A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 56
Capítulo 55


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Depois de James ter feito aquele anúncio para toda a família, a reação foi a esperada. Foi um completo choque. Ninguém sabia. Dominique sempre quis manter-se na expectativa até ao dia do nascimento. As apostas entre toda a família foram muitas. James sempre disse que eram gémeos. Muitos concordaram com ele dado o tamanho da barriga de Dominique. Existiram alguns céticos que apostaram que era somente um filho. Bill e Louis foram dos que mais apoiaram esta teoria. Mas no fim, todos estavam errados. Ninguém esperava que Dominique tivesse trigémeos.

Ginny foi a primeira a avançar para o filho para o abraçar e felicitar pela boa nova. Aos poucos, seguiram-se o resto da família.

—Parabéns. – sussurrou Rose ao ouvido do primo quando o abraçou – Vocês merecem.

—Ter três filhos ao mesmo tempo?  - perguntou James – Isto sim vai ser um desafio.

—Um desafio perfeito para James Sirius Potter. – respondeu Rose, sorrindo.

Os primeiros a entrar no quarto para ver Dominique e os bebés foram Ginny, Harry, Fleur e Bill.

—Trigémeos, quem diria? – comentou Scorpius ainda incrédulo.

—É o James, o que é que esperavas? – respondeu Teddy, sorridente.

—Menos filhos. – respondeu Scorpius, rindo também – O teu pai não para de olhar para mim. – comentou voltando-se para Rose.

—Isso é porque ele ainda não teve a oportunidade de te matar. – respondeu Teddy antes que Rose dissesse alguma coisa – Devias de agradecer à Domi e aos bebés. Eles salvaram-te a vida.

—Para com isso Teddy. O meu pai pode ser muito assustador quando quer. – disse Rose.

—Tu provocaste isto, Rose. Quem te mandou namorares logo com um Malfoy? – perguntou Teddy em tom de brincadeira.

—Ela não conseguiu resistir ao meu charme. – disse Scorpius.

—Nada convencido. Não fui eu que disse que andei um ano atrás de ti. – provocou Rose.

—Ui que a moça ficou com tento na língua. Já não há salvação para esta pobre marmoiselle. – dramatizou Teddy.

Quando Teddy, Victoire, Nymphadora e Louis saíram, Albus e Lily empurraram Scorpius e Rose para estes irem com eles. No quarto só eram permitidas quatro visitas.

O quarto em que Dominique se encontrava era o último do corredor. O choro de bebé era um facto característico daquele corredor.

Dominique encontrava-se deitada com um dos bebés sobre si. Já os outros dois estavam no colo de James.

—Nunca pensei ver isto. James Sirius Potter pai. – brincou Lily – Como te sentes, Domi?

—Feliz. – respondeu imediatamente – E cansada.

—É normal, acabaste de ser mãe. – disse Rose – Quais foram os nomes que escolheram?

—Este é o Theo, esta é a Olivia e a que está no colo da Domi é a Chloe. – respondeu James – Queres pegar?

A medo, Rose esticou os braços e James colocou Olivia no seu colo. Rose nunca tinha segurado alguém tão pequeno e tão frágil nos braços. Aquilo era completamente novo para ela.

Olivia, Theo e Chloe eram os bebés mais fofos que Rose tinha visto. Os três apresentavam a grande característica dos Weasley. Eram todos ruivos. Mas Rose notou que os pequenos cabelos de Olivia eram de um vermelho mais vivo que o dos irmãos. Pelo menos era o que lhe parecia. A diferença mais notória entre Olivia e os irmãos eram os olhos. Olivia apresentava uns olhos completamente azuis. Azuis como o mar. Já Theo e Chloe tinham olhos castanhos, como a mãe.

—Vejo que a pequena Olivia gostou de ti. No meu colo, ela só chorava. – lamentou-se James.

—Ela só tem algumas horas de vida, Sirius. É normal ela chorar. – respondeu Rose.

—Sabes, eu e a Domi estivemos a pensar e gostávamos que vocês os quatro fossem padrinhos dos nossos filhos. Tu e o Scorpius da Olivia. E a Lily e o Albus da Chloe.

Scorpius olhou para James, espantado. Claro que ele não estranhou Lily, Albus e Rose terem sido convidados, afinal eles eram das pessoas mais próximas de James e Dominique. O grande espanto surgiu por ele ter sido convidado. Ele, Scorpius Malfoy, tinha sido convidado para ser padrinho de um Weasley.

—Mas… - começou Scorpius, mas foi logo interrompido por James.

—Scorpius basta dizer que aceitas. – começou James – Tu namoras com a Rose e, sejamos sinceros, a menos que o meu padrinho te mate, tu não te vais separar dela. Isso é uma certeza que eu tenho.

