anos que tinha acabado de completar Hogwarts. Nem a professora Wikilson, nem a diretora McGonagall, no seu perfeito juízo, aceitariam alguém tão novo para dar aulas em Hogwarts.

—E o que é que ela te disse? -  perguntou Scorpius, curioso.

Rose pegou no pequeno pergaminho que guardava no bolso e entregou-o a Scorpius.

Querida Rose Weasley,

Fico muito contente que me tenha contactado para falar sobre este assunto e fico muito feliz por a poder ajudar.

Em primeiro lugar, vou ser muito sincera consigo. Hogwarts não precisa, de momento, de nenhum professor. E, para além disso, ainda há o facto de a menina ser muito nova para um cargo destes.

No entanto, eu observei-a ao longo dos anos. Eu vi a forma como ajudou outros alunos a ultrapassar as suas dificuldades nas diversas disciplinas. Não havia uma única disciplina que a menina não conseguisse explicar. E a forma como esses alunos melhoravam era de veras impressionantes. Tenho como grande exemplo, na minha disciplina, a menina Roxanne Weasley que melhorou de um Aceitável para um Brilhante.

Dado estes factos, contactei a diretora Minerva McGonagall e consegui agendar uma reunião para debatermos este assunto.

Com os melhores cumprimentos,

Dayara Wikilson

—Quer dizer que conseguiste? – perguntou Scorpius, entusiasmado.

—É o que parece. – respondeu Rose, sorridente.

Scorpius abraçou Rose, felicitando-a. Era verdade que ainda nada estava garantido, mas só o facto da professora Wikilson não ter dado um não, permitia a Rose ter esperança de conseguir o emprego que sempre sonhou.

—Olha que os pombinhos se calhar precisam de um compartimento só para eles. – brincou Lily.

—Sim Lily, tu podes falar muito. – respondeu Rose em tom de brincadeira.

Lily estava sentada no colo de Hugo. Voltou a sua atenção para o namorado, deixando Rose e Scorpius à vontade para continuar a conversa.

—Chegaste a falar com o meu padrinho? – perguntou Rose.

—Sim. – respondeu Scorpius baixando a cabeça.

—Houve algum problema, Scorpius? – perguntou Rose, levantando a cabeça de Scorpius para que esta o encarasse.

—Com o teu padrinho não. Ele foi ótimo. Mostrou-se bastante acessível. O problema são as minhas notas.

—Eu sei que eles são muito exigentes para as pessoas que querem seguir a carreira de Auror, mas tu és bom aluno.

—Não a Herbologia. – lamentou-se Scorpius – Eu tenho de conseguir, pelo menos, um Excede as Expectativas.

—E tu vais conseguir tirar um Excede as Expectativas a Herbologia, Scorpius. Nem que tenhamos de estar dia e noite nisso. Tu vais conseguir. Porque se há a possibilidade de eu ser professora em Hogwarts, também há a possibilidade de seres Auror. – encorajou Rose.

—Já te disseram que és incrível? – perguntou Scorpius, sussurrando ao ouvido de Rose.

—O meu namorado já me disse algumas vezes, mas eu não me canso de ouvir. – respondeu Rose, sussurrando também.

—O teu namorado é um homem com sorte.

—Já somos dois. – respondeu Rose beijando Scorpius.

—----//-----

O dia amanheceu como o anterior. Hogwarts estava coberto por um manto branco, macio.

A primeira aula que Rose, Scorpius e Albus iam ter era Herbologia, a disciplina que Scorpius precisava melhorar. Mas antes disso havia o pequeno-almoço de boas-vindas.

Como era costume, o barulho naquela manhã era maior. Raparigas e rapazes, professores e professoras contavam sobre as suas férias. O que tinha feito, o que tinha recebido, com quem tinham passado o Natal.

O único momento de silêncio aconteceu quando um monte de corujas invadiu o salão principal.

Três corujas largaram cartas sobre o prato de Rose. Rose reconheceu duas delas. Uma pertencia à sua mãe e outra a Sirius. A terceira era-lhe completamente desconhecida.         

Curiosa por saber o que continha aquela carta, Rose abriu-a primeiro.

Aproveita os últimos momentos de felicidade com o Scorpius porque eles não vão durar muito tempo.

Era a mesma pessoa que lhe tinha mandado o outro bilhete antes de ir de férias. A mesma pessoa voltou a ameaçar a sua relação com o Scorpius. Aquilo que Rose pensou ser uma brincadeira sem gosto de Makoto ou da Anderson afinal poderia ser algo de mais grave. Claro que as pessoas que Rose pensava que tinham mandado aquilo eram as mesmas que a tinham enganado durante meses. Ela esperava estar certa. Porque estar errada significava que mais alguém, além delas, queria acabar com a relação dela com o Scorpius.

Rose guardou o pequeno bilhete no bolso. Ela não queria voltar a passar por aquilo. Ela queria esquecer aquele bilhete.

Para se abstrair, Rose pegou na carta da mãe.

Querida Rose,

Espero que tu e o teu irmão tenham chegado a Hogwarts sem nenhum contratempo. Pelo menos não perderam o comboio como aconteceu há alguns anos com o teu padrinho e o teu pai, como te deves recordar das histórias contadas pelo teu pai.

Espero que tenhas um ótimo primeiro dia e não te esqueças de estudar para os exames.

Com amor,

Hermione Weasley

Rose sorriu com a carta da mãe. Era tão típico de Hermione avisá-la para estudar para os exames mesmo que Rose já fizesse isso sem a mãe lhe dizer. Guardou a carta no bolso para responder mais tarde e pegou na última carta que estava em cima da mesa. A carta de Sirius.

