A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 51
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar, FELIZ NATAL =D =D =D Espero que o vosso dia corra da melhor maneira possível :)
Mais uma vez a chegar atrasada, eu sei...mais uma vez peço desculpa :)
Aqui vai o capítulo que todos estavam à espera :)
Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671036/chapter/51

Rose manteve o seu olhar entre Scorpius e Diana. Ela não percebia nada do que se estava a passar ali. O que seria aquela poção que Scorpius obrigou Diana a beber? Porquê que ela estava amarrada? O que é que Scorpius queria dizer com o “Vamos começar”? Estas e muitas mais perguntas rondavam a cabeça de Rose.

—Quanto tempo é que demora a fazer efeito? – perguntou Albus trazendo Rose de volta à realidade.

—O que é que se está a passar aqui afinal? – perguntou – O que é que vocês deram à Anderson?

—Não me digas que estás preocupada comigo? Olha que querida. – disse Diana sarcasticamente. Os seus olhos procuraram Scorpius – Meu querido não sei qual a tua intenção com isto tudo.

—A revelação da verdade. Finalmente vais contar todas as merdas que fizeste.

—E como pretendes que eu faça isso? – perguntou Diana mantendo o seu tom sarcástico.

—Aquilo que acabaste de beber é Veritaserum. – respondeu Scorpius triunfante.

A expressão no rosto de Diana mudou completamente. O seu ar triunfante desapareceu completamente face à revelação de Scorpius.

—Solta-me. Solta-me já. – gritou Diana tentando soltar-se das cordas.

—Não vais sair daqui enquanto não contares tudo o que queremos saber. – disse Scorpius mantendo o mesmo ar triunfante – E escusas de gritar porque a Octavia colocou um feitiço para que ninguém nos ouvisse. Agora vamos ao que interessa. O que aconteceu na última noite em Hogwarts no ano passado?

—Diversas coisas. – respondeu Diana - Entre elas, eu ter demorado muito tempo a fazer a minha mala.

—Pára com as brincadeiras, Anderson. – intrometeu-se Octavia dando um estalo em Diana perante o olhar chocado de Rose – Estava ansiosa por isto. Agora vamos tratar de coisas sérias visto que o nosso caro Scorpius está a ser demasiado brando contigo. É verdade que beijaste o Scorpius nesta torre no dia a que nos estamos a referir?

—Sim. Até tenho testemunhas, não é Weasley? – perguntou Diana retoricamente dirigindo-se a Rose.

—Eu não estou para a aturar isto. Albus, eu pensava que eras meu amigo. – acusou Rose preparando-se para sair, mas foi impedida. Não por Albus, mas sim por Scorpius.

—Por favor, fica. – implorou – Se por algum momento acreditaste na nosso amizade, eu peço-te que fiques.

Rose encarou Scorpius sem saber o que dizer. O olhar de Scorpius era o mais transparente possível. Ele estava a implorar para ela ficar. E estava a usar um argumento muito forte. Claro que Rose acreditara na sua amizade com Scorpius. Durante muito tempo acreditou nisso. Mas agora já não sabia. Na realidade, agora ela achava que já não sabia nada.

—Tudo bem. – sussurrou Rose.

—Vamos continuar. – disse Scorpius voltando a aproximar-se de Diana – Nessa noite, tu beijaste o Scorpius verdadeiro? – perguntou tentando confirmar a sua suspeita.

—N..não. – respondeu Diana amargamente.

As reações na torre foram distintas. Albus e Octavia sorriam por finalmente a verdade estar a começar a ser resposta. Scorpius suspirou de alívio e levou os olhos a Rose que o encarava sem saber o que dizer e fazer. Então Scorpius estava a dizer a verdade. Ele não tinha beijado a Anderson. Aquilo tinha sido tudo uma artimanha dela.

—Eu quero que me contes exatamente o que aconteceu. Eu quero saber o teu plano. – disse Scorpius sorridente voltando a sua atenção para Diana. Finalmente estava a provar a sua inocência.

—Isto era tudo uma vingança. Tu não tinhas nada que me dispensar. Sou eu quem dispensa os rapazes, não o contrário. E ainda por cima por causa dessa sem sal. Comecei a pensar em maneiras de vos separar. A primeira está aqui presente. O Potter foi-me útil durante um tempo. Isto até se mostrar todo arrependidinho. Depois disso, tive de tomar medidas mais drásticas. Tinha de vos separar para sempre. Então uma segunda pessoa apareceu. Uma pessoa que também guardava rancor de ti Scorpius por a teres trocado por essa sem sal.

—Quem? – perguntou Scorpius para saber quem mais estava envolvido na separação dele e de Rose.

—Makoto Chang. – revelou Diana – Foi ela que me ajudou.

—E como é que isso se passou?