Rose corou com as palavras do primo. Nunca ninguém lhe tinha dito que ela e Scorpius eram feitos um para o outro. E ela ficava feliz por, assim como ela, James acreditava que ela e Scorpius ficariam para sempre juntos.

—Claro que eu aceito ser padrinho. – respondeu Scorpius.

—Mas quem são os padrinhos do Theo? – perguntou Albus.

—Está mais que óbvio, caro irmão. – respondeu James – São o Teddy e a Victoire.

A atenção do grupo foi para alguém que acabara de entrar no quarto. Era Ginny.

—Mãe! Não devias de estar aqui. Só podem estar aqui quatro visitas. – protestou James, mas rapidamente se calou ao ver o rosto da mãe.

—Meninos, vocês têm de vir connosco. – disse Ginny. Rose já se preparava para entregar Olivia a James quando Ginny voltou a falar – Todos, meninos. O James e a Dominique também.

James acabou por entregar Theo a Ginny e Dominique fez o mesmo com Chloe, entregando-a a Lily. James ajudou Dominique a levantar-se e seguiram atrás de Ginny para descobrir a onde é que esta os levava.

Qual não foi a surpresa de todo o grupo quando, ao chegarem a uma pequena sala, no andar onde se encontravam, se encontrava toda a família com uma mesa enorme cheia de comidas típicas de Natal.

—Mas… - começou Dominique.

—Querida, nós não íamos deixar de festejar o Natal. E também não o iríamos festejar sem ti. Sem vocês. O Natal é para manter todos os Weasley juntos. – disse Molly. Dominique abraçou-se a ela, cheia de lágrimas nos olhos. Como ela adorava a avó.

O Natal foi passado como todos os Natais na Toca. A única diferença era mesmo o local não ser a Toca. Era como dizia Molly Weasley. O importante era estarem ali todos os Weasley.

Os trigémeos eram a maior atração daquela noite. Foram precisas duas enfermeiras para tirá-los dali para os colocar a descansar.

—Eles nem sequer reagiram, Rose. Foi uma coisa completamente normal para eles. – contava Hugo.

Pouco depois da festa ter começado, Hugo achou que seria a melhor altura para a família saber que ele e Lily namoravam. Claro que ele não fez da maneira que Rose e James fizeram para toda a família saber. Não, ele não fez isso. O que ele fez foi algo bem mais simples. Fez como se todos já soubessem. Agiu como um namorado perto de Lily. Qualquer pessoa minimamente atenta veria que eles não estavam a agir como simples primos.

Ginny e Harry foram os primeiros a aproximar-se deles. Desejaram-lhes as melhores felicidades e Ginny acabou por confessar que há muito tempo que esperava aquilo. Hermione não deu uma resposta muito diferente de Ginny. Apesar de já ter descoberto que alguma coisa se passava entre os dois, a surpresa não foi grande. Segundo as palavras de Hermione, eles eram completamente transparentes.

—Eu já vos tinha dito, Hugo. As minhas palavras são as palavras da mãe. Vocês são completamente transparentes. Há muito que esta família esperava que vocês os dois começassem a namorar. Já para não falar que revelaste isso à família depois de um quase homicídio e do nascimento de três bebés. – disse Rose ao irmão.

—Mas porquê que ninguém ficou só um bocadinho surpreendido? Era pedir muito? – lamentou-se Hugo fazendo rir a irmã.

—O Sirius ameaçou-te como um irmão deve fazer. – respondeu Rose – Além do mais, não eras tu que estavas com receio da reação da família sobre este assunto. Tiveste a melhor reação possível. Eles reagiram muito melhor ao teu namoro com a Lily do que ao do Sirius e da Domi.

—Lembras-te como é que a tia Fleur reagiu? – perguntou Hugo.

—Como é que não haveria de me lembrar. Ela foi completamente injusta com a Domi. Até hoje, a Domi ainda não lhe perdoou da cena que ela fez quando descobriu que a Domi estava grávida. É verdade que a tia foi ver os bebés, mas, pelo que a Domi me disse, ela mal falou. E a Domi pagou na mesma moeda. Continua sem lhe falar.

—Não é por nada Rose mas isso parece estar praticamente a mudar. – revelou Hugo apontando para o outro lado da sala. Dominique e Fleur encontravam-se num canto, sozinhas – Vou procurar a Lily.

—E eu vou procurar o Scorpius. Tenho de ficar de olho nele se não ainda fico sem namorado.

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—O facto de teres vindo ao quarto ver os bebés não mudou nada, mãe. – respondeu Dominique.

—Dominique é Natal, vamos conversar. – pediu Fleur.

—Vamos falar? Só agora é que pensaste nisso. Eu estive grávida e tu não estiveste ao meu lado. Eu precisava de ti e tu simplesmente me ignoraste. O pai esteve lá sempre para mim, tu não.