Priminha favorita,

Estou muito cansado. Tratar de três bebés, ao mesmo tempo, é impossível. Preciso tanto de ti para fazer de baby-sitter. Porquê que voltaste para Hogwarts? Eu sei que é porque tens de acabar a escola, priminha.

Enquanto escrevo esta carta, a Domi está a dar em louca com a Olivia. Ela passou a manhã toda a chorar. Acho que vamos ao médico ver o que se passa. A Chloe e o Theo estão mais calmos. Pelos menos estão a dormir.

Como está a correr o teu primeiro dia? O Scorpius não fez nada, pois não?

PS: Para que fique claro, eu amo os meus monstrinhos.

Com todo o carinho que adoras receber do teu priminho favorito,

Sirius Potter

—Vamos para a aula? – perguntou Scorpius aparecendo por trás de Rose e assustando-a.

—Vamos. – respondeu Rose, recuperando-se do susto.

Rose, Scorpius e Albus seguiram para as estufas para a primeira aula depois das férias.

A aula, como era normal, passou num instante para Rose. Herbologia era uma das disciplinas favoritas de Rose e Neville Longbottom era um dos seus professores favoritos. Já Albus e Scorpius não podiam dizer o mesmo. Apesar de gostarem muito do professor, o mesmo não se podia dizer da disciplina.

—Vocês deviam de ter estado mais atentos durante a aula. – protestou Rose com os outros dois.

—Calma Rose, é só o primeiro dia de aulas. – respondeu Albus.

—Não é o primeiro dia de aulas Al. O primeiro dia de aulas do nosso sétimo ano já aconteceu há muito. Os exames estão próximos.

—Ainda falta algum tempo. – disse Scorpius.

—Depois queixem-se que não sabem as coisas. – disse Rose seguindo o seu caminho.

—O que é que lhe deu? – perguntou Albus virando-se para Scorpius.

—Não faço a mínima. – respondeu Scorpius.

—----//-----

Scorpius e Albus só voltaram a ver Rose na hora de almoço. Durante aquele tempo Rose teve Aritmancia, disciplina que nenhum dos outros dois tem.

—Vais falar com ela? – perguntou Albus enquanto almoçavam.

—Vamos falar com ela, Al. – ripostou Scorpius.

—Mas ela é tua namorada.

—E tua prima. Nem penses que te vais safar desta. E tu sabes como é a Rose com estas coisas. Ela preocupa-se demasiado com os exames. E, para além disso, ela preocupa-se, em especial, que eu melhore a minha nota de Herbologia. – confessou Scorpius.

—E isso deve-se a…

—A eu querer seguir a carreira de Auror. – revelou Scorpius.

—Auror…boa escolha. – disse Albus – Vamos. A Rose está a sair agora.

Scorpius e Albus levantaram-se e seguiram Rose, apanhando-a à saída do salão principal.

—Já não esperas por nós, priminha? – perguntou Albus de forma descontraída.

—Já pensaram nas vossas ações de não estarem atentos às aulas? – perguntou Rose no mesmo tom sério de horas antes.

—Está tudo bem, Rose? – perguntou Scorpius ignorando a pergunta de Rose. Ela estava estranha. A forma como estava a falar com eles não era normal. Mesmo que o assunto fossem os exames. Já para não falar que a cada momento, Rose desviava o olhar deles para observar o resto do espaço, como se estivesse à procura de alguma coisa.

—Está. – respondeu secamente – Porque não haveria de estar?

—Bem pessoas, a Octavia está a chamar por mim. Por isso, adeus. – disse Albus saindo dali o mais rápido possível.

—Rose, tu estás a ver como estás? Isso não és tu. Passa-se alguma coisa, eu sei. Foi alguma má notícia que recebeste? Reparei que recebeste muito correio hoje.

—Não recebi má notícia nenhuma. Era a minha mãe e o Sirius.

—E de quem era a terceira carta? – perguntou Scorpius. Rose encarou-o com os olhos arregalados. Como assim ele sabia que ela tinha recebido três cartas? – Eu vi três corujas a largar cartas à tua frente.

—Era…era o meu padrinho. – respondeu Rose com a primeira pessoa que se lembrou.

—Era mesmo o teu padrinho, Rose? – perguntou Scorpius, sem acreditar. Notava-se que Rose estava a mentir, a menos que ele estivesse a ser muito paranoico.

—Quem mais haveria de ser? – perguntou Rose elevando um pouco o tom.

—Não sei, diz-me tu. Porque eu sei que me estás a mentir. Só não sei o motivo. – disse Scorpius adquirindo uma postura mais séria. Algo de muito errado se passava ali.

—Eu…eu não estou a mentir. – respondeu Rose, gaguejando.

—E eu sou um hipogrifo, Rose. Se não quiseres contar, não contes. Agora não me mintas na cara. Porque eu sei que estás a mentir. E assim não dá, Rose. A base de um relacionamento é a confiança e a honestidade. – disse Scorpius seguindo o seu caminho e deixando uma Rose à beira das lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Momentos fofos entre a Rose e o Scorpius...que acharam? E gostaram das novidades sobre as futuras carreiras deles? Que acharam das cartas? A pessoa desconhecida voltou a mandar outra carta...acham que a Rose devia ter contado ao Scorpius? E parece que o Scorpius se chateou com a Rose...que acham que ela deve fazer para resolver a situação?
Contem-me tudo nos comentários :) Beijos :)



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