—Eu sabia que o James Potter ia dar mais uma das suas festinhas. E mais uma vez eu não tinha sido convidada. – comentou Diana inconformada – E também sabia que tu e a Weasley iam. Agora, a única coisa que tinha de fazer era com que tu não chegasses a essa festa. Atordoei-te. Prendi-te dentro de um armário. Estavas inconsciente, não me darias problemas durante algumas horas. Depois, a Chang tomou a poção que tinha andado a fazer. A poção Polissuco. Transformou-se em ti e seguiu até à festa. Pelo que percebi não foi muito difícil fingir que eras tu. Ela disse-me que toda a gente acreditou. Já viste Scorpius? Afinal a tua amada não te conhece assim tão bem. – comentou ironicamente.

—Continua. – disse Scorpius ignorando o comentário final de Diana.

—Bem depois foi tudo fácil. A Chang saiu da festa e veio ter comigo até à torre de Astronomia. Depois era só esperar que a Weasley aparecesse. Eu sabia que ela apareceria. Afinal, ao notar a tua falta, este seria o primeiro lugar que ela procuraria. Afinal este é o vosso lugar secreto.

—Suponha que esperaste a Rose chegar para finalmente beijares a Chang em forma de Scorpius e aí ela ver. Verdade? – perguntou Albus.

—Verdade. A sonsa caiu que nem um patinho. – respondeu Diana com um sorriso de lado. O primeiro desde que soube que tinha tomado Veritaserum.

—Ainda bem que a sonsa agora sabe a verdade. – disse Rose falando pela primeira vez para Diana – Ainda bem que apesar das tuas tentativas, eu e o Scorpius continuaremos juntos e mais unidos do que nunca. Obrigada Anderson.

Scorpius olhou para Rose, surpreendido. Rose tinha mesmo dito que eles continuariam juntos? Ele tinha ouvido bem?

—Não lances os foguetes antes da festa. Até podem ter descoberto todo este plano, mas eu estarei aqui para vos infernizar as vidas. – ameaçou Diana.

—Fico à espera. – respondeu Rose mantendo o tom mais seguro possível.

Albus e Octavia levaram Diana embora da torre de Astronomia. Para que esta não gritasse durante o caminho, Octavia voltou a atordoá-la. Já Rose e Scorpius mantiveram-se na torre.

Rose aproximara-se de uma das varandas da torre. Encontrava-se de costas para Scorpius. O seu coração batia a mil por tudo o que se tinha passado nos últimos momentos. A descoberta da verdade. A inocência de Scorpius. Tudo isso a deixava feliz, mas havia algo que a incomodava. Ela sentia-se mal por ter desconfiado de Scorpius. Ela conhecia-o e devia saber que ele não seria capaz de fazer uma coisa daquelas. Mas, mesmo assim, desconfiou dele.

Scorpius continuava a encará-la. Ele sabia que tinha de ser ele a dar o primeiro passo. Sabia como era Rose. Sabia que provavelmente ela não faria nada. Assim decidiu aproximar-se.

—Rose. – chamou Scorpius próximo dela – Rose, nós temos de conversar. Por favor, diz alguma coisa.

A primeira lágrima caiu do rosto de Rose. Ela queria muito olhar para ele. Ela queria muito falar com ele. Mas, aquela voz no seu interior continuava a dizer-lhe que ela tinha desconfiado dele. Continuava a dizer-lhe que por causa disse, Scorpius tinha levado porrada do James.

Numa tentativa de chamar a atenção de Rose, Scorpius tirou algo que guardava há muito tempo no bolso.

—Sabes, eu guardei o colar que te dei desde que o encontrei aqui. Durante estes tempos foi a única coisa que me ligava a ti. De certo modo, eu sentia que enquanto o tivesse, eu poderia ter esperança. Eu poderia ter esperança de que um dia a verdade se descobrisse. E aqui está ela, princesa.

A segunda lágrima caiu do rosto de Rose. Como é que Scorpius podia ser tão perfeito? Depois de tudo, ele continuava a acreditar neles. E de certo modo, ela também acreditou. De repente, lembrou-se das palavras que proferiu a Diana. Que apesar do que ela tinha feito, ela e Scorpius continuavam mais unidos do que nunca. Era nisso que Rose tinha de se focar.

Sem que Scorpius o previsse, Rose voltou-se. Scorpius notou que ela estava a chorar. Ele não conseguia entender o porquê, afinal aquilo era um final feliz. Mas, antes que conseguisse dizer alguma coisa, Rose correu até ele e fez algo que ele ansiava há muito. Beijou-o. Beijou-o como se fosse o seu primeiro beijo. Todos os sentimentos dela estavam ali expostos. Todos os arrependimentos. Todas as mágoas. Tudo.

Rose e Scorpius separam-se mantendo as testas encostadas. Rose permanecia de olhos fechados. As lágrimas corriam livremente pela sua face. Já Scorpius levou as suas mãos à face de Rose e limpou algumas das lágrimas que caíam. Ele continuava sem perceber o que se estava a passar.

—Rose, por favor, fala comigo. – sussurrou Scorpius – As coisas foram esclarecidas…o que é que se passa?

—Como…como é que tu me conseguiste perdoar? – perguntou Rose no mesmo tom de Scorpius.