—Eu sei, Dominique. E eu peço desculpa por isso. Eu fui demasiado orgulhosa para te pedir desculpa mal me arrependi do que disse. Eu sei que errei. Eu sei que fui cruel contigo. Ainda mais do que o que fui com a Victoire e com ela eu já considerei que fui cruel. Mas eu não quero perder as minhas filhas. Eu não quero perder o crescimento dos meus netos. Eu estava errada quando protestei com vocês as duas por teres filhos tão novas. Vocês são maiores de idade, vocês já sabem tomar conta das vossas vidas. Eu lamento imenso e garanto que se pudesse mudar o passado, eu faria tudo diferente. Eu não teria ficado longe de ti tanto tempo.

Dominique abraçou a mãe sem conseguir conter as lágrimas. A mãe tinha-a realmente magoado, mas conseguiu, finalmente, colocar o orgulho de lado e pedir-lhe desculpa.

—Eu fiquei mesmo mal, mãe. Por favor não voltes a fazer uma coisa destas. Nem comigo, nem com a Victoire, nem com o Louis. Mesmo que as nossas escolhas sejam erradas, tu tens de estar lá a apoiar-nos.

—Eu prometo-te que estarei sempre ao vosso lado. Aconteça o que acontecer.

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A casa de banho ficava do outro lado daquele andar. Scorpius deixara Rose com Hugo e fora até lá. Agora, a última coisa que ele esperava era que, quando saísse da casa de banho tivesse um Ronald Weasley à sua espera.

—Nós os dois vamos terminar a nossa conversa. – disse Ron empurrando Scorpius de volta para a casa de banho.

—Sr. Weasley, por favor. – pediu Scorpius sem conseguir impedir que Ron o levasse.

—Por favor nada. – respondeu Ron - Com que então tu andaste um ano atrás da minha filha. Se ela não queria nada contigo no início, não percebo porque insististe. A não ser que fosse um plano do teu pai para destabilizar a minha família.

—Não querendo ofendê-lo, Sr. Weasley, mas o senhor está um bocado paranoico. É verdade existia essa rivalidade entre você e o meu pai. Eu sei que ela existiu. Aliás, toda a gente sabe. Mas ambos cresceram. E apesar de não se falarem, as rivalidades deviam ter sido postas de lado. Eu e a Rose não temos nada a ver com isso. Como lhe disse, eu realmente gosto da Rose. Eu amo-a como nunca amei nem amarei ninguém. O senhor consegue entender. Eu amo-a como o senhor ama a Sra. Weasley.

—Não te atrevas a colocar a Hermione no meio desta conversa só para me amolecer, seu meia-leca. – avisou Ron – Eu não vou aceitar o teu namoro com a Rose assim de ânimo leve. Nenhum rapaz se devia aproximar da minha menina até que ela tivesse trinta anos. Muito menos um Malfoy.

—Não querendo ofendê-lo, outra vez, mas o senhor está a ser preconceituoso. Assim como o meu pai foi com a sua mulher. Você sempre o criticou pelo mal que ele fazia à Sra. Weasley. Como não consegue perceber que está a fazer o mesmo comigo. Eu não preciso que você goste de mim. Eu preferia, mas eu não preciso. A única coisa que eu preciso é que você aceite o meu namoro com a Rose. Eu quero que você perceba o quanto ela está feliz comigo. Porque a única coisa que eu quero fazer é manter a Rose feliz. Todos os dias, até ao fim da minha vida.

Ron olhou para Scorpius, desconfiado. Tudo o que o loiro dizia à sua frente parecia verdade. Realmente Rose estava feliz, bastava olhar para ela. Era verdade que lhe custava ver que esta felicidade era provocada por um Malfoy.

—Eu continuo sem gostar de ti, seu meia-leca. E ficas já avisado, se lhe fazes algum mal, se fazes com que ela solte uma só lágrima por tua causa, considera-te um homem morto. – avisou Ron abandonando a casa de banho.

Scorpius sorriu. Era verdade que ainda teria de fazer muita coisa para conquistar Ron, mas pelo menos já tinha conseguido o pior. Tinha conseguido que Ron aceitasse o seu namoro com Rose.


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Notas finais do capítulo

Que acharam dos trigémeos? Gostaram dos nomes? Gostaram dos padrinhos que o James e a Dominique escolheram? Gostaram da ideia da Molly em festejar o Natal no hospital? E que acharam da reação das pessoas ao namoro da Lily com o Hugo? Que acharam da conversa da Dominique com a mãe? E, por fim, que acharam da conversa do Ron com o Scorpius?
Contem-me tudo nos comentários :)
Beijos ♥



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