—Como assim? – perguntou Scorpius sem entender – Rose, o que é que queres dizer com isso? Rose, olha para mim. – pediu Scorpius levantando a cabeça de Rose para que esta o encarasse. Finalmente Rose abriu os olhos.

—Eu não acreditei em ti. Eu não te deixei falar. Eu deixei que o James te batesse. – disse Rose enumerando os problemas para que Scorpius entendesse.

—Em primeiro lugar, mesmo que me custe, é plausível o facto de não teres acreditado em mim. Como tu disseste, tu viste com os teus próprios olhos. Não foi ninguém que te contou. Em segundo lugar, tu impediste que o James cometesse uma loucura. Mesmo pensando que eu te tinha traído, tu defendeste-me contra uma pessoa que adoras. Tu foste contra ele para me defender mesmo achando que eu era a pior pessoa do mundo. E isso foi algo que quase ninguém faria. E, além do mais, eu também fiz asneiras. Eu contei ao Albus o porquê de tu lhe teres deixado de falar. Eu não o devia ter feito sem a tua permissão. Eu fui egoísta e interesseiro. Eu apenas lhe contei para que ele me ajudasse a entrar na Toca. Eu também tenho muito em que te pedir desculpa. Eu quebrei a tua confiança em mim.

—Para ser sincera, eu já nem me lembrava disso. – respondeu Rose – Acho que foi porque no fim deu tudo certo. Eu e o Albus finalmente nos resolvemos.

—Verdade. E, além disso, também nós os dois nos resolvemos. – comentou Scorpius com um sorriso de orelha a orelha – Coloca-te de costas, por favor.

Rose fê-lo sem questionar. Ela confiava em Scorpius. Sabia que ele não lhe faria mal nenhum.

Scorpius desviou o cabelo de Rose e colocou o colar com a pequena rosa vermelha em volta do seu pescoço. Apertou-o e voltou Rose para que esta o encarasse.

—Linda.

Como era de esperar, Rose corou. Por mais elogios que Scorpius lhe desse, essa seria sempre a sua reação. Mas Scorpius não se importava. Na realidade, Scorpius adorava aquilo.

—----//-----

Rose tinha a primeira hora livre. Mesmo assim não deixou de acordar à mesma hora.

A primeira coisa em que reparou quando acordou era que Makoto já não se encontrava no quarto o que Rose estranhou, visto que, Makoto dormia sempre até à última da hora. Depois ocorreu-lhe que talvez Diana tivesse contado o que se passou na noite anterior. Havia a possibilidade de Makoto ter fugido de si. Mas não havia problema. Ela havia de se resolver com ela.

Rose pegou no traje cinza e azul e vestiu-se. Depois seguiu para o salão principal a tempo de encontrar Scorpius. Este iria ter aula de Cuidados das Criaturas Mágicas, disciplina que Rose não tinha.

—Bom dia, princesa. – cumprimentou Scorpius quando viu Rose aproximar-se de si – Por aqui tão cedo?

—De manhã é que se começa o dia. – respondeu Rose sorridente – Bom dia Al.

—Bom dia. – respondeu Albus à prima – Vejo que vocês os dois se entenderam. Não me atualizaste, Scorpius.

—Tu és igualzinho à Octavia. Intrometidos. – respondeu Scorpius entre risadas.

—Ouvi o meu nome? – perguntou Octavia sentando-se ao lado do namorado. Alguns gryffindor olharam-na de lado, afinal ela era uma slytherin – O que é que Scorpius Malfoy estava a dizer de mim?

—Que eu era igualzinho a ti. – respondeu Albus.

—Lamento Scorpius, mas estás enganado. – respondeu Octavia em tom sério. Todos olharam para ela sem entender o que ela estava a dizer – Eu sou uma menina e o Albus é um menino. – concluiu debochando dos amigos.

—Eu nem te vou responder. – disse Scorpius mantendo o sorriso. Só mesmo Octavia para dar uma resposta daquelas – Bem, eu e o Albus temos de ir para a aula. Até logo meninas. – levantou-se, beijou de leve Rose e saiu seguido por Albus.

—Vejo que vocês os dois já andam aí todos melosos. – comentou Octavia em tom de brincadeira.  

—Tens de admitir que nós merecemos. – respondeu Rose. Octavia acabou por concordar.

—Bem, também tenho aula. Até logo. – disse Octavia deixando Rose sozinha.

Esta levantou-se, seguiu até à mesa dos Ravenclaw e voltou a sentar-se. Pegou num pergaminho e começou a escrever uma carta dirigida a James. Tinha muitas novidades para lhe contar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Finalmente o momento de toda a verdade...como muitas de vocês desconfiaram, Diana usou a poção Polissuco para separar Rose e Scorpius. Que acharam do plano dela? Que acharam de toda a cena da descoberta na torre de Astronomia? Voltamos a ter Scorose em força, que acharam do momento dos dois? E por fim, que acharam desta manhã calma e feliz deles?
Encontramo-nos nos comentários :) Beijos :)